POSTAL 1261 19MAR2021

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CADERNO ALGARVE

Postal, 19 de março de 2021

POLÍTICA

SITUAÇÃO NO ALGARVE

Deputados pedem audiência a Marcelo

Carlos Martins, atual presidente da concelhia do PSD de Portimão

FOTO D.R.

AUTÁRQUICAS

Rui André, em final do terceiro mandato como presidente da Câmara de Monchique (PSD) FOTO D.R.

Sondagem escolhe candidato do PSD a Portimão

E

m dificuldades para encontrar um nome consensual para seu candidato em Portimão, o PSD tem em curso uma sondagem para escolher, ainda esta semana, entre dois nomes: Carlos Martins, atual presidente da concelhia, e Rui André, em final do terceiro mandato como presidente da Câmara de Monchique. Outros nomes como Joaquim Piscarreta e José Inácio, ambos ex-presidentes em Lagoa, chegaram a ser falados como hipotéticos candidatos, mas apenas derivado do facto de ambos, tal como Isabel Soares, ex-Silves, integrarem o conselho estratégico de Carlos Martins. Em Loulé também deverá ser uma sondagem a resolver o candidato entre os três nomes já avançados na nossa última edição: Rui Cristina,

Bruno Inácio e Miguel Madeira. No respeitante a outros municípios, estão garantidas as seguintes candidaturas: Rogério Bacalhau (Faro), Francisco Amaral (Castro Marim), José Carlos Rolo ( Albufeira), enquanto Luís Gomes regressa como candidato a Vila Real de Sto António e Bruno Estremoz é o nome que vai substituir Rui André em Monchique. São já conhecidos também outros nomes avançados em primeira mão pelo POSTAL: Dinis Faísca (Tavira), Álvaro Viegas (Olhão), Pedro Moreira (Lagos), Hélder Cabrita, (Aljezur) e Mário Vieira para Lagoa. Carlos Ludovico deverá ser o nome do social-democrata escolhido para Alcoutim e Bruno Costa para S. Brás de Alportel. O Partido Socialista parece ser a força com o processo em fase mais

adiantada, no que respeita aos nomes para as câmaras municipais, dado ser o que detém maior número de municípios e vai recandidatar todos os dez presidentes em exercício. Deste modo, serão candidatos do PS: Alcoutim (Osvaldo Gonçalves), Aljezur (José Gonçalves), Lagoa (Luís Encarnação), Lagos (Hugo Pereira), Loulé (Vítor Aleixo), Olhão (António Miguel Pina), Portimão (Isilda Gomes), São Brás de Alportel (Vítor Guerreiro), Tavira (Ana Paula Martins), Vila do Bispo (Rute Silva), em substituição de Adelino Soares em terceiro mandato. O candidato a Albufeira volta a ser Ricardo Clemente e em Monchique a aposta, a confirmar ainda pela concelhia, deverá ser Paulo Alves, enquanto para Faro está nomeado João Marques e Álvaro Araújo será o candidato socialista em Vila Real

de Sto António. Rosa Nunes será a aposta socialista para Castro Marim e Luís Guerreiro para Silves. A lista da CDU não é conhecida, dando-se como certa a recandidatura de Rosa Palma, para Silves, o único município em poder da CDU no Algarve. O Bloco de Esquerda ficou de anunciar os seus candidatos ainda antes do verão, enquanto o Chega, apresenta o líder regional, João Graça, como seu cabeça de lista à Câmara de Vila do Bispo. Como independentes inscritos em movimentos cívicos, são conhecidos: Desidério Silva (Albufeira), Abel Coelho (Albufeira), Francisco Martins (Lagoa), Manuel Marreiros (Aljezur) e João Rocha e Silva (Tavira).

Cigano é cabeça de lista do Chega em Porches Pedro Silva, um indivíduo de etnia cigana, é o cabeça de lista do Chega para a freguesia de Porches, concelho de Lagoa Trata-se de um ex-militante do PSD que terá como número dois um indi-

víduo de raça negra, numa freguesia que conta com pouco mais de dois mil habitantes e onde nas últimas presidenciais André Ventura obteve 17,76 por cento dos votos, logo a seguir a Marcelo Rebelo de Sousa com 58,95 e à frente de Ana Gomes que recolheu 12,66 dos votantes. Mas

perante o insólito - tendo em conta a polémica que envolveu o partido de André Ventura na sua relação com aquela minoria étnica - confrontado com a inclusão destas duas pessoas nas suas listas, o líder do Chega no Algarve, João Graça, explicou que as escolhas “são a prova de que o

Chega não é um partido racista ou xenófobo”. “O que não aceitamos é a existência de pessoas que vivem à custa dos subsídios do Estado sem trabalhar, independentemente da sua origem étnica”, sublinhou.

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Faro, Cristóvão Norte, Rui Cristina e Ofélia Ramos, solicitaram ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, uma audiência para expor a grave situação económica e social que o Algarve enfrenta. Segundo os deputados social-democratas, o Presidente da República "tem primado pela proximidade com os algarvios e faz uma leitura acertadíssima da situação, quando, em Setembro do ano passado, expressou que a aplicação de um plano específico de urgência para a região é um desígnio nacional". Os deputados recordam que em julho de 2020, "quer o primeiro-ministro, António Costa, quer o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, anunciaram que iria ser apresentado e aplicado um plano específico para a região – António Costa chegou a falar de 300 milhões de euros -, de modo a conter as consequências económicas e sociais da pandemia, que compreendem, por exemplo, taxas de desemprego homólogas cujo crescimento oscila entre os 60% e os 200%, registo que chegaram a ser cinco vezes superiores à média nacional e conduzem a que esta região seja uma das que maiores perdas tenha registado a nível europeu". Recordam, ainda, que "as medidas que apresentaram na Assembleia da República a respeito da matéria, e que foram aprovados com votos contra do PS, mas a favor das restantes bancadas, porém, nada foi feito e não há programa ou qualquer medida específica para o Algarve nove meses volvidos do seu anúncio". Em causa está, segundo os parlamentares, "a discriminação negativa a que a região está a ser sujeita é um absurdo, pois não respeita a equidade. Se se trata da região que mais perdas regista, faria sentido que no conjunto de apoios nacionais e europeus essa vertente fosse considerada. Pelo contrário: não só não tem plano de curto prazo como prometido, como representa escassos 1,7 % do bolo do Plano de Recuperação e Resiliência quando representa perto de 5% da população e da economia nacional, como não há qualquer orientação de diversificação da economia, de modo a que outros sectores a par do turismo cresçam com vista a construir uma região mais equilibrada. O Governo tem passado ao lado do Algarve e descura a bomba relógio de desemprego, falências e sofrimento que os algarvios estão a viver".

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