A internet nas eleicções 2016

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apresentação Companheiras e companheiros, As redes sociais serão ainda mais importante para as campanhas eleitorais deste ano. Com menos tempo de propaganda de rádio e de televisão e com as mudanças nas formas de financiamento, elas aparecem como uma opção mais barata e eficaz de divulgar as propostas e dialogar com a população. Além disso, as redes se configuram como um importante instrumento para fazer frente às calúnias e mentiras propagadas pela grande mídia contra o nosso Partido e que, certamente, serão utilizadas contra as nossas campanhas. Para orientar aos candidatos e candidatas a utilizar as ferramentas de rede de forma estratégica, o Diretório do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais (PT/MG) preparou esta cartilha. Esperamos, com esse material, contribuir para que nossas companheiras e companheiros tenham sucesso nesta caminhada. É importante lembrar que as redes sociais devem estar alinhadas com as demais ações de diálogo e escuta da sociedade. Nosso trabalho de base e o modo petista de fazer campanha serão os grandes diferenciais. Bom trabalho e sucesso!

Cida de Jesus Presidenta do PT/MG

Ulysses Gomes Secretário de Comunicação do PT/MG


A rede no posto de comando Como sabemos, a Internet está cada vez mais presente no dia a dia e na vida dos brasileiros. Segundo a Pesquisa Brasileira de Mídia (PBM) 2015, divulgada pelo Governo Federal, no ano passado mais da metade da população já acessava a Internet regularmente, sendo que nada menos do que 37% dos brasileiros navegavam on-line todos os dias. Outros indicadores da pesquisa de mídia revelaram também que o acesso à Internet vem registrando crescimento maior entre as classes C e DE e que está ocorrendo um verdadeiro boom de conexões móveis: em 2015, 87 milhões de brasileiros já acessavam a Internet pelos celulares. Se até recentemente jornais, rádios e TVs eram as principais fonte de informação das pessoas, o fato é que a Internet está ocupando rapidamente o primeiro lugar entre as mídias - os brasileiros, sobretudo os jovens, ficam, inclusive, mais tempo navegando pelo computador e pelo celular (4h59m por dia) do que diante da televisão (4h24m), por exemplo. E ao contrário do que se poderia imaginar há poucos anos, 67% dos internautas usam a rede hoje para buscar informações e notícias; índice que cresce ainda mais em outra pesquisa, do Instituto Datafolha, que aponta que 75% da população conectada à Internet no Brasil se informa através de redes sociais. Seja 67 ou 75%, o fato é que todas as pesquisas comprovam que a Internet exerce cada vez mais influência nas opiniões e escolhas da população brasileira e as campanhas eleitorais dos(as) candidatos(as), independentemente do porte das cidades e dos cargos em disputa, seja de prefeito(a) ou vereador(a), não podem ignorar essa verdade elementar. E isso se torna ainda mais evidente quando observamos o contexto das eleições municipais de 2016: o tempo de propaganda eleitoral, inclusive na Internet, ficou muito mais curto, apenas a partir do dia 16 de agosto; e as campanhas contarão com menos recursos - o quê ressalta a importância da comunicação on-line, de menor custo. Portanto, o novo cenário eleitoral em 2016 torna ainda mais evidente que uma boa campanha eleitoral, eficiente e barata, de prefeito(a) ou vereador(a), não pode prescindir dos recursos e do potencial de comunicação oferecidos pela Internet. Recursos e potenciais que exigem, por sua vez, uma boa dose de profissionalismo em sua execução e que, por meio desse guia prático, procuramos sintetizar em algumas dicas importantes e em um passo a passo para a organização das campanhas dos(as) candidatos(as) nos ambientes da comunicação na Internet. 01


a força das redes sociais O Brasil é líder mundial em tempo gasto pelas pessoas em cada visita às redes sociais, registrando média mensal 60% superior a de outros países pesquisados pela Shareablee. Resultado disso, vêm crescendo também, exponencialmente, a quantidade de brasileiros que participa de movimentos sociais pelas redes sociais na Internet, sobretudo da classe C. De acordo com a pesquisa, dentre os 45 milhões de brasileiros que informaram participar de movimentos sociais, 13,7 milhões o fazem só pela Internet, 13,1 milhões em ambos, na Internet e presencialmente, e 18,2 milhões apenas presencialmente. Outro dado revelador, segundo a pesquisa, é que quatro em cada dez internautas brasileiros afirmam que as redes contribuem para que eles participem presencialmente de mobilizações sociais e que elas são também o ambiente onde ficam sabendo dos movimentos, atos e manifestações políticas.

