mudança tranquila
Autonomia, a construção eterna Em tempo de guerra desenhada em exercício de barbárie, atrocidade e crueldade, a invasão e agressão russas, reafirmam o secular combate pela autonomia e independência de decisão. Por Carlos Lourenço Fernandes
C
onceitos ( e práticas ) como autonomia, isto é, o direito de
cidadania, famílias, empresas e Estados, decidirem em função da sua matriz normativa, das suas leis ou interesses, traduz um exercício de conflito e ordem que atravessa milénios de pensamento político e que busca a Paz Perpétua ( de Kant ) ou o primado da Lei ( de Montesquieu ) sobre a barbárie da prática ou domínio do mais forte. A autonomia ou o poder, em livre arbítrio, de tomar as decisões que me são convenientes, em independência, em processamento de informação e sem constrangimentos, é um exercício, é uma vivência que corresponde ao 58 | REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2022