Educação em Movimento - Maio de 2018

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PREVENÇÃO

INCLUSÃO

Professores municipais são treinados no curso de Primeiros Socorros

Semed promove curso de Libras para professores e outros servidores

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MANAUS

EDUCAÇÃO EM MOVIMENTO MAIO DE 2018

Manaus avança e reduz número de alunos com distorção idade-série Com atuação desde o ano de 2015, a parceria entre a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e o Instituto Ayrton Senna (IAS) possibilitou a diminuição da distorção idade-série em Manaus, nos últimos três anos. O índice saiu de 24,9% em 2014, para 21,4% em 2015 e 18,5% em 2016, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), totalizando uma queda de 6,4%. PÁGINA 2 ACERVO SEMED

NATHALIE BRASIL

ACERVO SEMED

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

CULTURA

Reciclagem auxilia na alfabetização de alunos da rede

CMAEs da zona Leste promovem arte e transformam vidas

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EDUCAÇÃO EM MOVIMENTO

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QUALIDADE NA EDUCAÇÃO

Parceria ajuda a vencer deficiências e distorções no processo de ensino ACERVO SEMED

Alunos de 119 escolas do município são contemplados pelos programas "Se Liga", "Acelera" , "Pit Stop" e "Fórmula da Vitória" que ultilzam vários recursos para combater a distorção idade-série

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ma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e o Instituto Ayrton Senna (IAS), desde 2015, possibilitou a diminuição da distorção idade-ano em Manaus, nos últimos três anos. O índice reduziu de 24,9% em 2014, para 21,4% em 2015 e 18,5% em 2016, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), totalizando uma queda de 6,4%. Os dados de 2017 serão divulgados somente no segundo semestre, quando encerrar o Censo Escolar. Mas, a expectativa é que esses índices baixem mais 2%. Segundo a coordenadora municipal do IAS, professora Neuza Viana, o programa do instituto vem somar com as ações da Semed no combate à distorção idade-ano. “Antes dessa parceria, Manaus tinha altas taxas, hoje estamos superando esses números. É muito aluno seguindo em frente, aprendendo e resgatando sua autoestima para estudar e isso significa que estamos conseguin-

do cumprir as metas de aprendizagem”, comemorou a coordenadora. A parceria com o IAS acontece por meio de quatro programas. O “Se Liga” e o “Acelera”, que atendem alunos com distorção idadeano do 3º, 4º e 5º anos do ensino fundamental. E os programas “Pit Stop” e “Fórmula da Vitória”, que atuam no reforço escolar de estudantes, também dos anos iniciais e do 6º e 7º anos. No total, mais de 10 mil alunos são beneficiados. Na última semana, durante três dias, professores foram capacitados no programa "Fórmula da Vitória", para atuarem no reforço escolar na disciplina de matemática. Nos anos anteriores, o programa era executado apenas na disciplina de língua portuguesa. Para a professora Janaira Cavalcante, que já trabalhava com o programa de reforço em língua portuguesa e a partir de agora com a matemática, o maior ganho para os alunos que estão no "Fórmula

da Vitória" é o aprendizado real do conteúdo. “Esses alunos chegam ao programa desacreditados, com histórico de indisciplina e baixo rendimento. Nós os acolhemos e aplicamos todos os recursos disponíveis para que eles vejam que são capazes e podem ter êxito na aprendizagem, tanto no reforço, quanto nas outras disciplinas do ensino regular”, disse a professora. Neste ano, 118 escolas vão ser atendidas com os programas de correção de fluxo. O programa "Se Liga" (para alunos não alfabetizados) totaliza 1.424 alunos matriculados. No "Acelera Brasil" (para alunos alfabetizados), vão ser atendidos 2.475 alunos. Já os programas de reforço escolar, que previnem a reprovação e o abandono e acontecem no contraturno, estendendo a jornada escolar, são o “Pit Stop” voltado para os alunos do 3°, 4° e 5° anos que apresentam defasagem na aprendizagem, e o “Fórmula da Vitória” para os de 6°

e 7° anos com estudantes em dificuldades com a língua portuguesa. Em 2018, a previsão é que sejam atendidos 1.400 alunos no “Pit Stop”. Nesses três anos, já foram atendidos 2.270, dos quais 82,7% superaram as dificuldades que apresentavam em língua portuguesa e 94,5% foram aprovados para o ano seguinte. Pelo "Fórmula da Vitória", desde 2015, a Semed atendeu 890 alunos, dos quais 92,8% superaram as dificuldades no componente curricular abordado. Para o ano de 2018, participarão aproximadamente 800 alunos da rede. Todos os programas possuem metodologia e livros específicos, sendo ministrados por professores que recebem não só formação continuada, mas também o acompanhamento in loco, por meio de um tutor. Além disso, alunos e educadores recebem o material didático e têm a evolução da turma registrada mensalmente no Sistema do Instituto Ayrton Senna de Informações (Siasi).


