"Glossário: as palavras no campo arquitetônico." Pedro Paoliello Medeiros

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Glossário


O menor

“ (…) edifícios podem fornecer um meio dentro do qual uma arquitetura menor pode estar situada. Neste contexto, uma arquitetura menor operará tanto sobre as construções gramaticais de poder (virtual) da arquitetura quanto dentro de sua forma física, material. Assim, um teatro ornamentado pode ser transformado em um estacionamento utilitário, ou uma torre corporativa semi-acabada pode ser tomada como refém como favela vertical.” — Jill Stoner, Toward a minor architecture, 2012

1

Anaheim Forget your perfect offering/There is a crack, a crack in everything / That’s how the light gets in. 2 3

STONER, Jill. Toward a minor architecture a ideia de

enquanto literatura menor


O menor formal

-

esperada -

há uma rachadura, uma rachadura em tudo/ É assim que a luz entra1. menor Toward a minor architecture2, menores3 -

”.

menor

-

menor


Atuação no campo

4

5

Conversation with Kazuyo Sejima


4

5

-

-

construir apartamentos e determinar, previamente, um senso de comunidade.

circuito restrito,

-

-


O Maior

6

7

.“To hate all languages of masters.


menor , “linguagem dos mestres”6. O Maior .

7

O menor

Maior

Maior

menor — o cerco

apertado do senso comum

normais


Concepção do projeto e a linguagem

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-

-

concepção do projeto Maior Maior

linguagem verbal

8

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O Glossário


-

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Maior -


8

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menor

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Maior neutras

Maior, dura e rí-

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-

1 2 -



Maior.

3

-

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A

brigo

ambiente interno (s) 1 interno porque não é externo. Está fora porque não está dentro. E vice-versa; 2 “As paredes e muros de arrimo em taipa formam uma unidade visual que impede a distinção dos diversos espaços, criando uma união entre o lago, o parque e os am bientes internos do hospital.” *; 3 mas e se meu umbigo estivesse alinhado bem no meio da soleira de uma porta, enquanto meu pé esquerdo estivesse para trás do meu tronco e o direito já estivesse cruzando a linha do batente a minha frente, eu estaria dentro ou fora? E se eu estivesse prestes a entrar no carro: a metade direita - na longitudinal - do meu corpo já encontrasse criando um apoio no assoalho, enquanto a outra metade se preparasse para se desprender da calçada. Ou no ato de entrar em um avião: saindo pelo portão de embarque, eu estou entrando na passarela e saindo dela mesma, entrando na aeronave, sempre dentro do aeroporto. Tive que esticar o tempo - torná-lo mais longo do que ele teria sido - para que pudesse perceber que existe alguma coisa naquele limiar entre. Quanto tempo dura o presente? apropriar (v) 1 tornar meu; 2 “As histórias, as que contamos

ou que nos contam – por mágica metamorfose - tornam-se nossas histórias quando podemos lembrar; o recordar-se funciona como uma chave que permite possuir e apropriar-se de tudo o que acontece e tem sido capaz de captar nossos voláteis interesses; daí a nossa crescente devoção a tudo aquilo que somos capazes de imaginar, é sempre agradável que nos pertença tudo o que é revelado numa boa história.” * / “A relação de envolvimento dos arquitetos com o contexto onde seu projeto se insere, sua abre espaço para uma formulação teórica(...) e permite fundamentar o projeto da arquitetura e da cidade na dimensão do uso do espaço, ou seja, de sua apropriação.” ** 3 operação de tornar próprio. Se lhe é próprio, a regra é sua. arquitetura (s) 1 é toda construção que é reconhecida como tal; 2 “(...) quando eu era menino, não havia arquitetura. Havia arquitetos. Alguns deles de que meu pai gostava, outros de que ele não gostava. Mas a arquitetura não existia. Só mais tarde, olhando para trás, eu me perguntei se havia arquitetura em minha vida? No início pensei: ‘Não vejo nada’. Talvez só nossa casa... Mas arquitetura? Uma escola? Eu cresci em uma vila, em uma cidade a cinco quilôme-


beleza

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tros da cidade de Basiléia. Então, olhei em volta, e não havia muito. Tenha em mente que este sou eu, hoje, olhando para trás. E, de repente, num sábado à noite, pegamos o pequeno trem e fomos ao cinema. Então comecei a me lembrar que havia todos esses cinemas nas ruas, e eles tinham um belo sentimento. Eles tinham uma sensação linda quando você entrava. Havia um mundo realmente maravilhoso de kitsch. (...) E quando você descia para o banheiro, as cores eram amarelo e preto. E então, de repente, percebi que havia isto e aquilo, e as balaustradas, que tinham bolinhas perfuradas, e assim por diante. Então, imaginei que isto deveria ter sido arquitetura. Era algo especial. E mais tarde, lembrei-me que uma vez por ano íamos a um mosteiro, a uma igreja barroca, nas proximidades. E havia monges cantando cantos gregorianos nesta bela igreja barroca. Arquia família sempre descia para as rochas, e chegava-se a uma capela muito pequena construída, ou escavada, nas rochas. Havia muitas velas e aqueles cheiros típicos e todas essas coisas. Arquitetura! Atmosfera arquitetônica! isso. Há outras coisas, é claro. que havia arquitetura em minha juventude. Eu simplesmente não

a conhecia.” * / “Pode-se então arquitetura como construção concebida com a intenção de ordenar e organizar plasticamente o espaço, em função de uma determinada época, de um determinado meio, de uma determinada técnica e de um determinado programa.” ** / “Espero que esta chama seja sempre acesa para que a arquitetura possa ser vista como um caminho de conhecimento único e indispensável para que a humanidade se desenvolva no futuro.” ***/ “Eu acho que arquitetura deve magnetizar. A cidade deve magnetizar as pessoas.” ****; 3 Maior ou menor; Estriada ou Lisa; rígida ou mole; hardware ou software; via ou carro; estrutura ou água; etc. atuar (v) 1 o que é esperado; 2 “Esse atuar na potencialidade do novo amplia a visibilidade da obra como ação transformadora e como estratégia de emancipação ancorada na exaltação de espaços de conhecimento e prazer”* 3 quando rescrevo as citações de outros autores, estou de certa gindo ser outros sujeitos?

B

eleza

balanço (s) 1 do tamanho do terço do vão-livre 2 “(...) a laje supe-


construção

rior se projeta em balanço sobre os quatro lados do retângulo 3 assim como o “brincar”, é uma palavra que remete à infância. Ao medo que dava se balançar, impulsionando as pernas, ora para frente ora para trás, e perceber que, a cada jogada de corpo, eu estava um pouquinho mais perto de cair de uma altura cada vez mais alta. brincar (v) 2 “ (…) Apesar de físico, o bloco da bilheteria também brinca com a materialidade, ao passo em que as placas espelhadas que o revestem, de nitidez difusa, desconstroem os limites do que é palpável.” * / “Como seus amigos artistas Piet Mondrian e Constant Nieuwenhuys, van Eyck pensava na cidade ideal como um labirinto de pequenos territórios íntimos ou, mais poeticamente, como uma constelação casual de estrelas. Um playground em cada esquina era apenas um primeiro passo para a ‘cidade lúdica’: a cidade da brincadeira (‘play’). ‘O que quer que tempo e para criticar seus colegas arquitetos modernistas, ‘lugar e oca3 W. Benjamin quando pequeno, ao pegar meias recém-lavadas (um par junto ao outro e contorcido dentro desse furo escuro e incer-

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to, e em um único movimento, do qual não teria mais volta, puxar e revelar o dentro para virar o fora — transformando o interior em exterior. bruto (a) 1 sem tratar; 2 “O novo brutalismo britânico, cuja origem semântica é um tanto confusa – não se sabe se vem de concreto “bruto” ou de Brutus, o apelido de Peter Smithson em princípios da década de 1950” * / “Essas ‘máquinas de habitar’, executadas em concreto e alvenaria em seu estado bruto, com o trabalho, valorizaram a técnica artesanal.” **/ 3 o que denomina o material em seu estado puro e intocado, mas quando está sendo nomeado de tal forma, passa a ser apropriado, perdendo o seu valor material e ganhando valor estético.

C

onstrução

calçada (s) 1 onde se pode caminhar dentro da cidade: os limites do pedestre; 2 “A calçada Portuguesa teve o seu início em meados do século XIX. Com uma tecnologia de construção e uma herança histórica semelhante aos mosaicos Romanos, a calçada é o tipo de pavimento mais usado em espaços públicos e principalmente em passeios, não só em


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Portugal mas também em países lusófonos (ex-colónias portuguesas).” */ “A calçada por si só não é nada. É uma abstração. Ela to com os edifícios e os outros usos limítrofes a ela ou a calçadas próximas. Pode-se dizer o mesmo das ruas, no sentido de suportar o trânsito sobre rodas em seu leito. As ruas e suas calçadas, principais locais públicos de uma cidade, são seus órgãos mais vitais” **; 3 onde a sola do sapato desgruda, o pé empurra de um lado pro outro dentro do sapato de couro, a canela segura, o joelho dobra, esticam as calças, que batem um par no outro, as mãos batem no par da calça, a manga bate na sobra da camiseta, a camiseta raspa no peito, o batem na cara. cidade (s) 1 para o Brasil, Brasília; 2 “A Ponte das Bandeiras não se constitui, simplesmente, numa via de circulação. É, na verdade, um marco da vontade de progresso que contagiou a sociedade paulistana na primeira metade do século XX. Constitui-se, também, no resultado de enormes e dispendiosos esforços na busca de soluções urbanísticas para as áreas insalubres que a cidade ansiava conquistar às teimosas inundações provocadas pelo rio” * ; “Ao pensar numa

