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com os postos de gasolina?

Os carros elétricos vão acabar com os postos de gasolina?

Arquivo pessoal

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Roberto James

Especialista em comportamento do consumidor

@canaldoerrejota

Canal do ErreJota

A possibilidade de ter um carro que não precise parar num posto de gasolina para abastecer parece o sonho de qualquer consumidor. É evidente que não se trata de uma ação tão simples assim, mas essa “liberdade do petróleo” é o que mais atrai o consumidor brasileiro a ser atraído para trocar um motor a combustão pelo silencioso elétrico.

Dentro da cabeça do consumidor ter que abastecer um carro nos dias de hoje é perda de tempo e sofrimento financeiro. As altas de petróleo cada vez mais impulsionam o consumidor a simpatizar pelo carro elétrico. Por ser mais barato? Não! Simplesmente porque o consumidor não tem ideia de quanto gastaria por um tanque cheio de energia elétrica do seu novo possante.

O discurso que impulsiona o carro elétrico pelo mundo é o ambientalista. Deixar de queimar carbono e usar um veículo que não emite gases poluentes é algo que além de bom torna-se necessário a cada dia. Se esse ponto realmente impulsiona os veículos elétricos então o discurso é vago, porque não se sabe ainda o que será feito com as milhares de baterias que serão descartadas e como ter a certeza de que a energia elétrica gerada para abastecer o amigo da natureza foi concebida sem queimar carbono?

A bateria, origem da energia e o custo desconhecido do tanque cheio. Estes três pontos assombram a possibilidade da troca da frota no mundo evidenciando que ainda falta muito tempo para essa nova tecnologia ficar a ponto de substituir o petróleo. Não só por causa das questões ambientais, pois seria muito hipócrita usar carros elétricos que são abastecidos com energia gerada de combustíveis fósseis. O desafio da indústria está posto: tempo de recarga, destino das baterias, fonte de energia limpa e renovável, assim como convencer o consumidor que o quilowatt da energia será bem mais barato que o litro da gasolina refinada.

QUEM REALMENTE QUER O CARRO ELÉTRICO E POR QUÊ?

Os países que mais incentivam o carro elétrico temem a dependência do petróleo e não enxergam no etanol um substituto razoavelmente capaz de suprir a demanda. Por trás do discurso ambiental está o interesse de nações de se verem livres da dependência estratégica do ouro negro e assim necessitam da popularização da produção do elétrico como forma de impulsionar a indústria para que os custos sejam reduzidos.

Países que tem petróleo, mas já estão de olho no futuro, enxergam nos carros elétricos um suporte de transição energética. Já os países não produtores se seguram nos discursos ambientais como forma de trazer para o bem das nações o debate de transição da combustão para a eletricidade. Muitos interesses envolvidos, mas que refletem bem o poder da mídia e informação.

O carro elétrico já é uma realidade. Vários países têm incentivado sua produção, empresas tem instalado carregadores em locais públicos como forma de tornar viável o deslocamento e tudo caminha para uma grande aceitação e mudança de comportamento do consumidor. Quem geralmente defende o carro elétrico está pautado no discurso ambiental e na possibilidade de economia.

A pergunta é: Será vantajoso para o Brasil que tem estoques de petróleo, energia renovável como a da cana de açúcar, trocar de energia para movimentar os veículos? Será que os governadores dos estados já sabem que terão

um déficit de impostos caindo de 29% ou 34% (combustíveis) para 17% (energia elétrica), conforme decidido recentemente pelo STF? Por que o Brasil terá que adotar frotas de veículos elétricos se possui tecnologia renovável do etanol e ainda não possui autossuficiência em geração de energia elétrica?

São questionamentos importantes que demonstram que não é bom para o Brasil adotar um modelo de transição para carros elétricos em curto prazo. O país perderá competitividade além de ter gastos enormes de adaptação do novo modelo. Sem contar que em nenhum país do mundo a indústria do carro elétrico consegue emplacar sem subsídios fiscais para concorrer com os veículos do ciclo otto.

A INSUFICIÊNCIA ENERGÉTICA, FIM DO PETRÓLEO E O FIM DOS POSTOS DE GASOLINA!

O Brasil enfrenta uma crise hídrica centenária. Nunca fez o dever de casa e a cada ano que passa o problema só dobra de tamanho. O país está há décadas sem crescer e mesmo assim, com um crescimento pífio pós isolamento social, já foi preciso ligar todas as termoelétricas movidas a combustível fóssil para tentar empatar o fornecimento de energia elétrica. Todos os anos a mesma conversa e nada é feito. O Brasil não está sozinho nessa, diversos países europeus dependem do gás russo. Os EUA e China possuem reservas de petróleo estratégicas para quando seu fim chegar, comprando dos demais o seu consumo corrente.

Uma mudança nesse patamar só seria viável se estivéssemos numa curva de crescimento igual ou maior da geração de energia limpa e renovável. Qualquer estratégia fora disso irá comprometer o crescimento e fornecimento energético para a indústria brasileira. Não se pode descobrir um santo para cobrir outro. Já fizemos muito isso e é muito arriscada essa manobra quando se trata de suficiência energética.