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Profissionais da educação recebem treinamento em primeiros socorros

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s constantes sangramentos pelo nariz costumam tirar a estudante Maria Flor, de 10 anos, das aulas de Educação Física, mas não abalam mais a calma da mãe da menina, a assistente administrativa Francinete Mourão, 43. Ela afirma que se sente segura com o preparo dos profissionais da educação, que recebem capacitação da Secretaria Municipal de Educação (Semed), para atuar em caso de primeiros socorros com os alunos. “No início era assustador, mas na escola eles já sabem exatamente o que deve ser feito e, o principal, transmitem calma para a minha filha”, observou a mãe da estudante, que cursa o 5º ano do ensino fundamental na escola municipal Maria Rufino de Almeida, no bairro Alvorada, zona Centro-Oeste de Manaus. De acordo com a assessora da Gerência de Atividades Complementares e Programas Especiais (GACPE), Lourdes Araújo, a capacitação em primeiros socorros básicos atende a Lei Municipal nº 1.723, de abril de 2013, mas já era realizada pela secretaria desde a década de 80. “Temos ações trabalhadas anualmente nas escolas e firmamos parcerias, como

a que realizamos com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que ministra as palestras para nossos profissionais, com uma abordagem mais específica para o atendimento nas escolas”, explicou. A assessora afirma que, atualmente, todas as escolas da rede municipal têm profissionais que, em algum momento, já passaram por essa capacitação e estão aptos a auxiliar os alunos em caso de acidentes, além de repassar as informações para os colegas. Uma dessas palestras foi realizada no final de abril, no auditório da Semed, e reuniu cerca de 300 pessoas. Um dos participantes, o educador físico Edvando Alves, destacou a importância dessas informações chegarem às escolas para garantir segurança e bem-estar aos alunos. “Faço parte da Caravana da Educação Física, que atende todos os Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e creches de Manaus. Trabalhamos com crianças, que muitas vezes exigem um atendimento especializado e é fundamental estarmos preparados para isso e também prontos para orientar os outros professores que pedirem nosso au-

xílio”, disse, citando o exemplo de uma aluna com epilepsia que estuda em uma das escolas atendidas por ele. “A própria turma foi orientada a ajudar, monitorando o tempo de convulsões, pedindo auxílio de professores e também se comportando de forma que a estudante não passasse nenhum constrangimento. Além disso, a mãe dela também era sempre informada das ocorrências”, completou. Para a enfermeira Elessandra Sicsú, que ministrou a palestra de primeiros socorros básicos para profissionais da Semed, no último dia 20, o fato de as escolas acolherem as crianças por tanto tempo, intensifica a necessidade de os profissionais estarem aptos para agir em casos de acidentes. “São pessoas que têm que saber fazer, porque uma técnica bem aplicada pode tirar uma pessoa do risco de morte e de sequelas. O primeiro atendimento pode ser decisivo”, ressaltou. Pela experiência que ela vivencia no Samu, as ocorrências mais comuns envolvendo crianças são engasgo, queda, afogamento e febre com convulsão. “É importante lembrar que o Samu não chegará em todas as ocorrências e aquelas menos

ACERVO SEMED

Professores em treinamento na Semed

graves, em que a pessoa está consciente, acordada, não serão prioridades, obviamente. Então é importante que todos estejam preparados para lidar com as situações e saber o que fazer, buscando o socorro necessário nos meios adequados. A gente precisa olhar mais pelas pessoas, mas não basta olhar e não saber o que fazer”, finalizou.

EDUARDO COLIN

Manaus vira exemplo nacional em formação de educadores O trabalho de formação promovido pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) foi um dos projetos apresentados no último dia 9 de maio, em São Paulo, como experiência de sucesso, durante a Reunião do Grupo de Trabalho de Formação Continuada, no Conselho Nacional de Secretários de Estado da Educação (Consed). Manaus tem uma das maiores redes de ensino do país e o trabalho desenvolvido de formação serviu de exemplo para outras cidades. Antes de ser escolhida, membros do Grupo de Trabalho de Formação do Consed estiveram em Manaus e avaliaram as estratégias de trabalho da secretaria. “Apresentar o trabalho da Semed, além de nos encher de orgulho, nos fez ter a certeza que o caminho traçado está certo e as outras regiões do país perceberam o quanto temos uma rede grande, complexa e, mesmo assim, tem dado resultados positivos”, afirmou Rita Luna, representante da Semed na reunião do Consed e chefe da Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério (DDPM). A rede municipal de ensino possui em seu quadro de pessoal 12 mil profissionais. Desse total, aproxima-

damente 9,5 mil professores e pedagogos foram atendidos em 2017 nos Processos de Formação Continuada ofertados pela DDPM. Em 2018 a meta é atender mais demandas desses profissionais e assegurar o melhor aprendizado para os alunos das 499 escolas municipais. O atendimento desses profissionais acontece nos turnos matutino, vespertino e noturno, sempre buscando adequar os horários de sala de aula. Em 2018, a formação está sendo realizada em três modalidades: Presencial – modalidade principal; Semipresencial – modalidade intermediária; e A distância – modalidade complementar (Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu e de Aperfeiçoamento). Os cursos ofertados na Educação a Distância são: Gestão Escolar, Autismo, Alfabetização e Letramento, Educação Inclusiva, Educação Infantil, MBA em Governança Pública e Gestão Administrativa, Metodologia do Ensino da Matemática e da Física e Metodologia do Ensino para Educação de Jovens e Adultos. E, 1.469 professores e pedagogos ainda estão em processo de entrega de trabalhos finais.