construção

cidade, o que lhe vem à cabeça? Suas ruas. Se as ruas de uma cidade parecerem interessantes, a cidade parecerá interessante; se elas parecerem monótonas, a cidade parecerá monótona.” **; “Acredito que um arquiteto deve criar estruturas que sirvam para incorporar mutuamente pessoas, cidade e informação ou mídia.” ***; 3 minha memória da cidade é formada a partir das coisas que percebo quando caminho por ela. Se foco o olhar no carro vermelho que está passando, perco a pessoa que cruza em frente. Não consigo lembrar de coisas que não foram vistas, a não ser que essas coisas sejam recriadas pela confusão de certas peças pregadas em minha mente: uma foto que me faz lembrar que estive presente naquele momento, ou um rosto que me lembra de um lugar, ou um lugar que me confunde com outro, ou um cheiro que me faz lembrar de uma esquina. Mas também forma a memória das cidades o que eu leio, o que eu ouço; aquilo que querem que eu pense delas, e o que eu acho disto. Ao percecada vez mais parecidas umas com as outras, começo a pensar como que vou garantir que memórias de cidades passadas não se transformam em memórias de cidades futuras. circulação (s)


construção

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contemporâneo (a) 1 guisa de dar mais superfície ao presente; 2 “Reconheço que de fato vivo no presente. Mas isso é mais uma razão pela qual não acredito em tentar negar ou ocultar esse fato criando uma arquitetura oposta. Também não estou simplesmente reiterando a sociedade contemporânea em sua forma atual. Na verdade, acho um pouco intrigante que um arquiteto parta de uma convencer os outros de que ela é uma realidade. É arbitrário, por exemplo, construir um apartamento e, ao mesmo tempo, tentar da comunidade. Acho que é um erro estabelecer como premissa a arquitetura contemporânea sobre a cosmologia arcaica. Minha política não é perpetuar este tipo de -

crônico tomar um conceito impossível, apresentá-lo como algo de importância eterna, e basear completamente sua arquitetura nele.”* 3 o escritor argentino Cesar Aira, ao comentar a respeito da diferença entre arte e literatura contemporâneas, marcando assim um olhar presente para o próprio ofício, comenta: “Talvez de inerente para ser ‘contemporânea’. À diferença da Arte que (…) tem uma presença tão acentuada que cria seu presente, a literatura possui sua matéria feita mais de ausência; e a respeito do tempo, cria seu passado, cria seus precursores, talvez porque esteja sempre falando de mundos desaparecidos, e todo o mérito que os escritores buscam é este: o de ser o único sobrevivente visível de um grande naufrágio, o da beleza do mundo.” (AIRA, 2018) contexto (s) 1 as condições física, histórica e social existentes as quais toda nova estrutura/edifício ou ação tem potencial de arruinar; 2 “No entanto, é ao realizar a arquitetura como uma estrutura que eu mudo do contexto de puras imagens para a realidade de que existem fatores externos que estão além do meu controle.” *; 3 a interação com um novo espaço, a partir de outro referencial, causa um incomodo entre o sujeito e o que está em volta. corte (s) 1 os de entrega de proje-


desenho

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to (duas pranchas A2 contendo: 4 cortes transversais, 2 cortes longitudinais, 2 plantas.) 2 “O corte é o lugar onde espaço, forma e material se encontram com a experiência humana.” * / “Azul, vermelho, laranja etc. São vibrações que uma obra deve ter. Ou com cor ou com uma forma… ou… fazendo cortes., pode ser reto etc. Mas a vibração a obra tem que ter, acho eu.” ** 3 O corte machuca a plan-

pirações arquitetônicas.” */ 3 talvez a crítica não se oponha necessariamente à criação, embora geralmente ambas atividades não se dêem juntas, pois o que as separa é uma maneira diferente de operar a realidade. Os conceitos passam, e as formas permanecem?

forma tridimensional, em que seja composto de partes internas e externas. Uma forma (caixa, caixote) que, quando cortada (fatiada), deixa ver seu miolo vazio, sem que as vísceras ou líquidos sejam expostos (o que causaria um desconforto em quem corta). Quando estamos com a faca em uma mão e a planta na outra queremos que a operação seja resolvida de maneira rápida e limpa. Não necessitamos uma planta com forro/estofo em seus interiores. Quanto mais oca melhor. crítica (s) 1 aderência; 2 “A crítica à arquitetura na mente do público está amplamente associada à sociologia ou ao fracasso material, e estes espectros assombram a prática da arquitetura. No entanto, quando tais falhas ocorrem, elas não são consideradas realmente escandalosas, exceto quando associadas a altas as-

decorativo (a) 1 sintetiza ou am2 “O túmulo utiliza tecnologias e materiais ‘pobres’, tais como alumínio anodizado e betão, minimizando qualquer aparato decorativo para

D

esenho

dos elementos expressivos presentes.” *; 3 mória, que relembra, que conta, que esquece, que apaga, que faz pompa, dá classe. demanda (s) 1 vem do cliente, que é também baseada em um desejo, uma vontade maior; 2 “A incessante atividade de parcelamento implicou uma explosão da demanda por serviços públicos, por infra-estrutura e pela implantação e manutenção de um extenso sistema viário carroçável.” * / “A demanda de construir belos edifícios isolados, implantados em terrenos sem mais nem me-


desenho

americana diante da cultura clásentão ação que pressupõe reconhecimento: reconhecer como conhecer novamente demanda um conhecimento prévio sobre a realidade que se refaz constantemente por meio da construção de pontes entre conhecimentos.” ***; 3 é como uma bola de mercúrio que, em resposta a um golpe, se segmenta em múltiplas bolinhas, mantendo-se, porém, com o mesmo volume, se somadas. detalhe (s) 1 de perto para poder dissecar; 2 “Foi desenvolvida uma família de tijolos especialmente para o projeto, conferindo uma cor e textura singular, além de detalhes minuciosos que incluem cantos arredondados e beirais em alvenaria.” */ “Os detalhes simples das balaustradas nos terraços, escadas de terreno e muros de contenção são uma referência às raízes modernistas do edifício.” **; 3 um pedaço do todo; de diagramático (a) 1 comunicação institucional. 2 “Ao rastrear o processo diagramático, Lynn interpreta tais questões não como distanciamento do processo formal da arquitetura, pelo contrário, ele se aproxima de parâmetros ção das incongruências do desejo 3 dar forma aos sistemas, aos módulos aparentemente não-lineares;

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dicotomia (s) 1 o cérebro humano parece encontrar conforto no duplo, di, duo; 2 “(…) demonstra que a inversão da dicotomia causa/consequência do objeto é mais uma vez importante: se antes o dobramento era manipulação da forma, podemos entender a liquidez como causa da formação do objeto.” *; 3 entre o novo e o mentos. Se eu deixasse uma cesta no jardim é provável que em alguns meses ela se transformasse em praticamente nada. Para onde vai o resto? dimensão (s) 1 tentativa de conter as coisas; 2 “(…) permite fundamentar o projeto da arquitetura e da cidade na dimensão do uso do espaço, ou seja, de sua apropriação.” * / “Devemos ter consciência de nossa dimensão humana, a dimensão dos seres humanos que fazem parte da natureza e da arquitetura, e que estão ligados ao estabelecimento do espaço em relação à natureza”**. dinâmico (a) 1 usado para descrever algo em movimento, que tem 2 “(...) o movimento dos telhados gera uma expressão dinâmica nas coberturas e valoriza a percepção do edifício.” */ “(...) a grade urbana formalizada em uma grande cidade é, em sua precisamente por causa dessa toautoritária, ela proporciona tanto


estrutural

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o máximo tumulto de intercâmbio horizontal dinâmico no plano da rua quanto a complexidade programática recombinante vertical nos arranha-céus que surgem em cada uma de suas células.” **; 3 Ou, um desenho que remeta a movimento/ vedesign que pode ser tão dinâmico ao ponto de nem sequer ser notado? O dinamismo imposto pelas rodovias expressas, automóveis em alta velocidade, de certa forma, limita a percepção daqueles que passam em alta velocidade dentro de seus carros, preocupados apenas com o trânsito, suas regras e seus símbolos. Edifícios, fachadas, vitrines, transeuntes. Muitas coisas podem ser notadas quando dirigindo pela cidade, mas parece que, quando numa via expressa, estamos sujeitos a olhar somente para aquilo que importa para dinâmica da metrópole; placas de velocidade, de quilometragem, de destino, mas também, postos, edifícios que estão implantados de forma conveniente à rodovia, outdoors, homem-placas e outros como prédio-propaganda. discurso (s) 1 molda ao presente o futuro, ou do passado; 2 “A importância vem de no Brasil se ter feito um discurso com Arquitetura sobre a extraordinária situação de construir o habitat

humano.” *; 3 tem correspondência com o poder. doméstico (a) 1 o lugar do exercício da intimidade; 2 “A história natural do local impulsionou a tomada de decisão. O local faz parte de um corredor com sobras de vegetação densa entre pastagens desmatadas. Uma anomalia histórica, dá um vislumbre do que costumava estar lá, embora agora também seja alterado principalmente por meio de jardins domésticos, atividade humana e animal (não nativa). Restam pequenas manchas de vegetação endêmica, principalmente melaleuca, entre gramíneas ceifadas, espécies introduzidas e plantas consideradas invasoras.” *; 3 mas é seu? Quantos metros quadrados? Tem cachorro? Gato? E galinha? E o ar, não conta? Então... Qual é a altura? Isso, a altura do teto, qual é? São quantos metros cúbicos? Você sabe quais ares que você tem deixado entrar no seu espaço? São bons ares? Você sabia que a cada respirada inspiramos milhares de poros de diferentes fungos?

