ambiente pelágico
O “trânsito” pelágico
André Santoro, Augusto Costa, Cynthia Ranieri e Tatiana Neves Projeto Albatroz
O
ambiente pelágico, zona pelágica ou domínio pelágico é a região oceânica onde vivem normalmente seres que não dependem dos fundos marinhos. Trata-se do ambiente ecológico das águas oceânicas abertas, acima do ambiente bentônico do fundo dos mares. Assim, a zona pelágica começa abaixo da zona de influência das marés, prolongando-se até o alto-mar, em profundidades que variam desde algumas dezenas de metros até as águas profundas. Esse ambiente é utilizado para muitas atividades humanas, tais como: a pesca, a exploração de petróleo e gás natural e a navegação, incluindo o transporte de mercadorias.
Olhando da costa, os seres humanos nem imaginam o que acontece em alto-mar. No fluxo das correntes oceânicas seguem mar afora grandes cardumes e animais solitários em rota migratória. Os barcos de pesca por sua vez realizam muitas dessas rotas atrás dos cardumes. Também por esses caminhos seguem navios de carga, transportando uma infinidade de mercadorias vindas de todos os locais do planeta. Além das “coisas boas”, também podemos encontrar, vagando pelo oceano, uma imensa quantidade de lixo, principalmente plástico, oriundo das zonas costeiras e também despejado por essa frota de barcos e navios. Infelizmente, o lixo transita quase que impune, causando danos para todo o ecossistema marinho, sendo ingerido, por acidente, pelos animais, que o confundem com alimentos.
O ambiente pelágico pode ser dividido em zonas, de acordo com a incidência de luz solar Zona Fótica A zona fótica é a região onde a luz do sol consegue penetrar na coluna d’água e manter o processo de fotossíntese. Essa zona contém o maior número de organismos fotossintéticos assim como o maior número de animais. Essas grandes populações de organismos fotossintéticos conseguem manter outras grandes populações de herbívoros e, em consequência, as espécies de predadores que deles se alimentam. Zona Afótica É a região permanentemente escura, onde não existe incidência de luz solar, situada abaixo da zona fótica e se estende até o fundo dos oceanos. A maior parte dos oceanos jamais é iluminada pela luz solar.
ca
na
Zo
ti ó f a
Como e por quê se formam as correntes marinhas? As correntes marinhas são o movimento de grandes corpos de água nos oceanos. Elas são produzidas quando o vento sopra sobre a superfície e pela diferença de temperatura da água empurrando e puxando a água, gerando atrito e transferindo energias, fazendo com que a massa de água superficial se mova. Essa energia transferida continua a descer e agir pelas camadas mais profundas do oceano. Assim como os rios, as correntes marinhas se movem em padrões previsíveis. As correntes superficiais carregam o plâncton por uma rota conhecida e influenciam a distribuição dos animais marinhos, pois os grandes predadores se alimentam dos animais que seguem o plâncton, do qual se alimentam.
A luz do sol aquece duas vezes mais os oceanos nas regiões equatoriais, isto é, as águas próximas à linha do Equador. Porém isso não faz com que as águas equatoriais sejam cada vez mais quentes e as águas dos polos cada vez mais frias. Existe um equilíbrio térmico, um balanço, que faz com que o calor seja transferido. Essa transferência é feita pela atmosfera e pelos oceanos. Esse equilíbrio é importante para a formação das grandes correntes oceânicas no planeta, pois o movimento provocado pelo equilíbrio térmico é responsável por grandes deslocamentos de água.
Ilustração representando o ambiente pelágico e alguns de seus habitantes
30
31