Professora Rita Luna representou a Semed durante evento do Consed, em São Paulo

“A formação melhora a nossa prática em sala de aula. Todas as vezes que eu participava das aulas, eu saía uma profissional melhor. E o reflexo disso era ver que meus alunos estavam recebendo conteúdos de qualidade”, destacou a professora Nelma Vilhena, que atualmente está trabalhando com alunos de seis meses a seis anos, no complexo de educação especial André Araújo, é pedagoga e especialista em psicopedagogia.

Atribuição

O DDMP é o setor responsável pelos processos de formação continuada dos profissionais da educação da rede municipal. Criado em 2000, esse setor busca, constantemente, aprimorar a prática pedagógica e o desenvolvimento das competências

dos profissionais da educação da Semed, visando a promoção de uma educação de qualidade. De acordo com a professora Rita Luna, o trabalho desenvolvido de formação é fundamental para a qualidade de ensino. Um dos desafios é adequar esse plano de trabalho aos diversos segmentos e à realidade nas 499 escolas. “O ponto de partida e de chegada sempre será o aprendizado de sucesso dos nossos alunos”, destacou Rita Luna. Integram à DDPM duas gerências: a Gerência de Formação Continuada (GFC) e a Gerência de Tecnologia Educacional (GTE) que, juntas, têm a responsabilidade de gerir os processos de formação continuada dos professores, pedagogos e diretores da rede pública municipal de ensino.


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INCLUSÃO

Curso habilita professores e outros servidores em Libras FOTOS: NATHALIE BRASIL

Professor Clayton Santana com turma do curso avançado em Libras, apresentando para alunos, de forma simples, os benefícios que a Língua pode trazer para as pessoas surdas na escola e no dia a dia

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uando a barreira da comunicação é quebrada por meio da Língua de Sinais, ela pode dar mais qualidade de vida àqueles que são surdos. Ter a habilitação em Língua Brasileira de Sinais (Libras) pode transformar a vida de pessoas surdas. Foi assim com o professor surdo Clayton Barros de Santana, que desde a última semana de abril ministra o curso de Libras para duas turmas de professores e outros servidores públicos que estão aprendendo a língua para estarem aptos a atender alunos, pais e a comunidade surda em sala de aula ou em outros setores de unidades educacionais do município. Aos 38 anos, o professor integra o quadro de pessoal da escola municipal de educação especial André Vidal de Araújo, Felipo Smaldonne e da escola do Sesc, e relata que sempre teve essa vontade de educar, ensinar e contribuir com a comunidade surda. Surdo desde os dois anos de idade, Clayton não viu isso como im-

pedimento para não alcançar seus objetivos de vida e hoje serve de exemplo para seus alunos. Formou-se em pedagogia enquanto trabalhava no 3º turno como industriário em uma fábrica do Distrito, depois se graduou em Letras Libras na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e a partir daí passou a lecionar integralmente, tem pós-graduação e, em breve, mais um sonho será realizado com a aprovação no curso de mestrado. “Sou realizado como professor. Ensino português, matemática, geografia e ciências para crianças, graças a essa língua”. Clayton também fica feliz por ministrar aulas de libras para outros professores. “Tenho uma satisfação imensa de disseminar o meu conhecimento, para que mais professores possam estar preparados para ensinar alunos surdos por meio da Língua de Sinais”, afirmou o professor. Para a professora da Educação Infantil, Almerinda Sobral, fazer o

curso vai possibilitá-la a ter mais uma habilidade em sala de aula com alunos surdos. “Futuramente quero fazer graduação em Libras e, assim estar mais capacitada para auxiliar esses alunos”, afirmou a professora. Já o segundo sargento do Corpo de Bombeiros, Carlos Alberto Fonseca, um dos alunos do curso, procurou a secretaria para aprender Libras e auxiliá-lo no seu dia a dia. “Saber a Língua de Sinais pode ser útil dentro de uma corporação que tem a missão de salvar vidas”, destacou Carlos, um dos alunos mais aplicados do curso de aperfeiçoamento. Segundo a professora Kelly Silva, do Complexo Municipal de Educação Especial (CMEE), que auxilia como tradutora na capacitação, a habilitação no curso favorece o processo de inclusão dos alunos surdos da educação infantil até o ensino fundamental. “É uma questão de comunicação. O aluno entra no sistema sem o domínio da língua, então o professor vai trabalhar de forma diferenciada a vida escolar desse es-

