Para sempre sua sylvia day (1)

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“Cary.” Eu sacudi a cabeça. Ele era incorrigível. “Você pretende apresentar Tatiana para Trey?” Ele encolheu os ombros. “Não acho que seja uma boa ideia.” “Ah, não?” “Tatiana é puro veneno, mesmo quando está de bom humor, e Trey é um cara bonzinho. Acho que eles não vão se dar muito bem.” “Você falou que não gostava tanto da Tatiana. Isso por acaso mudou?” “Ela tem o jeito dela”, ele desconversou. “E eu sou capaz de conviver com isso.” Eu o encarei. “Ela precisa de mim, Eva”, ele disse baixinho. “Trey quer ficar comigo, e acho que até me ama, mas não precisa de mim.” Isso eu entendi. Era legal se sentir necessário de vez em quando. “Tá certo.” “E quem garante que só existe uma pessoa no mundo capaz de suprir as nossas necessidades?” Ele deu uma risadinha. “Eu não acho que seja assim. Você, por exemplo, está se dando bem com um cara sem saber nem o nome dele.” “Acho que essa sua situação pode funcionar pra pessoas que não sejam ciumentas. Não é o meu caso.” “Pois é.” Ele bateu sua caneca na minha. “Então vai ser Cristal com...” “Humm...” Ele curvou os lábios. “Tapas?” Eu pisquei os olhos, confusa. “Você quer levar o meu pai pra sair?” “Não é uma boa ideia?” “É uma ótima ideia, se ele topar.” Eu abri um sorriso. “Você é demais, Cary.” Ele piscou para mim, e eu me senti um pouco mais calma. Tudo na minha vida parecia estar de pernas para o ar, principalmente o meu relacionamento com as pessoas que eu amava. E isso era difícil para mim, porque era com elas que eu contava para manter a serenidade. Mas talvez, quando tudo aquilo terminasse, isso serviria para me tornar uma mulher ainda mais forte. Capaz de me equilibrar melhor em minhas próprias pernas. Isso faria todo o sofrimento e a aflição valerem a pena. “Quer que eu arrume o seu cabelo?”, ofereceu Cary. Eu fiz que sim com a cabeça. “Por favor.” Quando cheguei ao trabalho, fiquei desapontada ao ver que Megumi estava infeliz. Ela me cumprimentou com um aceno desolado depois de liberar o acesso da porta de vidro, e desabou na cadeira. “Menina, você precisa dar um pé na bunda desse Michael”, eu falei. “Ele não está fazendo bem pra você.” “Eu sei.” Ela tirou da ente do rosto a anja de seus cabelos em estilo chanel. “A próxima vez em que falar com ele, vou pôr um ponto final em tudo. Não tenho notícias dele desde sexta, e não consigo parar de pensar no que ele aprontou na tal festa de despedida de solteiro.” “Argh.”


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