Dentro desse panorama é fácil entender que não será o carro elétrico o algoz dos postos de combustíveis e sim a sua viabilidade como negócio de varejo. As transformações mercadológicas estão aceleradas e os postos revendedores precisam, como dito em artigo anterior, focar na prestação de serviço. Isso porque, mesmo quando o carro elétrico chegar a ser uma realidade e o país completar a transição energética os postos de combustíveis serão mais conhecidos como postos de serviços, que TAMBÉM terão ilhas de carregamentos para carros elétricos. Os consumidores poderão fazer suas compras ou resolverem problemas do seu dia a dia enquanto seus carros são abastecidos.

Entidades descartam novo fechamento

Minaspetro esteve presente em reunião no CDL/BH

Em reunião realizada na Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/ BH), em 24 de janeiro, o Minaspetro e outras 16 entidades representativas dos setores de comércio e serviços se posicionaram contrariamente a um novo fechamento da capital em decorrência do recrudescimento da Covid-19, causado pela variante Ômicron. A medida havia sido sinalizada três dias antes pelo secretário municipal de Saúde, Jackson Machado. As entidades consideraram que cabe à PBH identificar alternativas para conter o avanço da doença, de modo a evitar que que as atividades econômicas sejam prejudicadas.

“No nosso entendimento, é absolutamente inadmissível sequer imaginar tal possibilidade”, apontou trecho de documento assinado pelas entidades presentes. “Entendemos que enxergar num possível novo fechamento do comércio a única maneira de enfrentar o aumento da Covid-19 é sacrificar novamente o setor que mais emprega a população da nossa capital, colocando em risco a vida de estabelecimentos e o emprego de milhares de pessoas”, frisaram as lideranças.

Ranking Minaspetro de Bandeiras Ranking Minaspetro de Bandeiras

JANEIRO/2022

IPIRANGA

01 Janeiro: 473 26 Janeiro: 476

Balanço: +3

TOTAL

01 Janeiro: 115 26 Janeiro: 115

Balanço: 0

ALE

01 Janeiro: 300 26 Janeiro: 300

Balanço: 0

RAÍZEN

01 Janeiro: 564 26 Janeiro: 567

Balanço: +3

10,2%

2,5% 6,4% 12,2%

1,8%

19,4% 47,5%

MARCAS PRÓPRIAS

01 Janeiro: 2214 26 Janeiro: 2216

Balanço: +2

BR DISTRIBUIDORA

01 Janeiro: 902 26 Janeiro: 903

Balanço: +1

OUTRAS BANDEIRAS

01 Janeiro: 85 26 Janeiro: 84

Balanço: -1

TOTAL DE POSTOS NO ESTADO 01 de Janeiro: 4653 26 de Janeiro: 4661 Balanço: +8

FORMAÇÃO DE PREÇOS FORMAÇÃO DE PREÇOS

R$ 6,50

R$ 6,00 Gasolina – Minas Gerais / DEZ/2021 - JAN/2022

R$ 6,2600 R$ 6,2620 R$ 6,2434

R$ 6,1676 R$ 6,1440 R$ 6,1798 R$ 6,2398

R$ 5,50

R$ 5,00

R$ 4,50

R$ 4,00

R$ 5,00

R$ 4,50

27/11-3/12 04/12-10/12 11/12-17/12 18/12-24/12 25/12-31/12 01/01-07/01 08/01-14/01

Etanol – Minas Gerais / DEZ/2021 - JAN/2022

R$ 4,5717

R$ 4,4960

R$ 4,3568 R$ 4,3933 R$ 4,3715 R$ 4,3715 R$ 4,3876

27/11-3/12 04/12-10/12 11/12-17/12 18/12-24/12 25/12-31/12 01/01-07-01 08/01-14/01 Diesel S10 e S500 – Minas Gerais / DEZ/2021 - JAN/2022

R$ 4,6629 R$ 4,6562 R$ 4,7337 R$ 4,6991 R$ 4,7193 R$ 4,7004 R$ 4,7248 R$ 4,6828 R$ 4,7247 R$ 4,6827 R$ 4,7320 R$ 4,7046 R$ 4,9746 R$ 4,9257

R$ 4,00

27/11-3/12 04/12-10/12 11/12-17/12 18/12-24/12 25/12-31/12 01/01-07-01 08/01-14/01 S10 S500

Confira as tabelas completas e atualizadas semanalmente em nosso site – www.minaspetro.com.br –, no link Serviços, e saiba qual o custo dos combustíveis para a sua distribuidora.

Os preços de etanol anidro e hidratado foram obtidos em pesquisa feita pela Cepea/USP/Esalq no site http://www.cepea.esalq. usp.br/etanol/. Importante ressaltar que os preços de referência servem apenas para balizar a formação de custos, uma vez que as distribuidoras também compram etanol por meio de contratos diretos com as usinas. Esses valores não entram na formação de preços, de acordo com a metodologia usada pela Cepea/USP/Esalq. Os preços de gasolina e diesel foram obtidos pela formação de preço de produtores segundo o site da ANP, usando como referência o preço médio das refinarias do Sudeste. A tributação do etanol anidro e hidratado foi publicada com base nos dados fornecidos pela Siamig. Os valores do biodiesel foram obtidos por meio do preço médio sudeste homologado no 78º Leilão realizado pela ANP. Os percentuais de carga tributária foram calculados com base no preço médio no Estado de Minas Gerais (PMPF/Ato Cotepe) do respectivo mês, o mesmo usado para base de cálculo do ICMS. Os valores de contribuição de Pis/Pasep e Cofins da gasolina e diesel sofreram alterações pelo decreto 8395, de 28/01/15.