E

strutural

elemento (s) 1 chão parede teto


estrutural

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telhado porta janela fachada varanda corredor lareira escada elevador rampa banheiro; 2 “Por a idéia do plano horizontal protetor, que consiste em plantas retangulares cujos elementos de apoio (...) são internalizados em relação aos seus limites, e cuja laje superior avança sobre as demais” */ “O Pavilhão é um elemento de design altamente escultural revestido em painéis de aço inoxidável.” **; 3 No livro Elements do escritório de Rem Koolhass, ao introduzir a série de livros (em que cada um foca em um dos 15 elementos arquitetônicos) ele defende que “somente olhando o elemento sob um microscópio podemos reconhecer as escolhas culturais, o simbolismo esquecido, os avanços tecnológicos, as mutações” e continua, dizendo que essas são “desencadeadas pela práticas que já passaram a ser parte das operações convencionais: “o intercâmbio global, as adaptações climáticas, os cálculos políticos, as exigências

regulatórias, os novos regimes digitais” e, e conclui falando que “em algum lugar da mistura, as idéias do arquiteto que constituem a prática da arquitetura de hoje”, como quem assumi a própria responsabilidade de constituir o mundo a partir dos seus símbolismos. (KOOLHAAS, 2018) elevação (s) 1 projeção ortográdadeira grandeza; 3 Remete à em uma espécie de alcançar o nirvana. A libertação do ciclo de reencarnação, então, é uma salvação da própria vida e não da morte. A libertação de poder voltar para Terra. O que para nós não faz sentido, porque tememos a morte: “(...) pois o que há de mais terrível para o Ocidente é a morte, e para o Oriente é a vida. Para o Ocidente, é preciso morrer (esse é o preço dos pecados, e no Oriente é preciso sempre reencarnar). Para o Oriente, ção da morte; para o Oriente, a superação das reencarnações.” (FLUSSER, 2017) entropia (s) 1 não lida com uma comporta retornos, mas apenas transformações; 2 “A segunda que a entropia total de um sistema ou aumenta ou permanece


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constante em qualquer processo espontâneo; ela nunca diminui. Uma implicação importante desta lei é que o calor transfere energia espontaneamente de objetos de temperatura mais alta para objetos de temperatura mais baixa, mas nunca espontaneamente na direção inversa. Isto porque a entropia aumenta para a transferência de calor da energia do quente para o frio” *; 3 A espontaneidade induzida em um sistema. Ações espontâneas geram mais espontaneidade. Ideia de caos. escala (s) 1 uma projeção 2 “O italiano da Renascença, por exemplo, se sentiria diminuído se a porta de sua casa tivesse menos de cinco metros de altura. (…) Então se a gente pensar que a escala corresponde a uma medida física associada a uma medida de consciência do ser humano, essa consciência é a que foi construída historicamente.” */ “Descobrimos algo inesperado - que a engenharia na microescala de móveis pode ser tão interessante quanto a engenharia em grande escala.” **; 3 uma palavra para designar tamanhos em relação. espaço (s) 1 que está à espera, no aguardo; em potencial de construção; 2 “Como um armário novo que acaba de ser entregue car- mos contemplando a bran-

estrutural

cura das gavetas vazias, mas começarmos logo a preencher seu espaço com nossas coisas particulares. Mundos encaixotados e em escala arquitetônica prontos para serem ocupados, pintados, habitados, transformados, etc.” *; 3 sujeito a um exercício: espacial, espacejar, espaçoso, espaço-vazio, espaço-tempo, espaço-temporal, espaço-construído, espaço que espera, espaço que espaça, espaço que foge , espaço esspasso ex-passo es-paço espaço tempo (s) 1 Heisenberg criou o Princípio da Incerteza, que diz ser impossível verificar a posição e o momento de uma partícula ao mesmo tempo. E quanto mais sabemos da precisão de um dos valores, sabemos menos do outro. A incerteza da posição vezes incerteza do momento (p = m.v) tem que ser menor ou igual a constante , portanto, isto significa que é inversamente proporcional , se um aumenta, o outro diminuí; 2 “O que observamos não é a própria natureza, mas a natureza exposta ao nosso método de questionamento” *; 3 adota a noção de espaço-tempo em escala planetária, em que um


função

dado deslocamento também leva em conta uma passagem pelo tempo — uma espécie de ETA (Estimated Time of Arrival, termo de uso comum na aviação) utilizado numa escala que ainda não sou capaz de entender. E se pensarmos em um avião se deslocando da sua distância máxima, atualmente de Newark até Singapura, são 16 mil e 700 quilômetros viajados em 18 horas, em quanto tempo começa a afetar a idade de uma pessoa ao se deslocar de um lugar ao outro? Se considerarmos o fuso horário são 12 horas de di-

a pessoa ao sair de Singapura às 23h deve chegar às 6h da manhã do mesmo dia na outra ponta. Agora, se ela viajar de Newark às 11h da manhã, chega às 18h do que podemos ganhar um pouco de vida ou perder um pouco de tempo em qualquer viagem; basta passar por algumas linhas de fuso horário. Mas não é essa de organizar o tempo e o espaço? espaço vazio (s) 1 espaço não construído da estrutura, o projeto contempla o vazio; 2 “A valorização do vazio como lugar cidade, reservatório de uma indeterminação que pode assumir contornos diversos ao longo do tempo” * / “o legado emancipatório de um

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pensamento cujo horizonte era a construção do socialismo acaba sendo, em grande medida, a solidão dos imensos espaços vazios, em que o lazer não assume um sentido ativo e transformador.” **; 3 de forma otimista, uma palavra que procura se encontrar ao possível, o “poderia ser”, o “caberia”. E, de forma pessimista, o que não há; que fala algo, ausência de conteúdo, copo vazio. Expectativa de progresso. experiência (s) 1 experiência única; a minha. 2 “O conceito de identidade implica o de unidade, e este, por sua vez, compreende dois aspectos: a indivisibilidade intrínseca (isto é, o conceito de ser), e a distinção de todo outro (isto é, a experiência de uma diversidade) A identidade só adquire sentido se está na presença de uma multiplicidade que lhe é alheia” * / “Na arquitetura conectada com a experiência se estima a intenção de convocar a vida como princípio da genealogia da imaginação na construção da realidade habitável, que vitaliza a forma abstrata.” *; 3 se a arte é o conhecimento das coisas universais, a experiência é o conhecimento das coisas singulares.

F face (s) /

unção


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função

alguém que está perdido mas não se importa; 2 logo a servir como instrumento de registro da vida urbana, captando cenas cotidianas com uma agilidade e nitidez superiores às dos pintores, e expressando visualmente aquilo que Badeuleire

fachada (s) 1 a face escolhida para ser mostrada/vista; 2 “(…) reformas e ampliações ao longo dos anos seguintes transformaram sive sua fachada principal.” * 3 o que um dia foi escolhido para ser a “capa”, a imagem do projeto, o tempo passa e suas características fundamentais vão sendo pouco a pouco reformuladas e reconstruídas. nenhuma cebida exceto em relação a um fundo; 2 “A dobra oferece a possibilidade de uma alternativa ao espaço em grelha que caracterizou a ordem cartesiana. Ela desloca a distinção dialética entre o que Gilles Deleuze chamou de espaço liso.” * a gosto; como construímos e conscientizamos os sentidos e sensações que sentimos quando nos deparamos ou experimentamos algo novo? (SAVARIN, 1995)

marcando da modernidade: o olhar do 3 avisto um ponto de referência que seja minimamente atraente, algo que seja alto, um ponto alto no céu sempre é mais fácil de seguir, aquele edifício pirulão me parece interessante. Dobra a esquina e continua rumo ao norte. Vejo uma mulher caminhar com o cachorro do outro da lado da rua; logo à frente um grupo de homens bem vestidos caminha em vejo uma lanchonete e quem sabe eu posso comer por lá. Acabo de comer, saio na rua e viro a direita. Ando um pouco mais nessa direção. O sol começa a se pôr e decido que é hora de voltar. Viro a direita, ali está o Sol e sigo sentido sul. que incorporam pessoas, cidades, informações ou media. (SEJIMA, 1996); 2 “(O) projeto não se trata agora sobre um formalismo usual, mas sim uma estrutura programática no 3 de informação que corre pelos cir-


global

cuitos sob a forma de impulsos (eletrônicos). forma (s) 1 o que o Maior impõe à matéria; 2 “A estrutura perimetral é desenhada a partir de um único elemento, desta forma, os tempos de construção são reduzidos uma vez que o edifício utiliza apenas um tipo de fôrma resolvendo eventuais imperfeições que podem surgir devido à sua geometria.” * / “Esse conceito tornou-se muito claro a partir da Revolução Industrial. Uma ferramenta de aço em uma prensa é uma forma, e ela informa o escorre por ela para criar garrafas ou cinzeiros.” **; 3 a partir da instauração do último acordo vigente desde 1º de Janeiro de 2016, a palavra que antes previa obrigatoriamente o emprego passa a ter sua acentuação como opção facultativa. A mudança nessa condição faz possível um jogo no qual a palavra “forma” (lida como a antigamente acentuada) passa a ser metáfora de “forma”(pronunciada com a vogal “o” aberta, /ó/), e vice-versa. A sentença funciona quando escrita: “Forma como forma”. Mas formação (s) 1 tectônica, mas também denota uma ordem; 3

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Perioso — ou Tentando acertar de primeira — como o modo de pensamento, que no construir de uma ideia, espera tê-la esclarecida antes que o texto sequer esteja escrito. A falta de preparo para fazer as coisas e paro diante delas. A frase passada faz perceber a palavra “parado” depois de pré (pre-parado). Fico pensando o que teria sido do antes: imobilizado, penso nas mais diversas possibilidades do que poderia ser./ter sido. Tarde demais, olho para os meus lados e nenhum texto, livro, excerto, rascunho parece me ajudar, pelo contrário: me mostram que eu não seria capaz de fazer como aqueles que eu no que poderia ser, no ideal, no imaginável, no desejo. Onde a forma correta reina, e tudo que não alcança-a, está sujeito ao fracasso. O é, por execelência, ina;cansável Se pensarmos na palavra “formação” temos a junção de “forma-ação”. Basta uma coisa para que tome forma: ação.

