Catálogo I Prêmio Rosa Kliass

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I PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

Catálogo dos trabalhos inscritos em 2017


I PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

Abap – Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas Gestão 2015-2017 PRESIDÊNCIA

Jacobina (Nina) Albu Vaisman – SP VICE-PRESIDÊNCIA

Luciana Bongiovanni Martins Schenk – SP DIRETORIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

Rosilene Guedes de Souza – MG DIRETORIA FINANCEIRA

Lígia Teresa Paludetto Silva – SP

Em 28 de maio de 1976, foi criada a Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP), em resposta à solicitação oriunda do encontro da International Federation of Landscape Architects (IFLA) realizado no ano anterior, em San Antonio, Texas (EUA). A arquiteta paisagista Rosa Grena Kliass, então membro individual da IFLA, reuniu um grupo de profissionais atuantes em São Paulo e juntos decidiram pela fundação de uma associação que representasse o Brasil na instituição internacional. Segundo suas disposições estatutárias, suas principais metas consistem em assistir, promover, apoiar, incentivar e desenvolver ações científicas, tecnológicas, educacionais, culturais, sociais e ambientais que visem o desenvolvimento, a divulgação e a valorização profissional da Arquitetura Paisagística no país. Para o seu alcance, tem, entre seus objetivos, incentivar e promover a divulgação, a valorização e o aperfeiçoamento da Arquitetura Paisagística como instrumento a serviço do bem estar público; divulgar, publicar e distribuir informações, dados, trabalhos, estudos e documentos relacionados com o seu objeto social; e criar prêmios, concursos e outras ações de estímulo relacionadas com o seu campo de atuação.

DIRETORIA ADMINISTRATIVA

Vera Regina Tângari – RJ DIRETORIA CULTURAL

Eliane Guaraldo – MS - 67 9213-8113 DIRETORIA DE COMUNICAÇÕES

Barbara Irene Wasinski Prado – MA CONSELHO FISCAL

Alessandro Filla Rosaneli – PR Fábio Robba – SP Patrícia Costa Pellizzaro – SC CONSELHO CONSULTIVO

Eduardo Henrique Faria Barra – RJ Letícia Peret Antunes Hardt – PR Luciano Fiaschi – SP

Nina Vaisman Presidente da Associação Brasileira dos Arquitetos Paisagistas


I PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

I Prêmio Rosa Kliass – Concurso Universitário Nacional de Paisagismo

O aluno que decide fazer um trabalho de arquitetura paisagística no final da graduação trabalha muito. Este aluno resolve questões urbanísticas de um trecho da cidade, desenha vias, implanta edificações, desenvolve o projeto da área livre e chega mesmo a definir mobiliários urbanos. Muitos trabalhos de arquitetura não chegam a mesmo grau de complexidade.

comissão organizadora

Alessandro Filla Rosanelli, UFPR Bárbara Prado, UEMA Fábio Robba, SENAC SP Francine Sakata, ABAP Lígia Paludetto, ABAP Luciana Bongiovani Schenk, IAUSP São Carlos Marieta Cardoso Maciel, UFMG Paulo Cássio Gonçalves, FIO Ourinhos

Assim, o I Prêmio Rosa Kliass – Concurso Universitário Nacional de Paisagismo foi idealizado para valorizar o trabalho destes alunos e, com isto, toda esta profissão. Nossos objetivos foram: • Reunir projetos de arquitetura paisagística produzidos na universidade de modo a investigar quais iniciativas de projeto sobre tema vem sendo realizadas; • Valorizar os professores e as instituições de arquitetura e urbanismo e o seu envolvimento com a arquitetura paisagística; • Reconhecer e valorizar alunos que tenham desenvolvido trabalhos de excelência, apresentados em 2016, como uma incentivo ao início de suas carreiras;

Paulo Pelegrino, FAUUSP

• Tornar mais conhecida a entidade, ABAP, junto aos recém-formados e às instituições de ensino;

Vera Tângari, UFRJ

• Prestar tributo à paisagista brasileira Rosa Kliass, a quem a profissão tanto deve.

Eliane Guaraldo, UFMS jurados REGIÕES 1 e 2 REGIÃO 1: AC, AP, AM, DF, GO, MS, MG, PA, RO, RR, TO REGIÃO 2: AL, BA, CE, MA, PB, PE, PI, RN, SE

Alessandro Filla Rosanelli Luciano Fiaschi jurados REGIÃO 3 REGIÃO 3: ES, MG e RJ

O alcance obtido na primeira edição nos surpreendeu. Os resultados foram divulgados no dia 15 de novembro de 2017 e, no dia 21, na noite da cerimônia de premiação, estavam presentes os alunos que venceram ou que receberam menções honrosas, vindos de Salvador, Brasília, Bauru, Duque de Caxias. A premiação na área da arquitetura paisagística era uma ‘demanda reprimida’ e a realização do Prêmio Rosa Kliass deve, sem dúvida, ser continuada nos próximos anos. Agradeço ao CAUSP, à comissão organizadora, aos jurados, às escolas participantes e a todo apoio que tivemos.

Bárbara Prado Fábio Robba Paulo Cássio de Moraes Gonçalves jurados DA REGIÃO 4 REGIÃO 4: SÃO PAULO

Eduardo Barra Monica Bahia Schlee Vera Tângari

Francine Sakata Responsável técnico I Prêmio Rosa Kliass


I PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

jurados REGIÃO 5 REGIÃO 5: PR, SC, e RS

Método

Paulo Pellegrino

Uma forma de valorizar a produção em todo o país foi nomear um vencedor em cada uma das 5 regiões. A região 1 compreende os estados da Região Norte e Centro-Oeste; a 2, os estados do Nordeste; a 3, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo; a 4, o estado de São Paulo, pelo número de escolas; e a 5, os estados do Sul. O vencedor nacional foi divulgado depois da cerimônia de premiação e não recebeu prêmiação adicional além do certificado.

Luiz Vieira jurados vencedor nacional

Rosa Kliass Ligia Paludetto Luciana Bongiovani Schenk site

Soleil Sistemas apoio

Felipe Neres secretária

Josiane Santos organização do evento

Patrícia Santanna troféus

Heloisa Nunes patrocínio

CAU SP

Optou-se por solicitar às escolas que indicassem os trabalhos e os diretores ou coordenadores de curso que fizessem as inscrições, não os alunos. Este é também o procedimento adotado pelo Prêmio Ópera Prima. As vantagens são inúmeras: os trabalhos já chegam triados; as escolas se responsabilizam pela autoria e originalidade dos trabalhos; o julgamento se torna mais ágil; e é possível responder dúvidas e dar suporte às inscrições e uploads de trabalhos. Além do site e da página no facebook, foram contactadas, por telefone e e-mail, o maior número de escolas possível. Na região Norte, foram contactadas por telefone todas as escolas de arquitetura e urbanismo. Nas demais regiões, não foi possível o contato com todas mas foi alcaçado um grande número. Com isto, nesta primeira edição do Prêmio Rosa Kliass, recebemos 55 trabalhos de todo Brasil. Trata-se da melhor produção das escolas participantes dentro deste tema. Dos 55 trabalhos, 3 eram da Reginão Norte e Centro-Oeste, 8 da Região Nordeste; 16 da Região São Paulo; 16 de MG, RJ e ES e 12 da Reginão Sul. O concurso foi divulgado, espontaneamente, em revistas e blogs de arquitetura e newsletters de associações e de universidades. As repostagens, visualizações e interações em mídias sociais foram bastante satisfatórios. No Facebook, a página do Prêmio teve mais de 9 mil pessoas alcançadas no Brasil. O post de divulgação do trabalho vencedor alcançou 6.800 pessoas, teve 95 curtidas e 33 compartilhamentos.

Paulo Cássio de Moraes Gonçalves Membro da Comissão Organizadora


I PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

I Prêmio Rosa Kliass – Concurso Universitário Nacional de Paisagismo: Catálogo dos trabalhos apresentados em 2017 organizaÇÃO do catálogo

Francine Gramacho Sakata Paulo Cássio de Moraes Gonçalves Felipe Neres diagramação

Felipe Neres Tarsila Namiki

Sakata, Francine Gramacho I Prêmio Rosa Kliass – Concurso Universitário Nacional de Paisagismo: Catálogo dos trabalhos apresentados em 2017 / Francine Gramacho Sakata, Paulo Cássio de Moraes Gonçalves, Felipe Neres. -- São Paulo, 2018. 130 f. : il Catálogo -- Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas, 2018. 1. Arquitetura paisagística. 2. Concurso universitário. I. Gonçalves, Paulo Cássio de Moraes. II. Neres, Felipe.

Imagens da cerimônia de premiação, realizada no dia 21/11/2017, no edifício do IAB em São Paulo. Fotos: Paulo Gonçalves e Josiane Santos | acervo ABAP.


I PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

VENCEDOR DO I PRÊMIO ROSA KLIASS - REGIÃO 5 (SUL) E NACIONAL: Sheila Patrícia de Andrade Urbanidade Oculta: uma reconciliação entre os espaços livres e as águas urbanas em Xaxim, SC Orientadora: Daiane Regina Valentini UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL (UFFS) - ERECHIM - RIO GRANDE DO SUL ____________________ VENCEDOR DO I PRÊMIO ROSA KLIASS - REGIÃO 1 (NORTE E CENTRO-OESTE): Thais Lacerda de Castro A terceira margem Orientador: Elane Ribeiro Peixoto UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL ____________________ VENCEDOR DO I PRÊMIO ROSA KLIASS - REGIÃO 2 (NORDESTE): Nicholas Alexandre Dourado Beloso Ecossistema urbano: ecologia e paisagem na Enseada do Cabrito Orientador: Naia Alban Suarez UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA) - SALVADOR - BAHIA ____________________ VENCEDOR DO I PRÊMIO ROSA KLIASS - REGIÃO 3 (MG-RJ-ES): Aydam de Paula MUNICÍPIO-PARQUE: SISTEMA DE ESPAÇOS LIVRES DA BACIA DO RIO BENGALAS - NOVA FRIBURGO/RJ Orientador: Vera Regina Tângari UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ) ____________________ VENCEDOR DO I PRÊMIO ROSA KLIASS - REGIÃO 4 (SP): Lais Nogueira Recuperação e Requalificação de Área Degradada por Extração Mineral: Aglomeração Urbana de Piracicaba – Piracicaba Orientadora: Lígia Nerina Rocha Duarte UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA (UNIMEP) - SANTA BÁRBARA D´OESTE - SÃO PAULO

MENÇÃO HONROSA: Michele Ferreira de Abreu REDESCOBRINDO A ORLA: UM LUGAR DE LAZER E MEMÓRIA NA ILHA DO GOVERNADOR Orientador: Raquel Hemerly Tardin Coelho UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ) ____________________ MENÇÃO HONROSA: Maiara Dos Santos Dias (Re)pensar o não lugar: Projeto de regeneração urbana do baixio e entorno da Ponte da Passagem, em Vitória - ES Orientador: Karla do Carmo Caser UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) ____________________ MENÇÃO HONROSA: Raquel Correa Mesquita A Integração de áreas fragmentadas através do Projeto de Espaços Livres de Uso Público. Uma transformação do caminhar no bairro Bento Ferreira, em Vitória, ES Orientador: Ana Paula Rabello Lyra UNIVERSIDADE VILA VELHA (UVV) - ES ____________________ MENÇÃO HONROSA: Ingrid Souza da Silva Parque Urbano Germinar: Melhoria da qualidade de vida através da cultura, educação ecológica e esporte no município de Duque de Caxias – RJ Orientador: Glaucineide do Nascimento Coelho UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY (UNIGRANRIO) - DUQUE DE CAXIAS - RIO DE JANEIRO ____________________ MENÇÃO HONROSA: Murilo Bruno Camurça Favela e cidade: uma proposta de urbanidade para o Jardim San Rafael Orientador: Arlete Maria Francisco UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO (UNESP) - PRESIDENTE PRUDENTE/SP ____________________ MENÇÃO HONROSA: Julia Lobo Caixeta Revisitando um sonho moderno. Sistema de espaços livres de Goiânia: dos planos de Attílio Corrêa Lima e Armando de Godoy à situação atual Orientador: Marta Enokibara UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO (UNESP) - BAURU/SP ____________________ MENÇÃO HONROSA: Gustavo Dörfschmidt Conexão de espaços livres na área central de Santa Rosa, RS Orientador: Fábio Müller UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM)


VENCEDOR REGIÃO 5 (SUL) E NACIONAL

I PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

Urbanidade Oculta: uma reconciliação entre os espaços livres e as águas urbanas em Xaxim-SC UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL (UFFS) - ERECHIM - RIO GRANDE DO SUL Autor

Sheila Patrícia de Andrade sheeila.andrade@gmail.com Orientador Daiane Regina Valentini daiane.valentini@uffs.edu.br


o c u l t a

[ uma reconciliação entre os espaços livres e as águas urbanas em xaxim-sc ]

a discussão

o sistema de espaços livres

espaços estratégicos de drenagem aumento da permeabilidade do solo áreas de retenção das águas pluviais jardins de chuva filtragem das águas pluviais

Aqueles elementos que no início foram fundamentais para a escolha do assentamento humanos, agora são meros obstáculos a serem transpostos. São poucos a possuir a consciência da presença dos rios na cidade, é mais comum que isto aconteça quando eles transbordam e interferem na rotina das pessoas. A paisagem urbana negligencia a presença dos cursos d’água: canalizados por debaixo das vias os rios acabam por sumir da vista e do imaginário popular, além de sumirem da própria discussão a respeito da cidade.

MEIO AMBIENTE

permeabilidade

espaços ecológicos adequação de áreas com ocupações irregulares reflorestamento recuperação de fauna e flora naturais ao habitat atividades educacionais

Ao mesmo tempo que este importante elemento é deixado de lado, a cidade carece de espaços públicos que ofereçam a estrutura para a convivência social e o encontro, sem os quais o pedestre é colocado em segundo plano em detrimento de veículos motorizados. A função social da praça aos poucos vai sendo transferida para outros espaços mais fechados e individualistas. Neste trabalho espera-se combinar às intervenções realizadas na malha urbana a intervenção junto ao rio para que possa-se administrar os ciclos do mesmo sem danos para a população, avaliando a possibilidade de reintegração ao espaço urbano e resgatando os espaços para as pessoas. Parte-se do pressuposto de que todo cidadão tem direito à cidade e à qualidade de vida e de que se faz necessário considerar os espaços livres públicos como prioridade a fim de constituir um ambiente urbano e coletivo mais adequado à conservação ambiental e ao convívio social.

as diretrizes gerais

preservação

área 2 1KM

0

espaços comunitários atividades esportivas disponibilizadas à vizinhança playground e demais atividades de lazer hortas e jardins urbanos aumento da permeabilidade do solo espaço de convívio e encontro das comunidades

área 1

2KM

Rio aflorado

área 1

apropriação

Rio canalizado

INFRAESTRUTURA

Implantar mecanismos de recuperação ambiental dos recursos vegetais e hídricos; Proteção e fiscalização das áreas de APP; Atuar em convênio com as escolas para a implantação de programa de educação ambiental; Fomentar a educação ambiental através da reativação de instituição ambiental “SEMAX”

1/2

u r b a n i d a d e

O projeto se localiza na cidade de Xaxim-SC, Oeste de Santa Catarina e aproximadamente 27mil habitantes, que tem presente em sua malha urbana o Rio Xaxim, hoje parcialmente canalizado e invisível à população. O trabalho abrange a definição de um sistema de espaços livres e o projeto paisagístico de duas áreas chave para a drenagem urbana onde corpos d’água estão presentes. Cada espaço do sistema tem suas particularidades, e fez-se necessário a segmentação dos tipos de espaço produzidos pelo sistema, conforme sua urgência e adequação às necessidades do local. Trabalha-se em dois recortes específicos, aplicando as diretrizes gerais e demais diretrizes específicas de cada localidade, previamente identificadas a partir de uma análise tipo-morfológica e morfofuncional da área de estudo.

Melhorar a infraestrutura das vias e calçadas componentes do sistema incentivando o uso de pisos drenantes e jardins de chuva; Incentivar a conservação dos miolos de quadra como áreas vegetadas componentes de um sistema ecológico de infraestrutura verde na escala da cidade; Incrementar o sistema de tratamento do esgoto saMOBILIDADE URBANA nitário e implementar sistema de infraestrutura verde Amenizar o fluxo de veículos pesados nas áreas próx- para a captação e tratamento das águas pluviais imas aos espaços públicos de lazer; Incrementar a mobilidade urbana com formas alternativas de lomoção; USO E OCUPAÇÃO Conectar áreas da cidade onde o rio e a APP confiReadequar zoneamento do plano diretor criando zoguram um limite; Conectar os corpos d’água, espaços públicos de la- nas de recuperação ambiental e zonas de transição; Incentivar usos que se voltem ao rio e o beneficiem; zer e demais espaços livres Eliminar usos urbanisticamente conflituosos do enESPAÇOS PÚBLICOS torno imediato dos rio; Prover aos espaços públicos seguridade e legibili- Incentivar a ocupação de terrenos vazios aptos dendade; tro da malha urbana já existente; Promover visuais panorâmicas a fim de aproveitar o Erradicar as ocupações em áreas de risco e fazer a potencial paisagístico da cidade; relocação destas famílias em terrenos próximos à reDispor equipamentos públicos que fomentem o uso moção dos espaços públicos e que gerem movimento de pedestres, aumentando a seguridade

decks de conexão e direcionamento

aflorar o rio para propiciar a reconciliação do rio com a cidade fomentar a relação visual com o rio implementar sistema de jardins de chuva e biovaletas

1 espaço cultural

Ginásio de Esportes

funciona como um pocket park que dá sequência ao sistema de espaços livres uso de meios de transporte alternativos recuperação da mata ciliar

1

Por se tratar de uma área localizada próxima a principal praça cívica da cidade o principal intuito da intervenção é o de transformá-la num espaço-complemento às atividades realizadas próximas dali. Com o resgate do curso do rio Xaxim busca-se aumentar a área permeável e atrair novos usos de recreação, permanência e contemplação. Para que isso fosse possível opta-se pela interrupção de uma das vias, desviando seu fluxo original para as vias adjacentes de mesmo porte. A utilização das passarelas em deck possibilitam a absorção e filtragem das águas pluviais pelo solo que as encaminham diretamente para o curso d’água de forma muito mais vagarosa e saudável à dinâmica urbana. Os edifícios mantidos no terreno buscam dinamizar a utilização das áreas em seu entorno, por isso opta-se por destinar seus usos a promoção da cultura. Utiliza-se a estratégia de trincheiras de infiltração, que aumentam a permeabilidade do solo retardam a vazão das águas pluviais em toda a área do Sistema de Espaços Livres. A água advinda das chuvas é escoada e ali fica armazenada, sendo filtrada lentamente até que o solo em seu entorno a absorva. Caso o sistema fique saturado, existem drenos por onde o excedente do volume de água possa ser escoado para a galeria de drenagem convencional.

