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Síndrome de Burnout
SÍNDROME DE BURNOUT
Toda a função cerebral passa pelo contexto das emoções e dos sentimentos. Qualquer tarefa decisória de trabalho envolve influências emocionais.
As emoções exercem influência direta no desenvolvimento das nossas funções no trabalho e nas relações interpessoais com colegas de trabalho, amigos, amigas e familiares. A escassez de amor, carinho, atenção e cuidado durante nossa vida fazem registros mentais e emocionais que podem também influenciar a forma como nos relacionamos com o trabalho e com os e as colegas e superiores. Por meio do trabalho, os indivíduos estabelecem e mantêm contatos pessoais, status social, vínculos afetivos, ocupação do tempo, interesses pessoais entre outros propósitos. O sucesso desse processo é um imenso desafio para as empresas de pequeno e grande porte assim como para suas lideranças, porque hoje a pessoa que lidera empresas sabe que um funcionário motivado aumenta a produtividade e gera mais ganhos. O trabalhador ou a trabalhadora desmotivado, frustrado não consegue encontrar satisfação na sua tarefa, o que pode gerar doenças mentais. É que as condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas muitas vezes são desgastantes quando o trabalho tem um envolvimento interpessoal direto e intenso. O desgaste pode levar muitos trabalhadores e muitas trabalhadoras à síndrome de Burnout, que é um esgotamento profissional. Ela foi identificada em 1974 pelo médico americano Herbert J. Freudenberger, que a definiu como um estado físico, mental e emocional de profunda exaustão. Causa na pessoa trabalhadora uma sensação de estar sendo exigida além dos limites físicos e emocionais. Além do excesso de trabalho, a falta de objetivos e de expectativas, a desvalorização, a ausência de reconhecimento, o excesso de limitações, poucas oportunidades de inovar, pouca autonomia para executar suas tarefas, sem perspectivas de crescimento e de que seus talentos possam ser aproveitados, tudo isso pode levar a pessoa a se sentir inútil, com falta de perspectiva na sua tarefa, e pode levar ao adoecimento. Nas empresas, algumas lideranças, com sua rigidez, acabam castrando aspirações importantes e jogando os melhores planos da pessoa colaboradora pelo ralo, tirando a esperança de construir algo próspero e promissor.
Arquivo pessoal Élida Vollbrecht
Psicóloga
O sintoma típico da síndrome do Burnout é o esgotamento físico e emocional, que se manifesta como irritabilidade, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima. Mais alguns sintomas associados aos anteriores como: insônia, dores de cabeça constantes, palpitação, ganho ou perda de peso, crises de asma e distúrbios gastrintestinais. Diversas leituras sobre a síndrome do Burnout me levaram ao texto bíblico de 1 Reis 19, e minhas palavras de interpretação e análise são conforme a Bíblia de Estudo Conselheira, da Sociedade Bíblica do Brasil. Elias estava em estado de temor e profundo desespero, porque sabia que a rainha Jezabel mandara matá-lo. Mesmo sabendo que estava sob a direção de Deus, a quem servia com integridade, não deixou de sentir angústia e ficar deprimido. Qualquer pessoa numa situação difícil nas suas relações no trabalho pode reagir como Elias, ou seja, sentir muita ansiedade. No Getsêmani, Jesus Cristo disse: “Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice”. Acho importante lembrar, pela palavra de Deus, que servos fiéis ao Senhor também sofrem momentos terríveis de angústia, sofrimento e incertezas, também no trabalho. Deus sabe da nossa verdadeira pequenez e se propõe a nos encontrar “fora das cavernas” para dar sentido à nossa existência. Mas para isso teremos que vencer nosso encolhimento e vitimização pessoal, sair da zona de conforto e reagir no trabalho para que nossos desejos e sofrimentos não nos levem ao adoecimento. Reconhecer Deus, que nos dá sentido para viver também em meio ao caos. Aquietemo-nos para “escutar” a presença do Senhor, que pode preencher nosso viver cotidiano. O Senhor fala conosco de modo suave. E banhados por essa suavidade, seremos capazes de identificar os maravilhosos planos de Deus para o nosso viver, e nos salvaremos de nós mesmos e de nossas armadilhas pessoais, que são frutos de marcas de experiências de dor, mágoa, culpa e ressentimento. Importante: se você suspeita que está sofrendo, saiba que existem estratégias que podem ser acessadas para evitar a síndrome de Burnout. O texto bíblico nos mostra que ouvir e falar com Deus é uma forma de prevenir transtornos e síndromes. Mas além de falar com Deus, você pode visitar amigos e amigas, ir ao cinema, praticar atividade física, desenvolver um hobby, passar um tempo com pessoas de quem você gosta.
Procurar ajuda de um profissional para um sofrimento é sempre bem-vindo, para falar sobre como você se sente, dar clareza ao seu dia a dia e entender se suas escolhas estão sendo saudáveis para a vida que você sonha ter. Buscar apoio de alguém é sempre uma boa opção.
Élida Vollbrecht Panambi/RS
Arquivo OASE

Grupo Maria e Marta, comunidade de Vila Teodoro, Paróquia de Trombudo Central, no Sínodo Centro Sul Catarinense
M A R Ç O
Datas importantes
06 – Dia Mundial de Oração 08 – Dia Internacional da Mulher 09 – 1851 – Desembarque dos primeiros imigrantes evangélicos em São Francisco/SC 12 – 1607 – *Paul Gerhardt, maior compositor sacro evangélico 17 – Dia da Pessoa com Deficiência Visual 17-19 – 2017 – Celebração da OASE em Foz do Iguaçu – 500 Anos da Reforma
Protestante 19 – Dia da Escola 26 – 1946 – Abertura da Faculdade de Teologia em São Leopoldo/RS 28 – Domingo de Ramos
Quando ele chegar à idade de saber escolher o bem e rejeitar o mal, o povo estará comendo coalhada e mel.
Isaías 7.15