PRÉDICA: 1 PEDRO 3.13-22
6º DOMINGO DA PÁSCOA
JOÃO 14.15-21 ATOS 17.22-31
17 MAIO 2020
Vera Maria Immich
Aparta-te do mal e faze o bem
1 Introdução O presente subsídio quer iluminar o 6º Domingo da Páscoa. Como diz Teobaldo Witter: “Páscoa não é só um domingo, mas é um período que compreende sete domingos. É um período do Ano Litúrgico que corresponde ao primeiro Domingo da Páscoa e vai até Ascensão do Senhor. Temos, portanto, 40 dias de Páscoa do Senhor. Certamente, sonhamos e vivemos Páscoa todos os dias, pois, a realidade da Páscoa do Senhor é a nossa esperança eterna”. Deus vem revelar-se à comunidade reunida por meio de sua santa palavra. Neste domingo, três textos querem nos comunicar seu amor e sua orientação. Em Atos 17, Paulo se prepara para pregar em Atenas e sabe que não será fácil. Ele terá que enfrentar os estoicos, que davam ênfase à lógica e à razão e acreditavam que Deus fosse uma pessoa; os epicureus acreditavam que a vida surgiu ao acaso. E nenhum desses grupos acreditava na ressurreição. Logo, Paulo, que pregava a esperança na ressurreição e vida eterna, devia preparar-se para enfrentar resistência. No texto de João, Jesus diz que vai subir para junto do Pai, deixando o Espírito Santo com os seus discípulos como mediador. Ele nos apresenta as várias funções do mediador como aquele que é advogado e protetor em quaisquer circunstâncias. Ele é santificador. No texto de nossa pregação, 1 Pedro 3.13-22, encontramos orientações para um caminho de fidelidade a Deus, orientado para o bem e evitando o mal, para o testemunho humilde em meio às tribulações.
2 Observações exegéticas Na compreensão de alguns autores, essa carta foi escrita primeiramente às pessoas cristãs que foram expulsas de Jerusalém e dispersadas pela Ásia Menor nos anos 62 a 64 d.C. Seu conteúdo nos impacta pela semelhança com nossos tempos. É palavra viva e dinâmica, orientação às primeiras pessoas cristãs e para nós hoje. Pedro está encorajando e animando aquele grupo de pessoas cristãs que sofria perseguições. A perseguição iniciou em Jerusalém pelos judeus e foi aumentando e se expandindo até o descalabro de Nero César, que acusou as pessoas cristãs de incendiar Roma, quando, na verdade, acredita-se que ele próprio tenha mandado fazer isso.
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