G

lobal

generoso (a) 1 que dá folga ou sustento a uma atividade programada/performativa; 2 “o reconhecimento de arquiteturas históricas que ambientaram a sociabilidade em um passado remoto ou próxi-


hierarquia

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mo e seguem na memória como experiência de espaço – seja a arquitetura viril, rude e acolhedora; seja a arquitetura generosa dos espaços compartilhados em coletivo; seja a arquitetura de geometrias essenciais.” *; 3 uma palavra contemplada na criação da imagem da Arquitetura Moderna Brasileira. genialidade (s) 1 que não se espera. / que não se supera. sempre começa depois que um tipo social se muda para a região; 2 “A abertura da Avenida coincide com um primeiro movimento de cação induzido pela administração pública, ao estimular que a população residente fosse substituída, por outra de nível social mais elevado.” * gesto (a) 1 uma duração com conteúdo; 2 “Nas três composições, a capela, o cassino e a casa de bailes, ocorre algo de dramático no modo como Oscar expõe o observador a percepções escalares e enquadramentos da paisagem que são de- liberadamente articulados pelo gesto da implantação.” * grande (a) 1 denota maioridade física e autoridade moral e intelectual. 2 “fachada frontal com a abrigo dos carros e o acesso.” *; 3 a parte de maior relevância, o Maior.

H

ierarquia

hierarquia (s) 1 sistema valorativo do desenho técnico: o que está em primeiro plano é com uma linha grossa; o que está no seguinaté sumir. O que não aparece, foi colocado para além do limite desenhista; 2 “(…) com espaços pouco hierarquizados, diáfanos e anoréxicos, que se revelam, no entanto, de um grande acolhimento, como se da crisálida do andróides nascessem homens comuns: nós” *; 3 relacionado as regra, as leis, a ordem. Carreenquanto um é a negação de toda forma de autoridade, o outro está intrinsicamente relacionado com o poder superior e subordinação. hierarquia garante o que pode acontecer no campo do subordinado, ou do menor. histórico (s) 3 para algumas civilizações, o passado reside a nossa frente (diferente de nós que “deixamos para trás”) pois é aquilo que podemos ver, revisitar, analizar etc. É mais concreto que futuro. horizonte (subs.) 1 até onde se enxerga; 2 “Ao centro do plano piloto, seu eixo principal leva à dupla vertical do Congresso


hierarquia

Nacional, que domina o diálogo entre as cúpulas de curvaturas inversas da Câmara dos Deputados e do Senado, ambas pousadas sobre uma longa plataforma que parece surgir do nada ao termo de uma leve declividade do terreno, um planalto que domina uma vasta paisagem tendo horizonte.” * / “Todo o percurso de acesso, da via até aí, é em plano ascendente. Durante todo o percurso o observador vê a marquise e o conjunto de volumes que a sucede acima e por trás da linha de horizonte.” ** 3 “até onde enxergo” é um disparador que tem dois destinos. Primeiro penso nos olhos, no que vejo literalmente, aquilo que é mais ou menos o resultado de um diagrama da ótica com as limitações naturais da minha córnea e os meus graus de miopia. O segundo destino congrega tudo o que acumulo e deixo passar na vida, tudo que informa como eu vejo, menos literalmente, os valores que mobilizo, os limites com que convivo, as aspirações e os desejos, as possibilidades, uma linha imaginária da própria experiência. Cada um tem o seu próprio horizonte, duas vezes. hóspede (s) 1 aquele que habita circunstancialmente; 2 “Ao projetar o hotel por dentro e fora, até o último detalhe, fomos capazes de manter um alto nível de quali-

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dade e continuidade. No interior, a paleta de preto e branco estabelece uma identidade forte - que cada espaço através de variações na textura, tom e escala. Esse compromisso com a qualidade não teria sido possível sem o incentivo do nosso cliente e nosso objetivo comum em criar uma experiência excepcional para os hóspedes.” *; 3 tem em si a ideia de efêmero, como um vírus que se hospeda nos seres vivos, ou o musgo nas pedras, ou uma barata na toca, as águas nas várzeas.

I

deia

icônico (s) 1 que é conforme o modelo, e formador de tradições. imagem (s) 1 constelações de referências, as mediações entre nós e o mundo. 2 “A imagem da arquitetura moderna brasileira é amplamente difundida até os anos oitenta, quando, acompanhando um processo de renovação dos métodos de investigação metodológica, começam a aparecer os ensaios que se propõem a reler ou resgatar os documentos anteriores à construção do paradigma, principalmente os textos das revistas e periódicos, cujo frescor provê elementos novos e enfoques particulares sobre a


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matéria.” * ; 3 são apenas lembranças ou combinações de lembranças; a memória dos signos, dos símbolos. Não se pode criar a imagem (imaginar) do que antes era inteiramente desconhecido. A imagem, observada por um alguem, é sujeita àquela percepção e aquela construção de imaginário pessoal, mas também construída a partir de símbolos que parecem conter em sí uma certa neutralidade. indivíduo (s) 3 o pesquisador e biólogo, Scott F. Gilbert defende a ideia de que não existe o conceito de “indíviduo”: um ser que vive de maneira independente no mundo. Uma vez que vivemos em um sistema fechado, em que tudo/todos dependem de algo, mos operando as nossas referênsemblagem (colagem) autêntica? infraestrutura (s) 2 “(...)determinam espaços, disciplinam corpos, alocam recursos e privilegiam noções de progresso e desenvolvimento sem qualquer interrogação crítica. Infraestrutura, sendo uma variedade de processos interconectados, também escapa a representação, e então a única possibilidade de fazê-la tangível é através de pesquisa especulativa e invenção imaginativa. Dentro de economias globalizadas, o conceito de ‘ -

ideia

cipal motor, e é a infraestrutura que assegura que bens, serviços, trabalho, conhecimento e capital essas economias tão difundidas. ‘Infraestrutura’, na verdade, é o que atualmente é sinônimo de progresso, de desenvolvimeninfraestruturas facilitam operações culturais conectando gosto, herança cultural e valor com nanciamento do setor privado à esfera pública. (…) ‘Infraestrutura’ é considerada uma forma recursos, e as subjetividades nela imersas, as forças que produzem seus bloqueios e interrupções, e o fato de que estão sujeitas a interesses de diversos tipos – políticos, econômicos – são largamente ignorados.” * intenção (s) 1 aquilo que alguém deixa de si nas coisas que faz; 2 arquitetura como construção concebida com a intenção de ordenar e organizar plasticamente o espaço, em função de uma determinada época, de um determinado meio, de uma determinada técnica e de um determinado programa.” * ; 3 apesar de, enquanto palavra, “intenção” ser um substantivo abstrato, talvez seu sentido convoque a ideia de materialização por excelência. O que é termômetro da intenção? Onde ela se


janela

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revela? Podemos falar em intenção apenas quando colocamos lado a lado o desejo imaterial que mobiliza uma ação, e o resultado mesmo que isso produz materialmente. Para testar a intenção, ou apontá-la, para sabermos se ela se cumpriu, algo tem que vir depois dela, algum tipo de elaboração que te faça manter a consciência tranquila, ou não, para saber se é mesmo a intenção o que vale.

J

anela

jogo (s) 1 “ter jogo” = espaço para manobra, “não ter jogo” = partes que são páreas 2 “As aberturas nas paredes favorecem a diversão e a interação (…). As janelas se transformam em um banco, uma passagem, um portal ou uma entrada para o mundo escondido. Elas oferecem conexão e estimulam a imaginação, assim como os raios de sol das claraboias, que se assemelham a um jogo de luz e sombra de uma 3 é falso dizer que as crianças imitam os adultos; são os grandes que plagiam, repetem escala planetária, os jogos das crianças. juntar (v) / justaposição (s) 1 acrescentar uma coisa a outra, aproximar; 2 “A interrelação entre identidade e modernida-

de é característica desejável a um pavilhão representante de determinada cultura no conjunto da civilização, mas que nem sempre se efetiva e, por fatos algumas vezes irreconciliáveis, é trocada pela justaposição entre as partes.” * ; 3 quando se dobra uma folha de papel ao meio, o tamanho, no plano horizontal, diminui. Mas ainda temos o volume todo do papel ocupando um espaço vertical. A operação sempre pode ser revertida, posso então escolher se quero ocupar mais espaço no plano horizontal ou mais espaço no plano vertical, mas nunca um volume menor do que eu tinha. Greg Lynn, ao discorrer sobre a possibilidade de uma arquitetura lisa, lembra da técnica culinária de folding. Em que “o cozinheiro, cuidadosa- mente, reúne ingredientes dobrando-os numa mistura lisa”. Está descrevendo a técnica de incorporar (em inglês vem do dobrar: folding) dois ingredientes em uma mistura homogênea, mas note que a operação é feita de forma cuidadosa, e ao dobrar um ingrediente sobre o outro, podemos conservar as suas qualidades originais. Como quando batemos claras em neves para depois incorporar as gemas; se misturamos vigorosamente, iriamos reduzir o volume das claras batidas.


lugar

33

L

ugar

legibilidade (a) leito carroçável (s) 1 determina a cidade (calçada, carro, moto, ônibus, dreno, guia, poste, faixa, lombada, zebra, tartaruga) 2 “O projeto propõe diminuir o leito carroçável e refazer totalmente a sua pavimentação, como também das calçadas e, assim, estabelecer um único nivelamento” * / “Além disso, os arquitetos propõem uma solução que valoriza a vista da antiga cidade de Zhujiajiao e maximiza o espaço disponível para os pedestres, além de minimizar o impacto da poluição sonora e física do leito carroçável.” ** / “Porém, como foi dito, a relação espaço-tempo da Avenida Paulis-