tudante e, por lei, a língua materna desses alunos é a Língua Brasileira de Sinais”, afirmou a professora. O curso básico de Libras tem 60 horas de duração. Após a conclusão esses profissionais têm a oportunidade de fazer o aperfeiçoamento em mais um módulo de 60 horasaula e recebem certificados dos cursos. As capacitações são ofertadas duas vezes ao ano pela Semed e têm por objetivo facilitar a inclusão nas escolas municipais. No CMEE, que funciona dentro da escola de educação especial André Vidal de Araújo, também são ofertados curso de Libras para as famílias dos alunos e curso de Língua Portuguesa para os alunos surdos. A partir do mês de julho haverá inscrição para as próximas turmas. Atualmente a rede municipal tem 70 alunos surdos na educação infantil e no ensino fundamental As aulas são ministrados na escola municipal de educação especial André Vidal de Araújo, que fica na rua Maceió, no Parque 10.

Alunos indígenas passam a usar ferramentas digitais ACERVO SEMED

Professores em capacitação na área ribeirinha

Desde o dia 23 de maio, alunos indígenas de três escolas municipais da zona ribeirinha de Manaus, começam a integrar o projeto "Profuturo Aula Digital". Computadores e tablets serão recursos eletrônicos que farão parte do cotidiano desses 150 alunos. O projeto possibilitará que os indígenas tenham mais interatividade. O projeto é uma parceria entre a Prefeitura de Manaus e a Fundação Telefônica Vivo. Das escolas indígenas que estão no projeto, duas estão localizadas no rio Negro: escola indígena municipal Arú Waimi e escola indigena municipal Kunia Taputira. E no rio Cuieiras as escolas indígenas municipais Kanata T- Ykua e Puranga Pisasú. De acordo com a gerente de Educação Escolar Indígena (Geei), Altaci Rubim, os professores dessas escolas indígenas estão em capacitação para implantar o programa desde o

final de 2017. Ao todo são três etapas: formação do uso de equipamentos, formação pedagógica e assessoramento. Sendo que o assessoramento será concluído em 2019, o que assegura que os professores darão continuidade ao projeto de forma autônoma. Para a professora, o Aula Digital vai contribuir muito para o aprendizado desses alunos. “O mais importante para os nossos estudantes é que o projeto viabiliza a interação intercultural”, afirmou a gerente. O projeto Aula Digital visa facilitar o acesso à educação de qualidade, para estudantes em risco de vulnerabilidade social, baseado em quatro pilares: Inspirar (Formação continuada de professores); Experimentar (Formação em serviço de educadores); Personalizar (Equipamentos, Plataforma e Conteúdos Digitais) e Ir Além (Fortalecimento

do Ecossistema de Inovação). Manaus foi o primeiro município do país a receber o projeto, há um ano, e, atualmente, são 200 escolas que estão no Aula Digital. Nesse período, 775 educadores da rede passaram por formação continuada, com acesso a um ambiente de aprendizagem e conteúdo pedagógico digital para o desenvolvimento de planos de ação, para inovação das práticas pedagógicas.

O kit

O kit recebido pela escola funciona independente ao acesso à internet, isso porque é criada uma rede interna entre os aparelhos, que permite que eles se comuniquem, estando todo o conteúdo necessário para o ensino contido no aparelho. Outra vantagem é que, dependendo da necessidade, novos conteúdos podem ser inseridos.


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Programa possibilita desenvolvimento de crianças após Implante Coclear FOTOS: RODEMARQUES ABREU

Alunos participam de atividades no contraturno, aprimorando o desenvolvimento da comunicação

Estudantes com Implante Coclear em atividades musicais, exercitando fala com apoio pedagógico

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dona de casa Keilah Ayres, 45, lembra muito bem quando ouviu o filho falar "mamãe" pela primeira vez. Com deficiência auditiva total, Euler Ribeiro Vieira Neto, hoje com 15 anos, só pronunciou a palavra aos seis anos de idade, cerca de 18 meses depois de passar pelo Implante Coclear, um dispositivo com função de recriar sensações sonoras. No entanto, o avanço no desenvolvimento do adolescente, que atualmente se comunica com autonomia, ela atribui ao Programa de Implante Coclear (PIC), desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação (Semed). “O implante não é milagroso. Muitas famílias têm a esperança de que a criança saia com o dispositivo já ouvindo e falando tudo. Não é assim, é um processo lento, com altos e baixos. O Euler já era implantado há uns cinco anos quando entrou no PIC, em 2014, mas eu percebi que o desenvolvimento dele, após par-

