• RIQUEZA MAIOR
Forte de São Sebastião
D.R.
Nome
Forte de São Sebastião
05. 08.10
Cultura .Sul
8
Localização
Cerro do Cabeço, freguesia de Castro Marim, concelho de Castro Marim, Distrito de Faro Data de Edificação
Durante as guerras da Restauração (Abril de 1641)
Nótula Histórica
A
razão da construção do forte neste local deve estar relacionada com o facto de Castro Marim, no século XVI, já ter crescido para fora do recinto amuralhado, ocupando as casas a encosta do cerro onde estava edificado o castelo, tornando-se desta forma vulneráveis, bem como as próprias muralhas do mesmo, a um ataque com origem num cerro fronteiro, onde estaria uma ermida. Foi construído ao estilo moderno, de tipo abaluartado, com um único vão de acesso e ponte levadiça (que actualmente já não existe). O perímetro defensivo da vila será
posteriormente complementado com as construções do forte de Santo António (ou bataria do Zambujal), forte do Registo (ou bataria do Registo) e outros pequenos baluartes* que, ligados por cortinas* de muralha, vão tornar este perímetro militar o mais imponente das Praças de Guerra do Algarve.
Outras notas de interesse
O
nome tem, provavelmente, or igem numa er mida que existia no local
consagrada ao referido santo (São Sebastião). A última utilização militar, em situação de guerra, ocorreu durante a chamada “Guerra das Laranjas” (1801). D e 1819 a 18 3 4 e s t e v e a q u a r te l a do ne s te for te o Batalhão de Caçadores 4. A lvo de profundas obras de restauro e consolidação, o forte tem sido utilizado para a realização de alguns eventos, como é o caso dos Dias Medievais (no último fi m-desemana dos mês de Agosto), ou da exposição “Castro Marim, Baluarte Defensivo do
Algarve”, que neste momento está patente ao público integrada na iniciativa “Algarve, do Reino à Região”.
bocas de fogo ou de outros sistemas de armas de artilharia, colocados sob o mesmo comando e ocupando, normalmente, posições de tiro próximas.
* Glossário
Cortina:
Baluarte:
(do provençal baloart, do neerlandês bolwerk) ou bastião (do francês bastion), em arquitectura militar é uma obra defensiva, situada nas esquinas e avançada em relação à estrutura principal de uma fortificação abaluartada. Bataria:
ou bateria é um agrupamento de
Em arquitect ura militar, a cortina é um troço do reparo situado entre dois baluartes nas fortificações abaluartadas, que apareceram no século XVI. Ocasionalmente, também se usa o termo “cortina” como sinónimo de “pano de muralha”. Neste caso, refere-se a um troço de muralha ligando duas torres de um castelo medieval.
• BAÚ
JOAQUIM PARRA
Licença Anual para uso de acendedores e isqueiros
Joaquim Parra Professor de História e Coleccionista
património
E
m Novembro de 1937 entra em vigor o Decreto Lei 28219 que, com o objectivo de proteger a indústria fosforeira nacional, proibia o uso de acendedores, “domésticos ou portáteis” e isqueiros fora de casa.
A licença para a sua utilização obtinha-se na Repartição de Finanças, sendo nominal e válida por um período de um ano. Assim, qualquer incauto cidadão que não fosse portador desta licença arriscava-se a que, aquando do acto de acender o seu cigarrito com um isqueiro na via pública, fosse abordado por um agente da autoridade que passaria uma multa ao “delinquente” e apreenderia o objecto. Mas mesmo com licença era possível ficar sem o isqueiro, bastava emprestá-lo a outra pessoa (que não tivesse a referida licença). Também
neste âmbito não podemos esquecer os denunciantes, que eram recompensados com uma percentagem da coima. Curiosa ainda, a terminologia que dizia que a licença não era necessária “debaixo de telha”, o que terá levado alguns brincalhões a transportarem consigo, não a licença mas um bocado de telha, debaixo do qual acendiam o isqueiro. Funcionava? Duvido. A Ditadura não se caracterizava propriamente pelo bom humor… Esta proibição só viria a ser revogada nos anos 70, durante a “Primavera Marcelista”.
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