às vezes: calçada vaga via calçada

ou até em fachada do edifício calçada vaga via via via vagda calçada fachada do edifício

ou em acostamento via via via via via

alargamento do leito carroçável, os passeios tornaram-se mais estreitos concomitante ao aumento

via acostamento canteiro rio

e automóveis” *** ; 3 composto pela formula mínima de:

canteiro

acostamento

via

via

via

acostamento

via

acostamento

via

em vias, dentro das cidades, a formula é mais generosa:

via

calçada

acostamento

via

via calçada

e se começarmos a olhar por


lugar

34

mais tempo — e de um jeito menos preocupado com a forma fachada passeio

(piso tátil) faixa de segurança guia sarjeta

— ou até mesmo

uma grelha de drenagem ou até uma boca de lobo faixa contínua branca via faixa dupla contínua amarela ou canteiro central ou canteiro ciclovia faixa ciclovia canteiro via faixa contínua branca sarjeta

ou até mesmo uma grelha de drenagem ou uma boca de lobo guia faixa de segurança

(piso tátil) passeio fachada

bastou algumas tentativas para poder observar a calçada como letra. levantamento (s) 1 esboçar o espaço de forma que, no futuro, se possa entender com o mesmo estado de espírito com aquele que se desenhou; 2 “No caso

cidade de São Paulo, temos uma exposição bem montada, com levantamentos estatísticos, diagnósticos, fotos aéreas, mapas e outras informações de grande relevo para a compreensão do atual estágio da metrópole.” * ; 3 levantar-se da cama para levantar a camisa para levantar a mão pra servir o café e pegar a carteira e levantar a mão pra alcançar a maçaneta levantar o braço pra virar para os lados primeiro para a direita depois para esquerda. leveza (a) 1 o vidro é a celebração da luz e da leveza, em inglês: light; 2 “A luz é matéria-prima do convento, tanto quanto o concreto. Canalizada por poços de iluminação, ela é vertida sobre o altar da igreja como feixes de raios coloridos. Recortada pelas vidrarias dos deambulatórios – que Le Corbusier descreveu como ‘ondulatórios’, porque o espacejamento das barras verticais dos caixilhos varia ritmicamente seguindo o dimensionamento do Modulor.” * limiar (s) 1 a divisa entre dois lugares; 2 “Aplicamos lições de arquitetura vernacular nos limiares e imbricamentos en tre a casa e o jardim.” * / “A segunda galeria é reconstruída como uma releitura do passado com um caráter contemporâneo, onde se ergue um novo volume que emoldura o céu através do pátio lateral


lugar

35

existente e retoma o arranjo dos antigos limiares como uma sequência de luz e sombra” **; 3 o dentro e o fora. o rápido e o devagar. o urbano e o rural. limite (s) 1 até onde se pode ir; 2 “No centro, esses limites eram restritos, fora dele, prédios de apartamentos continuavam restritos às avenidas mais largas” * ; 3 em geral pensar em limite leva impossibilidade ou barreira. Mas limite também, é o que, quando reconhecido, liberta e engatilha, é o que torna possível e abre fronteira, ao invés de ser fronteira. linguagem (s) 1 deixar a infância é, precisamente substituir os objetos por seus signos e assim passar a ter chance de voltar a tratá-los como objetos; 2 “Além das condições de localização, a linguagem e materiais presentes a estratégia do projeto: construir uma malha estrutural a partir da repetição de elementos operando a partir da neutralidade.” * ; 3 a linguagem que criamos também nos constrói: palavra, uma vez solta, jamais se recupera (assim como o rabisco, a pintura, a arquitetura etc.); quer dizer, jamais volta ao seu estado comum, essencial, de sua criação. A linguagem molda, forma, sonoriza e

em um movimento cíclico entre o que aprendemos e o que ainda estamos por fazer. liso (s) 1 menos evidente (sem vestígios); 3 nas palavras de Deleuze e Guatarri: “É um espaço de afectos, mais que de propriedades. É uma percepção háptica, mais do que óptica. Enquanto no espaço estriado as formas organizam uma matéria, no liso materiais assinalam forças ou lhes servem de sintomas.” Mas o liso é disassociável do estriado, uma vez que nido. “Ora, no espaço estriado, as linhas, os trajetos têm tendência vai-se de um ponto a outro. No liso, é o inverso: os pontos estão subordinados ao trajeto “. Enquanto um delitimita e restringe, o outro explora e deságua. e “Tanto no liso como no estriado há paradas e trajetos; mas, no espaço liso, é o trajeto que provoca a parada, uma vez mais o intervalo toma tudo, o intervalo é substância” (DELEUZE, GUATARRI, 2012). Nesse instante, ao parar o tempo ou pautar outro ritmo, o percepção do espaço. lugar-comum (s) 1 não precisa de legenda.

M

aterial

madeira (s) 3 se referia àquelas


material

pinteiros. Era uma palavra que pudesse expressar a oposição de ‘forma’ (a morphé grega), das coisas que já estavam prontas. “Hylé amorfo.” (FLUSSER, 2017) materialidade (s) 1 a arquitetura começa quando você junta dois tijolos, aí começa Mies van der Rohe; 2 “(…) grau zero da materialidade e tectônica, em que paredes quase sem espessura e pilares de esbelteza inverossímel parecem querer libertar a construção da densidade e da inércia.” * minimalismo (s) 1 tem um sentido qualitativo: tornar o vazio elegante; 2 “Você dá uma volta na escultura de David de Michelangelo por uma questão de informação: você quer descobrir como é a bunda de David. É um discurso narrativo criado pela escultura e você precisa saber como é que termina aquele começo de corpo. Então, por que você daria a volta em um cubo preto, se você sabe que um cubo é composto de 6 lados iguais (ou pelo menos, deveria)? Para criar a relação entre você e o cubo” * ; 3 o caráter relacional, o que importa ali é a forma entre as coisas, entre você e o o cubo. Esse caráter, típico da arte minimalista, parece ser uma contradição quando estamos falando de minimalismo da arquitetura, que “que

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o mundo e fetichizar as coisas, isolando-os em uma suposta abstração absoluta, de arestas duras, distâncias calculadas, ausências dissimuladas e relações impossíveis (ou indesejadas?)” modular (a) 1 medida antropométrica, “a medida do homem”, com base na estatística da altura do homem médio: 1,83 metros. 2 “27cm, sentado s/ cadeira 43cm, altura cadeira 70cm, altura mesa 86cm, altura banco 113cm, altura balcão 140cm, altura braços 183cm, altura altura 226cm, altura de alcance” * 3 pandir, multiplicar por tempo indetermidade, em quanto houver energia, haverá costrução. Mas é previsto para desconstruir sem destruir, desmontar sem quebrar, e desmanchar sem explodir. monumento (s) 1 a materialização da memória coletiva de um determinado grupo social. “Quem controla o passado, controla o futuro” (ORWELL, 2009); 2 “Hitler gostava de dizer que ele construía obras para transmitir à posteridade o seu espírito e o seu tempo (...) Mas quando, depois de um extenso período de decadência, desperta o sentimento de uma nova grandeza nacional, os monumentos erguidos pelos antepassados incitam-nos a renova-


natural

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ção dos feitos do passado”* / “A esplanada, (…) não por questão de protocolo, uma vez que a Igreja é separada do Estado, como por questão de escala, tendo-se em vista valorizar o monumento, e ainda, principalmente, por outra razão de ordem arquitetetônica: a perspectiva de conjunto da esplanada deve prosseguir desimpedida onde os dois eixos urbanísticos se cruzam.” ** 3 “monumento” vem do grego, mnemosynon, e do latim, moneo, “aconselhar” ou “alertar”, sugerindo que um monumento nos permite relembrar, ou até mesmo reviver, o passado. Em português, a palavra “monumental” é frequentemente usada em referência a algo de tamanho e poder extraordinários, como na escultura monumental, mas também coisa feita para comemorar os mortos, como um monumento funerário multidão (s) 3 Stanley Allen quando fala sobre multidões e enxames, compara o trabalho cial Craig Reynolds, que é uma simulação computacional do comportamento de bandos de pássaros à análise de multidões desde multidões religiosas de peregrinos até ao empilhamento

das colheitas, para entender as semelhanças na distribuição das coisas pelo espaço. De que por mais simulações que Reynold estudasse, o resultado sempre demonstraria que as multidões “operam no limite do controle”. de arquitetura: “Além das possibilidades formais que sugerem, esses dois exemplos podem permitir à arquitetura transferir sua atenção das formas de controle tradicionais, de cima para baixo, e começar a investigar as possibilidades de uma abordagem (ALLEN, 2013) máquina (s) 3 assumirá os postos braçais do trabalho mas também decisões cotidianas em automatizações . Ao mesmo tempo que passa a ser reconhecida como sibém a evocar o tédio.

N

atural

natureza (s) 1 genérico espaço verde que carrega um símbolo bucólico que remete a uma conciliação do homem com o seu habitat, como superação ao pesadelo industrial, e também ao que se espera por vim; 2 “A importância vem de no Brasil se ter fei-


ofício

to um discurso com Arquitetura sobre a extraordinária situação de construir o habitat humano. Na cultura universal isso assume destaque porque é o momento na uma vez, de modo novo, sobre a Natureza” * ; 3 a transformação do natural em artefato. Ou a submissão da natureza aos designios do homem. neutro (s) 1 ne, não se expõe, se abstém; 2 “Todo edifício moderno aspira a ser um monumento ilhado por espaços verdes; todos os blocos guras contra um fundo neutro” * ; 3 algumas palavras encontram térreo, vidro-transparente, calçada, carro, elevador, avião, banheiro. norte (s) 1 direção certa; 3 Mas também, o uso da palavra para designar um rumo, uma caminhada, uma jornada, que tem apenas uma direção como objetivo, ou um objetivo na direção, novo (s) 1 se opõe a tudo que foi passado, e se pretende melhor; 2 “Ao traçar os dois eixos que resumem seu Plano Piloto, Lúcio Costa enunciou a frase digna de um conquistador: ‘Gesto de quem toma posse: dois eixos cruzando em ângulo reto’. Mas não, Brasília não tomou posse do Planalto Central: este é que está, capciosamente, recuperando um

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território aparentemente perdido. Deve haver um solo ácido e vermelho sob o asfalto brasiliense (sous les pavés, la terre!); deve haver indícios de uma persistência do Cerrado em Brasília e de Brasília no Cerrado. Assim como a modernidade conservadora do Brasil é feita de duas camadas – o arcaico e o novo – sempre sobrepostas e nunca separadas.” *