ticipar do programa, acelerou bastante. Ele tinha dificuldades com a linguagem na escola, e o trabalho diferenciado de lá o ajudou muito”, observou a orgulhosa mãe. Idealizadora do projeto, a fonoaudióloga Mariana Pedrett explica que o PIC é um programa multidisciplinar, que, além dela, envolve uma psicopedagoga, Ana Cristina Batista, e uma psicóloga, Regina Marinho. O trabalho, que iniciou em 2010 com cinco crianças de escolas municipais, hoje é desenvolvido com 21 alunos de várias unidades - não apenas da Semed - e os encontros acontecem em três dias da semana, no contraturno das aulas deles, no complexo municipal de educação especial André Vidal de Araújo, na zona Centro-Sul de Manaus. “O projeto foi criado para auxiliar os alunos com Implante Coclear no desenvolvimento com a linguagem, ajudar os professores nas dificulda-

des com esses estudantes, que têm um aprendizado diferenciado, e os pais, para que entendam a diferença entre as expectativas da família e o ritmo das crianças”, esclareceu. O trabalho desenvolvido com a família, especialmente em relação à expectativa após o implante, é um diferencial do PIC, na opinião de Keilah. “O Euler fez o implante com quatro anos e meio e a primeira palavra só veio meses depois. Existe uma cobrança muito grande por parte da família e dos amigos e esse suporte que o programa nos dá é fundamental para que a gente apoie nossos filhos e perceba os avanços deles na medida de sua capacidade. Uma criança de 4 anos e meio sem linguagem é uma barreira muito grande, mas como mãe eu também recebi orientação do PIC para continuar o trabalho em casa. Todas as atividades do dia, do café da manhã até a hora de dormir, são momentos para estimular a linguagem e isso faz toda a diferença no desenvolvimento”, lembrou. Alfabetizado aos 7 anos, Euler cursa o 8º ano do ensino fundamental na escola estadual Leopoldo Neves, no bairro Santa Luzia, zona Sul. Ele se desligou do PIC no fim do ano passado. “Sou muito grata ao projeto, a tudo que é feito lá pelas crianças e pelos pais. É um trabalho realmente diferenciado e a prova de que não é questão de escola particular ou pública. O que faz a diferença é o envolvimento das pessoas”, elogiou a mãe. Segundo a fonoaudióloga, o PIC atende turmas com crianças de 3 a

4 anos e de 11 a 13 anos. O Implante Coclear é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que exige que a cidade de origem do paciente tenha um programa de reabilitação, que é fundamental para que o dispositivo leve a uma mudança de qualidade de vida do implantado. “As crianças fazem a cirurgia de implante em outros lugares do Brasil, como São Paulo, e retornam para a cidade de origem para que possam ser reabilitadas. Temos crianças que já receberam alta, que já usam a comunicação oral com bastante autonomia. Para haver um prognóstico adequado, o ideal é que o implante ocorra o mais cedo possível, mas podemos dizer que ele é sempre um ganho”, frisou.

Serviço

Popularmente conhecido como ouvido biônico, o Implante Coclear é realizado na rede privada e pelo SUS em hospitais habilitados para o procedimento. São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Norte são alguns dos Estados com unidades credenciadas. No Amazonas, não há hospitais aptos a realizar o implante, que pode ultrapassar R$ 50 mil, mas as famílias podem requerer o custeio das despesas com passagem e hospedagem junto ao governo estadual, por meio do programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Os interessados também podem procurar a Associação Amazonense de Apoio aos Deficientes Auditivos e Usuários de Implante Coclear (Amada), para obter informações sobre o procedimento.


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EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Jogos feitos com material reciclado auxiliam no ensino de português e matemática NATHALIE BRASIL

Alunos da alfabetização e professores utilizando jogos produzidos com rótulos descartáveis

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prender brincando é uma realidade para os 735 alunos da escola municipal Santo Agostinho, localizada no bairro de mesmo nome, na zona Oeste de Manaus. Desde 2015, a rotina escolar inclui um momento específico para os jogos educativos, produzidos pe-

los professores e alunos com material reciclado. De acordo com a gestora da unidade, Erciêda de Almeida Silva, a ideia de introduzir as brincadeiras no cotidiano da escola surgiu da necessidade de alfabetizar as crianças de forma lúdica, aproveitando

a vivência dos alunos e contextualizando o conteúdo com materiais comuns na vida deles. “São trabalhados todos os componentes curriculares, com ênfase em português e matemática”, explicou. A atividade é realizada com todos os estudantes da escola Santo Agostinho. “Temos, no nosso planejamento semanal, a hora do jogo, onde as crianças reforçam a aprendizagem através desse momento”, contou. Para Erciêda, além de quebrar barreiras no ensino das disciplinas obrigatórias, as brincadeiras desenvolvem a consciência ambiental e o espírito participativo dos alunos, já que os jogos são produzidos por eles, juntamente com os professores e alguns pais, com materiais que seriam descartados, como garrafas, rótulos e latas. “Temos mais de cem jogos e a maioria do material utilizado é reciclado. Coisas que virariam lixo e são transformadas em instrumento de aprendizagem”. Idealizadora do projeto “Apren-