Igreja Matriz

2 Praça Central

2 vista superior área 1 gramado com acesso ao rio

deck de permanência

a

3

a`

TRINCHEIRAS DRENANTES

implantação área 1 eSCALA gráfica 0 5 10

ESQUEMAS DE FUNCIONAMENTO zoneamento

vegetação e drenagem

circulação manutenção

30

veículos

Recuperação

bicicletas

decks acesso

pedestres secundário

área gramada

pedestres acessível

contemplação

circ. esporádica

1

vista a partir do elevado

2

vista a partir do deck

porte maior sombra porte médio sombra e ornamentais porte pequeno ornamentais pré-existentes

cultural permanência

estratégias de drenagem

comercial espaços de estar

acessos

edifício comercial

calçada

via de rolamento

ciclovia

calçada

deck elevado

rio xaxim

edifício comercial

corte aa`


o c u l t a

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u r b a n i d a d e

[ uma reconciliação entre os espaços livres e as águas urbanas em xaxim-sc ]

área 2 circuitos de esportes e lazer área propícia para mirante Desenvolvimento de praças de borda, interligar usos públicos conectar a malha viária e sobretudo os caminhos de pedestres trabalhar com hortas urbanas que complementem a renda intensificar relação com o rio reter e absorver as águas pluviais excedentes desenvolvimento de programa de educação ambiental recuperação da mata ciliar

1 ESQUEMAS DE FUNCIONAMENTO zoneamento

Esta área tem grande valor dentro do sistema pois se localiza em uma região de baixa renda e de grande potencial ecológico. É a grande oportunidade de resgatar o ambiente natural ressignificando toda uma área que hoje ocorre como um limite entre dois bairros, segmentando-os. A intervenção objetiva principalmente a educação ambiental capitaneada por uma instituição local que trabalhará através da produção de mudas no resgate da vegetação das demais áreas do sistema juntamente com as escolas do município no sentido de conscientização ambiental. Opta-se pela criação de um pequeno anfiteatro alagável para as atividades externas de exploração da área a partir do programa de educação ambiental. Esta grande área também objetiva a criação de algumas praças de borda que aproximam a área dos vizinhos à medida que eles podem apropriar-se do espaço sem percorrer grandes distâncias, além de trazer consigo a interligação entre suas bordas através de caminhos e trilhas para pedestres. Apresenta ainda um espaço esportivo com quadra esportiva, pista de skate e alguns pontos subterrâneos estratégicos de retenção das águas pluviais. Objetiva-se criar usos complementares para que as atividades na área sejam diversas e instiguem a população a usar estes espaços e a criar um vínculo. A proposta visa atrair público diverso em horários diversos, mantendo o local sempre vivo.

2

manutenção Recuperação

b’

praças acesso horta drenagem

Centro Comunitário

área gramada

17

permanência

1

produção de mudas praças de borda área esportiva acessos

10

5

1

3

7

materiais predominantes Pedra Utilizada em contenções com gabião.

Madeira Representa um material sustentável com uso difundido na região, além de possibilitar maleabilidade e aparece desde o mobiliário às passarelas de conexão.

Concreto pré-moldado Com seu uso igualmente bastante difundido na região, traz a segurança que as estruturas precisam para ficarem em pé, além de configurar alguns espaços com o piso.

8

legenda 1- decks de conexão e direcionamento 2- praças de borda 3- áreas de estar 4- horta comunitária 5- espaço multiuso produtores horta 6- centro de educação ambiental (semax) 7- arquibancada/contenção em gabião 8- lago de retenção de águas pluviais 9- gramado 10- apoio ao ciclista (vestiários, bicicletário, bebedouros) 11- auditório externo 12- jardins de retenção e deck de estar 13- pista de skate alagável 14- espaço recreativo molhado 15- quadra esportiva 16- viveiro de mudas 17- trilhas exploratórias

3

2

17

circulação

9 veículos

6

bicicletas

4

pedestres secundário

3

pedestres acessível

1

fluxo esporádico

trincheira drenante inspeção

inspeção

2

espaços de estar

material granular

1 11

9

solo camada de geotêxtil material granular (britas, seixos) infiltração da água no solo dreno

dreno

calçada

ciclovia

Passarelas

trincheira de infiltração

1 3

filtro de areia solo

dreno

9

2

13

vegetação e drenagem porte maior sombra porte médio sombra e ornamentais porte pequeno ornamentais pré-existentes

via

detalhamento piso semi-permeável

15

16

9 12

1

estratégias de drenagem

ripamento de madeira

14

2

16

corrimão em madeira

1 b

vigamento metálico Perfil I”

Faculdade

3 grama comum

solo compactado

contrapiso britado

implantação área 1 eSCALA gráfica 0

10

30

concreto pré-moldado 0,8x0,8m

área de preservação permanente

lago e área contemplativa

arquibancada

vegetação

trilha

área esportiva e reservatório subterrâneo

ciclovia

pilaretes em concreto

praça de borda

corte aa’ eSCALA 1/750


VENCEDOR REGIÃO 1 (NORTE E CENTRO-OESTE)

I PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

A terceira margem UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL Autor

Thais Lacerda de Castro thaislacerda.fau@gmail.com Orientador Elane Ribeiro Peixoto elanerib@hotmail.com


A TERCEIRA

01/02

A Praça

A atual configuração das vias desfavorece o uso das margens

MARGEM

02/02 LEGENDA

Conexões e facilidade de acesso às margens

01 17

03

-80

04

18

Requalificação da Orla Norte

05 09

Espaços atrativos, rede de mobilidade e maior contato com água

destes espaços, daí a conveniência de pensá-los como um todo. Essa região situa-se em uma das saídas do Plano Piloto, no encontro de duas importantes vias da cidade: a L4 e o Eixo Rodoviário. Apesar de localizada em uma área de conexão do Plano Piloto com as cidades situadas na direção norte, os espaços públicos que contornam esta parte do lago se apresentam isolados devido à própria configuração das vias. Neles, há duas intervenções - Calçadão da Asa Norte e Parque Vivencial II -, situados em margens opostas. Ambos possuem uma infraestrutura básica, com alguns equipamentos coletivos e, de certo modo, fazem parte do cotidiano dos moradores. Embora reconhecidamente considerados pontos de lazer e encontro, apresentam problemas de acessibilidade, integração e iluminação que exigem solução. O desafio proposto foi inter-relacionar os espaços públicos existentes, visando proporcionar uma região atrativa e acessível. A requalificação explora as potencialidades do lugar, identificadas por minucioso levantamento, permitindo elencar os usos e atividades atribuídos ao local por seus frequentadores. Nas perambulações exploratórias, deparou-se com o cultivo de hortas comunitárias, árvores frutíferas, pontos de pesca, entre outros. Pode-se

Análise

Projeto

7,5%

09

05

10

02

15

06

11

+320

12 13

14

14

Academia existente Apoio e comércio Área para cachorros de grande porte Área para cachorros de pequeno porte Arquibancada e mirante Arquibancada natural Bicicletário Depósito de materiais Espaço para apresentações culturais Estação de bicicleta compartilhada Estacionamento Fonte seca Jardim de esculturas Jardins do cerrado

15 16 17 18 19 20

0

Jardins filtrantes Parquinho existente Piscina Piscina para polo aquático Pista de skate Travessia elevada ou semaforizada 10

20

30

40

50

12

19 20 14

A Ponte

01

EST RA DA PAR QU E

U para implantação de jardins ornamentais

Usos e atividades

07 08

avaliar as vocações de uso que deveriam ser respeitadas. Assim, considerou-se como questões-chaves do projeto a conexão das estruturas existentes nas duas orlas do Paranoá, e prover as áreas com equipamento de lazer, favorecendo seu uso. A integração das orlas deu-se por meio da proposição de uma rede de conexões em diferentes escalas, considerando o fluxo de automóveis, de ciclistas e pedestres. As intervenções nestas diferentes escalas implicaram no alargamento da ponte do Bragueto, a definição de caminhos com a criação de jardins, e a implantação de equipamentos de esporte para o atendimento de necessidades de lazer e contemplação, além da concepção, na escala arquitetônica, de um restaurante, bar e vestiários. A conexão das duas orlas originou uma terceira possibilidade, por esta razão, o trabalho tem por título “A Terceira Margem”, pois indica uma possibilidade entrevista no lugar: o de articular a cidade, que pressupõe uma transição, um lugar de contingências, onde passado e presente se sobrepõem para pensar o futuro.

Partido

06

+170

-80

15

O Lago Paranoá é um elemento paisagístico de Brasília que permite associá-lo ao conceito de estrutura profunda formulado por Roland Barthes. Para esse autor, uma estrutura profunda é um elemento importante na cidade, pois lhe atribui referências, permitindo aos seus habitantes caracterizá-la e nela orientar-se. Pode ser um elemento natural ou construído, equivalendo aos atributos de legibilidade e imaginibilidade urbanas discutidas por Lynch. Por esta razão, a requalificação da Orla Norte do Paranoá surgiu como tema para o trabalho de diplomação “A Terceira Margem”. O propósito de intervir nesse espaço é recuperar o sentido de área pública atribuído, na concepção de Brasília, à orla do seu lago. O crescimento urbano e o desenvolvimento da capital federal acarretaram a ocupação indevida de suas margens, tanto Norte quanto Sul. A escolha do local de intervenção baseou-se no contexto histórico, político e atual da cidade e, principalmente, na relação dos seus habitantes com o espaço. Ele foi objeto de intervenção da primeira fase de desobstrução com o “Projeto Orla Livre”, realizado pelo governo do Distrito Federal em meados de 2015, que formulou um plano de restituir ao domínio público uma faixa de 30 metros de suas bordas. Apesar desta iniciativa positiva, não foi elaborado um projeto geral para uso posterior

02

Tabuleiro superior para pedestres com acabamento em madeira

DA SN AÇÕ ES

14

04

03

- L4

07

Vigas metálicas para apoio do tabuleiro

ES TR AD AP AR QU E

Escada rampada de ligação entre nível inferiror e superior

Aberturas para acesso ao nível inferior

16

14

Treliça em V para ligação do arco estrutural com tabuleiro superior

10

DA SN AÇ ÕE S-

11 13

L4

Condicionantes ambientais Estrutura metálica de seção I

-80 Fechamento em chapa metálica perfurada Iluminação zenital Bicicletário

Arco estrutural com seção variável de 1500cm para 550 cm em direção ao centro

Vestiários públicos

Isométrica explodida da estrutura da ponte 7,5%

Depósito Preparo -80

Mobilidade

Ponte existente com redimensionamento das vias

Salão

Terraço

Planta baixa do restaurante e vestiários

Cheios, vazios e barreiras

0

10

20

30

40

50 01 02 03

Hierarquia viária

05

0

10

0

10

0

10

0

10

0

10

Contexto

Parque Vivencial II

Calçadão da Asa Norte

Medidas propostas - Redução da porcentagem de vias - Malha viária de calçadas e ciclovias - Ponte destinada aos pedestres e ciclistas - Pontos de mirante - Criação de passeios flutuantes no lago e jardim de plantas filtrantes

- Implantação de áreas de permanência estratégicas - Jardins de drenagem (chuva) em áreas críticas de escoamento - Adensamento da arborização - Utilização de plantas típicas do cerrado no paisagismo - Redução e padronização das dimensões das faixas de rolamento - Diminuição da velocidade máxima das vias - Nivelamento das faixas de rolamento com os passeios em áreas de travessia - Cinema ao ar livre

0

10

20

30

40

50

1500cm variável de variável 1500cmde para 550 para 550

Corte esquemático dos jardins de chuva

0

10

20

04

30

40

50

Corte esquemático da ponte de pedestres


VENCEDOR REGIÃO 2 (NORDESTE)

I PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

Ecossistema urbano: ecologia e paisagem na Enseada do Cabrito UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA) - SALVADOR - BAHIA Autor

Nicholas Alexandre Dourado Beloso nicholasbeloso@gmail.com Orientador Naia Alban Suarez naialban@gmail.com Co-orientador Miguel da Costa Accioly accioly@ufba.br


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TEMPORALIDADE Projetar a longo prazo, considerando o tempo da natureza e do homem. Entender a cidade e a paisagem como elementos em constante transformação.

RECURSOS HÍDRICOS Remediação biológica dos corpos hídricos que chegam até a Enseada. Erradicar lançamento de esgoto e fármacos nos rios e no mar.

INFRAESTRUTURA

CONTEXTO E PARTICIPAÇÃO

ECOLOGIA

Coleta de lixo, iluminação pública, espaços de apoio a pesca e mariscagem. Conectar a orla da Enseada. Potencializar espaços de lazer.

Projetar para o local, considerando suas particularidades e necessidades. Processos e projetos partipativos e inclusivos.

Ampliar e conectar os ecossistemas de mata atlântica e manguezal, potencializando a fauna e flora local. Dar uso para os espaços verdes atualmente ociosos.

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habitações em palafitas. Apesar de todas transformações, as condições paisagisticas, ambientais e sociais da Enseada instigam a pensar novas possibilidades para esse sítio singular na costa da Baía de Todos os Santos. Portanto, o objetivo desse trabalho é apresentar uma proposta multidisciplinar de requalificação ecológica e paisagística para a Enseada do Cabrito visando melhorar a condição urbana e biológica a fim de proporcionar o local ideal para o pleno desenvolvimento das atividades de pesca e mariscagem, ofícios tradicionais da população local. A proposta de trabalho se dá a partir do entendimento de que é fundamental a reestruturação da fauna e flora e preservação dos recursos naturais da Enseada para a melhoria da qualidade de vida da comunidade. Nesse sentido, o trabalho foi desenvolvido a partir da compreensão da relação que os moradores estabeleceram ao longo do tempo com o mar, o manguezal, a tradição pesqueira e a paisagem local.

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A Enseada do Cabrito está localizada no Subúrbio Ferroviário de Salvador, na região da Península de Itapagipe. Antigo sítio industrial, a região entrou em declínio em meados dos anos 70, com o fechamento das fábricas e o deslocamento da classe média para outros bairros da cidade. Durante o apogeu industrial, químicos e poluentes foram despejados nas águas da Enseada, alterando o equilíbrio do ecossistema e afetando diretamente a prática da pesca e mariscagem, ofícios tradicionais da população. A expanção urbana, através da abertura de novas avenidas e da demanda por espaço, alterou a paisagem e a dinâmica local. Os morros que outrora abrigavam a Mata Atlântica foram ocupados por habitações autoconstruídas, reduzindo gradativamente os espaços verdes que contrastavam com as águas azuis da Enseada. Os rios, corrégos e parte do manguezal foram aterrados para a construção de uma pista de borda, no âmbito do projeto Novos Alagados, conhecido pela situação ímpar das

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ECOSSISTEMA URBANO ECOLOGIA E PAISAGEM NA ENSEADA DO CABRITO

Passarelas avançam sobre a área de mangue.

1

Atlântica e Manguezal e potencializar as atividades de pesca e mariscagem através de equipamentos voltados para essas práticas.

RECURSOS HÍDRICOS

Mata atlântica com as espécies pioneiras ainda em fase inicial

ETAPAS DE RECUPERAÇÃO DO MANGUEZAL

MASTER PLAN O master plan para a Enseada do Cabrito atua a partir de três vertentes: recursos hídricos, áreas verdes (ecologia) e infraesrtutura. A proposta é erradicar as vias de contaminação da água da Enseada através do esgoto doméstico, consolidar e conectar as áreas de Mata

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Requalificação da colônia de pescadores + pier

2

Acesso à praia e requalificação da orla

ETAPAS DE RECUPERAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA

O plano está dividido em três etapas de dois anos cada e prevê um aumento de aproximadamente 19.700m² ao fim do processo. O objetivo é conectar as áreas verdes de mangue ao longo da orla até o Parque São Bartolomeu, consolidando esse ecossistema como estuário para a fauna e flora local, especialmente para as espécies ligadas à pesca e mariscagem. A proposta também

entende o mangue como um espaço de lazer. Para integrar o manguezal à orla, é proposto um conjunto de percursos através de passarelas que avança desde a orla, passando pelo mangue, até a área aberta de mar. Esses percursos estão associados a pista de caminhada e a ciclofaixa que contornam a orla, criando roteiros diversos e expandindo as áreas de lazer para dentro

FASE I

FASE II

2 anos

do manguezal e sobre o mar. Desmistificar o mangue como um espaço sujo e perigoso também faz parte da proposta. Portanto, a população está integrada no processo de replantio a fim de criar um laço de pertencimento, cuidado e construção coletiva desses espaços.

6 anos

FASE III

4 anos

O objetivo do reflorestamento da mata atlântica é transformar as áreas verdes ociosas em espaços de lazer e preservação. Para isso é proposto a conexão das áreas verdes, desde o Morro do Outerios até o Parque São Bartolomeu, a fim de conformar um parque linear ao longo das áreas de maior cota (60-85m). O plano prevê quatro etapas, com inserção de diferentes FASE I

2 anos

espécies em cada fase, seguindo a lógica de vegetação pioneira, segundária e clímax. Este processo está dividido segundo o tempo de crescimento que varia de dois anos para as espécies pioneiras até cinquinta anos para as espéceis clímax. Estima-se um crescimento de 50,400m² de mata atlântica após a conclusão da terceira fase. A transformação das áreas verdes “ocisosas”

FASE II

5 anos

em um parque urbano é uma possibilidade de oferecer a esses espaços uma nova identidade, trazendo a população para dentro das áreas através de atividades de lazer como trilhas, mirantes, escaladas e programas de educação ambiental.

FASE III

15 anos

FASE IV

50 anos

MOBILIDADE

Substituição do trem pelo VLT, estação multimodal nos dois lados da Enseada, requalificação dos becos e ruas secundárias, conexão da orla do Lobato e São João do Cabrito

Garantir que o esgoto doméstico seja descartado de forma regular. Erradicar pontos de lançamento de esgoto na Enseada.

ÁREAS VERDES

ESPAÇOS DE LAZER

Conectar fragmentos de áreas verdes de mata atlântica em estágio inicial com o Parque São Bartomoleu e a região de mangue na Enseada do Cabrito.

Requalificação e consolidação dos espaços de lazer apropriados/criados pela população. Praças, brinquedos, equipamentos de ginástica, quadras e mobiliário urbano 3

Ampliação dos espaços de lazer, requalificação e arborização da orla

4

670.400 m² de mata atlântica

695,600 m² de mata atlântica

• Início da plantação de espécies pioneiras, secundárias e clímax. • Cobertura da camada de terra na área de preservação ambiental e paisagística. • Relocação das habitações em áreas destinadas a ligação dos maciços verdes.

• Crescimento: 25,200 m² • Crescimento das espécies pioneiras e manutenção das espécies secundárias e clímax. • Expansão da cobertura das áreas descampadas •Relocação gradual das habitações em áreas de conexão

720,800 m² de mata atlântica

720,800 m² de mata atlântica

• Crescimento: 25,200 m²

• Consolidação do ecossistema e das espécies clímax

• Crescimento total: 50,400 m²

Trilhas no manguezal através de passarelas

• Área atual de mangue: 13.600 m² • Áreas fragmentadas e pouca continuidade entre os maciços verdes de manguezal • Crescimento predominante em regiões próximas às saídas de esgoto • Início do replantio

• Área etapa II : 22.300 m² • Crescimento de 63% da área de manguezal • Expansão das áreas verdes e conexão entre entre os maciços de vegetação

• Área etapa III : 33.300 m² • Crescimento de 50% da área de manguezal. • Consolidação das áreas áreas e crescimento vertical do manguezal. • Conexão com o Parque São Bartolomeu através das áreas de manguezal.

PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO POR TIPO DE VEGETAÇÃO 2 anos

FASE I

5 anos

FASE II

15 anos

FASE III

50 anos

FASE IV

Espécie existente

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA FAUNA Beija flor Amazilia versicolor.

Espécies futuras

Corte de rua mostrando a ampliação da via, passarelas na região de manguezal e sistema de drenagem associado à vegetação da orla.

mangue de botão

Anteos menippe

Esquema de drenagem de águas pluviais

Pé-de-galinha Macoma

Colhereiro Plataleinae

Sururu Mytella charruana Papa-fumo Anomalocardia brasiliana Siri bóia Callinectes danae Camarão sete barbas Xiphopenaeus kroyeri

Xangô

Sardinha

Bagre Genus

Carapeba Eucinostomus gulo Tainha Muglidae

Cavalo marinho Hippocampus

Espécie secundária Espécie clímax

Espécies existentes

5

Espécie primária

ESPÉCIES REPLANTADAS

Lambreta Phacoides pectinatus

Junonia evarete

Siri cachanga Callinectes marginatus

Caranguejo uçá Ucides cordatus

Garça branca grande Ardea alba Guaiamu Cardisoma guanhumi

samambaia do mangue

Martim-pescador Chloroceryle americana

Guará Eudocimus ruber

Ostra do mangue Crossostrea brasiliana

Aratu vermelho Goniopsis cruentata

Ouriço do mar Echinoidea Leske

Chama maré Uca Leach

Papagaio do mangue Amazona amazonica

mangue preto

mangue vermelho

mangue branco

avencão

Periquito Jandáia Eupsittula aurea

Carcará Caracara plancus

Carrapateiro Milvago chimachima

Schefflera morototoni

aroeira

Vermelho

Simarouba amara

Stryphnodendron pulcherrimum

Tapirira guianensis

Artocarpus heterophyllus

Bactris ferruginea

Cecropia pachystachya

Flaboyant

Moconia prasina

Ocotea glomerata

Pera glabrata

Protium heptaphyllum

algodoeiro do mangue

Arraia

Mar

6

Coroa

Mangue

Decks, pista de caminhada, ciclofaixa e pequenas praças compõem as áreas de lazer

4

5

7 2 6

1

7

Praça do mercado do peixe: espaço voltado para a ampliação da economia pesqueira

LEGENDA Mercado do Peixe Ampliação da colônia de pescadores Escola de esportes aquáticos Espaço manutenção dos barcos Paradas do VLT

Quadras de esporte

3

Piers VLT Ponte Lobato/ São João do Cabrito Pescadores descarregando o pescado no atracadouro

Mirante em área de cumeada em processo de reflorestamento. Ao fundo o mangue já consolidado.

Recuperação do manguezal através do plantio de mudas das espécies nativas

Henriettea succosa

Himatanthus bracteatus


VENCEDOR REGIÃO 3 (MG, ES E RJ)

I PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

MUNICÍPIO-PARQUE: SISTEMA DE ESPAÇOS LIVRES DA BACIA DO RIO BENGALAS/NOVA FRIBURGO-RJ UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ) - RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO Autor

AYDAM DE PAULA AYDAMDEPAULA@GMAIL.COM Orientador Vera Regina Tângari vtangari@uol.com.br


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MUNICÍPIO - PARQUE: Sistema de Parques Urbanos da Bacia do Rio Bengalas Nova Friburgo - RJ

Desde sua fundação, a cidade convive com perturbações naturais decorrentes das características do suporte geobiofísico. Enchentes e deslizamentos de terra foram fenômenos constantes na história, agravados devido a ocupação desordenada de encostas e áreas de inundação natural dos corpos hídricos, retificação e impermeabilização dos fundos de vale e desmatamento. A bacia hidrográfica do Rio Bengalas unidade territorial definida como recorte de estudo - é caracterizada por uma série de vales de conformações distintas definidos por afloramentos rochosos, inúmeros canais de drenagem, córregos e rios. A mancha urbana ocupa predominantemente as várzeas dos rios e encostas com menor declividade, estanto suscetíveis aos desabamentos e movimentações de massa das encostas mais íngremes e inundações devido à baixa permeabilidade do solo. A paisagem foi a ferramenta escolhida para abordar a complexidade espacial do território. Visitas a campo, percursos a pé e fotografias buscaram registrar as percepções no tempo e na escala humana. Imagens de satélite e mapas

tradicionais foram utilizados como instrumento para compreensão da forma, configuração, e distribuição dos elementos nas diversas escalas de estudo abordadas.

SUMIDOURO

Tendo como tema central a Ecologia de Paisagens, juntamente com os conceitos sobre os Espaços Livres de Edificação e Urbanização, este trabalho tensiona o debate acerca das relações entre os padrões físicoespaciais de ocupação urbana, os elementos do suporte geobiofísico e os impactos desses condicionantes sobre a transformação da paisagem.

BOM JARDIM RIOGRANDINA

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Km 50

CAMPO DO COELHO

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Água

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RIO GRANDE

Como transformar as relações entre o espaço “natural” e o “construído” no fundamento do projeto urbano? É possível compatibilizar conservação ecológica e processos de urbanização?

Estrutura BACIAS HIDROGRÁFICAS

LUMIAR

A primeira etapa do diagnóstico consistiu na decomposição do território em camadas materiais que compoem essa paisagem, a fim de extrair uma leitura isolada de cada parte, entendendo processos e dinâmicas, bem como estabelecer diretrizes iniciais para cada extrato. A segunda etapa, de forma mais integrada, consistiu na compartimentação do território em partes menores que contenham características distintas entre si. Cada parte, denominada Unidade de Paisagem, configuram unidades interativas do todo heterogêneo, e permitem analisar cada compartimento a fim de alcançar a complexidade territorial. Para a compartimentação, foram estabelecidos critérios hierárquicos definidres de sua demilitação, conforme detalhado a seguir: Aspectos geobiofisicos: Neste critério foram observados aspectos morfológicos do suporte geológico. A forma dos vales, inclinações das encostas e canais de drenagem foram levados em consideração para a compartimentação.

Padrões de uso e ocupação: Nesse aspecto foram observados os distintos padrões de ocupação, como hierarquia viária, morfologia de quadras e tipologias arquitetônicas. Pode se observar claramente um a relação da malha urbana com a topografia ( tecido em grelha no fundo do vale e regiões planas, e padrões irregulares nas encostas e zonas mais acidentadas, geralmente seguindo o curso dos rios)

Fragmentos

Vegetação

Temporário Permanente

Matrizes Corredores Aglomerações

SILVA JARDIM

Atividade Humana

Tecnologia

SEDE DISTRITOS HIDROGRAFIA PRINCIPAL PQ. EST. 3 PICOS CACHOEIRAS DE MACACU

0

5

10

Consumo 15km

Maquete Física 1:50.000 curvas topográficas de 20m, mancha urbana (2008) e hidrografia. Produzido pelo autor, 2015

Fig. Vista panorâmica da cidade de Nova Friburgo, do alto da Pedra do Caledônia. Foto do autor, 2016.

MACROZONEAMENTO URBANO - AMBIENTAL Produto 1 - Plano de Bacia

Unidades de Paisagem x Área (ha)

PLANO DE BACIA PROPOSTO

UP1 - 4568 ha UP2 - 2374 ha UP3 - 3828 ha UP4 - 1054 ha UP5 - 1008 ha UP6 - 1654 ha UP7 - 786 ha UP8 - 562 ha UP9 - 1858 ha UP10 -1072 ha

O Macronozeamento Urbano-Ambiental estruturase num conjunto de ações complementares ao macrozoneamento integrante do Plano Diretor, com o objetivo de combater a fragmentação da paisagem. Trata-se de uma abordagem do problema na macroescala territorial, de forma abrangente e integrada aos outros produtos apresentados.

Uso e Cobertura_Bacia do Rio Bengalas 5% 2%

Área Urbana Agricultura

18%

30%

3% 8% 36%

18% Floresta 36% Floresta Inicial / Média Pastagem 8% Eucaliptos e Pinheiros 30% Pastagens Afloramento Rochoso 3% Afloramentos Rochosos 2% Agricultura 5% Área Eucaliptos Urbana e Pinheiros

UP10 - Furnas

UP9 - Conselheiro Paulino

Floresta Inicial e Média Floresta

Cobertura Vegetal: Nesse aspecto foram observados as questões formais dos diferentes usos de cobertura vegetal, analisando como se estabelecem as relações entre a matriz vegetal, entendida como sendo o Parque Estadual dos 3 Picos, e os seguintes extratos vegetais: Florestas (iniciais e secundárias), Eucaliptos, Pastagens, e Agricultura.

UP8 - Jardim Califórnia

Esse critério permitiu observar as diferentes sucessões e camadas de vegetação da bacia hidrográfica, permitindo observar áreas carentes de reflorestamento a fim de garantir as relações biológicas matriz - fragmento - corredor

UP5 - Olaria

O diagnóstico foi realizado com base em mapeamento referencial na escala 1:50.000, somado a imagens de satélite de alta definição, visitas a campo e bases cadastrais. Como material complementar ao mapeamento, foi realizado um quadro comparativo para cada uma das 10 Unidades de Paisagem, registrando de forma textual as informações obtidas nesse processo, juntamente com dados e registros coletados das visitas de campo e observações em escala mais aproximada.

Função Composição

CASIMIRO DE ABREU

Nesse sentido, ao conjugar proteção ecossistêmica e práticas sociais, objetiva-se propor um conjunto de ações de reestruturação do contexto urbano e ecológico na forma de um Plano Geral que considere os condicionantes ambientais, climáticos e de risco do lugar. Este plano contempla um sistema de parques urbanos que integra equipamentos de infraestrutura, espaços de recreação, e Unidades de Conservação da Natureza voltadas para a regeneração ambiental de áreas degradadas e sua valorização por parte da população.

Esse aspecto tem relevante importância pois permite observar como se deu a adequação do tecido urbano sobre o suporte, resultando em distintas malhas urbanas.

Bordas

RIO MACAÉ

UNIDADES DE PAISAGEM Por se tratar de uma área de relevo acidentado, a delimitação do recorte adotado engloba um mosaico bastante heterogêneo. Apresentando diversos tipos de uso e cobertura que se misturam a fragmentos de ecossistemas nativos já alterados pela ocupação urbana em expansão, e a ocorrência de grandes afloramentos rochosos em meio a malha urbana, foram adotados dois eixos de análise do território: a análise morfo-funcional da ecologia de paisagem, e a análise tipomorfológica urbana. O cruzamento das dimensões do suporte geobiofísico com as características urbano-arquitetônicas resultou numa compartimentação do território em 10 Unidades de Paisagem, ou seja, partes de um todo que possuam características semelhantes, compreendendo assim, suas inter-relações e processos de fragmentação.

Várzeas de Alagamento

MACAÉ

SÃO PEDRO DA SERRA MURY

Apesar da vulnerabilidade e condições de risco do lugar, a bacia do Rio Bengalas na qual a cidade de nova Friburgo está inserida, é uma das mais complexas e promissoras da região. Uma interseção dinâmica de produtividade, patrimônio natural e cidade, que abriga 85% da população friburguense.

Abordando a complexidade territorial

Zonas Ripárias

RIO S. DOMINGOS

S.

CENTRO

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Este trabalho trata da cidade de Nova Friburgo, situada num dos pontos mais altos da Serra do Mar, a 846m de altitude, na Região Serrana do Rio de Janeiro, centro-norte do Estado, na área de reserva da biosfera-Mata Atlântica n° IV. Foi movido pelo desejo de encontrar soluções de projeto que contribuam para mitigar os impactos sofridos pelo município de Nova Friburgo em Janeiro de 2011, data de uma das maiores catástrofes climáticas do país. O tamanho desse desastre natural põe a cidade num ponto crítico de reflexão no que diz respeito ao seu modelo de ocupação urbana.

UP7 - Córrego Dantas UP6 - Centro

UP2 - Cônego

UP1 - Mury

MACROZONEAMENTO PROPOSTO PELO PLANO DIRETOR 2015

ZONA DE PRESERVAÇÃO ZONA DE CONTENÇÃO ZONA DE POTENCIALIZAÇÃO ZONA DE (RE)ESTRUTURAÇÃO PQ. EST. 3 PICOS

As ações aqui apresentadas se referem ao processo de compatimentação das Unidades de Paisagem, tendo como referência os dados organizados no Quadro Lógico juntamente com outras informações e pontos observados.

discurso

prática

PLANO DIRETOR (CONCEITO)

LEGISLAÇÃO (ZONEAMENTO)

leitura espacial do território MUN IC ÍP IO PA RQUE

divisão físico-territorial UN IDA DES DE PA IS AGEM

As cotas 950 e 1100 foram utilizadas como referenciais à ocupação urbana, devido as suas características geomofológicas e e de cobertura vegetal. Essas áreas compreendem as encostas com menor declividade e também áreas com alto potencial de reflorestamento. As Zonas de Especial Interresse Hídrico são apropriações da revisão do Plano Diretor 2015, que atribui às vertentes sul e sudeste dos afloramentos rochosos a função de

ZONA DE PRESERVAÇÃO: cota 1100 - restrição total à ocupação, como forma de proteção e preservação da vegetação, bem como da valorização paisagística dos afloramentos rochosos. Determinadas como zona de preservação.

UP4 - Ponte da Saudade

UP3 - Cardinot

recarga e armazenamento hídrico, serviço ambiental de suma importância para a segurança hídrica da bacia. Tais áreas foram estabelecidas como Zonas de preservação ou Zonas de Contenção, dependendo da existência de mancha urbana nesse local.

SISTEMA DE ESPAÇOS LIVRES DE EDIFICAÇÃO construção social da paisagem territorial

Fonte: PDUE 2015 - PMNF.

ZONA DE CONTENÇÃO: cota 950 - desaceleração da ocupação, evitando a densificação das encostas e redução da cobertura vegetal. Determinadas como zona de restrição

FUNÇÃO: - preservação dos remanescentes da Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa); - conservação da biodiversidade; - regulação microclimática (umidade e temperatura); - controle de erosão e enxurradas; - produção e manutenção dos recursos hídricos;

FUNÇÃO: - recarga e retenção hídrica nas bases dos afloramentos e vertentes sul/sudeste; - interceptação horizontal das chuvas; - formação e captação de chuvas ocultas; - zonas de amortecimento das perturbações floresta área edificada - potencial de uso agroflorestal

AÇÕES: - Recuperar áreas desmatadas, promovendo conexão entre fragmentos florestais; -aproveitamento turístico-ecológico dos serviços ambientais;

AÇÕES: - desestimular a ocupação urbana, promovendo a conexão de fragmentos florestais; - aumento da vegetação e permeabilidade do solo; - minimizar efeitos de borda das matrizes florestais;

ZONA DE POTENCIALIZAÇÃO: Compreende o tecido urbano consolidado e dotado de melhor infraestrutura, no caso do centro da cidade. FUNÇÃO: - retenção hídrica pelas várzeas e zonas ripárias de córregos e rios; - desaceleração do fluxo hídrico decorrente da alta declividade à montante; - áreas de alagamentos e escoamento fluvial em calhas secundárias; AÇÕES: - refuncionalizar vazios e áreas degradadas, potencializando usos e atividades; - aumento da conectividade ecológica intra-urbana (stepping stones) - densificar áreas ocupadas a fim de aumentar a permeabilidade do solo;

ZONA DE (RE)ESTRUTURAÇÃO: Compreende as áreas de expansão urbana com maior potencial de refuncionalização, e as áreas de maior expansão urbana. Abrange as cotas mais baixas da bacia, mais vulneráveis a enchentes e inundações. FUNÇÃO: - retenção hídrica pelas várzeas e zonas ripárias de córregos e rios; - áreas de alagamento e escoamento fluvial em calhas secundárias; AÇÕES: - Preservar fragmentos florestais existentes; - Reflorestar, prioritariamente, os topos de morro e campos subutilizados; - Refuncionalizar glebas industriais através de pagamento de serviços ambientais; - Promover áreas de alagamento;

OCUPAÇÃO URBANA

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USOS E ATIVIDADES

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ASPECTOS AMBIENTAIS

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PARQUE DE BORDA Interceptação horizontal conteção à ocupação

CHUVA

PARQUE ALAGÁVEL acúmulo hídrico encontro de afluentes Ondas de calor Base de Afloramentos Vertentes Sul/Sudeste

Ondas de calor

PARQUE PÓS INDUSTRIAL refuncionalização por passivos ambientais

LIMITE DE URBANIZAÇÃO COTA 850

CARACTERÍSTICAS - PROBLEMAS - POTENCIAIS - DIRETRIZES

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ESQUEMA GRÁFICO DO QUADRO LÓGICO DAS UNIDADES DE PAISAGEM

LIMITE DE URBANIZAÇÃO COTA 1100

CHUVA

Alt. (m) 2200

2000

1800

1600

1400

1200 1100

RECURSOS HÍDRICOS

950

ZONAS DE RECARGA HÍDRICA

800

Retificação de rios e impermeabilização das várzeas

640

ZONA DE PRESERVAÇÃO

ZONA DE POTENCIALIZAÇÃO

ZONA DE REESTRUTURAÇÃO VALE CENTRAL - RIO BENGALAS

ZONA DE PRESERVAÇÃO


SISTEMA DE PARQUES URBANOS

PadrĂľes PaisagĂ­sticos

Produto 2 - Hierarquia, Funcionalidade e Conectividade

Produto 3 - Ecologia de Paisagens aplicada ao projeto paisagĂ­stico

2/2

LOCALIZAĂ‡ĂƒO: BIOMA: Mata Atlântica Floresta OmbrĂłfila Densa

A segunda parte do trabalho propþe um conjunto de padrþes paisagísticos, que cumprem tambÊm a função de conectividade ao tratar das vias e das faixas de proteção marginal dos corpos hídricos de APPs, de tratamento de bordas de fragmentos florestais e de corredores ecológicos. Representa um ensaio sobre o desenho, tornando visível o que se almeja alcançar com o ordenamento urbano-paisagístico do plano como forma de potencializar os serviços ambientais que o projeto paisagístico pode exercer no meio urbano.

Parque Municipal do CĂŁo Sentado. (Existente) - potencializar aspectos geolĂłgicos - explorar atividades radicais -melhorar acessibilidade

PARQUE 9: Parque Pós Industrial - refuncionalizar galpoþes industriais - equipamentos de infraestrutura e lazer - serviços ambientais

PROCESSOS DE TRANSFORMAĂ‡ĂƒO DAPAISAGEM fonte: FORMAN, 2014 Pedra do CĂŁo Sentado 1111m

Fase 2: Promover acessibilidade Melhorar conectividade

Quanto a função, buscam abrigar atributos de infraestrutura, pråticas sociais e regeneração ambiental. Como parte do eixo conectividade, tais parques visam combater a fragmentação socioambiental, decorrentes da compartimentação do suporte em vales agravados pela ocupação urbana desorneada. Esta etapa se estrutura na forma de lei de zoneamento, tendo como ordenamento territorial os usos e setores destinados nas macrozonas de paisagem e nos planos de manejo de cada parque.

