P&L-Portugues-Outubro de 2011

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Mercados digitais

Tendências de negociação na América Latina

Negociação algorítmica: lutar ou fugir? Segundo o mais recente relatório do Aite Group, a negociação de câmbio automatizada aumentou de forma contínua nos últimos anos e espera-se que atinja taxas de adoção de quarenta por cento em 2012. Um relato de Alice Attwood.

ormalmente utilizada no mercado de ações, a negociação algorítmica está cada vez mais sendo adotada em outros mercados, como o de câmbio, opções em ações e futuros, de acordo com o último relatório do Aite Group, Negociação algorítmica de câmbio:pronta para decolar? Quando consideramos a negociação algorítmica de câmbio, é preciso ter uma atenção específica em razão do fato de que existe um mercado de balcão (OTC) sem uma estrutura regulatória e uma infraestrutura de câmbio centralizada. Contudo, é importante observar que a infraestrutura de câmbio tornou-se mais presente nos últimos anos, com impulso e adoção cada vez maiores recentemente, em parte em virtude do desejo das empresas por maior transparência e gestão do desempenho na execução. De acordo com Sang Lee, autor do relatório, “durante anos, o conceito de uso de um algoritmo para a execução no câmbio parecia desnecessário, uma vez que o mercado é extremamente líquido e mesmo os maiores blocos podem ser movidos sem causar grande impacto. A tendência da maioria dos bancos que oferece um algoritmo de câmbio foi a de buscar um modelo híbrido, no qual algoritmos de liquidez simples e liquidez múltipla são oferecidos aos clientes.” Os algoritmos de liquidez simples normalmente estão disponíveis em bancos específicos, que atuam como contraparte

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única, ao passo que os algoritmos de liquidez múltipla têm o potencial de buscar liquidez em diversas fontes, como plataformas ou redes de comunicação eletrônica (ECNs) de câmbio. O artigo da Aite cita estatísticas, observando que o mercado de câmbio registrou um volume médio diário em 2010 de 4,1 trilhões de dólares, um pouco abaixo dos números de 2008 (4,3 trilhões de dólares); o relatório atribui as altas históricas em 2008 em parte à grande volatilidade.

Participantes do mercado O relatório de Lee também examina os participantes do mercado de câmbio– outra área que mudou de forma significativa nos últimos anos, à medida que mais instituições financeiras não bancárias tornaram-se participantes desse mercado. “Os bancos foram responsáveis por 64% de todas as operações em 1995, mas esse número caiu para menos de quarenta por cento em 2010. As operações de instituições financeiras não bancárias cresceram de vinte por cento em 1995 para 48% em 2010, tornando-se a maior contraparte do mercado de câmbio.” A dinâmica do mercado de cliente para investidor também mudou. Ao final de 2010, respondia por 61% de todas as operações de câmbio, tendo o mercado interbancário atingido


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