dendo com Rótulos”, a professora Izabel Bragança observa que as atividades permitem um trabalho multidisciplinar. “O trabalho com rótulos permite ensinar com leveza, não somente matemática e português, mas também um pouco de história, pois trabalhamos com os alunos o surgimento das embalagens, e até tratar dos cuidados ao consumir alimentos enlatados”, afirmou. Pai da aluna Adria Evelyn, que cursa o 2º ano do ensino fundamental, André Bragança elogia a didática adotada. “Vi que a minha filha teve um grande avanço na área educacional, principalmente em matemática e português. Ela também melhorou muito a leitura e hoje tem mais conhecimento sobre questões ambientais”, comemorou. Também estudante do 2º ano, Caio Eduardo Nascimento disse gostar muito da hora do jogo. “Eu aprendi a ler com as brincadeiras. Quanto mais a gente vai brincando com os jogos, mais aprende”.

"Ocas do Conhecimento Ambiental" é tema de livro

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experiência de oito professores na educação ambiental será apresentada no próximo dia 1º de junho, com o lançamento do livro "Ocas do Conhecimento Ambiental - Uma experiência inovadora no Município de Manaus". O livro é uma coletânea de artigos produzidos por professores que coordenam os trabalhos nas quatro unidades de Educação Ambiental chamadas Ocas do Conhecimento que estão localizadas nos bairros Grande Vitória, Puraquequara, Nova Cidade e São Jorge. A edição da obra literária tem patrocínio do Banco da Amazônia (Basa) e do governo federal e o lançamento acontecerá no Les Artistes Café Teatro, centro de Manaus. O livro tem a autoria de oito professoras: Gina Rêgo Gama, Luciana Oliveira, Érica Amorim, Ireide Cunha, Dayse Silva Rúbia Praia, Antônia Francineia Silva e Michele Santos. A organização da obra foi feita pela professora Gina Gama, que é coordenadora das Ocas e pelas assessoras pedagógicas Luciana Oliveira e Erica Amorim. As Ocas do Conhecimento têm possibilitado a ampliação do trabalho de educação ambiental fora da sala de aula e trabalha a consciência ambiental com a comunidade de bairros periféricos, por meio de cursos, palestras e campanhas de

conscientização e oficinas. Para o juiz titular da Vara de Meio Ambiente e Questões Agrárias, doutor Adalberto Carim Antônio, responsável pelo prefácio do livro, a inserção estratégica dessas Ocas nas comunidades fomenta a ecocidadania e estimula o respeito à conservação ambiental. “As Ocas são instrumentos transformadores, que beneficiam não só as comunidades em que são instaladas, mas toda a sociedade”, destaca o juiz. Segundo Gina Gama, o trabalho da Semed nesses espaços não formais de educação é muito importante. “Além da temática ambiental ser trabalhada no currículo, nesses espaços atingimos a comunidade em geral e pais dos alunos com palestras, oficinas sustentáveis e campanhas de sensibilização sobre a problemática ambiental que atinge a nossa cidade. O trabalho desenvolvido nas Ocas favorece uma mudança de comportamento”, afirmou a professora. O livro relata as experiências de sucesso do projeto e é composto por quatro capítulos: Onde tudo começou; Contextualização espaços educadores sustentáveis; Experiências nos espaços de educação ambiental não formal; e O que queremos. Nessa primeira edição foram publicados mil exemplares, que serão distribuídos gratuitamente nas bibliotecas da Semed e nas insti-

NATHALIE BRASIL

As organizadoras do livro, professoras Gina Gama, Luciana Oliveira e Érica Amorim

tuições parceiras do projeto Ocas. O restante será vendido pelo valor simbólico de R$ 20. Ocas do Conhecimento Ambiental As Ocas Ambientais fazem parte da estrutura da Semed e contribuem para que as crianças coloquem em prática os ensinamentos aprendidos na escola e possibilitam que a comunidade também participe das ações de preservação ambiental. A parceria entre as Ocas do Conhecimento e a Vara Especializada do Meio Ambiente e de Questões Agrárias (Vemaqa) acontece desde 2005 e tem disseminado a consciência ambiental entre os estudantes da rede municipal de ensino de

Manaus. O funcionamento das Ocas acontece por meio de medidas compensatórias ambientais com mais de 30 parcerias, entre elas: secretarias municipais de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmasdh), Limpeza Urbana (Semulsp), Instituto Soka Cepam e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), entre outras. Ao todo, são quatro Ocas. Uma delas funciona dentro do Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), em parceria com a secretaria e o Exército. As demais ficam nos bairros Grande Vitória, Nova Cidade e Puraquequara.


