Revista Primeira · 02 · Maio / 2013

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Quando uma filha casa, a mãe volta no tempo...E, muitas vezes, se vê na filha. Mas, nem sempre noiva e mãe possuem tarimba suficiente para se defender das artimanhas da grande indústria que é hoje realizar um casamento...

NOIVAS

Antigamente, bastava marcar a data, comprar um vestido... Sim, antes não se alugavam vestidos e, pasmem, eles custavam mais barato que muito aluguel de vestido hoje em dia!!!!

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s festas eram organizadas pelos pais, que convidavam seus amigos e parentes, na maioria das vezes para um coquetel no salão da Igreja...tudo muito fácil!!! Mas, hoje a coisa é bem diferente. Uma noiva que decide organizar seu próprio casamento, rapidamente se vê maluca com tanta informação e tanta coisa para providenciar. E, se a mãe ajudar, muitas vezes, a coisa fica pior, pois para as pessoas da minha geração é quase inconcebível, o evento que se tornou um casamento! A minha relação com essa loucura, começou ao ajudar minha filha mais velha, a Luciana, a organizar seu casamento.Disposta a não desistir diante dos tropeços iniciais... parti para estudar o funcionamento dessa nova estrutura organizacional. Com isso, descobri que muito do que é feito e dito hoje não passa de pegadinhas onde as noivas desinformadas e ávidas em ver seu sonho se realizar, acabam gastando infinitamente mais do que imaginaram inicialmente. Descobrimos, por exemplo, que o mesmo vestido pode ter seu preço triplicado se a noiva desavisada responder a uma simples e inocente pergunta da vendedora quantos convidados terá a festa. Isso indica quanto a noiva está disposta a gastar! Outra pegadinha é a noiva ouvir de um profissional coisas do tipo “não ganho nada com isso” ou “farei o que for melhor pra você”... Muitas vezes, por trás dessas frases se escondem parcerias comissionadas! Mesmo depois de casar duas filhas, ajudar amigas delas e escrever várias vezes sobre isso, queria mais... Assim, montei um blog kicapaivaassessoria. blogspot.com onde publico dicas sobre temas que as noivas me solicitam. Mas hoje sei que o trabalho de assessoria não é o que eu queria... Eu quero mesmo é ajudar as noivas nessa fase de busca das melhores coisas para a realização desse sonho, sem me envolver com o dia do evento... Assim surgiu a Kica Paiva Consultoria, que hoje é também uma página do Facebook. Dessa forma, consigo passar para minhas noivinhas, minha experiência não só como consultora mas, principalmente como mãe. Afinal, os sonhos existem para que sejam realizados e quem melhor que uma mãe pra fazer isso???

Para Elaine Goulart, mãe da Aretha, “assim que eles anunciaram a data do casamento, começou a dor de barriga. Começamos pelo buffet, e o primeiro ela já gostou: é um mundo de sonho de fadas, mas de fadas bem caras. E ela queria um dia de fada ou melhor o dia do seus sonhos.” Ela também comenta essa fase da loucura: “Ah! e esse tal de estresse abalou todos nós daqui de casa. Foi muito difícil de lidar e entender, algumas vezes, a minha filha mesmo. O pior disso tudo foi quando soubemos que a loja que ela tinha feito seu vestido para seu casamento pegou fogo. Nossa... só de falar vem lágrimas nós olhos. Mas como toda guerreira ela deu a volta por cima e seguiu. Tivemos mais tropeços mais conseguimos levar.” Para Elaine, que tem mais duas filhas, Andréa e Adrielle, sobre essa primeira experiência diz: “O que eu aprendi foi que depois de um nascimento de uma filha, seu casamento é um complemento. Ela está formando uma família. É o cliclo da vida. No casamento da próxima filha eu estarei mais preparada para as surpresas, mas cada casamento é um casamento. Haverá outras surpresas gostosas. Como a Dri e a Déa participaram, também elas também vão estar um pouco mais preparadas.”


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