(R)existir: práticas pedagógicas em Artes Visuais, Dança e Teatro

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construção de sua subjetividade. O projeto estabeleceu ações para uma reflexão de como são criadas as identidades de crianças moradoras de bairros relatados com índices alarmantes de violência. Como na maioria das vezes os profissionais do corpo escolar ressaltam este movimento que se destaca nas representações negativas da mídia sobre a comunidade. Isso faz com que se reproduza nas crianças uma imagem constituída natural, criando barreiras que impossibilitam outras vivências, outras possibilidades de discursos. Elas acabando sofrendo com as postagens relatadas negativamente nos meios midiáticos e reforçam o imaginário de que pessoas destas determinadas comunidades são naturalmente marginalizadas. Como cita Hernandez, as produções de cultura visual contribuem para o processo de criação identitária: Tendo chegado a este ponto, é necessário recordar que uma das maneiras mais notórias pelas quais as mídias, as representações e as práticas da cultura visual posicionam crianças e jovens é através dos “textos” da cultura popular, em particular a criar identidades de etnia, gênero, sexo e consumidor (HERNÁNDEZ, 2007, p. 74).

Tentei promover com os estudantes ações críticas e performativas. Busquei caminhos de um ensino/aprendizagem pautado na compreensão, ou seja, não é possível ensinar arte sem uma perspectiva de sociedade, de sujeito. Nesta direção, a prática de ensino deve nos permitir fazer uma análise crítica dos modelos que nos são apresentados

como

naturais,

possibilitando

as

crianças

visualidade futura na vida escolar como exemplifica Arantes:

uma


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