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CULTURA

Na zona Leste, CMAEs transformam vidas por meio da arte

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Alunos dos Centros Municipais de Arte e Educação da zona Leste têm variados cursos e atividades, como música, teatro e dança, o que vem transformando a vida desses estudantes

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arantir acesso à cultura, descobrir e incentivar novos talentos e promover mudanças de comportamento são alguns dos resultados do trabalho desenvolvido pelos Centros Municipais de Arte e Educação (CMAEs) Nelson Neto e Aníbal Beça, ambos na zona Leste de Manaus. Juntos, eles já atenderam cerca de 15 mil alunos, em mais de 15 anos de atuação. As atividades são abertas à comunidade em geral. A gestora do CMAE Nelson Neto, Fabíola Santos, destaca o poder transformador do espaço, localizado no São José 4. “Abrimos uma cortina para esse público ter contato com o mundo das artes, para colorir a vida tão dura que eles levam, que é de muita violência, de muita criminalidade. Proporcionamos outras opções de vida, longe da marginalidade”, ressaltou. Para o estudante universitário Richardson Jimmy, 19, as atividades do Centro Nelson Neto foram além da questão social. Após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), em 2009, ele viu no balé a chance de recuperar os movimentos perdidos. “Eu fiquei paralisado do lado esquerdo e, depois, do direito também. Quando minha mãe ficou sem condições de pagar mais sessões de fisioterapia, eu, que já fazia teatro, passei para o balé,

para continuar me movimentando. Hoje, tenho todos os movimentos normais”, lembrou o jovem, que cursa agora o primeiro período de balé na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). “Descobri também uma paixão e uma profissão”, completou. Segundo o gestor Jorge Farache, o respeito às artes e às pessoas, além da preservação e conservação dos espaços e materiais oferecidos à comunidade escolar são alguns dos valores trabalhados no CMAE Aníbal Beça, localizado no São José 3, levando aos cidadãos dignidade, respeito e amor ao próximo. “Está comprovado que, quando se oferece oportunidade por meio da arte, ocorrem mudanças de comportamentos. Exemplo desta situação podemos observar na participação dos alunos e seus pais nos eventos culturais promovidos pelo centro e no carinho e conservação que todos têm pelo ambiente que frequentam e pelos instrumentos e materiais oferecidos”, ressaltou. Nos CMAEs são ofertados cursos de balé, dança, teatro, artes visuais, música, técnica vocal, ginástica e informática. As inscrições são gratuitas, realizadas diretamente nos centros, mediante apresentação dos seguintes documentos: uma

foto 3x4; cópia do RG ou Certidão de Nascimento; cópia do Comprovante de Residência e Declaração Escolar 2018 (original). Podem participar das atividades estudantes de escolas públicas e particulares, assim como demais comunitários que tiverem interesse. No CMAE Nelson Neto, são aceitas crianças a partir de 5 anos; no Aníbal Beça, a idade mínima é 8 anos. As matrículas acontecem em dois períodos do ano, para o primeiro e segundo semestres. As próximas inscrições serão realizadas de 27 de junho a 6 de julho, para o CMAE

Aníbal Beça, e a partir de 3 de julho para o Nelson Neto. Atualmente, o CMAE Aníbal Beça tem 650 alunos, enquanto o Nelson Neto soma 205. A gestora Fabíola Santos, no entanto, lembra que, além dos estudantes que frequentam o centro, há outros que são alcançados por meio de projetos de extensão, em que os professores levam atividades culturais a escolas da Secretaria Municipal de Educação (Semed). “Dessa forma, superamos as limitações da capacidade da estrutura física e chegamos a mais alunos”, observou. ACERVO SEMED

Alunos em atividade de alongamento antes do curso de Dança, no Centro de Educação e Arte


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MAIO DE 2018

ESPORTE ACERVO SEMED

Festival olímpico movimenta a educação infantil em Manaus Desfile, momento cívico, brincadeiras e premiação movimentaram as escolas da rede municipal de Manaus, que promoveram, durante o mês de maio, o Festival Olímpico da Educação Infantil. Aproximadamente 45 mil crianças, de 3 a 5 anos de idade, participaram das atividades, que, este ano, tiveram como tema “Os Quadrinhos na Copa do Mundo” e envolveram mais de 200 unidades da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Para o chefe da Divisão de Educação Infantil da pasta, Alexandre Romano, a ação permite que, brincando, os pequenos desenvolvam habilidades motoras e aspectos afetivos. “Não tem competição, criança não é atleta em miniatura. Os alunos brincam juntos e, no final, todos ganham medalhas”, explicou. Cada unidade participante do projeto reservou um dia para a realização do festival, mas o tema é explorado continuamente na sala de aula. “Tudo é trabalhado pedagogicamente, de forma interdisciplinar, e os quadrinhos, que representam uma das linguagens da educação infantil, auxiliam os professores a ensinarem cores, formas, figuras e até a abordarem aspectos de comportamento”, destacou Ro-

