Revista Ponto de Encontro Ed. 36

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FOTOS: © GOODLUZ / FOTOLIA E OFFICE.MICROSOFT

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Internet trouxe inúmeras formas de comunicação entre as pessoas. As distâncias diminuíram, as possibilidades aumentaram e agora é possível interagir com o mundo inteiro. E tudo isso é facilitado pela popularização das redes sociais. Seja pelo Orkut, Facebook ou Twitter, pode-se conversar com quem quiser. E também se corre o risco de divulgar informações ou pensamentos que deveriam ficar no modo privado. “Hoje em dia, com a popularização e a democratização do acesso à Internet, as redes sociais passaram a ter importância vital na organização e nas relações de uma sociedade. Um assunto polêmico que se torna o mais comentado no Twitter costuma ter mais força do que uma passeata, pelo alcance que a notícia tem. Muitos protestos, coberturas de conflitos étnicos e de aspectos de uma guerra começaram a ser noticiados via Twitter, por exemplo. Ou seja, além de ser uma plataforma de diversão, relacionamento e informação, a rede social também tem o poder de tornar formadora de opinião uma pessoa que não teria poder de voz em uma sociedade anterior à explosão digital. Além disso, as redes sociais também são fundamentais para pessoas manterem contato de uma forma mais ativa com amigos ou familiares que moram longe”, opina Mattheus Rocha, coordenador de mídias e redes sociais da agência Fizzy Marketing Digital. Se a Internet é um território livre para a exposição de ideias, também pode ser uma plataforma de divulgação que atinge milhares de pessoas. Por isso, pode ser até perigoso escrever tudo que “vem à cabeça”. Claro, você pode se expor sem prejudicar sua própria imagem ou ser formal demais. Mas sempre com cautela e bom senso! “Há diversos tipos de usuários nas redes sociais. Existem aqueles que são os chamados de carentes digitais, que adoram falar tudo o que estão fazendo, inclusive as coisas mais triviais possíveis e imploram um ‘like’ ou um ‘RT’, os engraçadinhos que só publicam futilidades e também os usuários mais engajados, que gostam de levantar questionamentos importantes sobre política e assuntos relevantes. Não há um padrão comprovadamente exemplar de como se comportar nas redes sociais e tudo depende do objetivo e do perfil do usuário. Mas uma coisa é básica: é preciso respeito pelas pessoas”, complementa Mattheus. “Muitas pessoas misturam ou acham que ser informal nas redes sociais é abusar da paciência dos amigos com imagens, vídeos, convites, solicitações e outras coisas que não sejam do agrado da maioria. A informalidade nas redes sociais pode ser expressa em itens interessantes, como seu hobby, alguma viagem, um lugar interessante de que gostou, brincadeiras leves etc.”, ressalta Marina Mizioka, coordenadora de mídias sociais na agência Era.

TRABALHO X REDE Quem tem um emprego fixo ou está à procura de um deve ter um cuidado redobrado com aquilo que posta nas redes sociais. Palavras mal colocadas podem imediatamente se tornar pontos negativos no ambiente de trabalho. “Todo tipo de exagero pode gerar problemas. Pergunte-se sempre: ‘O que meu chefe pensaria sobre esta foto?’. Se a resposta é: ‘Faria um péssimo juízo de mim’, essa foto não deve ir para a Internet. E por favor, não é hora de ser imaturo, e pensar: ‘Dane-se a opinião dele!’. O ser humano é livre para fazer escolhas. Só precisamos entender que, ao fazer escolhas, precisamos estar preparados para assumir o ônus e o bônus dessas escolhas”, aconselha Marcia Luz, psicóloga e coach executiva formada pelo ICI (Integrated Coaching Institute). “Há uma linha divisória entre o bom senso e o extrapolar. Há sempre aquelas comunidades ‘odeio acordar cedo’, ‘odeio meu trabalho’, ‘baixo filme no trampo’, ‘voodoo no meu chefe’, além de outros fatores, como currículo e portfólio desatualizados e tweets agressivos ou que de alguma forma ofendam o ambiente de trabalho”, aponta Marina. E um aviso importante para os candidatos que vão participar de uma seleção de emprego: muitas empresas, além de analisar o currículo, também fazem uma consulta às redes sociais. “Grande parte das empresas faz isso. Pode-se saber muito sobre um candidato navegando na Internet. E não adianta se sentir ofendido com a invasão de privacidade, pois se está na mídia, a informação passou a ser pública. O que você faz em sua vida particular mostra que tipo de ser humano e, portanto, que tipo de profissional você é. Não coloque na Internet o que você não quer ver divulgado”, finaliza Marcia.

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