O

fício

obra (s) 1 de arquitetura, de engenharia, de arte, de trânsito, de casa, de criança; 2 “Apesar da peculiaridade de sua breve existência, diversos pavilhões constituíram-se como momentos de grande experimentação e construíram grande parte da arquitetura moderna, tornando-se referência a produção arquitetônica de determinados períodos e sobre o conjunto da obra dos arquitetos que as projetaram.” * / “Azul, vermelho, laranja etc. São vibrações que uma obra deve ter. Ou com cor ou com uma forma… ou… fazendo cortes, pode ser reto etc. Mas vibração a obra tem que ter, acho eu.” ** ; 3 Flusser escreve sobre o resultado do trabalho: “Instrumentos têm a intenção de arrancar ob-


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jetos da natureza para aproximá-los do homem. Ao fazê-lo, forma de tais objetos. Este produzir e informar se chama ‘trabalho’. O resultado se chama ‘obra’.” (FLUSSER, 2009) opaco (a) 1 não te deixa ver o outro lado; 2 “O estúdio disposto em mezanino aberto para os dois lados – jardim interno e estar – possuía originalmente peitoril opaco em madeira para o lado recolhimento.” *; 3 parece que o grau de intimidade de um espaço é proporcional à capacidade que suas paredes tem de impedir conversa. operacional (s) 1 que funciona como é esperado; 2 “A escola (…) busca ancorar-se à paisagem e torná-la operacional no projeto, alcançando assim enriquecimento mútuo. O terreno é localizado em um planalto que se estende sobre um árido deserto com pouca vegetação. O prédio mistura-se à paisagem de uma maneira similar ao que acontece entre objeto e plano de fundo em uma perspectiva visual” * ; 3 ao procurar possíveis objetos, mídias, sites que falassem desse termo, encontrei, em textos digitalizados que havia baixado em alguma ocasião, um texto que se chama “A City is not a Computer”, de Shannon Mattern. Um texto que estava ali à espera de ser lido. Para encontrar o ter-

ofício

mo, usei as teclas de operação: command + F (= CRTL + F) — atalho utilizado para encontrar palavras em lugares inesperados, mas também lugares esperados —, mas nada apareceu. Notei que, ao escrever as palavras, as “respostas possíveis” (letras grifadas de amarelo) do programa se esvaiam à medida que eu seguia formando as primeiras sílabas, ou seja, ao passo que a palavra ia se formando. A função de procura não estava funcionando do jeito que eu esperava, não havia resultado - o que levanta suspeita ao negar a possibilidade de qualquer outra palavra com uma sílaba recorrente, composta de duas vogais, comum, ope, não relo. Ao olhar o texto do resultado da busca, percebi que o texto estava todo ao contrário, ssim como Leonardo Da Vinci escrevia suas notas de trás pra frente e da direita pra esquerda, com intuito de esconder suas ideias, e portanto, precisaria de um espelho para conseguir ler. Ainda assim, o corpo do texto estava como esperado, de frente para trás, como deve ter sido escrito. Tive que romper a operacionalidade da operação que havia feito inúmeras vezes no decorrer desse trabalho. Foi necessário, primeiro, a escrita da palavra em inglês de trás pra frente, sempre com o olho acompanhando a palavra


panóptico

escrita de frente pra trás, letra por letra, como se eu estivesse aprendendo a ler alemão - o que de fato experimentei há anos atrás, se criava uma situação em que eu não conseguia decorar a próxima letra porque a sequência das letras não faria sentido em minha cabeça, em minha língua, nas minhas próprias operações de sentido. A palavra foi escrita na própria caixa de procura do texto, e logo começaram a aparecer palalan-oit-ar-epo/ope-ra-cio-nal. O resultado, portanto, mesmo que inesperado, não foi encontrado, mas proporcionou a vontade de escrever este pequeno texto. ordem (s) 1 “pôr ordem”: pressupõe uma condição de desordem. “Ordem social”: controla o arbítrio da subjetividade pessoal; 2 “estrita a sua imagem exterior.” *; 3 subverter a ordem como desenho regulador do conjunto, utilizar-se o espaço que existe nas brechas da ordenação, arranjo e distribuição metódica. orientação (a) 1 uma posição em relação a alguma convenção ou informação previamente esclarecida/estabelecida. ornamento (s) 3 no livro O Corcunda de Notre Dame, Victor Hugo escreve: “O arquiduque) considerou em silêncio por algum tempo o gigantesco edifício e de-

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pois, estendendo com um suspiro a mão direita até o livro impresso aberto sobre sua mesa e a mão esquerda para a Notre Dame, lançou um triste olhar que foi do livro à igreja: — Hélas! — disse. — Isto matará aquilo.” No trecho aparece a ideia de que o livro acabaria com com a arquitetura. A relação da arquitetura com aqueles que vinham de longe, e a suposição de que pela pedra talhada da face principal da igreja, fosse possível ler um povo, seus costumes por meio de seus valores. Como quem joga o jogo dos sete erros e imagem anterior, o que reconhece, o que desconhece. Desde do século XV, as construções protagonizaram novos meios para a capacidade comunicativa das fafeitos para serem percebidos, ou são obra anônima, feita para uma passada de olhos de quem não busca nada a enxergar.

P

anóptico

passeio (s) 1 o caminho da circulação determinado pelo projeto; 2 “O edifício é todo circundado por um delicado passeio, que serpenteia ao seu redor. Todo o passeio está situado alguns metros abaixo do nível de implantação do edifício e, por ele, o observador


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que se desloca percebe todos os seus planos e formas por um ângulo que dramatiza intensamente as perspectivas.” * ; 3 do verbo passear. Usado para denominar o espaço em que se permite o caminhar dentro da cidade, tudo aquilo que compõe o espaço do caminhar, e deve necessariamente estar sinalizado para tal (faixa de pedestre, sinais de travessia, barreira de concreto, barreira de aço, grade, piso tátil, canteiro, portas, cones, cavaletes de plástico, faixas de sinalização pretas clovia). Podemos entender essas decisões de desenho como elementos rígidos que conformam o passeio pela cidade, que foram, a grande maioria das vezes, construídos pelo poder, dinheiro e execução do Estado. Um Flanêur procura viver a cidade despretensiosamente, entende que a curiosidade pode o levar a lugares que não estava procurando, o que terminasse seus objetivos a partir das pressuposições. De qualquer forma, não podemos nos esquesear livre de suposições e objetivos (amorfa), ao se desaguar na cidade toma a forma dos Rígidos; do design da cidade, do urbanismo, das barreiras de concreto, das faixas de pedestre. O Fluído agora, se transforma no Rígido.

panóptico

patriarcal (a) 1 o poder distribuido de forma desigual. pele (s) 1 invólucro; 2 “A ‘pele’ de tijolo que a reveste (unidade) apresenta deformações curvas em suas extremidades, parecendo um papel de parede mal colado que começa a se solta.” * / “As também como subversões para a parede opaca. Por exemplo, no vidro portando lajes onduladas de concreto, peles metálicas, camadas de materiais semi-opacos brancos.” ** ; 3 mas também: órgão que reveste o corpo humano e o de certos vertebrados. Esse órgão, de certos animais de pelos abundantes e sedosos, como agasalhos ou guarnição de peças do vestuário. E também casca de alguns frutos e legumes. percurso (s) 3 diferente do passeio, esse é um dispositivo/interface de controle explicitado, para programado para o que se espera e planeja. poder (s) 3 o desenho da arquitetura como controle (fábricas, escolas, hospitais) nasce na criação do conceito Panóptico de se construir Prisões: em uma construção radial, as celas eram colocadas no perímetro, enquanto no meio haveria uma torre de guardas. A sensação é de que a torre estava sempre olhando e controlando cada um, era ela o ponto de referência visual e con-


panóptico

sequentemente, controle. Mas o controle também era feito pelos próprios prisioneiros: como as celas ocupavam o perímetro da construção circular, era possível observar o preso da cela oposta, do outro lado da prisão. Com isso, vinha uma comparação acompanhada de um policiamento civil. preexistência (s) 1 existência anterior 2 “A clara noção do arquiteto do estar no mundo e transformar as pré-existências do lugar, no tempo do lugar, através da criação da arquitetura para prover o homem de suportes adequados a sua ex- istência” * ; 3 Exorbitância partir do experimento N+7.) procedimento (s) 1 método que forma; 2 “Le Corbusier dimensionou os elementos da Unité utilizando o Modulor, sistema de proporções que havia elaborado em 1945 tendo por base uma combinação da seção áurea com a altura de uma pessoa ‘média’: inicialmente 1,75 metro, e depois 1,83 metro. Para tanto, apoiava-se nas pesquisas do esteta Matila Ghyka e da matemática Elisa Maillard, que o apresentara à série de Fibonacci, em que cada número é a soma dos dois anteriores. Em contraste com esse procedimento essencialmente intelectual, as superfícies rugo-

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sas e as marcas deixadas no concreto pelas fôrmas de madeira e pelas camadas superpostas dos sucessivos lançamentos – devido a uma construção demorada e sujeita a restrições orçamentárias – levaram Le Corbusier a proclamar a beleza do concreto ‘bruto’.” * ; 3 urbanístico, arquitetônico, estético, operacional, cirúrgico, industrial, padrão, químico etc. programa (s) 1 programa = problema; 2 “Funcionar é permutar símbolos programados. Um exemplo anacrônico pode ilustrar tal jogo: o escritor pode ser considerado funcionário do aparelho ‘língua’. Brinca com símbolos contidos no programa linguístico, com ‘palavras, permutando-os segundo as regras do programa. Destarte, vai esgotando as potencialidades do programa linguístico e enriquecendo o universo linguístico, a ‘literatura’.” * projeto (s) 1 resposta à demanda; 2 “Vimos que as nossas perspectivas se ampliam à medida que usamos nosso conhecimento do passado, nossas heranças e a memória para compor, organizar e decidir o que fazer no projeto.” * proporção (s) 1 o casamento perfeito das partes envolvidas. prática (s) 1 arquitetura sempre esteve relacionada a uma necessidade prática: abrigar o homem. A necessidade prática talvez seja


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a ideia que mais se aproxima ao que chamamos de real/realidade.