redes mais acessadas pelos internautas

83% facebook

10

58%

whatsapp

17% 12% youtube

instagram

MILHÕES de usuários do Facebook em Minas Gerais

8% 5% 4%

google

twitter

skype

FACEBOOK E WHATSAPP SERÃO AS GRANDES ESTRELAS DAS CAMPANHAS ELEITORAIS NAS REDES dEStE ANO 02


FACEBOOK Considerando que a campanha nas redes pressupõe a criação de um ambiente de relacionamento mais próximo entre o(a) candidato(a) e o eleitorado, é preciso planejar cuidadosamente a presença do(a) candidato(a) no Facebook, estruturando uma equipe responsável pela criação, produção dos posts e pelas postagens. Planejamento e organização da presença no Facebook que deve ter como foco estratégico a criação de um canal de comunicação rápido e instantâneo, para que o(a) candidato(a) dialogue permanentemente com os eleitores e vice-versa. É vital que haja interação entre as partes e, para que isso ocorra, o candidato e a sua equipe devem estar atentos ao fato de que todos os questionamentos dos internautas devem ser respondidos.

PASSO 1

Criando uma página

Caso já tenha um perfil ou uma página no Facebook, o(a) pré-candidato(a) deve transformá-la e/ou criar uma página oficial de sua campanha a partir do dia 16 de agosto. É fundamental que a arte da página on-line siga a identidade e programação visual definidas para a campanha, com as mesmas imagens, cores, slogan e número do(a) candidato(a), por exemplo.

Dica: Seja para páginas ou posts, a legislação eleitoral proíbe qualquer tipo de propaganda eleitoral paga. 03


PASSO 2

Produzindo e postando Em linguagem objetiva e direta, os posts devem desdobrar as propostas específicas do(a) candidato(a) para a cidade, sempre apresentando soluções para os problemas e as demandas da população. O ideal é a realização, em média, de cinco postagens por dia que podem ser divididas em:

Dica: Os textos dos posts devem ser curtos e sempre ilustrados por fotografias e/ou banners e peças de campanha. Com o avanço tecnológico, é fácil também produzir e postar pequenos vídeos. Gravados pelo celular, os vídeos, sempre curtos e em linguagem direta, podem ser dirigidos para cada público-alvo do(a) candidato(a), com propostas específicas para saúde, educação e meio ambiente ou jovens, idosos, mães, etc. 04


PASSO 3

Estimulando o compartilhamento É fundamental criar uma rede de apoiadores on-line, começando pelos cabos eleitorais, para que os posts publicados na página do(a) candidato(a) ou em seu perfil no Facebook sejam compartilhados e as repercussões se multipliquem. Além disso, os contatos da rede de apoiadores devem estar organizados - e sempre atualizados - em uma planilha de Excel, que poderá ser utilizada também em outras ações na Internet.

Dica: A participação nos grupos de discussão política da cidade é também estratégica, mas sempre ouvindo mais do que falando.

PASSO 4

Monitorando Considerando que o ambiente on-line é também propício à disseminação de boatos e ataques, tão importante quanto publicar informações no Facebook é monitorar o que está sendo dito do(a) candidato(a) e dos adversários. Por meio das redes, é possível verificar o que está circulando na cidade e planejar ações para contrapor.