950

ZONAS PRIMà RIAS - à reas onde ocorrem a atividade principal - Função ecológica principal -centralidades e pontos de atração ZONAS SECUNDà RIAS - à reas de apoio à atividade principal - Atividades complementares - Espaços de livre apropriação

Os padrþes correspondem às situaçþes típicas encontradas ao longo do processo de trabalho, podendo ser complementado e adaptado às especificidades de cada local. Estabelece diretrizes para o uso da vegetação e desenho urbano dos tipos encontrados, com base nos estudos realizados sobre Ecologia de Paisagem. e dividido conforme componentes de leitura da paisagem: bordas, matrizes, fragmentos e corredores. Cada ficha reúne pictogramas de referências aos processos de trasnformação da paisagem identificados, bem como ícones com funçþes ecológicas propostas. O material Ê composto de corte esquemåtico em escala 1:250, foto representativa, quadro com informaçþes das características, objetivo, diretrizes e estrutura vegetal.

Fragmentação - quebra de um padrão em parcelas de menor tamanho

CritĂŠrios de Zoneamento: Pedra do St. AndrĂŠ 1039m

Encolhimento - diminuição em tamanho de um fragmento ou matriz Atrito - desaparecimento de fragmento ou matriz

PARQUE 7: Parque Alagåvel Agrícola - equipamentos de comÊrcio agrícola - refuncionalização do aterro sanitårio - åreas alågaveis e retenção hídrica

LEGENDA:

ZONAS TERCIà RIAS - à reas funcionais - Suporte, gestão e manutenção - Serviços ambientais e conservação ecológica

TURISMO:

ZONAS DE ABRANGĂŠNCIA DIRETA - Ă reas externas ao parque que serĂŁo atingidas diretamente - Possibilidade de transformação - Recuperação de mais valia

Interesse CĂŞnico Trilhas e escaladas Montanhas DIRETRIZES ECOLĂ“GICAS: Ă€reas de Retenção HĂ­drica Reflorestamento Recuperação Mata Ciliar PARQUES: Centralidades e Zonas PrimĂĄrias Acessos Vias estruturantes propostas Caminhos propostos Trilhas propostas Trilhas existentes

Pedra do ParlatĂłrio 1360m

Duas Pedras 1431m

0

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Hierarquicamente, os parques propostos se estruturam como elemento intermediårio entre os espaços de convívio local (praças de bairro) e os grandes espaços livres de caråter ambiental (Unidades de Conservação).

Dissecação - subdivisão de uma årea utilizando estrutura linear de largura constante

5

A primeira parte do trabalho consiste na configuração geral do sistema, localizando e caracterizando os espaços propostos pautados nos eixos de Hierarquia, Funcionalidade e Conectividade.

Fase 3: Rios como conectores do sistema ExpansĂŁo urbana estruturada 1100

Fase 1: Equilibrar o sistema Potencializar centralidades Estruturar o eixo central

9

Cenårio Atual: Carênca de espaços livres intraurbanos Saturação dos centros

Perfuração - incisão de um novo padrão dentro de uma matriz ou fragmento

No que diz respeito às fases de implementação, primeiramente planeja-se o equilíbrio do sistema com a implementação dos parques, criando e fortalecendo novas centralidades por toda a bacia. Numa segunda fase, propþe-se a melhora da infraestrutura viåria aplicando os padrþes paisagísticos, complementando assim a acessibilidade e conexão desses espaços. Por fim, complementa-se a conectividade atravÊs dos corpos hídricos com a criação de parques lineares que contemplem uso e recuperação de mata nativa.

ESTRUTURA: CORREDOR DESCRIĂ‡ĂƒO: Corredor misto assimĂŠtrico

RELATĂ“RIO DE INSPEĂ‡ĂƒO DA Ă REA ATINGIDA PELA TRAGÉDIA DAS CHUVAS NA REGIĂƒO SERRANA DO RIO DE JANEIRO

Morro da Cruz 1386m

Fig.: CĂłrrego Dantas, prĂłximo ao encontro com Rio Bengalas, no bairro do CalifĂłrnia. Foto do autor, 2016.

OBJETIVO: Recuperar da funçþes ecológicas do corredor, minimizando as perturbaçþes ( efeito de borda) na margem não ocupada.

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Morro de SĂŁo JoĂŁo 1414m

Drenagem e retenção hídrica

AUMENTO DE BIODIVERSIDADE

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BORDA COMO BARREIRA

DIRETRIZES: - Manejo de espÊcies exóticas, atravÊs de substituição gradativa por espÊcies nativas. - Açþes de enriquecimento e adensamento florestal em trechos vegetados, priorizando o plantio de espÊcies com maior interação com a fauna nativa. - Garantir o acesso à ågua e uso da faixa marginal de proteção como espaço livre público;

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Catarina MĂŁe 1426m

Catarina Pai 1543m

PARQUE 2: Parque do Sanatório - instalar equipamento cultural ( trat. tuberculose) - promover o acesso ao bem dominial - estabelecer via de contorno de caråter contemplativo - conexão e ampliação de trilhas existentes

CARACTER�STICAS: Corredor misto, composto por via e córrego,mata ciliar suprimida em um dos lados, devido a ocupação urbana desordenada, sendo a margem oposta não urbanizada. Supressão quase completa de vegetação na margem urbanizada, assoreamento, e erosão da estrutura viåria.

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20

0

5

9

Pedra Von Veigl 1415m 00

11

BI-1 P1 0 1

2.5

BI-C1

AC

P2

BI-C1

C

C2

P2

ESTRUTURA VEGETAL: - Estrutura vegetal densa, composta de espÊcies arbustivas e arbóreas compatíveis com a årea de vårzea. atuando como barreira de proteção, minizando os efeitos de borda na margem oposta.

P2

5m

Pedra do Imperador 1415m Pedra da Pirâmide 1463m

PARQUE 2 e 3: Parques de Borda Olaria e Cônego - combater efeito de borda e conter a ocupação - conexão de trilhas existentes - acesso público ao sanatório naval - preservar caråter cênico

Pedra da BabilĂ´nia 1622m Chapeu da Bruxa 1522m

ESTRUTURA: CORREDOR DESCRIĂ‡ĂƒO: Estradas/Trilhas EcolĂłgicas Fig. : Estrada do GarrafĂŁo, via proposta pela Prefeitura como rota alternativa ao trĂĄfego no centro da cidade. Foto: Google, 2016.

PARQUE 1 - CAMINHO DO TREM PARQUE 2 - PARQUE DO SANATORIO

PARQUE 4- PARQUE RADICAL DA PEDREIRA

Drenagem e retenção hídrica

Pico do CaledĂ´nia 2557m

PARQUE 5- CENTRO DE CONVENÇÕES

DIRETRIZES: - O traçado da via deve ser compatĂ­vel com a topografia, evitando cortes e aterros com alta declividade - Interferir o mĂ­nimo possĂ­veil em cursos d’ågua, sejam eles perenes ou temporĂĄrios. - A caixa de rolamento deve ser a menor possĂ­vel, preferencialmente para veĂ­culos leves. Ciclofaixa compartilhada. - Implementar pavimentação de alta permeabilidade e baixa transmitância tĂŠrmica, evitando graves danos microclimĂĄticos; Asfalto ĂŠ extremamente prejudicial.

PAVIMENTAĂ‡ĂƒO PERMEĂ VEL / TRAFEGO LENTO

PROCESSOS ESPACIAIS: Dissecação Perfuração Fragmentação Encolhimento Atrito

PARQUE 7 - PARQUE ALAGĂ VEL AGRĂ?COLA

PARQUE 9 - PARQUE INDUSTRIAL

VEGETAĂ‡ĂƒO ARBUSTIVA EM PONTOS DE INTERESSE CĂŠNICO

LEGENDA:

PARQUE 6- PARQUE PĂ“S INDUSTRIAL

PARQUE 8 - PARQUE ALAGĂ VEL JARDIM CALIFORNIA

OBJETIVO: Mitigar os efeitos causados pela abertura de vias em meio a matrizes ou fragmentos florestados.

MITIGAR EFEITO DE BORDA NA VEGETAĂ‡ĂƒO

PARQUE 3- PARQUE DE BORDA DO CÔNEGO

PROCESSOS ESPACIAIS: Pontos de Interesse CĂŞnico Trilhas e escaladas Montanhas

PARQUE ESTADUAL DOS 3 PICOS Zona IntangĂ­vel

DIRETRIZES ECOLĂ“GICAS: Implementação de retenção hĂ­drica Reflorestamento Recuperação de Mata Ciliar

PARQUE 1: Caminho do Trem_(lei municipal 4017/2012) - preservar caråter cênico - promover acesso à cachoeira - sinalização e pontos de parada PARQUES: Centralidades e Zonas Primårias

PARQUE 10- PARQUE URBANO DO RIO BENGALAS

Acessos Vias estruturantes propostas Caminhos propostos Trilhas propostas Trilhas existentes

USO E COBERTURA: Afloramentos Rochosos Agricultura Floresta Floresta Inicial Campos

Eucaliptos Cicatrizes de Deslizamento 2011

Fig: Mapa Geral da bacia hidrogrĂĄfica em escala 1:10.000, com a sĂ­ntese de todo o mapeamento e o sistema de parques proposto. Tamanho original 180x270 cm

EI

N

0 1

0

250

500

1000

1500

2000

2500m

Escala: 1:10.000 SIRGAS 2000 - UTM zone 23S Projeção:Transverse Mercator Datum: SIRGAS 2000 Unidade: Metros

2.5

5m

P1

B

C

CARACTER�STICAS: Corredor causado pela abertura de via em fragmento ou matriz vegetada. Causa um efeito de dissecação, isto Ê, divisão de uma årea em fragmentos menores. Provocam um efeito de borda na vegetação, em decorrência das alteraçþes no microclima provocada pela infraestrutura.

B

P2

I

ESTRUTURA VEGETAL: - Vegetação de copa densa, minimizando a abertura canópia do efeito de borda. - Plantio de espÊcies de pequeno porte


VENCEDOR REGIÃO 4 (SP)

I PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

Recuperação e Requalificação de Área Degradada por Extração Mineral: Aglomeração Urbana de Piracicaba – Piracicaba UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA (UNIMEP) - SANTA BÁRBARA D´OESTE - SÃO PAULO Autor

Laís Massaro Nogueira lais.massaro@gmail.com Orientador Lígia Nerina Rocha Duarte linduarte@unimep.br


ESPAÇOS PECULIARES NA MALHA URBANA

EXPLORAÇÃO MINERAL REGIONAL

Ao mesmo tempo que a mineração é essencial para o desenvolvimento dos municípios, são estes os mais afetados pelo cotidiano das mineradoras, seus conflitos vão além do espacial, atingem também âmbitos econômicos e sociais. A partir do momento que as áreas de mineradoras estão na malha urbana, esses problemas não acabam com o encerramento das atividades minerárias, eles se agravam pelo contato direto com a área degradada que passa a fazer parte dos vazios urbanos, estes são interpretados como sequelas do crescimento das cidades geradores de interrupção da continuidade espacial, segregação social e problemas econômicos.

- Conhecida como “Pedreira do Enxofre” pelo nome do ribeirão que passa pelo bairro;

MINÉRIOS MAIS EXPLORADOS: Argila e Areia.

- Cadastrada legalmente pela DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) e CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) como sendo anterior à 1976;

MALHA URBANA BAIRRO MORATO

QUANTIDADE DE EMPRESAS MINERÁRIAS CADASTRATADAS NO DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL (DNPM): 957 até 2015.

2011

Porém houve desistência da proposta; - Após o encerramento das atividades ocorreu o alagamento da cava seca pela falta de manutenção do sistema de drenagem; - Em outubro de 2014 a empresa renunciou suas responsabiidades pela área, deixando-a apenas com a revegetação do programa “RAD”.

2014

LEME CORUMBATAI

CONCLUSÃO DA ANÁLISE: As substâncias sendo de baixo impacto ambiental evidencia que as áreas degradadas podem ser alvos de futuras implantações de projetos urbanísticos/arquitetônicos sem

IPEÚNA

SANTA MARIA DA SERRA

SÃO PEDRO ÁGUAS DE SÃO PEDRO

CONCHAL

ARARAS

RIO CLARO

SANTA GERTRUDES

CORDEIRÓPOLIS

CHARQUEADA

MUNICÍPIO DE PIRACICABA

IRACEMÁPOLIS

2013

LIMEIRA

REGIÃO OESTE BAIRRO DO MORATO

CAVA INUNDADA - “LAGO”

PERÍMETRO URBANO

RIO DAS PEDRAS

2011

SALTINHO

AGLOMERAÇÃO URBANA DE PIRACICABA

Figura 01. Localização Aglomerado Urbano de Piracicaba no Estado de São Paulo – Brasil. Sem escala. (Elaboração Própria) Figura 02. Localização da área degradada por extrativismo mineral no município Piracicaba. (Fontes: IPPLAP; ElaboEntorno imediato dade“Pedreira do Enxofre” ração Própria)

MOMBUCA LARANJAL PAULISTA

CAPIVARI

MINA INOPERANTE

2013

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUC

2007

ÁREA DE DEPOSIÇÃO DE ESTÉRIL

JARAGUÁ

Nossa Senhora Aparecida

VAZIO URBANO DEGRADADO EM PIRACICABA

São Jorge

Via simples s/saída

Revegetações (Processo de RAD)

Nossa Senhora Aparecida Condomínio Residencial Reserva do Engenho Dona Anésia

Acesso recente Portaria Ant. Pedreira Condomínio

Residencial Reserva do Engenho

Jaraguá

São Jorge

Cantagalo

4

JARDIM Jardim PLANALTO Glória

Acesso bloqueado

N

Lago (Cava Inundada)

Figura 07. Síntese do entorno imediato da “Pedreira do Enxofre” e seus elementos construtivos - Sem escala. (Fonte: IPPLAP; Elaboração Própria).

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

N

A área enfrenta problemáticas de exclusão em nível espacial, social e cultural, com solo geradores de riscos. A proposta de sistema de lazer os solucionaria, incluindo o fator de fragilidade do solo que não permite altas concentrações de cargas. Na proposta não pode ocorrer práticas que gerem muito ruído pois sua redondeza é de moradias. A pedreira possui alguns pontos em seu relevo relativamente planos e são ideais para a implantação dos programas do sistema de lazer e dos edifícios. Em uma porção próxima a cava alagada, permitirá a população banhar-se e usufruir das dinâmicas oferecidas de forma segura em uma área que será permitido frequentar. A vegetação recuperada pelo “RAD” implantado será preservado, e se relacionará de forma mutualística com a proposta da requalificação propondo um ambiente harmônico entre homem e a natureza que permite a compreensão da necessidade de recuperar a mesma. Para esse sistema de lazer se enquadram as modalidades que envolvem a Contemplação (aspecto estético), a Recreação (aspecto social) e a Educação Ambiental (ecológico). Visando o conforto e a beleza do espaço, melhorando a qualidade de vida dos moradores e os momentos de lazer dos frequentadores, sem esconder a história da área recuperada e requalificada da extração mineral, possibilitando a implantação de atividades ecológicas que aproximem o homem com o ambiente natural. A união desses aspectos estéticos, sociais e ecológicos compõem o Parque Urbano idealizado para a área.

Academia ao ar livre

Estacionamento do Bosque

(39 e 104 vagas de carros; 30 e 38 vagas de motos; 30 e 22 vagas de bicicletas)

Tirolesa - sentido lago Mirante I Mirante II Sanitários pequenos

Praça de contemplação Biblioteca Teatro de Arena

CURVAS MODIFICADAS ÁREA AUXILIAR A EXPLORAÇÃO CURVAS MODIFICADAS REMOÇÃO DA COBERTURA SUPERFICIAL

Portaria Principal (Pedestres) Edifício de emprestimo de bicicletas Quadras poliesportivas Campo de Futebol grama Sanitários com vestiários Ginásio

05 Praças de contemplação Edifício administrativo Playground

Esp. de Uso Múltiplo aberto e coberto Sanitários

Estacionamento das Águas

Principais Áreas de preservação da revegetação do PRAD

(141 vagas de carros; 25 vagas de motos; 48 vagas de bicicletas)

1 p 750

Espelhos d’água banhistas

Final da Tirolesa

Sanitários

Pista skate

Área Escalada e Almox.

Pista Mountainbike

Trilha acesso á Escalada

Principais Áreas de preservação da revegetação do PRAD

Área molhada infantil

LEGENDA

Sanitários com vestiários

TALUDES EXISTENTES

Lago

ACESSOS ORIGINAIS

N

CURVAS DE NÍVEL - Equidistancia de 01 metro

Área para piquenique Sanitários

CURVAS DE NÍVEL - Equidistancia de 10 metro MOVIMENTAÇÃO DE TERRA - Aterros

Quiosques para churrascos Sanitários para os quiosques

MOVIMENTAÇÃO DE TERRA - Cortes N

10

100 50

Figura 08. Delimitando os equipamentos e atividades - Sem escala. (Fonte: Elaboração própria) PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

JARDIM Jardim PLANALTO Glória Via de Contorno

80

Pista de Corrida

CURVAS MODIFICADAS CAVA INUNDADA - “LAGO”

Figura 04. Projeção paralela do relevo em maquete eletrõnica. (Fonte: Elaboração própria).

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT Sanitários

Arborismo

Revegetação - maciço vegetal Revegetação Lago - Cava Inundada

Cantagalo Via Radial

Trilha

1 p 750

TODESK EDUCATIONAL PRODUCT

Marques Cantinho

JARAGUÁ

SÃO JORGE

Jaraguá

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

Condomínio Morada do Engenho

N

Figura 06. Pedreira - Estrada do Boiadeiro: Invasão na Pedreira do Morato pela População. (Fonte: Samira Moretti; EPTV; G1, nov. 2012).

Condomínio Terras de Piracicaba Condomínio Morada do Engenho

CAVA SECA - LAVRA ÁREA EXTRAÇÃO

LAGOS

Síntese do Entorno imediato da “Pedreira do Enxofre” e seus elementos construtivos

CASTELHINHO

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

ESTOCAGEM DO PRODUTO FINAL

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

Marques Cantinho

Condomínio Residencial Reserva do Engenho

“RAD” IMPLANTADO SEM FISCALIZAÇÃO VAZIO URBANO DEGRADADO

N

CASTELHINHO

Figura 05. Pedreira em Piracicaba - Cava alagada. (Foto: Nilo Belotto/JP; Fonte: Jornal de Piracicaba; Pinterest).