Q

uimérico

qualidade (s) 1 que é próprio de uma substância “qualidade inerente”; 2 “(…) arquitetura, vista ora como arte ora como mera construção, isto é, entendido tanto como um conjunto seleto de obras marcantes e destacadas do resto por suas qualidades estéticas e hisuma massa anônima de construções espontâneas” * / “o espaço aberto urbano pode ser um fator chave na regeneração cívica e na sustentabilidade social. Incutiu um sentimento de orgulho cívico no distrito e estabeleceu uma referência local para a qualidade de vida dos futuros residentes” ** questão (s) 1 questão crucial, fundamental; 2 “A questão fundamental que acompanhou estas intervenções foi como intervir num edifício com quase cem anos, cuja materialidade, tijolo e concreto, e cujos espaços gozavam de grande valorização por parte dos seus habitantes.” * ; 3 é construída para sanar um problema criado no discursodo projeto. quintal (s) 1 a natureza domesticada.

R

ealidade

quimérico

reforma (s) 1 para consertar aquilo que não foi antes planejado; para mudar o que foi pensado de forma única para o antigo morador; para transformar para ter uma cara única e autêntica; ou só reformar a banheiro porque está relação (s) 1 em relação ao conjunto. Entre partes, a algo. O ato da comparação aqui se faz inevitável; 2 “Se em Arango, os termos centro e periferia são desconstruídos em sua utilização, em Waisman, a proposição do termo região, a partir de seu entendimento a respeito da constituição das culturas e suas relações entre si, se opõe veemente às interpretações que fazem uso dos termos centro e periferia para conferir identidade às arquiteturas da América Latina. E novamente entra em cena a pluralidade em oposição à singularidade. Os termos centro e periferia mantém em sua acepção uma relação de dependência e desigualdade entre as partes, reforçadas pelo modelo civilizatório pelo qual são avaliadas. Assumir a relação espacial de dependência entre as partes e a relação temporal de desigualdade ou defasagem entre ça como distinção ou desvio de um modelo canônico.” * ; 3 exige um intereção, passiva ou ativa, de um sujeito. A transição da arte


realidade

moderna ao passar a ser chamada de contemporânea. Sobre o novo nome, o escritor argentino Cesar Aira argumenta que na Arte contemporânea não há passagem do tempo, “se realmente é ‘contemporâneo’, ou, em outras palavras, se é a contemporaneidade que faz a arte”. Então, não se espera desse tipo de arte “o juízo da História para estabelecer valores”, ela vive livre no presente. Poderíamos dizer que, na verdade, ela se encontra presa no presente, e o que lhe transforma é a relação entre as coisas e os sujeitos que a presenciam, que vai pouco a pouco criando forma para depois se reverter ao informal. resíduo (s) 1 é todo lixo que se transforma em matéria-prima, diferente dos rejeitos; 2 “ Se o lixo espacial são os resíduos humanos que conspurcam o universo, o espaço-lixo é o resíduo que a humanidade deixa sobre o planeta.” * reta (s) 1 a menor distância; 2 “Quando você sabe o que é uma reta, você olha aqui e nem precisa olhar o resto. A curva não, ela é mais imprevisível. Então, absorver a curva. Eu gasto um segundo a mais para olhar para uma curva e entendê-la.” * ; 3 síntese da racionalidade máxima, ritmo (s) 1 tem relação com um prazer visual ligado a ordem,

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que é esperado por convenções, pelo menos ocidentais; 2 “Formada por placas horizonestrutura de madeira laminada, essa pele opaca adquire um ritmo visual que nos reporta à ideia de empilhamento e sedimentação, ao mesmo tempo que realiza visualmente o edifício como o resultado formal direto de sua própria lógica material.” * ; 3 distância constante entre os elementos que conformam a estrutura. Aos sons estruturantes de uma música. A tudo aquilo que tem alguma ordem estabelecida. Um tempo previamente estabelecido e esperado. rural (a)

S

ímbolo

solo (s) 2 “Em que solo deveríamos escavar para reconstituir a arqueologia da cidade de Brasília? Às vezes, o próprio chão pode estranhamente parecer abstrato. Mas nesse caso não há dú-


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vida, não será cavando o chão do planalto central brasileiro que reconstituiremos a história daquela cidade. Por outro lado, se perfurássemos o solo cultural em que ela se assentou, essa sondagem se mostraria rica em tantos indícios. Aqui sim encontraríamos suas antecedências nos múltiplos estratos do que constitui sua base cultural. São algumas camadas densas, outras mais sutis, na medida da correspondência que cada uma delas guarda com os os elementos que se mobilizaram na concepção daquela cidade aparentemente, por assim dizer de modo ingênuo, tão virgem.” * sujeito (s) 2 “Os projetos tentam provar este deslocamento do sujeito em relação ao espaço efetivo: eles contêm uma ideia de que o ambiente se torna afetivo e é inscrito com uma outra lógica ou uma lógica prototípica, que não é mais traduzível enquanto visão do intelecto, a razão se desvincula da visão. (...) a razão de algum modo se afasta da condição afetiva do ambiente em si e começa a produzir um ambiente que mesmo quando parece 3 subject sujeito, mas também matéria, assunto, tema, objeto, disciplina, domínio, súdito, caso, tópi-

símbolo

co, motivo, questão. Um campo semântico que faz abrir os laços entre, o que em português, parece antítese: sujeito e objeto. Essa aproximação me fez pensar que uma condição importante da formação do sujeito psicanalítico, por exemplo, é o o auto-reconhecimento de sua imagem, sua diferenciação com os demais sujeitos e objetos do mundo. Também é fundamental que reconheça seus objetos de desejo, de angústia, que se afaste e se diferencie deles, e assim possa operá-los sem fazer ruir os alicerces consubjetividade. superfície (s) 1 habitat do tato, do toque e do contato; 2 “De acordo com Eisenman, a performance uma constante mudança não separando dentro e fora, público e privado. A continuidade de duas extremidades cria um movimento circular, colocando em questão topologicamente quais são suas superfícies internas e externas.” * / “Para ver o escudo de Aquiles com toda a carga que tal visão deve ter gerado para alguém em Tróia, um poeta perto dos olhos da mente para ver o casamento se desenrolar na superfície do escudo, mas também mantê-lo a uma distândesenhos oceânicos ao redor da


técnica

46

borda. Quando o artista e o escritor administram efetivamente esta distância atemporal, um espectador ou leitor pode habitar a obra.” ** ; 3 habitat também da elaboração. O que permite tomar distância. síntese (s) 1 operação que consiste em reunir elementos diferentes, concretos ou abstratos, e fundi-los num todo coerente enxuto e autônomo; 2 “Historicamente, as Exposições Universais são momentos de apresentação – e países diante do cenário mundial de determinada época. São exposições em que cada país busca ressaltar sua identidade cultural, algumas vezes lançando mão da síntese característica dos estereótipos, e o seu mais alto grau de desenvolvimento tecnológico, ou de seus cenários urbanos.” *; 3 aquilo que abdica da complexidade em prol de uma leitura inequívoca.

T

écnica

tecnologia (s) 1 uma aposta promissora de futuro; 2 “Lamentando a excessiva ‘originalidade’ de suas obras anteriores, o arquiteto declara que estava pesquisando uma maior simplicidade, na busca das formas ‘belas, inesperadas

e harmoniosas’ possibilitadas pela tecnologia moderna.” * ; 3 a sabedoria do avô quando chega ao neto, e depois ao bisneto, e assim sucessivamente. teoria (s) 1 tudo que não se materializa. transparência (s) 1 te deixa ver o outro lado; 2 “o que eu procuro é uma forma de transparência, sem um material transparente. Assim, não se trata de uma trasnparência literal mas conquistada (…)” * truncado (a) 1 tem um sentido de confuso, cujas regras e estratégias internas não estão claras. podado, cortado. Incompleto, cujas partes essenciais foram retiradas. uma forma com as suas pontas cortadas; 3 uma pirâmede cujas pontas foram retiradas, não se parece mais com a forma original, por não seguir mais as dro cuja base pode ser qualquer polígono, desde que suas faces laterais sejam triângulos, com um vértice em comum” térreo (s) 1 vão livre de paredes, grande imaginário do que se esperava de uma arquitetura brasileira moderna 2 “No Pavilhão, o pavimento térreo desimpedido de contenções das áreas técnicas colocadas no subsolo transforma-se pelo desenho em praça-parque entre a Praça da Amizade e o Grande Parque e promove a continuidade do solo prolongando o piso de asfalto dos


uso

47

arruamentos da EXPO” * ; 3 Relativo à terra, terroso. Que é rés do chão: Arquitetura Chã. Mas não a Portuguesa, a daqui, que fundou-se nas baía de Guanabara, que encontrou aqui, um solo vasto e fértil para que pudesse ser protagonista. Imaginava-se uma terra nova e viva, com térreos novos e vivos.

U

so

único (s) 1 considera-se a última coca-cola do deserto; 2 “As faGestalt – o todo não é a soma de suas partes, mas sim algo único que tem apenas uma relação formal e estrutural com o conjunto de seus elementos. Ou seja, a arquitetura só será de fato compreendida quando o edifício for visualizado por completo.” * ; 3 único? universal (a) 1 unívoco em qualquer lugar; 2 “Na cultura universal isso assume destaque porque é o momento uma vez, de modo novo, sobre a Natureza” * / “(…) a manifestação coletiva das arquiteturas dos países periféricos seria um posicionamento em oposição, o lugar frente ao tempo, a cultura frente à civilização, atenuando a pluralidade existente na singularidade

que pretende construir. (…) seção por meio das quais qualquer manifestação pode ser testada e rência de culturas locais contra o tempo universal da civilização.” ** ; 3 Controle Universal: Pode funcionar com qualquer dispositivo que tenha um infravermelho. Funciona por um um sinal em comum, entre o dispositivo e o controle. Algumas teclas do controle podem não funcionar por falta de função equivalente, ou seja, se uma tecla do controle existe no dispositivo, ou simplesacionar a função no controle. unívoco (s) 1 força que diverge e converge do mesmo para o mesmo ponto.(ver livro de Chimamanda Ngozi Adichie: “O perigo de uma história única”).

