3.10 Pasta: Vorträge Palestras. ARQUIVO J Considerações iniciais. G. Reusch exerceu em sua longa e engajada atividade pastoral uma intensa atividade teológica. Manifestou-se em palestras, escreveu, desenvolveu teses, externou suas ideias e concepções voltadas aos temas atuais da Igreja, em sua época, posicionando-se reiteradamente nos momentos cruciais e de crise da história da Igreja. Dedicou seu esforço teológico, de forma especial, à alguns temas candentes da atualidade da Igreja na época. 1. Uma intensa atividade teológica G. Reusch desenvolveu na época, que Martin Dreher, em seu livro sobre Igreja e Germanidade, denomina de „A Crise do Sínodo Riograndense „(Capítulo 7, p. 114-157). Em contato com líderes da Igreja Confessante na Alemanha (1933-1934), G. Reusch identifica-se com as concepções teológicas desta e torna-se um líder deste movimento no Sínodo Riograndense (Ver M. Dreher, Igreja e Germanidade, p. 123 ss ). Esta identificação causou naturalmente uma situação muito tensa e difícil, especialmente também a nível teológico, com o pastorado nacional-socialista (Teuto-Cristãos) e aqueles que se reuniam ao redor P. Dohms. Esta realidade desafia G. Reusch a uma intensa atividade teológica ( artigos, palestras, posicionamentos ...), pois, conforme sua opinião, as tensões e discussões tinham em seu cerne a pergunta fundamental a respeito do que é Igreja. Ao redor desta questão fundamental, para a Igreja em todos os tempos, até hoje, giram muitos dos posicionamentos de G. Reusch, na época. 2. Na tensão entre os colegas teuto-brasileiros no Sínodo Riograndense e a identificação pessoal de G. Reusch( com alguns colegas) com a Igreja Confessante, revelava-se a sua paixão teológica pela preservação da essência da Igreja brasileira como Igreja de Jesus Cristo, fiel e servidora, fundamentada unicamente no Evangelho e na tradição confessional comum das Igrejas Reformatórias (Luteranos, Reformados, Unidos), presentes nas Comunidades e entre pastores do Sínodo desde a sua origem. 3. Considerava, por outra, ser essencial para a Igreja no Brasil, conservar as diferenças confessionais de tradição reformatória, porém não no interesse de afirmar as diferenças e sim de centrar-se no comum desta tradição, saindo de 202