2016

ELIAS FAUSTO

N

Condomínio Morada do Engenho

GLEBAS CALIFÓRNIA

REMOÇÃO DA COBERTURA SUPERFICIAL IMPLANTAÇÃO DO “RAD” RENÚNCIA DA ÁREA

ÁREA COM CONSTRUÇÃO

Condomínios: Terras de Piracicaba I II III IV

SÃO JORGE

2014

CAVA INUNDADA - “LAGO”

Figura 03. Transformação da área degradada e seu entorno de 2007 a 2016. (Fonte: Google Earth - Modificado). RAFARD

Favela Área de Ocupação Precária “Sistema de Lazer” APP’s / Maciço vegetal Ant. Pedreira Vazios Urbanos Via de Contorno Via Radial Via Parque

Muro Limite dos bairros Dona Anésia Predominancia Residencial Vazios Urbanos Condomínio Fechado APP’s / Maciço vegetal Ant. Pedreira em proc. de RAD

CAVA INUNDADA - “LAGO”

PLANO DE FECHAMENTO

GLEBAS CALIFÓRNIA

Condomínios: Terras de Piracicaba I II III IV

ECUPERAÇÃO

N

N

Favela Área de Ocupação Precária “Sistema de Lazer” APP’s / Maciço vegetal Ant. Pedreira Vazios Urbanos Via de Contorno Via Radial Via Parque

DE ÁREA DEGRADADA POR EXTRAÇÃO MINERAL AGLOMERAÇÃO URBANA DE PIRACICABA - PIRACICABA

ANALÂNDIA

impacto relevante à natureza, como por exemplo as profundas cavas secas que se alagam ou paredões de pedras expostas.

Perímetro urbano Limite dos bairros Predominancia Residencial Cormercial Prefeitura Municipal Condomínio Fechado Ocupação Alto Padrão Ocupação Médio Padrão Ocupação Baixo Padrão

Perímetro urbano Limite dos bairros Predominancia Residencial Cormercial Prefeitura Municipal Condomínio Fechado Ocupação Alto Padrão Ocupação Médio Padrão Ocupação Baixo Padrão

EQUALIFICAÇÃO

(IBAMA. Ministério do Meio Ambiente. 2001) porém alguns podem,

Visando prevenir, reduzir e corrigir os impactos ambientais, sociais, econômicos e urbanos causados pelos empreendimentos minerários, realiza-se o plano de “Recuperação de Áreas Degradadas” (RAD) do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), sendo obrigatório para o exercício de suas atividades legais, tendo seu planejamento desde a abertura da mina, sofrendo atualizações durante o funcionamento da mesma. A Importância do Projeto de “RAD” não está apenas na recuperação ambiental da área, mas também envolve o uso futuro desta, a implantação de projetos de reabilitação, todos apresentados como parte integrante do “Plano de Fechamento” das mineradoras.

Síntese do Entorno imediato da “Pedreira do Enxofre”

1/2

R

- Em abril de 2013 a empresa, antiga Minerpav Mineradora LTDA e recente Equipav Mineração, apresentou o Plano de Fechamento da mina, em conjunto com o “RAD” (Recuperação de Áreas Degradadas)

- A área em 1969 foi incorporada ao perímetro urbano de Piracicaba;

ÁREA DEGRADADA POR EXTRATIVISMO MINERAL

REGIÃO OESTE DE PIRACICABA

CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS QUE A EXTRAÇÃO DOS MINERAIS ANALISADOS PODEM ACARRETAR: Os minérios extraídos

- Em 1980 se encontrava nas imediações da cidade;

- A gleba possuía 495 ha (DNPM) e sua área de exploração, 40,5 ha médio porte, sendo sua principal extração o Basalto (brita) para a Construção civil com escavação a céu aberto com lavra por bancada em encosta;

VAZIO URBANO

LAVRAS CONCEDIDAS PARA EXPLORAÇÃO: 215 até 2015 (DNPM).

O setor mineral, provoca grandes danos e desgastes ao meio Físico, Biótico e Antrópico. A retirada do solo, sua deposição, a estocagem do produto final, uso de produtos químicos e seus transportes, acarretam alterações no solo, poluições no ar, na água e sonora, assim como a propagações das vibrações por terra (maquinários e explosivos) para as áreas que compreendem o entorno da mina. Porém, os malefícios pioram quando o solo exposto (lavra) sofre com as intempéries da natureza.

Apesar da regulamentação e fiscalização das atividades de mineração estarem vinculadas ao órgão federal e agências estaduais, é importante o envolvimento dos municípios nas Políticas Nacionais. A Política Municipal (Plano Diretor, Zoneamento, Uso e Ocupação do solo, etc.) deve prever os problemas que uma área de exploração pode causar ao município, dessa forma estão fazendo parte da recuperação da área, assegurando a realização e o resultado do RAD e da proposta para seu uso futuro, Mapaurbano. Síntese do principalmente quando incorporadas pelo perímetro

TERRITÓRIO ANALISADO: Aglomeração Urbana de Piracicaba, com 23 municípios.

FINALIDADE DA EXPLORAÇÃO: Em maior quantidade para uso Industrial e na Construção Civil.

R

HISTÓRICO DA ANTIGA PEDREIRA DE PIRACICABA - PEDREIRA DO BAIRRO MORATO

RIO PIRACICABA

Mapa 01. Topografía original e alterações de cortes e aterros. (Fonte: Elaboração própria).


1

PLAYGROUND PARQUE ECOLÓGICO DE INDAIATUBA

2

As Palmeiras compõem um quadro de 07 espécies, sendo apenas uma exótica e foram selecionadas de acordo com o “Porte”, a “Folhagem”, o “Fruto” e a “Luminosidade do Sol”. Para as composições arbustivas, herbáceas e forração foram o “Porte”, “Folhagem”, “Floração” e “Luminosidade do Sol”, totalizando 13 espécies, sendo apenas 03 nativas.

05 esp. árvores | Portes: P M 02 esp. harbustivas 08 esp. árvores | Portes: P M 05 esp. harbustivas

VI

18 esp. árvores | Portes: P M G 09 esp. harbustivas

“Preservação”

IV III

I

V

R

20 esp. árvores | Portes: P M G 06 esp. palmeiras | Portes: P M 13 esp. harbustivas

II

2/2

EQUALIFICAÇÃO

R

11 esp. árvores | Portes: P M 07 esp. palmeiras | Portes: P M 9 esp. harbustivas

CORTE VERTICAL

MIRANTE - QUILOTOA SHALALÁ - ZUMBAHUA, EQUADOR

Para a composição dos canteiros do parque foram selecionadas 25 espécies arbóreas, das quais 17 são nativas do território brasileiro e 08 exóticas. Os critérios para as escolhas foram “Porte”, “Folhagem”, “Floração” e “Frutos”, de forma a agradar o senso de contemplação do ser humano e proporcionar equilíbrio entre as atividades do parque, com a flora e a faúna, contando com alguns frutos que servem de alimento para estes.

DE ÁREA DEGRADADA POR EXTRAÇÃO MINERAL AGLOMERAÇÃO URBANA DE PIRACICABA - PIRACICABA

Figura 10. Setorização do parque para categorização da vegetação - S/Escala. (Fonte: Elaboração própria).

3

ECUPERAÇÃO

3

PORTARIA PARQUE DO PAÇO - DIADEMA , SÃO PAULO

2016

14 5

ARBORISMO INDEP. DA ARBORIZAÇÃO PARQUE DA CATACUMBA - LAGOA, RIO DE JANEIRO

PARQUE DO PAÇO DIADEMA , SÃO PAULO

4

CORTE HORIZONTAL

1 7 6

PARQUE PALEY, NOVA YORK

QUIOSQUE COM CHURRASUEIRA WALDOMIRO PRESTES - CEPE, CANOAS

2 4

9 8

PISTA BMX - RIO 2016

PISTA SKATE - PARQUE ECOLÓG. DE INDAIATUBA

Figura 09. Referências de ambientes: 1. mirante, 2. playground, 3. portaría principal para pedestres, 4. bosque da pista de corrida, 5. arborismo, 6. muro de arrimo com cortina d’água, 7. quiosques públicos para churrasco, 8. pista mountainbike, 9. pista de skate. (Fotos: 1. Lorena Darquea, 2. Cidade e Cultura, 3. Ronaldo Lima, 4. Mauro Pedroso, 5. Lagoa Aventuras, 6. Áreas Verdes das Cidades, 7. Cape Canoas, 8. JP Engelbrecht, 9. Eliandro Figueira).

DESK EDUCATIONAL PRODUCT

5 7

10

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

N

100 50

LEGENDA CIRCULAÇÃO DE AUTOMÓVEIS*

LEGENDA CONSTRUÇÕES ASFALTO PISOGRAMA VAGAS ESTAC. CAMINHO PRINCIPAL* CAMINHO SECUNDARIO*

8

PAVIMENTAÇÃO* MADEIRA CICLOVIA** PISTA DE CORRIDA** TRILHA**

6

VEGETAÇÃO DECORATIVA VEGETAÇÃO VEGETAÇÃO BOSQUE

9

VEGETAÇÃO SEMIDENSA

* Pisos intertravados com pisos podotáteis de 4 (maioria) a 6 % de inclinação. ** Pisos drenantes - de 4 a 8% de inclinação.

CAMINHO PRINCIPAL PEDESTRES* CAMINHO SECUNDÁRIO PEDESTRES* CICLOVIA E BICICLETÁRIOS*

1 p 5000 PISTA DE CORRIDA** TRILHA**

* Pisos intertravados com pisos podotáteis de 4 (maioria) a 6 % de inclinação. ** Pisos drenantes - de 4 a 8% de inclinação.

1 p 2000

VEGETAÇÃO DENSA ÁREA DE PRESERVAÇÃO

Figura 11. Renderes do parque urbano na Antiga Pedreira do Morato - Caminhos, canteiros, quadras, área dos banhistas, bar, e vestiários. (Fonte: Elaboração própria).

TALUDES PEDRAS TALUDES SOLOS

LEGENDA KAIZUKA (CERCA VIVA)

PALMEIRAS

PEQUENO PORTE

MÉDIO PORTE

MACIÇO PRESERVADO

PRODUCED BY AN AUTODESK E Mapa 2. Circulações principais. (Fonte: Elaboração própria)

N

5

GRANDE PORTE

20 10

50

Mapa 3. Implantação, Topografia com equidistancia de um metro e Arborização. (Fonte: Elaboração própria). +66,00

+70,00

+1,00

5 10

20 50

CORTE HORIZONTAL

+6,00

5 10

20 50

CORTE VERTICAL


I PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

MENÇÃO HONROSA

REDESCOBRINDO A ORLA: UM LUGAR DE LAZER E MEMÓRIA NA ILHA DO GOVERNADOR UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ) - RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO Autor

MICHELLE FERREIRA DE ABREU MICHELLEABREU.ARQ@GMAIL.COM Orientador Raquel Hemerly Tardin Coelho tardin.r@gmail.com




I PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

MENÇÃO HONROSA

(Re)pensar o não lugar: Projeto de regeneração urbana do baixio e entorno da Ponte da Passagem, em Vitória – ES UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - VITÓRIA - ESPIRITO SANTO Autor

Maiara Dos Santos Dias maraangella@gmail.com Orientador Karla do Carmo Caser karlacaser@gmail.com Co-orientador Homero Marconi Penteado homero.penteado@ufes.br




I PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

MENÇÃO HONROSA

A Integração de áreas fragmentadas através do Projeto de Espaços Livres de Uso Público. Uma transformação do caminhar no bairro Bento Ferreira, em Vitória, E.S. UNIVERSIDADE VILA VELHA (UVV) - VILA VELHA - ESPIRITO SANTO Autor

Raquel Correa Mesquita raquel_cm13@hotmail.com Orientador Ana Paula Rabello Lyra ana.lyra@uvv.br


A proposta surgiu a partir do estudo dos problemas ocorridos nas cidades a partir da revolução industrial, onde a necessidade de vias para os veículos suprimiu os espaços públicos e de pedestres, criando uma paisagem voltada para os carros, com as áreas verdes cada vez menos presentes, favorecendo o surgimento de espaços não convidativos e fragmentados, encontrados em ruas sem saídas, becos, vielas, entre outros, interrompendo a continuidade da cidade. (CHOAY, 2003; CHUECA, 2008; BAUMAN, 2009). Com o entendimento desta realidade, buscou-se métodos e estratégias que pudessem ser utilizados para reintegrar tais espaços, identificando autores como Gehl (2013), que fala da importância da cidade para pedestres e ciclistas através da vitalidade e segurança, Jacobs (2000), que aborda a diversidade de usos e funções e Lynch (2006) que aponta fatores como legibilidade, imagem ambiental e imaginabilidade, como primordiais ao se pensar a integração entre usuário e ambiente. Nesta fase foram estudadas também recomendações para desenhos de espaços públicos integradores com Marcus e Francis (1998) que trazem diretrizes para os pocket park e Gehl (2013), que traz princípios de desenho urbano para uma cidade com dimensões humanas. A síntese, as potencialidades e as vulnerabilidades da região analisada foram extraídas do diagnóstico realizado e, junto com as teorias estudadas, são elementos norteadores para as propostas, pois demonstram o que necessita ser explorado e valorizado e o que precisa ser melhorado para garantir um ambiente urbano com vitalidade e segurança

Como potencialidades, existem lotes vazios e de propriedade públicos bem localizados, visuais relevantes das principais paisagens, possibilidade da conexão através de áreas vazias e conexões que podem favorecer a integração das áreas atualmente isoladas favorecendo a circulação e concentração saudável de pessoas

É possível identificar características de ventilação e insolação, ruídos intensos, pontos nodais e destaca as principais vias de acesso a área, além das áreas com movimentação e passagem de pedestres, barreiras físicas e visuais e as áreas com talude e vegetação.

Como vulnerabilidade existem sinais comportamentais, ruas estreitas e inseguras e escadarias evitadas pelos pedestres, conexão viária interrompida, trechos com presença de usuários de drogas, alguns imóveis fechados e abandonados e ausência de integração nos encontros das partes planas com os aclives naturais

Com todos os fatores estudados foi identificada uma área residual no bairro Bento Ferreira, em Vitória/ES, com características de fragmento do espaço urbano, por impedir uma integração à malha urbana adjacente e que ocupa a porção leste do maciço central do bairro, localizada nas extremidades de vias interrompidas pela rocha e em espaços residuais deste relevo e com uso predominantemente residencial. A partir da identificação da área foi realizado amplo diagnóstico com entrevista a moradores, visitas a área, estudo de legislações e analises morfológicas, de forma a melhor entender o contexto da região. Os raros acessos existentes desconsideram a segurança do pedestre e as legislações de acessibilidade, sendo compostos por escadas e rampas íngremes que se configuram como barreiras físicas locais.

Localizado ao sul do município de Vitória, região metropolitana do Espírito Santo, Bento Ferreira é um bairro de ocupação formal que faz fronteira com os bairros de Gurigica e Jesus de Nazareth, classificados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através do Censo 2010 como aglomerados subnormais , além da Praia do Suá, Horto, Consolação e Monte Belo.

Está relacionada com a possibilidade de um trajeto contínuo, seguro e confortável de pedestres e ciclistas e é garantida com vias arborizadas, pavimentação adequada, ciclovias e ciclofaixas conectadas, transformação das raras passagens de pedestres existentes e criação de novos percursos, todos acessíveis

Para eliminar ou minimizar o aspecto de fragmento foram pensadas em novas possibilidades de acesso a partir de eixos interrompidos, requalificação de edificações abandonadas e sem uso, criação de eixos de caminhada com pontos de mirantes e novas conexões conectadas com eixos verdes, ligando os acessos existentes e os novos com as propostas de áreas públicas

A legibilidade, segundo Lynch (2006) é a capacidade de tornar claro e de fácil entendimento a leitura visual de determinada área. Para isso, foram pensados em estratégias de identidade visual com pórticos e mobiliários, pequenos mirantes e o Parque Mirante para valorizar visuais existentes, placas que indiquem a atividade de cada espaço, com escrita em braile, vegetações de espécies nativas e mapas táteis

Visa garantir um espaço urbano com atividades para diversos públicos, de forma integrada, buscando reforçar a vigilância natural, através do pocket park com brinquedos lúdicos, mesas de jogos, parede de escalada, praça de alimentação, arvorismo, espaços de convívio e de permanência. Contam com o apoio de trilhas esportivas, equipamentos de atividades físicas, dentre outros.

A vitalidade urbana, abordada por Jacobs (2000) trata da capacidade de um ambiente promover qualidade de vida e segurança a seus cidadãos e será garantida através da promoção de espaços de uso misto e que estimulam a socialização de pessoas de diferentes idades e horários do dia, promovendo a interação entre moradores e buscando aumentar a sensação de segurança

Os conceitos apresentados foram definidos com base nos estudos feitos acerca da realidade fragmentada das cidades contemporâneas e a partir do estudo sobre métodos e estratégias para reintegrar os espaços residuais à cidade, considerando ainda o entendimento da situação atual da área de estudo selecionada e de suas necessidades, identificadas a partir do diagnostico, visitas e entrevistas


Último nível da praça conta com espaço para food truck e área de mesas com piso demarcado, reversível para o uso do slackline. Possui mesas de ping pong e banheiros públicos. A pedra existente foi integrada ao projeto paisagístico e os muros recebem instalações artísticas e projeções de vídeos.

O segundo nível é o espaço com atividades para crianças adolescentes e idosos. Possui mobiliário infantil lúdico, parede de escalada, bancos e mesas de xadrez. Conta ainda com um anfiteatro e arquibancada integrada à escada

Nível integrado à calçada com ambiente de espera e rampas e escadas para o próximo nível. É identificado através de mapas táteis e pórticos informativos

O terceiro nível da praça conta com a chegada de um tobogã, que vem do nível acima e com a saída de um equipamento de arvorismo, destinado às crianças.

RESTAURANTE

Desenvolvida dentro do conceito de pocket park, foi implantada em um terreno de topografia acidentada, onde o desenho buscou respeitar ao máximo a paisagem existente, criando um espaço dinâmico e acessível. Foi trabalhada em quatro níveis diferentes que, reforçando a ideia da integração, se conectam através de rampas e escadas com desenhos integrados e diversificados. O caráter dinâmico proposto para os acessos aos diferentes níveis do Parque foi idealizado a partir de desenhos sinuosos que busca harmonizar com as curvas de níveis naturais do terreno. A proposta foi criar um ambiente integrado, porém setorizado, buscando conforto e segurança para cada uso determinado além de criar um acesso humanizado e acessível para a parte mais alta da área de intervenção, onde está o Parque Mirante.

O centro comunitário foi pensado para ocupar uma edificação comercial sem uso, onde a proposta de requalificação retoma o aspecto histórico original da construção e conta com espaços de vivência e centro cultural, além de garantir um acesso ao Parque Mirante a partir de uma via importante

O Play Dog é um espaço destinado aos cachorros e promove o uso do local e interação dos donos dos cães.

As trilhas para pedestres e ciclistas seguem tanto em cota plana quanto inclinada. Com patamares para descanso, tobogãs e escadas, fazem de uma simples caminhada uma experiência agradável.