V

ivo

vão-livre (s) 1 um espaço livre de estrutura, livre da dimensão construída... até achar o próximo ponto de apoio; 2 “Por condições do termo de doação do terreno, qualquer construção deveria garantir a preservação da continuidade entre o parque e a paisagem do vale. Surge assim o partido do edifício dividido em


vivo

dois conjuntos. O primeiro assume a forma de um paralelepípedo elevado do solo e o segundo se amolda à encosta, constituindo um piso para a extensão do nível da avenida em forma de terraço. Ao longo das várias versões do projeto, as fachadas inicialmente opacas se tornam transparentes e os pórticos transversais se transformam em um sistema estrutural longitudinal, com seu enorme e característico vão livre”* / “O cerne do trabalho de Pisani evoluiu, porém, para a busca de comprovação da história, tradicionalmente vinculada ao projeto que Lina Bo Bardi concebeu para o Masp, de que havia uma obrigatoriedade legal para o uso do lote – o chão do terreno deveria ser livre de construções. O em seu trabalho, revelando que tal condição nunca existiu e nem sequer o terreno foi doado à prefeitura paulistana, como se tem dito desde sempre na historiogra3 às vezes relacionado a palavra térreo: denota um espaço que se pretende “de todos” , que constrói o imaginário de uma arquitetura moderna brasileira. vernacular (s) 1 continua vivo nas aprendizagens informais, passadas no boca a boca, a herança do mestre ao aprendiz; 3 vão sumindo, conforme as distâncias no mundo vão se aproximando.

48



epílogo


-

-

-

auto ironia. 1, -

2 3 3 1

-

2 3 -



-

-

entre



menor

-

poderia ser, -

-

Maior

menor


index

ambiente interno 16, 56, 58 apropriar 16 arquitetura 2, 16, 17, 20, 21, 22, 24, 26, 29, 30, 31, 32, 34, 35, 36, 37, 38, 41, 42, 43, 46, 47, 48 atuar 17 balanço 18 brincar 18 bruto 18 calçada 16, 18, 19, 33, 34, 38, 56, 59 cidade 16, 17, 18, 19, 22, 26, 33, 34, 41, 44, 45, 56, 59, 60, 67 circulação 19, 40, 56 contemporâneo 20, 34, 44, 56 contexto 16, 20, 56, 60 corte 20, 21, 56, 60 crítica 21, 31, 56 decorativo 21, 56, 60 demanda 21, 22, 42, 56, 60 detalhe 22, 30, 56, 61 diagramático 22, 56 dicotomia 22, 56, 61 dimensão 16, 22, 47, 56, 61 dinâmico 22, 23, 56, 61 discurso 36, 37, 56, 60, 62, 63, 65, 67, 68, 69, 70, 71 doméstico 23, 56 elemento 24, 28, 56, 62 elevação 24, 56 entropia 24, 25, 56, 62 escala 25, 26, 30, 32, 37, 56, 62 espaço 16, 17, 18, 20, 21, 22, 23, 25, 26, 27, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 37, 39, 40, 41,

56

43, 44, 45, 47, 48

espaço tempo 25 espaço vazio 26 experiência 56, 58, 61, 63, 64 face 27, 40 27, 56, 63 27 27 27, 56, 63 17, 27, 31, 33, 56, 63 forma 6, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 26, 28, 29, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 38, 39, 41, 42, 43, 44, 46, 48 formação 22, 28, 45, 56 generoso 28, 56, 64 genialidade 29, 56 29, 56, 64 gesto 29, 56, 64 grande 20, 22, 25, 26, 29, 34, 38, 41, 43, 46, 56, 64 hierarquia 29, 56, 64 histórico 29, 56, 65 horizonte 26, 29, 30, 56, 64 hóspede 30, 56, 65 icônico 30, 56 imagem 27, 29, 30, 31, 40, 45, 56, 65 indivíduo 31 infraestrutura 31, 56, 65 intenção 17, 26, 31, 32, 38, 56, 65 jogo 28, 32, 40, 42, 56, 65 juntar 32, 56, 65 justaposição 32, 56, 65 legibilidade 56


57

leito carroçável 33, 65 levantamento 34, 57, 66 leveza 34, 57, 66 limiar 16, 34, 57, 66 limite 29, 35, 37 liso 27, 35, 57 lugar-comum 35, 57 madeira 35, 39, 42, 44, 57 máquina 37, 57 materialidade 18, 36, 43, 57, 67 minimalismo 36, 57, 67 modular 36, 57, 67 modulor 57, 67 monumento 36, 37, 38, 57, 67 multidão 37, 57 natureza 22, 25, 37, 38, 43, 57, 67 neutro 38, 57, 67 norte 27, 38, 57 novo 17, 18, 20, 22, 25, 27, 34, 38, 43, 47 obra 17, 21, 38, 39, 40, 46, 57, 68 opaco 39, 57, 68 operacional 39, 42, 57, 68 ordem 27, 28, 29, 37, 40, 44, 57, 68 orientação 40, 57 ornamento 40, 57 passeio 40, 41, 57, 68 patriarcal 41, 57 pele 41, 44, 57, 68 percurso 30, 41, 57 poder 2, 22, 24, 29, 34, 37, 41, 57 prática 21, 24, 42, 57 preexistência 42, 57, 69 procedimento 42, 57, 69

index

programa 17, 31, 39, 42, 57, 69 projeto 16, 20, 22, 26, 27, 33, 35, 39, 40, 42, 43, 48, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 65, 66, 68, 69, 70, 71 proporção 42, 57 qualidade 30, 43, 57, 69 questão 36, 37, 43, 45, 57, 69 quintal 43, 57, 69 reforma 43, 57 relação 16, 22, 24, 25, 27, 33, 36, 40, 43, 44, 45, 47, 57, 69 resíduo 44, 57, 69 reta 44, 57, 69 ritmo 35, 44, 57, 69 rural 35, 44, 57 síntese 44, 46, 57, 70 solo 38, 44, 45, 46, 47, 48, 57, 70 sujeito 20, 25, 28, 43, 45, 57, 70 superfície 20, 45, 57, 70 tecnologia 18, 46, 57, 70 teoria 46, 57 térreo 38, 46, 48, 57, 70 transparência 46, 57, 68, 70 truncado 46, 57 único 17, 18, 20, 28, 33, 47, 57, 70 universal 38, 47, 57, 71 unívoco 47 vão-livre 17, 47, 57, 71 visual 16, 39, 41, 44, 57 volume 22, 32, 34, 57, 62, 71


referências operação #2

A

ambiente interno: *

Descrição enviada pela equipe do projeto:”Hospital de Cirurgia Infantil / Renzo Piano Building Workshop + Studio TAMassociati “ [Children’s Surgical Hospital / Renzo Piano Building Workshop + Studio TAMassociati ] 31 Jul 2021. ArchDaily Brasil. Acessado 6 Dez 2021. <https://www. archdaily.com.br/br/965963/hospital-de-cirurgia-infantil-renzo-piano-building-workshop-plus-studio-tamassociati> apropriar: *

BENITEZ, Solano. Crônicas paralelas …de héroes contemporáneos (cadáveres exquisitos). in: Joanna Helm. “Clássicos da Arquitetura: Unilever Paraguai / Gabinete de Arquitectura “ 05 Out 2011. ArchDaily Brasil. Acessado 6 Dez 2021. <https:// www.archdaily.com.br/br/012096/classicos-da-arquitetura-unilever-paraguai-gabinete-de arquitectura>

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arquitetura: *

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VILLAC, Maria Isabel. Arquitetura como experiência e apropriação. Prêmio APCA 2018 – Categoria “Contribuição à cultura brasileira”: Brasil Arquitetura / Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci. Drops, São Paulo, ano 20, n. 142.07, Vitruvius, jul. 2019


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** JACOBS, Jane. “The Uses of Sidewalks: Safety” in: Morte e vida de grandes cidades. trans: Carlos S. Mendes Rosa. 3a edição. São Paulo, Editora WMF Martins


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TAKI, Koji: Entrevista com Kazuyo Sejima. In El Croquis, ed. n°77, 1996, p 6-17. (tradução livre)

contexto: *

TAKI, Koji: Entrevista com Kazuyo Sejima. In El Croquis, ed. n°77, 1996, p 6-17. (Tradução livre do trecho original: ”Yet is in actually realizing the architecture as a structure that I shift from the context of sheer images to the reality that there are external factors which are beyond my control.”) corte: *

LEWIS, Paul; TSURUMAKI, Mark; LEWIS, David J. Manual of Section. Nova York: Princeton Architectural Press, 2016.

** Ruy Ohtake em “Ruy Ohtake inaugura duas exposições simultâneas em SP”, entrevista em vídeo para Pavilion BR, São Paulo, 2019. Disponível em <https:// youtu.be/L5REgzV1C98> critica: *

STIRLING, James. Cerimônia

D

decorativo: *

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DA SILVA, Luís Octávio. A constituição das bases para a verticalização na cidade de São Paulo. Arquitextos, São Paulo, ano 07, n. 080.05, Vitruvius, jan. 2007 <https://vitruvius. com.br/revistas/read/arquitextos/07.080/280> Vitruvius. Acessado 03 Dez 2021.

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referências operação #2

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*** Idem. detalhe: *

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COSTA, Phillipe Cunha da. Diálogos entre Peter Eisenman e Greg Lynn. (Des)dobramentos. Arquitextos, São Paulo, ano 21, n. 250.02, Vitruvius, mar. 2021 <https://vitruvius. com.br/revistas/read/arquitextos/21.250/8017>. dicotomia: *

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E

elemento:

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*

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F

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obra: *

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S

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síntese: *

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único: *

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** Sobre o livro de Daniel Pisani: Masp: Breve História de um Mito. <https://revistaprojeto.com.br/

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Climatron, construído em 1960, a partir de conceitos de Buckminster Fuller representa o controle total sobre a natureza. Frame do vídeo “Composting Fields, de Andrea Carrillo. Ver :<https:// youtu.be/0m4SVleJlVE>


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