Toda sua sylvia day

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— Ela pode ser um problema pra mim, repeti. Não queria deixar o assunto morrer. — Ela não vai ser um problema. Vou falar com ela. Detestei a ideia de que ele falasse com ela, porque me deixou morta de ciúmes. Achei melhor deixar isso bem claro logo de início. — Gideon... — Sim? Ele já havia terminado o sanduíche e estava comendo as batatas. — Sou muito ciumenta. Isso me tira do sério. Remexi minhas batatas. — Talvez você queira pensar a respeito. Está mesmo disposto a lidar com uma pessoa com problemas de autoestima como eu? Foi uma das coisas que me fez pensar duas vezes antes de ficar com você. Eu sabia que ficaria maluca vendo a mulherada babando por você, sem poder fazer nada a respeito. — Agora você tem o direito de fazer algo a respeito. — Você não está me levando a sério. Balancei a cabeça e dei outra mordida no sanduíche. — Nunca falei tão sério na minha vida. Inclinando—se para a frente, Gideon passou a ponta do dedo no canto da minha boca, depois lambeu o restinho de molho que tirou de lá. — Você não é a única possessiva aqui. Eu também vigio bem de perto o que é meu. Disso eu não duvidei nem por um segundo. Dei outra mordida e comecei a pensar na noite que teria pela frente. Estava ansiosa. Absurdamente. Estava louca para ver Gideon sem roupa. Louca para passar minha boca pelo corpo inteiro dele. Louca para ter outra chance de fazê—lo perder a cabeça. Eu estava quase desesperada para senti—lo em cima de mim, avançando contra mim, entrando bem fundo dentro de mim... — Continue pensando nisso, ele disse asperamente, — e vai se atrasar de novo. Olhei para ele com uma expressão de surpresa. — Como você sabe o que estou pensando? — Você fica com essa cara quando está com tesão. Quero ver você assim sempre que possível. Gideon pôs a tampa sobre sua bandeja e se levantou, sacando do bolso um cartão de visitas e colocando na minha frente. Dava para ver que tinha o número do celular e da casa dele escritos à mão. — É uma coisa meio banal pra se dizer depois do que acabamos de conversar, mas preciso do número do seu celular. — Ah. Meus pensamentos foram arrancados das imediações da cama. — Preciso comprar um primeiro. Está na minha lista. — O que aconteceu com o que você estava usando na semana passada? Franzi o rosto. — Minha mãe estava usando para rastrear minha movimentação pela cidade. Ela é do tipo... superprotetora. — Entendo. Ele acariciou meu rosto com as costas da mão. — Era disso que você estava falando quando disse que sua mãe vivia te espionando. — Infelizmente. — Muito bem, então. Cuidamos da questão do telefone antes de ir à academia. É importante para sua segurança. E eu quero poder ligar pra você sempre que quiser. Deixei de lado a parte do sanduíche que não conseguiria comer e limpei as mãos e a boca. — Estava uma delícia. Obrigada. — O prazer foi todo meu. Ele se inclinou e me deu um beijo de leve. — Vai precisar usar o banheiro? — Vou. Preciso da minha escova de dentes, que está na bolsa.


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