É um elemento estratégico dentro do conjunto de proposições pois sua implantação e desenho tem por objetivo valorizar o eixo visual Convento/Baía de Vitória/Terceira Ponte além de criar diversas conexões, antes inexistentes. A posição da arborização garante vista desimpedida de obstáculos visuais a partir do deck proposto. A forma sinuosa das trilhas acompanha o desenho das curvas de nível, assim como o formato do mirante. O espaço conta com uma academia da terceira idade integrada à academia popular, ambiente para atividades de alongamento e meditação e áreas de permanência, e o Play Dog, espaço de permanência de cachorros, reivindicado pela população As trilhas para pedestres e ciclistas são integradas com escadas, tobogãs e patamares para descanso.


I PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

MENÇÃO HONROSA

Parque Urbano Germinar: Melhoria da qualidade de vida através da cultura, educação ecológica e esporte no município de Duque de Caxias – RJ UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY (UNIGRANRIO) - DUQUE DE CAXIAS - RIO DE JANEIRO Autor

Ingrid Souza da Silva ingridsds.arq@gmail.com Orientador Glaucineide do Nascimento Coelho coelhoglauci@gmail.com


GERM NAR PARQUE URBANO

1/2

Melhoria da qualidade de vida através da Cultura, Educação Ecológica e do Esporte no Município de Duque de Caxias - RJ. Duque de Caxias

Vila São José

Localização Rio de Janeiro

O terreno do projeto está localizado em sua maior área no bairro de Olavo Bilac e uma pequena área do bairro de Gramacjo situados dentro do município brasileiro de Duque de Caxias, estado do Rio de Janeiro. Suas principais vias são a avenida Deputado Almeida Franco e a rua Pedro Lessa. Tem limites aos bairros do Periquitos, Jardim Leal, Vila São José, Centenário e Jardim Metrópole (São João de Meriti). Bairro tipicamente residencial de media e baixa renda.

N

Projeto do TransBaixada Vias principais do Bairro Olavo Bilac RJ-101, Presidente Ge BR-040, Washington Luiz Arco Metropolitano

Terreno para o Projeto do Parque Urbano Área do Projeto

N

N

São João de Meriti

Gramacho Terreno para o Projeto do Parque Urbano Bairro Olavo Bilac

Rio Sarapuí 0

300

900(m)

Base Cartografia Google Earth Adaptada pela autora

O Parque Urbano

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resentação visua

Propiciar Áreas verdes

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Pensado como elemento da infraestrutura urbana que contribui para a melhoria da qualidade de vida através da articulação de usos e simbolismos que incorporam atividades culturais e esportivas, visando a integração das áreas do entorno onde o projeto será inserido. A elaboração do projeto do Parque Germinar visa uma infraestrutura adequada, ambientes agradáveis, facilidade de acessos e equipamentos urbanos que gerem programas de atividades e educação onde sejam atrativas ao público.

r

Objetivo

Potencializar vazio urbanos como ponto de integração e encontro da vida pública.

Integrar usos arquitetônicos e urbanísticos que transformem a paisagem em lugar afetivo da população pelos aspectos positivos.

Construir um lugar destinado as diversas formas de lazer, esportes e manifestações culturais, com foco na melhoria da qualidade de vida e preservação ambiental.

O Projeto

Porque?

O Projeto do Parque Urbano tem por principal objetivo utilizar os vazios Urbanos existentes próximo ao leito do Rio Sarapuí que vai de encontro a Baia de Guanabara. O rio percorre Mesquita, Nilopolis, Belford Roxo, São João de Meriti e Duque de Caxias. Faz parte do Projeto: Duque de Caxias/São João de Meriti, que pertence a uma das Etapas do Projeto Iguaçu: PAC I e PAC II - 1º Seleção.

Propor um projeto de Parque Urbano para livre apropriação através dos diversos usos, sendo ao mesmo tempo de fácil acessibilidade, contribuindo assim para a movimentação constante de pessoas, ao se apropriarem dos espaços livres da rua. Sua relevância está no fato de a cidade de Duque de Caxias não possuir um parque de grandes proporções que crie uma alternativa de lazer para a sua população.

Qualidade Ambiental e paisagistica

Qualicação da Paisagem

Cidades não árborizadas

Proteger e Recuperar

Controlar Enchentes

Prioridade

Cidades mais árborizadas

GERMINAR Cidade mais limpa e cuidada

População Concientizada

Promover Atividades Culturais

Gerar Benefícios à Sociedade

Movimentar e Constituir Memorias

Incentivar a Educação Ambiental

Consciência Ambiental

Sentimento de pertencimento

Entrada Principal pelo Área Institucional do Parque Urbano Germinar - Pórtico de Estrutura de Bambu


Paisagismo

Entrada Secundaria em frente a via principal de Gramacho

Setorização

Utilizado no projeto vegetação nativas voltadas a biodiversidade do Brasil, com plantas nativas e árvores frutíferas em conjunto com vegetações típicas de jardim japonês que segue o principio básico da cultura japonesa com seus signicados como a paz, serenidade e tranqüilidade alem do conjunto de fatores como a assimetria, maturidade, simplicidade, sugestão e naturalidade. Uma das características são as pedras e lagos ornamentais que compõem a paisagem.

Área Institucional

Setorizado em quatro áreas para a melhoria e qualidade do vazio urbano utilizado para o projeto. ada

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Via d

Curso do Rio Sarapuí

N

Baix rans

LEGENDA Acesso Rio Sarapuí TransBaixada Limite de Intervenção

Entrada para o passeio da Área Alagada ÁRVORE ACER AMARELO ACER VERMELHO IPÊS

Canal

PEDRAS ORNAMENTAIS

Buscou-se o desenvolvimento da qualidade, educação ambiental e diversicação do lazer o parque foi pensado em setores através de referencias de parques com o mesmo contexto, alem de possuir uma grande variedade de espaços adequados ao lazer, esporte, cultura e contemplação para a população da região.

Entrada Principal Pórtico de Passagem

ARBUSTOS DE BUXINHO, JUNÍPERUS E BAMBUS

Entrada da Área Esportiva

ARBUSTOS FLORAIS CAMÉLLIA - TSUBAKI AZALÉIAS BELGA HIBISCO COLIBRI ÁRVORE MÉDIO PORTE JABUTICABEIRA ACEROLEIRA CARAMBOLEIRA MANGUE VERMELHO MANGUE BRANCO GRUPO DE BAMBUS TAQUARA, VERDE, GIGANTE, IMPERIAL TREPADOR

0

750(m)

350

Utilização de um sistema de recuperação de rios e canais através de Jardins Flutuantes com Vegetação Foto Filtrante. Tratamento de água ecológico que pode ser instalado em rios, canais e lagos contaminados. Empresa fornecedora do sistema é a BiomatrixWater.

Linha Férrea

LEGENDA Via Coletora Ciclofaixa

Pontes Lagos Drenantes Rio Canal Espelho D’água

Calçadas Linha de Transmissão Vias Locais

Sistema Construtivo Ecológico e Sustentável Estrutura de Bambus

Alvenaria em Adobe

Leito Carroçavel Passeio Sobre Deck Áreas de Lazer

0

i

rea Seca e ár á a e

60

180

Vidro Reciclado

0

350

750(m)

O Bambu na construção civil é uma técnica já é bem desenvolvida e utilizada até para pontes e edifícios de pequeno porte, nos países asiáticos, americanos e entre outros, usada no projeto como estrutura e cobertura foi posicionada lado a lado, utilizada processos de amarrações, parafusados e por encaixes. Sendo assim escolhido como forma de material sustentável nas edicações do parque. O vidro Foi utilizado como vedação e proteção dos vãos, em cores de verde escu-

ro e verde água para compor as arquiteturas em meio a natureza, sendo mais utilizados entre os vidros de segurança. Como Vedação, para compor uma arquitetura natural, foi utilizada o tijolo natural de Adobe, material vernácula, considerado antecedente do tijolo de barro, são feito em processo artesanal ou semiindustrial e em sua composição encontra-se terra crua, água e palha e algumas vezes outras bras naturais, moldados em retângulos.

240(m)

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Linha Ferrea

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Áre a

Ciclofaixa Passeio Pedestre e Ciclistas Limite Térreno

Vegetação Paludosa + Jardim Filtrante Forração Vegetal e Massas Arbóreas

ARBUSTO CYCA REVOLUTA SAGU-DE-JARDIM

Perspectivas

LEGENDA

Vias de Acesso

Vegetação de Encosta

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PAISAGISMO

Fluxo

10 - Quiosques 5 - Áreas de Permanência Passeio em Deck Jardim Flutuantes Filtrantes Portal de Acesso

Edificações

FORRAÇÃO DE GRAMA BERMUDA TIFWAY 419 E GRAMA AMENDOIM

En

Área de Pôlder Alagavel

Calçadas

FORRAÇÃO DE GRAMA ZOYSIA ESMERALDA

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ESPORTE

CULTURA

N

Vias Peatonal e Ciclista

FORRAÇÃO EM SEIXOS DE RIO (PEDRAS LAVADAS)

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Área de Lazer Passivo

Áreas de Piqueniques Jardins de Contemplação Bicicletario 150 Vagas Área de Musculação Atendimento ao Usuario Academias 4 - Quiosques 2 - Áreas de Permanência

Portal 1 - Bicicletário 50 vagas 1 - Bicicletário 150 vagas Campo de Futebol 2 - Quadras de Futebol Society 2 - Campos de Futsal 2 - Quadras Poliesportiva 2 - Quadras Poliesportiva Coberta 20 - Quiosques 16 - Áreas de Permanência Circuito de Skate e Patinação 10 - Equipamentos de Ginástica 2 - Postos Médico de Apoio Auditório ao Ar Livre Palco de Shows 6 - Sanitários 6 - Vestiarios 16 - Churrasqueiras 1 - Playgraound 2 - Corretos 1 - Lago de Drenagem

LEGENDA

ÁRVORE GRANDE PORTE JACARANDÁ PAU-FERRO SIBIPIRUNA

stitucional - Bloco n I a

Portal de Acesso Atendimento Edifícios de Eduação Ambiental Área de Exposição Edifício Administrativo Playgroud 2 - Banheiro Públicos 2 - Lagos de Drenagem 1 - Espelho D’água Edifício de Tratamento Enológico Tanques de Tratamento dos Canais

Área de Lazer Ativo

Estudo de Massa e Implantação

PISO DE CONCREGRAMA E INTERTRAVADO

ÁRVORE KAIZUKA E AKAMATSU PINHEIRO VERMELHO

2/2

Proposições

Área Esportiva -

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Entrada da Área Esportiva do Parque Urbano Germinar - Pórtico de Estrutura de Bambu Ciclofaixa e Bicicletario


I PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

MENÇÃO HONROSA

FAVELA E CIDADE: uma proposta de urbanidade para o Jardim San Rafael UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO (UNESP) PRESIDENTE PRUDENTE - SÃO PAULO Autor

Murilo Bruno Camurça bc.murilo@gmail.com Orientador Arlete Maria Francisco arletemariafrancisco@gmail.com


A vegetação A determinação das espécies arbóreas empregadas no projeto seguiu três diretrizes básicas: •Manutenção de toda a vegetação já existente; •Utilização das espécies nativas - todas as espécies arbóreas adotadas são autóctones do bioma local, a floresta estacional semidecidual; •Utilização de espécies que dão nomes às ruas - atitude para conferir identidade a estas, já que todas são denominadas por nomes populares de arvores. A escolha das espécies arbustivas e forrações procurou privilegiar aquelas espécies mais facilmente adaptáveis ao clima local (tropical/subtropical) de maior rusticidade, demandando pouca manutenção quanto a poda, rega ou refazimento cíclico dos canteiros.

FAVELA E CIDADE Uma proposta de urbanidade para o jardim San Rafael

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Vias e praças As reduzidas dimensões das vias, em torno de sete e nove metros, inferior aos quinze metros exigida pelo município de Londrina para seu sistema viário (LONDRINA, 2015), poderia ser um fator limitante a sua regularização. Contudo, se tratando de área consolidada e passível de regras especificas na ZEIS1, adotou-se vias compartilhadas que garantissem a plena “circulação, segurança e fluidez do tráfego” (LONDRINA, 2015), mas que o fizesse dentro da ideia geral de urbanidade que norteia este projeto. O fato do bairro estar incrustado entre as áreas de APP, com vias exclusivamente locais e com baixo tráfego, também orientou esta tomada de decisão. O desenho surge da tentativa de conciliar permanência e circulação de veículos e de pessoas nas dimensões reduzidas das vias. Deste modo, procedeu-se a delimitação dos eixos para o qual o trafego de veículos deveria ser orientado, de traçado sinuoso implicando na necessária redução da velocidade dos veículos. Optou-se pela demarcação visual destes eixos de circulação de veículos através de diferenciação da coloração do piso pois garante uma maior legibilidade destes espaços, na acepção trabalhada por Bentley (1999). Contrapondo ao traçado sinuoso que orienta o condutor, um desenho geométrico orienta o acesso as edificações. Uma terceira diferenciação na coloração do piso procura definir áreas onde a permanência deve ser mais favorecida, formando pequenas praças de vizinhança, como salas de estar ao ar livre, localizadas próximas às empenas cegas das edificações.

Reflorestamento pública

em

APP

Reflorestamento particular

em

APP

Iluminação Embora já haja iluminação na área, em postes comuns de oito metros, será necessária a complementação na área do parque, por avançar sobre áreas longe dos pontos de iluminação atuais, e no novo acesso à Avenida Theodoro Victorelli.

Esquema de orientação dos eixos de circulação dos veículos

N

50 m

Para o estabelecimento de uma área de permanência no cruzamento da Rua do Ingazeiro com a Rua da Sibipiruna foi utilizada vegetação arbórea em renques, formando uma barreira que conduz lateralmente o fluxo de veículos, ao mesmo tempo que torna mais confortável e seguro a permanência nestas áreas. Este recurso procura organizar melhor estes espaços, conferindo-lhes maior legibilidade.

Principais espécies arbóreas utilizadas Amora-branca Peroba-rosa Canafístula

10 m

Desenho das vias compartilhadas

Imagem do Google Street View, encontro das ruas da Amoreira e da Sibipiruna

Vista

Corte D D’

3

Flamboyant Sibipiruna Copaíba

Ipê-roxo Ingazeiro Aroeira-pimenteira Cafezeiro do mato Pau-cigarra Mulungu-do-litoral Ipê-amarelo Manacá-da-serra Carobinha

Importante para o processo de desenvolvimento projetual, foi a apreensão das preexistências, isto é, o reconhecimento das latências evidenciadas pela espacialidade no que se refere às permanências ou arborizações, por exemplo Vista

Quadro de espécies existentes e acrescentadas Nome Científico / Nome Popular

Porte / Altura

Luminosidade

Gota-de-Orvalho (Evolvulus pusillus Choisy) Lambari-Roxo (Tradescantia zebrina) Banana-de-Imbé (Philodendron bipinnatifidum) Diocondra (Dichondra repens) Afelandra (Aphelandra squarrosa) Ruélia-Azul (Ruellia coerulea) Amendoim-Rasteiro (Arachis repens) Grama-Batatais (Paspalum notatum) Agave (Agave attenuata) Esponja (Calliandra brevipes) Maracujá (Passiflora sp) Caricata (Graptophyllum pictum) Bálsamo-de-Duas-Cores (Aphelandra liboniana) Jasmim-Manga (Plumeria rubra) Ixora-Rei (Ixora macrothyrsa) Caetê-Bravo (Stromanthe sanguínea) Abacaxi-Roxo (Tradescantia spathacea) Amoreira-Branca (Maclura tinctoria) Ingazeiro (Inga feuillei) Peroba-Rosa (Aspidosperma polyneuron) Canofístula (Cassia fistula) Sete-Copas (Terminalia catappa) Flamboyant (Delonix regia) Pata-de-Vaca (Bauhinia forficata) Aroeira-Salsa (Schinus molle) Sibipiruna (Caesalpinia pluviosa) Pêssego-do-Mato (Hexachlamys edulis) Pitangueira (Eugenia uniflora) Copaíba (Copaifera officinalis) Ipê-Amarelo (Handroanthus albus) Carobinha (Jacaranda semiserrata) Araçá-Amarelo (Psidium cattleyanum) Oiti (Licania tomentosa) Aroeira-Pimenteira (Schinus terebinthifolius) Cafézinho-do-Mato (Cordia ecalyculata) Ipê-Roxo (Handroanthus impetiginosus) Jaboticaba (Plinia cauliflora) Amoreira-Negra (Morus nigra) Goiabeira (Psidium guajava) Acerola (Malpighia emarginata) Pau-Cigarra (Senna multijuga)

Forração - 0,1 m Forração - 0,6 m Arbusto - 2,0 m Forração - 0,3 m Arbusto - 0,9 m Forração - 0,6 m Forração - 0,3 m Forração - 0,15 m Arbusto - 1,5 m Arbusto - 2,0 m Trepadeira - 12 m Arbusto - 2,0 m Arbusto - 0,9 m Arvoreto - 6,0 m Arbusto - 2,0 m Arbusto - 0,9 m Forração - 0,6 m Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Grande porte Árvore - Médio porte Árvore - Grande porte Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Grande porte Árvore - Pequeno porte Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Pequeno porte Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Grande porte Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Pequeno porte Árvore - Médio porte

Sol pleno - Meia sombra Sol pleno - Meia sombra Sol pleno - Meia sombra Sol pleno - Meia sombra Sol pleno - Meia sombra Sol pleno - Meia sombra Sol pleno - Meia sombra Sol pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol pleno - Meia sombra Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno

5

Na situação proposta, parece bastante interessante a saída de um modelo tradicional de arborização nas laterais das vias para um desenho mais livre, com as árvores podendo estar no meio da rua. Esta situação pode ser favorável não só esteticamente, mas por evitar o eventual sombreamento excessivo sobre os Pomar Ao longo da Rua da Canafístula, a existência de um talude expressivo (entre três e quatro metros) separando o nível da rua e o do fundo de vale onde se encontra a vegetação densa junto ao córrego, sugere a extensão da via até a borda do desnível, abrindo-se em uma ampla área, ao longo da qual é proposto um pomar de espécies variadas (pitangueira, acerola, pêssego do mato, araçá amarelo, goiabeira, jabuticaba e amora negra), oferecendo frutos em épocas diferentes do ano, o que deve garantir uma maior atratividade para a área.

Corte C C’

10 m Pomar

lotes, lembrando serem estes de dimensões bastante reduzidas (no geral 120m²) e com alta taxa de ocupação (em alguns casos de, aproximadamente, 100%), onde as aberturas para a via pública são, eventualmente, o único meio de ventilação e recebimento de luz natural. O emprego amplo do Mulungu do Litoral nas vias mais estreitas favorece esta situação, por serem arvores que caducam completamente no inverno.