mano, acrescentando que é visível o entusiasmo das crianças com o projeto. “O currículo da educação infantil é vivo e a criança tem que aprender fazendo”, completou. Mãe do aluno Alexandre Farias da Silva, de 5 anos, a industriária Andreia Souza, 28, comemorou a empolgação do filho com as atividades realizadas no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Madre Elísia, na zona Oeste. “Ele é muito participativo e estava ansioso para o festival olímpico. É um projeto incrível, que oportuniza novas formas de aprendizado, estimula as crianças. Ele desenvolveu várias tarefas relacionadas ao tema, envolvendo pinturas, recortes. É um brincar diferente, tem um foco, um propósito pedagógico”, elogiou. Mediadora da educação especial na mesma unidade de ensino, Jéssica Rodrigues, que atua junto a crianças autistas, ressaltou a importância dessas atividades para a inclusão social. “Nenhum aluno foi deixado de fora. Fizemos tiro ao alvo, arco e flecha e futebol com obstáculos, entre muitas outras brincadeiras, e todos participaram, promovendo a interação, que é um dos maiores desafios dos estudantes com autismo”, afirmou.

Alunos participam da abertura da 3ª edição do Festival Olímpico da Educação Infantil

ACONTECEU NA REDE Ciclo de palestras

No último dia 18, a Semed realizou o primeiro ciclo de palestras da diversidade, com o tema "Refletindo a liberdade religiosa a partir do Estado Laico: Contribuindo para a Cultura de Paz". Participaram gestores da secretaria, o vice-presidente do Conselho Municipal de Educação, Cléber Ferreira, a representante do Conselho Estadual de Educação, Meire Botelho, e o representante da Comissão de Liberdade Religiosa da Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (OAB/AM), Anderson Fonseca.

Destaque em Portugal

O artigo “Espaço da Cidadania Ambiental em um Shopping de Manaus” fez parte da mostra de banners da Conferência Internacional de Meio Ambiente em países de língua portuguesa, de 8 a 10 de maio, na Universidade de Aveiro, em Portugal. A autoria é das professoras Gina Gama, Luciana Oliveira, Erica Amorim e Ireide Cunha. A coordenadora das Ocas Ambientais, Gina Gama, e a assessora técnica Luciana Oliveira foram as representantes na cidade de Aveiro, no país português.

EXPEDIENTE

Cartão de débito

Uma das novidades apresentadas aos diretores das escolas da Semed que fazem parte do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) para 2018, é que a partir de agora os repasses do programa já serão realizados via cartão de débito. Ou seja, pagamentos de materiais, bens e serviços poderão ser feitos diretamente em máquinas leitoras de cartões magnéticos dos estabelecimentos comerciais, além de transferências para contas do Banco do Brasil e outros bancos, a emissão de ordens de pagamentos e a realização de saques. Antes, o procedimento era feito com emissão de cheques. As novidades do PDDE foram repassadas por técnicos do Ministério da Educação-MEC/Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação (FNDE), nos dias 7 e 8 de maio, no auditório da Semed, para os gestores e dirigentes das 475 escolas que participam do programa na rede municipal de ensino.

Prevenção ao câncer

Alimentação saudável, sedentarismo e consumo de álcool são

alguns dos assuntos abordados nas palestras que a Secretaria Municipal de Educação (Semed) vem realizando, em parceria com a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), para alunos da rede municipal de ensino, como forma de alerta para prevenção aos vários tipos de câncer. A atividade é voltada para estudantes a partir do 4º ano do ensino fundamental. A ação educativa faz parte do trabalho de prevenção realizado durante todo o ano letivo nas escolas, organizado pela Gerência de Atividades Complementares e Programas Especiais (Gacpe). As palestras são realizadas pela assistente social do Departamento de Prevenção da Fundação Cecon, Leila Aguiar, dentro das ações do Programa de Tabagismo da fundação.

Agricultura familiar

Manter a qualidade da alimentação escolar e fortalecer as cooperativas de agricultores é o objetivo da Semed. Para isso, realizou no período de 14 de maio

a 1º de junho uma Chamada Pública de projetos para fornecimento de gêneros alimentícios da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural. Essa iniciativa vai possibilitar o abastecimento, por 12 meses, de 499 unidades da rede municipal de ensino. A estimativa da Semed é investir, aproximadamente, R$ 9 milhões na compra de alimentos, valor superior aos 30% da verba federal destinada à secretaria, como orienta o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Municipíadas

Cerca de cinco mil alunos participaram, na manhã de quarta-feira do dia 30 de maio, da abertura da 21ª edição das Municipíadas e 3ª edição das Paramunicipíadas, que este ano têm como tema “Copa do Mundo de Futebol da Rússia”. A abertura ocorreu na Arena Amadeu Teixeira e as atividades esportivas, que acontecerão em 80 escolas da Semed, pretendem envolver, aproximadamente, 15 mil estudantes da rede municipal de ensino.

Eric Gamboa Secretário Municipal de Comunicação | Elendrea Cavalcante Subsecretária Municipal de Comunicação | Jornalista Responsável Marilza Mascarenhas MTB-AM 008/96 Textos Caetaninha Cavalcanti e Ascom Semed | Revisão Dernando Monteiro | Fotos Semed, Semcom e Nathalie Brasil | Projeto Gráfico Aline Ribeiro


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