Dica: A legislação eleitoral e o Marco Civil da Internet garantem a liberdade de expressão, mas com responsabilidade. Ofensas, injúrias, calúnias e mentiras devem ser respondidas nos termos da lei vigente, por meio de denúncia online aos órgãos de fiscalização eleitoral competentes, como o TRE/MG, e a regra vale para todos. 05


whatsapp Como o Facebook, essa rede interativa também promete brilhar na campanha de 2016. O seu diferencial é a possibilidade de ser usado como um poderoso meio de gestão da campanha, seja por permitir a troca de informações e a comunicação imediata entre gestores, militantes e cabos eleitorais, seja por facilitar a distribuição de imagens, fotografias, vídeos, banners e links que poderão ser compartilhados em outras mídias sociais.

PASSO 1

Criando grupos Como sabemos, o Whatsapp possibilita a criação de grupos específicos que, no caso da campanha, podem ser dos gestores, dos militantes e cabos eleitorais, dos apoiadores, dos eleitores, amigos, familiares, etc. Para cada público ou grupo, a fluência de informações é instantânea, permitindo grande agilidade na comunicação da campanha. Dica: As regras da propaganda eleitoral valem também para o Whatsapp.

PASSO 2 Lista de Transmissão Além dos grupos, o whatsapp também permite a criação de lista de transmissão. Com o recurso, o(a) candidato(a) pode enviar uma mensagem para vários contatos de uma só vez. As listas podem ser criadas de acordo com grupos específicos; como: mulheres, jovens, idosos, entre outros; facilitando a apresentação de propostas para cada setor da sociedade.

Dica: Assim como o facebook, o whatsapp é uma ferramenta interativa, no qual é preciso responder os questionamentos dos eleitores. 0607


outras redes Embora com menor penetração, Youtube, Instagram e Twitter são também importantes instrumentos para as campanhas eleitorais, cada qual com suas especificidades próprias. Vejamos: Youtube

instagram

twitter

Canal para a divulgação e o armazenamento dos vídeos do(a) candidato(a) e dos eventos das campanhas.

Canal para a divulgação de fotos e pequenos vídeos que pode ser usado para dar um perfil mais pessoal à campanha do(a) candidato(a), com a disponibilização de fotos de bastidores, encontros com amigos, momentos com a família, etc.

Canal utilizado principalmente por jornalistas, blogueiros e formadores de opinião. Além de fonte de informação, pode ser usado para a veiculação de notícias jornalísticas da campanha e para o relacionamento com esses públicos.

Dica: Essas ferramentas podem ser configuradas no site do candidato e estão também sujeitas às regras da propaganda eleitoral na Internet. 07


site do candidato( a ) Diante do avanço das mídias móveis e das redes sociais, os sites oficiais têm perdido acesso no Brasil e no mundo, inclusive nas campanhas eleitorais. Entretanto, eles ainda são instrumentos estratégicos para as campanhas, sobretudo porque permitem organizar melhor as informações do(a) candidato(a) em um único ambiente on-line, bem como facilitam o diálogo e a sintonia com as demais redes sociais. Criando um site Caso já tenha um site ou blog, o(a) pré-candidato(a) deve adaptá-lo para a campanha eleitoral oficial, permitida a partir do dia 16 de agosto. Seja adaptando um site ou blog já existentes ou criando um novo, é fundamental que a programação seja responsiva, de forma a que funcione bem quando acessado por dispositivos móveis, como os celulares. Em termos de conteúdos, o site deve conter algumas informações importantes, como:

Dica: O domínio (endereço) do site de campanha deve ser comunicado à Justiça Eleitoral. 08


Presidenta Cida de Jesus 1º Vice-Presidente Marcos Joseraldo Lemos 2º Vice-Presidente Alfredo Ramos Neto 3º Vice-Presidente Maflavia Aparecida Luiz Ferreira Secretário Geral Cristiano Tadeu da Silveira Secretário de Comunicação Ulysses Gomes de Oliveira Neto Secretário de Finanças Jorge Alexandre Santos Luna da Silva Secretária de Formação Lílian Macena Secretário de Movimentos Populares Andre Marcio Barbosa Xavier Secretário de Organização Luiz Carlos Amaro Mamede Secretário Assuntos Institucionais Carlos Eduardo de Oliveira Colaboradores Américo Antunes / Gabriela Fagundes / Guto Respi Produção / Design / Ilustração Assessoria de Comunicação Partido dos Trabalhadores Minas Gerais Tiragem: 5.000



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