Talude em gabião

Vista

Vista

3

4

Praça do Flamboyant. procurou-se fazer a delimitação dos espaços através da diferenciação de recortes de canteiros em alturas variadas, os quais em alguns pontos fazem as vezes do encosto para os bancos

Vista

7

Referencias ABBUD, B. Criando paisagens: guia de trabalho em arquitetura paisagística. 4ª ed. São Paulo: Ed. Senac São Paulo, 2010. AGUIAR, D. Urbanidade e a qualidade da cidade. Urbanidades. Rio de Janeiro: Letra & Imagen, 2012. BEIDACK, A. R. dos S. Análise da produção do espaço urbano de Londrina: de cincão à zona norte: 1970 – 2007. Londrina, 2009. Dissertação (Mestrado em Geografia, Meio Ambiente e Desenvolvimento) - Programa de Pós-Graduação em Geografia, Meio Ambiente e Desenvolvimento, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2009. Referencia BENTLEY, I. et al. Entornos vitales: hacia un diseño urbano y arquitectónico más humano manual práctico, 1999. BRASIL. Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. BRASIL. Resolução Conama nº 369, de 28 de março de 2006. Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente-APP Publicada no DOU no 61, de 29 de março de 2006, Seção 1, páginas 150 – 151. BUENO, L. M. de M. Projeto e favela: metodologia para projetos de urbanização. São Paulo, 2000. 362p. Tese (Doutorado em Arquitetura) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000. FERREIRA, J. S. W. (coord.). Produzir casas ou construir cidades? Desafios para um novo Brasil urbano. Parâmetros de qualidade para a implementação de projetos habitacionais e urbanos. São Paulo: LABHAB ; FUPAM, 2012. FUNDAÇÃO João Pinheiro. Centro de Estatística e Informações. Déficit habitacional municipal no Brasil. Belo Horizonte, 2013. GEHL, J.. Cidades para pessoas. Tradução Di Marco, A. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2015. KLIASS, R. Parques urbanos de São Paulo. São Paulo: Pini, 1993. LEITE, M. E. Favelas em cidades médias: algumas considerações. Caminhos de Geografia, v. 11, n. 34, 2010. POSTALI, V. B. Autoconstrução e circuito inferior da economia: uma análise da produção habitacional em Londrina/PR – estudo de caso dos jardins São Jorge e San Rafael. Londrina, 2008. Dissertação (Mestrado em Geografia, Meio Ambiente e Desenvolvimento) - Programa de Pós-Graduação em Geografia, Meio Ambiente e Desenvolvimento, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2008. LONDRINA. Lei nº 12.236, de 29 de janeiro de 2015. Dispõe sobre o uso e a ocupação do solo no município de londrina e dá outras providências.


A vegetação A determinação das espécies arbóreas empregadas no projeto seguiu três diretrizes básicas: •Manutenção de toda a vegetação já existente; •Utilização das espécies nativas - todas as espécies arbóreas adotadas são autóctones do bioma local, a floresta estacional semidecidual; •Utilização de espécies que dão nomes às ruas - atitude para conferir identidade a estas, já que todas são denominadas por nomes populares de arvores. A escolha das espécies arbustivas e forrações procurou privilegiar aquelas espécies mais facilmente adaptáveis ao clima local (tropical/subtropical) de maior rusticidade, demandando pouca manutenção quanto a poda, rega ou refazimento cíclico dos canteiros.

FAVELA E CIDADE Uma proposta de urbanidade para o jardim San Rafael

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Vias e praças As reduzidas dimensões das vias, em torno de sete e nove metros, inferior aos quinze metros exigida pelo município de Londrina para seu sistema viário (LONDRINA, 2015), poderia ser um fator limitante a sua regularização. Contudo, se tratando de área consolidada e passível de regras especificas na ZEIS1, adotou-se vias compartilhadas que garantissem a plena “circulação, segurança e fluidez do tráfego” (LONDRINA, 2015), mas que o fizesse dentro da ideia geral de urbanidade que norteia este projeto. O fato do bairro estar incrustado entre as áreas de APP, com vias exclusivamente locais e com baixo tráfego, também orientou esta tomada de decisão. O desenho surge da tentativa de conciliar permanência e circulação de veículos e de pessoas nas dimensões reduzidas das vias. Deste modo, procedeu-se a delimitação dos eixos para o qual o trafego de veículos deveria ser orientado, de traçado sinuoso implicando na necessária redução da velocidade dos veículos. Optou-se pela demarcação visual destes eixos de circulação de veículos através de diferenciação da coloração do piso pois garante uma maior legibilidade destes espaços, na acepção trabalhada por Bentley (1999). Contrapondo ao traçado sinuoso que orienta o condutor, um desenho geométrico orienta o acesso as edificações. Uma terceira diferenciação na coloração do piso procura definir áreas onde a permanência deve ser mais favorecida, formando pequenas praças de vizinhança, como salas de estar ao ar livre, localizadas próximas às empenas cegas das edificações.

Reflorestamento pública

em

APP

Reflorestamento particular

em

APP

Iluminação Embora já haja iluminação na área, em postes comuns de oito metros, será necessária a complementação na área do parque, por avançar sobre áreas longe dos pontos de iluminação atuais, e no novo acesso à Avenida Theodoro Victorelli.

Esquema de orientação dos eixos de circulação dos veículos

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Para o estabelecimento de uma área de permanência no cruzamento da Rua do Ingazeiro com a Rua da Sibipiruna foi utilizada vegetação arbórea em renques, formando uma barreira que conduz lateralmente o fluxo de veículos, ao mesmo tempo que torna mais confortável e seguro a permanência nestas áreas. Este recurso procura organizar melhor estes espaços, conferindo-lhes maior legibilidade.

Principais espécies arbóreas utilizadas Amora-branca Peroba-rosa Canafístula

10 m

Desenho das vias compartilhadas

Imagem do Google Street View, encontro das ruas da Amoreira e da Sibipiruna

Vista

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Flamboyant Sibipiruna Copaíba

Ipê-roxo Ingazeiro Aroeira-pimenteira Cafezeiro do mato Pau-cigarra Mulungu-do-litoral Ipê-amarelo Manacá-da-serra Carobinha

Importante para o processo de desenvolvimento projetual, foi a apreensão das preexistências, isto é, o reconhecimento das latências evidenciadas pela espacialidade no que se refere às permanências ou arborizações, por exemplo Vista

Quadro de espécies existentes e acrescentadas Nome Científico / Nome Popular

Porte / Altura

Luminosidade

Gota-de-Orvalho (Evolvulus pusillus Choisy) Lambari-Roxo (Tradescantia zebrina) Banana-de-Imbé (Philodendron bipinnatifidum) Diocondra (Dichondra repens) Afelandra (Aphelandra squarrosa) Ruélia-Azul (Ruellia coerulea) Amendoim-Rasteiro (Arachis repens) Grama-Batatais (Paspalum notatum) Agave (Agave attenuata) Esponja (Calliandra brevipes) Maracujá (Passiflora sp) Caricata (Graptophyllum pictum) Bálsamo-de-Duas-Cores (Aphelandra liboniana) Jasmim-Manga (Plumeria rubra) Ixora-Rei (Ixora macrothyrsa) Caetê-Bravo (Stromanthe sanguínea) Abacaxi-Roxo (Tradescantia spathacea) Amoreira-Branca (Maclura tinctoria) Ingazeiro (Inga feuillei) Peroba-Rosa (Aspidosperma polyneuron) Canofístula (Cassia fistula) Sete-Copas (Terminalia catappa) Flamboyant (Delonix regia) Pata-de-Vaca (Bauhinia forficata) Aroeira-Salsa (Schinus molle) Sibipiruna (Caesalpinia pluviosa) Pêssego-do-Mato (Hexachlamys edulis) Pitangueira (Eugenia uniflora) Copaíba (Copaifera officinalis) Ipê-Amarelo (Handroanthus albus) Carobinha (Jacaranda semiserrata) Araçá-Amarelo (Psidium cattleyanum) Oiti (Licania tomentosa) Aroeira-Pimenteira (Schinus terebinthifolius) Cafézinho-do-Mato (Cordia ecalyculata) Ipê-Roxo (Handroanthus impetiginosus) Jaboticaba (Plinia cauliflora) Amoreira-Negra (Morus nigra) Goiabeira (Psidium guajava) Acerola (Malpighia emarginata) Pau-Cigarra (Senna multijuga)

Forração - 0,1 m Forração - 0,6 m Arbusto - 2,0 m Forração - 0,3 m Arbusto - 0,9 m Forração - 0,6 m Forração - 0,3 m Forração - 0,15 m Arbusto - 1,5 m Arbusto - 2,0 m Trepadeira - 12 m Arbusto - 2,0 m Arbusto - 0,9 m Arvoreto - 6,0 m Arbusto - 2,0 m Arbusto - 0,9 m Forração - 0,6 m Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Grande porte Árvore - Médio porte Árvore - Grande porte Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Grande porte Árvore - Pequeno porte Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Pequeno porte Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Grande porte Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Médio porte Árvore - Pequeno porte Árvore - Médio porte

Sol pleno - Meia sombra Sol pleno - Meia sombra Sol pleno - Meia sombra Sol pleno - Meia sombra Sol pleno - Meia sombra Sol pleno - Meia sombra Sol pleno - Meia sombra Sol pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol pleno - Meia sombra Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno Sol Pleno

5

Na situação proposta, parece bastante interessante a saída de um modelo tradicional de arborização nas laterais das vias para um desenho mais livre, com as árvores podendo estar no meio da rua. Esta situação pode ser favorável não só esteticamente, mas por evitar o eventual sombreamento excessivo sobre os Pomar Ao longo da Rua da Canafístula, a existência de um talude expressivo (entre três e quatro metros) separando o nível da rua e o do fundo de vale onde se encontra a vegetação densa junto ao córrego, sugere a extensão da via até a borda do desnível, abrindo-se em uma ampla área, ao longo da qual é proposto um pomar de espécies variadas (pitangueira, acerola, pêssego do mato, araçá amarelo, goiabeira, jabuticaba e amora negra), oferecendo frutos em épocas diferentes do ano, o que deve garantir uma maior atratividade para a área.

Corte C C’

10 m Pomar

lotes, lembrando serem estes de dimensões bastante reduzidas (no geral 120m²) e com alta taxa de ocupação (em alguns casos de, aproximadamente, 100%), onde as aberturas para a via pública são, eventualmente, o único meio de ventilação e recebimento de luz natural. O emprego amplo do Mulungu do Litoral nas vias mais estreitas favorece esta situação, por serem arvores que caducam completamente no inverno.

Talude em gabião

Vista

Vista

3

4

Praça do Flamboyant. procurou-se fazer a delimitação dos espaços através da diferenciação de recortes de canteiros em alturas variadas, os quais em alguns pontos fazem as vezes do encosto para os bancos

Vista

7

Referencias ABBUD, B. Criando paisagens: guia de trabalho em arquitetura paisagística. 4ª ed. São Paulo: Ed. Senac São Paulo, 2010. AGUIAR, D. Urbanidade e a qualidade da cidade. Urbanidades. Rio de Janeiro: Letra & Imagen, 2012. BEIDACK, A. R. dos S. Análise da produção do espaço urbano de Londrina: de cincão à zona norte: 1970 – 2007. Londrina, 2009. Dissertação (Mestrado em Geografia, Meio Ambiente e Desenvolvimento) - Programa de Pós-Graduação em Geografia, Meio Ambiente e Desenvolvimento, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2009. Referencia BENTLEY, I. et al. Entornos vitales: hacia un diseño urbano y arquitectónico más humano manual práctico, 1999. BRASIL. Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. BRASIL. Resolução Conama nº 369, de 28 de março de 2006. Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente-APP Publicada no DOU no 61, de 29 de março de 2006, Seção 1, páginas 150 – 151. BUENO, L. M. de M. Projeto e favela: metodologia para projetos de urbanização. São Paulo, 2000. 362p. Tese (Doutorado em Arquitetura) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000. FERREIRA, J. S. W. (coord.). Produzir casas ou construir cidades? Desafios para um novo Brasil urbano. Parâmetros de qualidade para a implementação de projetos habitacionais e urbanos. São Paulo: LABHAB ; FUPAM, 2012. FUNDAÇÃO João Pinheiro. Centro de Estatística e Informações. Déficit habitacional municipal no Brasil. Belo Horizonte, 2013. GEHL, J.. Cidades para pessoas. Tradução Di Marco, A. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2015. KLIASS, R. Parques urbanos de São Paulo. São Paulo: Pini, 1993. LEITE, M. E. Favelas em cidades médias: algumas considerações. Caminhos de Geografia, v. 11, n. 34, 2010. POSTALI, V. B. Autoconstrução e circuito inferior da economia: uma análise da produção habitacional em Londrina/PR – estudo de caso dos jardins São Jorge e San Rafael. Londrina, 2008. Dissertação (Mestrado em Geografia, Meio Ambiente e Desenvolvimento) - Programa de Pós-Graduação em Geografia, Meio Ambiente e Desenvolvimento, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2008. LONDRINA. Lei nº 12.236, de 29 de janeiro de 2015. Dispõe sobre o uso e a ocupação do solo no município de londrina e dá outras providências.


I PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

MENÇÃO HONROSA

Revisitando um sonho moderno. Sistema de espaços livres de Goiânia: dos planos de Attílio Corrêa Lima e Armando de Godoy à situação atual UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO (UNESP) BAURU - SÃO PAULO Autor

Julia Lobo Caixeta jlcaixeta@gmail.com Orientador Marta Enokibara marta@faac.unesp.br


Revisitando um sonho moderno

1/2

Fonte: SEPLAM.

Fonte: Ackel, 2007.

de um novo plano para o Setor Sul adotando os princípios de bairro-jardim de Ebenezer Howard, e se opondo ao modelo francês do plano de Attílio (GRAEFF, 1985, p.16). Segundo o próprio urbanista, “as exigências da cidade moderna não permitem o denominado traçado clássico” (GODOY, 1937 apud ACKEL, 2007, p.149). O Setor Sul foi desenvolvido como zona residencial, a partir de um traçado orgânico, respeitando a declividade natural do terreno, composto por quadras e lotes irregulares (entre 346 e 894 m²), unidos, em seu interior, por um “sistema de parques internos” (ALVARES, 1942, p.33). Godoy propôs uma interação entre o público e o privado, onde os lotes tivessem um duplo acesso, as entradas de serviço voltadas para as ruas e a entrada social voltada para o interior das quadras, as áreas verdes. O trajeto do pedestre seria separado do trafego dos veículos, as pessoas se locomoveriam pelas áreas verdes, enquanto os veículos percorreriam as vias arteriais, coletoras, locais e cul-de-sacs (ALVARES, 1942, p.32 e 33).

2. O sistema de áreas verdes na atualidade

Apesar dos processos de degradação que as áreas verdes do Setor Sul sofreram ao longo da história, encontramos grande parte do sistema conservado como área livre. A maioria dessas áreas verdes públicas estão em processo de degradação ou ocupadas por usos conflitantes. Ainda que as áreas verdes em processo de degradação das áreas verdes, o Setor Sul é muito valorizado. Posicionado próximo à região central da cidade, o Setor é abastecido por grande variedade de serviços e comércios, além de completa infraestrutura. O setor é considerado um “polo cultural” de Goiânia, principalmente pela verdadeira “galeria a céu aberto” formada por inúmeros grafites que podem ser encontrados nos muros que circundam diversas áreas verdes. A arte urbana é um grande atrativo, e tem levado muitos jovens a visitarem o Setor. Entretanto, sem infraestrutura e outras possibilidades de uso, acabam por se configurar como áreas de passagem. A pesquisa histórica revelou que projetos e planos gerais não foram capazes de ativar o sistema de acordo com o projeto original. Desta forma, é necessário reconhecer que cada área verde está inserida em diferentes contextos e estabelecendo diferentes dinâmicas com a malha urbana, por isso, cada área deve ser tratada de forma individualizada. Assim, cada quadra deve receber diferentes estudos e projetos de requalificação urbana e paisagística, buscando articular cada área a seu entorno, a outras áreas verdes próximas e à malha urbana, para que no futuro o Setor sul não se mantenha como um “sonho moderno”.

1 2

As vendas dos lotes do Setor Sul começaram em 1937, com previsão de implantação apenas em 1962. Esta ação do Estado estava de acordo com a arrecadação de fundos para a implantação do plano, que priorizava a ocupação dos Setores Central e Norte. Entretanto, na década de 50, período marcado pela distorção dos ideais modernos que fundaram a cidade, muitos terrenos públicos começam a ser invadidos; forçando o Estado a implantar o projeto (GONÇALVES, 2003, p.73). A partir de 1953 o Setor Sul começa a ser ocupado de forma efetiva, entretanto, o projeto não havia sido totalmente implantado. Segundo um morador: “Estas ruas foram abertas inicialmente quase com bicicleta, porque isto aqui era campo, existia muita lobeira. Na época, o pessoal ia fazendo o caminho e as ruas iam sendo abertas de acordo com os pedidos. Porque a pessoa tinha casa no meio do mato e precisava logicamente ter um acesso”. (GONÇALVES, 2003, P.73). A ocupação do Setor Sul ocorreu de forma oposta ao projeto de Armando de Godoy, as casas foram construídas com as frentes voltadas às ruas, enquanto os fundos dos lotes eram voltados para as áreas verdes. Quando os moradores começaram a ocupar seus lotes, as áreas verdes eram tomadas por vegetação nativa, sem nenhum tipo de infraestrutura ou cuidado. É compreensível que esses lotes não fossem ocupados devidamente, faltava infraestrutura e supervisão do Estado para garantir a implantação do complexo projeto de Armando de Godoy. A relação pretendida entre as residências e as áreas livres nunca existiu. A infraestrutura urbana do Setor Sul e a urbanização das áreas verdes foram implantadas tardiamente, em 1973, no Projeto CURA, subsidiado pelo Banco Nacional de Habitação (BNH). De acordo com Relatório elaborado em 1977 pelo Escritório de Planejamento da Prefeitura Municipal de Goiânia, o Projeto CURA procurou atender as necessidades dos moradores que reivindicavam, principalmente, a urbanização das áreas livres. Segundo dados do projeto, das 28 áreas verdes projetadas no Setor Sul, 24 foram passíveis de urbanização. A proposta de urbanização dessas áreas teve como ênfase a “contribuição ecológica das áreas e a implantação de equipamentos de lazer ativo”. Foram implantadas, segundo tabela de estimativa de custos presente no relatório do Projeto: vegetação, equipamentos esportivos, pavimentação, iluminação, instalação hidráulica e a modelagem do terreno. É perceptível como esses equipamentos foram instalados de forma sistemática nas diferentes áreas verdes do Setor Sul, sem um maior estudo do que cada área necessitaria.

3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

ACKEL, Luiz Gonzaga Montans. Attílio Corrêa Lima: uma trajetória para a modernidade. 2007. 342P. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo. ALVARES, Geraldo Texeira. A luta na epopéia de Goiânia: uma obra de engenharia nacional. Rio de Janeiro: Oficina Gráfica do DAHER, Tânia. O projeto Original de Goiânia. Goiânia: Revista UFG, ano XI, nº6, 2009. 15p. DINIZ, Ana Maria. ESCRITÓRIO DE PLANEJAMENTO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE GOIÂNIA. Projeto CURA. Goiânia: Prefeitura Municipal, 1974. GRAEFF, Edgar de Albuquerque. Goiânia, 50 anos. Brasília: MEC-SESU, 1985. 42 p. GONÇALVES, Alexandre Ribeiro. Goiânia: uma modernidade possível. Brasília: Ministério da Integração e defesa: UFG, 2003. 177 p. MONTEIRO, Ofélia Sócrates do Nascimento. Como nasceu Goiânia. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1938. 653 p.

Pau formiga 44 Pau cigarra

Nome Popular

Nome científico

Setor Central: Plano de Attílio

28

Hymenaea stigonocarpa Citrus latifolia Mangfera Citrus deliciosa Morinda clitrifolia Caryocar brasilense

Med Peq Peq Peq Peq

6-9m 4-6m 3-8m 2-6m 6-10m

29

Pitanga

Eugenia uniflora

Med

6-12m

30

Tamarindo

Tamarindus indica

Grd

10-15m

21

Setor Sul: Plano de Godoy

22

Áreas verdes do Setor Sul

23

Estudo de caso: F-40

24

500m

0

25

1 km

26 27

ru

8

1 a1

rua 117

D

31

48

Jatobá do cerrado Limão tahiti Manga Mexirica Noni Pequi

20

N

FRUTOS COMESTÍVEIS Porte Altura

4-12m 5-10m 4-6m 5-15m 3-6m 15-20m

19

Legenda

O

45

Med Peq Peq Grd Peq Grd

17

S

10-20m 6-10m

Muntingia calabura Averrhoa carambola Annona muricata Inga marginata Myrciaria cauliflora Syzygium cumini

16

A

Grd Med

Morus nigra Psidium cattleianum Anacardium humile

15

J

5-10m 15-25m 10-13m até 12m 3-4m 10-20m 4 - 6m até 15m 4-8m até 35m 6-14m 8-16m

Amora preta Araçá amarelo Cajuzinho do cerrado Calabura Carambola Graviola Ingá feijão Jabuticaba Jamelão

14

M J

Med Grd Med Med Peq Grd Peq Med Peq Grd Med Med

32 33 34 35 36 37 38 39

40 41 42 46 47

Med Med Peq

49

Maturação dos frutos F

M

A

M

J

J

A

S

O

N

50

D

7-12m 1-9m 4-8m

Nome Popular Areca bambu Areca delocuba Coco da Bahia

PALMEIRAS Nome científico Dyspsis lutescens Dyspsis Madagascariensis Cocos nucifera

Porte Med Grd Grd

Altura 3-9m 7-15m até 30m

Dendê Guariroba Imperial Jerivá Latânia Washingtonia

Elaeis guineensis Sygarus oleracea Roystonea oleracea Sygarus romanzoffiana Latania verschaffeltii Washingtonia filifera

Med Grd Grd Grd Grd Med

até 15m 4-7m >12m 8-15m 10-15m até 15m

ARBUSTOS ORNAMENTAIS Nome Popular Nome científico Clusia* Clusia fluminensis Jasmim manga Plumeria rubra Murta* Eugenia sprengelli Camedórea bambu Chamaedorea seifrizii Costela de adão Monstera deliciosa Curculigo Curculigo capitulata Guaimbê do brejo Philodendron tweedieanum Hera da algéria Hedera canariensis Papiro Cyperus giganteus Renda portuguesa Davallia fejeesins Hook. Sombrinha chinesa Cyperus alternifolius

J

3. Quadra F-40: levantamentos e análises

A quadra F-40 foi escolhida como estudo de caso e objeto da proposta de intervenção, devido suas particularidades, como posição estratégica e envolvimento dos moradores nas questões da área verde. A seguir, suas potencialidades e conflitos são mapeadas na área (diagrama), segundo levantamento e pesquisas in loco, onde foram realizadas, entrevistas e levantamento fotográfico.

Schinus terebinthifolius Terminalia catappa Cassia fistula Delomix regia Caesalpinia pulcerrima Ficus Tabebuia heptaphylia Tecoma stans Jacaranda mimosifolia Cassia leiandra Azadirachia indica Tibouchina granulosa Caesalphina peltophoroides Tripalis brasiliana Senna multijuga

43

18

Referências bibliográficas:

Aroeira Chapéu de sol Chuva de ouro Flamboyant Flamboyant de jardim Gameleira Ipê rosa Ipê de jardim Jacarandá mimoso Marimari Nin indiano Quaresmeira Sibipiruna

Floração

51 52

Nome Popular Açafrão da terra Inhame chinês Peixinho Taioba Taioba roxa

53 54 55 56 57

41 43

13 41

13

13

13

13

43

13

35 7

13

12

41

13 19

28

12 2

13

38 16

39

23

29 37 37 13 26 32 31 23 15 17 13 39 27 24

3

18

35 38

2/2

30

25

Altura até 6m 7-15m 2-4m 2m 1,5m 0,4-0,8m 0,5-1m 1,5-2,5 0,2-0,4m 0,5-1m

COMESTÍVEIS Nome científico Curcuma longa Colocasia esculenta Stachys byzantina Alocasia macrorrhizos Xanhosoma violaceum

14 22 9

33 6

29

14

36

16 43

4

13 7 24 11

44

25 36

44

49

53

50

54

47

51

55

48

52

56

44 36

46

Unidades adicionadas

44

20

44

Altura 0,4-0,8m 0,4-0,7m 0,2-0,4m 0,8-1,5m 0,6-1,1m

45

43

20 44

5

5

25

43

25 10 38 5 34 34 8 5 8

2

13

43

43

13

4

36

33

13 34 21 36

43

Unidades levantadas/existentes

36 0

50m

Implantação e arbóreas 57

*Unidades retiradas Fonte: LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, v.1, 4.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, v.2, 4.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. LORENZI, H. ÁPlantas para Jardim no Brasil, v.2, 2 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2013.. LORENZI, H. Frutas no Brasil: nativas e exóticas. 1 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2006. LORENZI, H. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2014.

rua 117

rua 117 0

Attílio Corrêa Lima foi o primeiro contratado para executar o plano urbanístico e dirigir as obras de Goiânia em julho de 1933. O plano desenvolvido pelo urbanista foi baseado no urbanismo francês do início do século XX, por isso adotou um traçado clássico. Sua principal contribuição na atualidade está relacionada ao Setor Central. Em 1935, Attílio deixa o cargo de Diretor de Obras, por razões pessoais e políticas. A construtora Coimbra Bueno assume a direção das obras em 1936, e contrata Armando de Godoy como consultor técnico, para revisar o plano anterior. Segundo Alvares (1942), houve a alteração de todo o plano, exceto os Setores Central e Norte. A principal participação do urbanista foi a elaboração

Plano de Attílio Corrêa Lima (esq.) e Armando de Godoy (dir)

Nome científico

r ua 9

1. Antecedentes históricos

ÁRVORES ORNAMENTAIS Porte Altura

Nome Popular

J F M A

O sistema de áreas verdes do Setor Sul em Goiânia: dos planos de Attílio Corrêa Lima e Armando de Godoy à atualidade O Setor Sul, em Goiânia, possui um traçado único, suas ruas são orgânicas e no interior das quadras existem grandes áreas verdes públicas. O setor faz parte do Plano de Urbanização de 1938, e se diferencia entre os demais. Esta diferença deve-se à participação de dois profissionais no plano, Attílio Corrêa Lima (1901-1943) e o engenheiro Armando Augusto de Godoy (1876- 1944). Attílio foi contratado em 1933 pelo Interventor de Goiás, Pedro Ludovico, para a elaboração do Plano de Urbanização, demitindo-se da função em 1935. Godoy assumiu como consultor para a revisão dos projetos desenvolvidos anteriormente e elaborou um novo projeto para o Setor Sul, criando uma proposta de bairro-jardim com um sistema de áreas verdes públicas.

r ua

a

120

Quadra F-40: Usos do solo Legenda

Potenciais

a

Via coletora

Bosque diversificado

Vias locais

Mobilidade: corredor de ônibus e civlofaixa da rua 90

57

45

Residencial

Grafites: atrativo

47

45

Comercial

57

Lotes vagos 100m

54 200m

4-Quadra F-40: Proposta de intervenção

Com relação as potencialidades:

A proposta buscou responder às particularidades da área, mas também gerar maior conexão entre interior e exterior da quadra, desta forma, com relação aos conflitos:

- grafites: deve ser explorado através de iniciativas que incentivem a divulgação desta arte em outros muros da quadra F-40, também seria usado nos acessos, indicando a existência da área verde, e na grande parede cega entre os estabelecimentos comerciais e os lotes vagos, na rua 90;

- trafego de veículos: seria limitado a um pequeno estacionamento, aumentando o fluxo de pessoas na área; - acessos: devem ser evidenciados através de sinalização informativa e atrativa, estendendo a ocupação dos grafites para os muros que limitam os acessos. Instalação de faixas de pedestres elevadas e atrativas, que além de reduzir a velocidade dos veículos, demonstra a rota do pedestre; - área comercial: propõe-se maior interação desses empreendimentos e a área verde, através da desapropriação da área invadida e a abertura de seus “fundos”, aumentando as conexões entre o espaço interno da quadra e seu entorno. Os recuos dos edifícios comerciais também serviriam como acesso.

- mobilidade: estimular e articular a área verde com o tecido existente conectando com a mobilidade da rua 90 (corredor de ônibus e ciclofaixa), ao interior da quadra através de pistas de caminhada, ciclovias e ciclofaixas;

53

54

Institucional e serviços 0

47

46

47

47

51

51

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3

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56 57

56

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56 53

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7

5

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50

6

56 47

b

2 47 45

- vegetação: o projeto buscou respeitar e incorporar a vegetação existente no local, que na sua maior parte foi plantada pela vizinhança. Este aspecto será detalhado na prancha seguinte.

b

Conflitos 46 48

Estacionamento e trafego de veículos Carga e descarga Invasões Acessos de pouca visibilidadde

c

48 49 49

47

47

1 47

48

Planta baixa

45

Legenda Ciclovia projetada

48

Ciclofaixa da rua 90 Passeio

49 1

47

2

48

3 4

c

Jardins O projeto buscou respeitar e incorporar a vegetação existente no local, através do detalhado levantamento. A vegetação adicionada está relacionada a espécies comumente encontradas aos antigos jardins residenciais, criando a ideia de “jardins da memória”. No centro da quadra, a vegetação também estaria vinculada a importantes componentes da culinária Goiânia, os “jardins comestíveis”. As únicas arbóreas adicionadas foram o pau cigarra (Senna multijuga), com função de complementar pequenas áreas vazias, e o pau formiga (Tripalis brasiliana) que surge como elemento vertical, podendo ser avistado da malha urbana externa, evidenciando a existência do espaço público.

5

0

Gramado Pátio comercial e estacionamento Centro de arte urbana Bicicletário Jardins de memória e comestíveis Quadra poliesportiva e arquibancada

6

Estrutura metálica com redes

7

Jardim de retenção 25m

50m


I PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

MENÇÃO HONROSA

Conexão de Espaços Livres na Área Central de Santa Rosa/RS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - SANTA MARIA - RIO GRANDE DO SUL Autor

Gustavo Dorfschmidt gustavo.dorfschmidt@gmail.com Orientador Fábio Müller fabio.muller@ufsm.br





























































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O tema desse projeto é o de devolver uma parcela da orla do Guaíba de Porto Alegre à população. Em quase toda sua extensão a orla, quando não privatizada, tem pouca manutenção e vitalidade, gerando zonas ociosas e inseguras. Sendo assim, esse projeto visa criar um lugar que possa ser usufruído publicamente em qualquer hora do dia, trazendo vida à cidade a partir da intensificação de conexões com o tecido urbano consolidado e as águas do Guaíba qualificando, assim, a paisagem urbana. Qual será a identidade desse lugar? O que o tornará único? Assim como o DNA encontrado em nossos organismos, nos tornando exclusivos, se quer que a nova orla de Porto Alegre tenha uma identidade própria e pluralidade singular dentro da cidade, fazendo com que a mesma se torne um ponto de encontro diário da população. Sendo assim, na estratégia de ocupação do terreno se propõem utilizar algumas analogias que remetem ao DNA humano com o intuito de tornar a nova orla um organismo vivo dentro da cidade. Na apropriação do terreno se buscou o maior número de conexões possíveis com as pré existências do local. Sendo assim se manteve as massas de vegetação existente, aprimorou-se a estação que recebe o Catamarã e se anexou ao projeto uma área planejada pré exisente próxima à estação. Buscou-se dar força ao eixo com ligação ao Mirante do Cristal e configurar a Avenida Diário de Notícias com a proposição de quiosques voltados para a via. Outro dado importante na concepção do projeto foram os registros de cheias da cidade que costumam atingir - em média - a cota 2,60, sendo assim abaixo desse nivel há o cuidado de propor atividades que - caso a área fosse alagada - não houvesse grandes danos ao projeto.

7

9

Limite cheias e descontrução do traçado

Niveis propostos

IDA

N AVE

1 - Mirante 2 - Centro de educação ambiental 3 - Estar com cadeiras deitadas 4 - Complexo de quiosques 5 - Estar com cadeiras bolha iluminadas 6 - Chimarródromo 7 - Estar com pufes 8 - Escalada 9 - Labirinto 10 - Equipamentos para ginástica 11 - Slackline

2 3

5

8

A

Inserção edificações

12 - Área com sacos de pancada 13 - Anfiteatro - capacidade 795 pessoas 14 - Zona de espaços cobertos multiuso 15 - Balanço musical 16 - Gangorras iluminadas 17 - Tabuleiros de xadrez e damas gigante 18 - Estar com cadeiras - peão 19 - Complexo turístico 20 - Estação catamarã

11

10 12

1

G

PPIN

HO RA S

DIÁR

LEGENDA

6

Conceito DNA

IAS

OTÍC

EN IO D

ANT

MIR

4

Local de intervenção com arroios delimitantes

L

ISTA

CR E DO

BAR

13 14

17

16 18 15

19 E NO

IO D

IÁR DA D

AS TÍCI

NI

AVE

TRECHO DE SETOR AMPLIADO "A"

VEGETAÇÃO PROPOSTA 20

PISO DRENANTE BRASTON MEDINDO 1200x600mm

PISO BETONART MODELO DECK 14 DE CONCRETO REF.901 MEDINDO 250x14cm COR MARROM CLARO

PERFIL TUBULAR D=200mm EM AÇO GALVANIZADO COM PINTURA EPOXI COR PRETO

PARAFUSO PARA FIXAÇÃO NO BANCO D=10mm

CAMADA DE BRITA FINA ESPESSURA 100mm

ESPETO LED 7W COR BRANCO QUENTE

BICICLETÁRIO DELAZZARI REF. IBIRA COR CINZA

ESPETO LED 7W COR BRANCO QUENTE

ACABAMENTO PARA CANTEIRO EM PARALELEPÍPEDO

PISO DRENANTE BRASTON MEDINDO 1200x600mm

PISO DRENANTE BRASTON MEDINDO 120x60cm COR PALHA

CONTRAPISO ESPESSURA 80mm

CAMADA DE BRITA FINA ESPESSURA 100mm

ESPESSURA 70mm COR PALHA

PISO BASALTO TALHADO MEDINDO 500x500mm COR CINZA

ASSENTO COM RIPA DE EUCALIPTO NATURAL APARELHADO - MADVEI MED. 21x48x3960mm

BASE DE AÇO GALVANIZADO COM PINTURA EPOXI CORPRETO MED. 160x80mm

BANCO DE CONCRETO PRÉ MOLDADO H=500mm COM HIDROFUNGANTE

CONTRAPISO ESPESSURA 80mm

ESPESSURA 70mm COR PALHA

NEGATIVO PARA ENCAIXE DE FITA DE LED IP65 COM PRESILHA E CONECTOR, 220V COR BRANCO QUENTE D=13mm

GUARDA CORPO H=1100mm COM PERFIL DE AÇO GALVANIZADO COM PINTURA EPOXI COR CINZA

DETALHE 07 - módulo guarda corpo tipo 02

4,10 ESCADA DE CONCRETO MOLDADO IN LOCO COM HIDROFUNGANTE

3,88 3,66 3,44 3,22

FLOREIRA H=800mm EM CONCRETO PRÉ MOLDADO COM HIDROFUNGANTE

ASSENTO COM RIPA DE EUCALIPTO NATURAL APARELHADO - MADVEI MED. 21x48x3960mm VEGETAÇÃO: BRINCO DE PRINCESA

BANCO BENITO REF. ALEA UM395B

CANTONEIRA DE ALUMINIO DE EMBUTIR DECAL COR BRONZE MEDINDO 2,5x2,5x300cm

3,00

3,00

3,10

FLOREIRA h=450mm DE CONCRETO PRÉ MOLDADO COM HIDROFUNGANTE e=100mm

CORTE LATERAL

VISTA FRONTAL

BANCO DE CONCRETO PRÉ MOLDADO COM HIDROFUNGANTE E NEGATIVO NA BASE COM ILUMINAÇÃO

VEGETAÇÃO: AGAPANTHUS AZUL

NEGATIVO PARA ENCAIXE DE FITA DE LED IP65 COM PRESILHA E CONECTOR, 220V COR BRANCO QUENTE D=13mm

REFLETOR PAR 20

PERFIL TUBULAR D=200mm EM AÇO GALVANIZADO COM PINTURA EPOXI COR PRETO

VEGETAÇÃO: GRAMA PRETA

3,50

SOLDA

VEGETAÇÃO: BRINCO DE PRINCESA

FLOREIRA h=450mm DE CONCRETO PRÉ MOLDADO e=100mm COM HIDROFUNGANTE

GUARDA CORPO H=1100mm INCLINAÇÃO 10%

BANCO DE CONCRETO PRÉ MOLDADO e=100mm COM HIDROFUNGANTE

FITA DE LED IP65 COM PRESILHA E CONECTOR, 220V COR BRANCO QUENTE D=13mm

CABO DE AÇO GALVANIZADO COM PINTURA EPOXI COR PRETO D=10mm

3,00

PEÇA DE MADEIRA MACIÇA PINUS TRATADA, PARA ESTRURAÇÃO E SUSTENTAÇÃO MED. 200x200mm

PARAFUSO PARA FIXAÇÃO NO PISO D=10mm BASE DE AÇO GALVANIZADO COM PINTURA EPOXI COR PRETO MED. 200x80mm

CORTE FRONTAL

CORTE LATERAL

VISTA FRONTAL

CORTE LATERAL

PEÇA SECUNDÁRIA DE MADEIRA MACIÇA PINUS TRATADA MED. 60x60mm

PINGADEIRA BASALTO LEVIGADO POLIDO MED. 500x500mm COR CINZA

DETALHE 01 Banco deck quiosques

DETALHES DE PROJETO

DETALHE 02 Escada nivel 4 - nivel 3

DETALHE 03 Banco mirante

DETALHE 04 Acabamento canteiro junto à biciletário

DETALHE 05 Banco orgânico com floreira

DETALHE 06 Módulo guarda corpo tipo 1

CORTINA DE CONCRETO MOLDADO IN LOCO COM HIDROFUNGANTE PARA CONTENÇÃO

DECK DE MADEIRA PINUS TRATADA MED. 2000 x100mm e=80mm

2,00

PERFIL DE AÇO D = 20mm GALVANIZADO PARA SUSTENTAÇÃO DO DECK PEÇA DE CONCRETO PRÉ MOLDADO COM HIDROFUNGANTE PARA FIXAÇÃO DA PEÇA DE MADEIRA NO SOLO

2,20











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