Metrópole Magazine - Outubro de 2016 / Edição 20

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Outubro de 2016 – Ano 2 – nº 20 – Distribuição gratuita*

Os eleitos

PSDB reconquista São José e Jacareí. Com prefeitos em outras 13 cidades, ainda pode ganhar em Taubaté

ENTREVISTA

Medalhista olímpico Wallace, que joga pelo Taubaté, fala sobre seus planos, trajetória e expectativas pág. 16

CONVÊNIOS MÉDICOS

O que você deve saber na hora de escolher o seu plano de saúde pág. 42

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6 | Revista Metrópole – Edição 20

EDITORIAL

O PODER DA DEMOCRACIA A democracia é surpreendente e revela a força do todo. O resultado das eleições deste ano é contundente. Depois do desgaste e perda da credibilidade do longo processo envolvendo desde a chefe do poder executivo nacional, passando pelo congresso nacional e chegando às esferas estadual e municipal, além de inúmeros processos que tornam inelegíveis políticos em todos os níveis e partidos, a resposta foi renovação. É a voz do povo que reina triunfante, alegrando alguns e entristecendo outros, mas, sem dúvida nenhuma, com uma força irrefreável. O portal Meon e a revista Metrópole Magazine acompanharam todos os passos até as urnas, realizando sabatinas transmitidas ao vivo com todos os candidatos a prefeito da cidade de São José dos Campos, permitindo que jornalistas das rádios Jovem Pan, Conectcar SP-Rio, Ótima FM e TV Band Vale fizessem perguntas, oportunizando a exposição de ideias de forma que surpreendeu os próprios candidatos e seus eleitores, pela inovação e criatividade. Apoiamos, ainda, a realização dos debates promovidos pela TV Band Vale e as sabatinas promovidas pela AEA (Associação de Engenheiros e Arquitetos), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e Yázigi, realizada no Colinas Shopping, reafirmando seu compromisso de contribuir com a cidadania, de forma apartidária e independente.

Boa leitura.

Regina Laranjeira Baumann


LANÇAMENTO VILA ADYANA Diretora-executiva

Regina Laranjeira Baumann

Editor-chefe

Eduardo Pandeló

Repórteres

Henrique Macedo Moisés Rosa Laís Vieira Laryssa Prado Murilo Cunha Rodrigo Machado

Revisão

Henrique Macedo

Departamento Comercial

Alyne Proa Fabiana Domingos Fabio Amarante Gilberto Marques Ademir Stéfano

Diagramação

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Marcus Alvarenga João Pedro Teles Pedro Ivo Prates (fotógrafo)

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Departamento Administrativo

Gabriela Oliveira Souza Larissa Oliveira Maria José Souza Roseli Laranjeira Tiragem auditada por:

Metrópole Magazine Avenida São João, 2.375 –Sala 2.010 Jardim das Colinas –São José dos Campos CEP 12242-000 PABX (12) 3204-3333 Email: metropolemagazine@meon.com.br

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8 | Revista Metrópole – Edição 20

TURISMO Descobrimos as belezas das cachoeiras das cidades da RMVale.

KIT LIVRE Liberdade e mobilidade para os cadeirantes. Projeto de joseense faz sucesso e já é até exportado.

24

68

CULTURA Apresentandose nas esquinas de São José dos Campos, artistas de rua tentam driblar a crise.

16

ENTREVISTA Depois de conquistar a medalha de ouro olímpica, Wallace, que joga pelo Taubaté, nos falou sobre seus planos, trajetória e expectativas.

Pedro Ivo Prates

64

36

Plano s de SAÚD E

Espaço do Leitor Aconteceu& Frases& Cultura&

28

DR. RAIOS Como um pesquisador do INPE se tornou uma das maiores autoridades em eletricidade atmosférica do mundo.

20 Freepik

Especial Saúde

10 12 14 62

52

OBESIDADE INFANTIL 17,1% dos adolescentes de 12 a 17 anos estão com sobrepeso. Já 8,4% dos jovens estão obesos.

ESPORTES Fomos descobrir os benefícios da ‘corridinha’ de todos os dias.

Pedro Ivo Prates

Pedro Ivo Prates

60

Metrópole Magazine traz uma reportagem sobre planos de saúde e aborda temas importantes como a obesidade infantil e a prevenção ao câncer de mama. E mais: Um guia com os principais convênios médicos da região.

Sumário

Pedro Ivo Prates

72 76 78 82

Pedro Ivo Prates

POLÍTICA A festa da democracia chega ao fim e os eleitores definiram a nova distribuição de forças elegendo prefeitos e vereadores nas 39 cidades da RMVale e Litoral Norte.

Gastronomia& Social& Arquitetura& Crônicas&Poesia



10 | Revista Metrópole – Edição 20

Espaço do Leitor Edição 19 – Setembro de 2016 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

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Feedback

A capa da edição de setembro da Metrópole Magazine esteve no clima do Dia Mundial Sem Carro e trouxe um especial sobre ciclovias: seus benefícios à saúde e seus impactos na mobilidade urbana nas cidades. A reportagem abordou os projetos para novas ciclovias na RMVale e apresentou pessoas que já aderiram à prática. A edição também presenteou o leitor com o Guia do Estudante, uma relação

Setembro de 2016 – Ano 2 – nº 19 – Distribuição gratuita*

Vá de Bike

A ciclovia é uma das saídas para desafogar o trânsito nas grandes cidades

ENTREVISTA

D. Raymundo Damasceno reforça a mensagem de reconciliação trazida pelo encontro da imagem de Aparecida

CAMINHOS PARA A EDUCAÇÃO

Os desafios do ensino de qualidade na RMVale

pág. 14

pág. 39

São José dos Campos, setembro de 2016 | 15

14 | Revista Metrópole – Edição 19

ENTREVISTA

Mensagem para o mundo

300 anos depois, Dom Raymundo Damasceno reforça a mensagem de reconciliação trazida pelo encontro da imagem de N. Srª. Aparecida Henrique Macedo APARECIDA

D

om Raymundo Damasceno está à frente da Arquidiocese de Aparecida há quase 13 anos. Mineiro de Capela Nova, o religioso tem destacada trajetória na Igreja Católica. Foi secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) de 1995 a 2003. Em 2011, assumiu a presidência da CNBB, onde permaneceu até o ano passado. Dom Raymundo foi eleito cardeal pelo Papa Bento XVI em 2011. Dois anos depois, participou do Conclave que elegeu o jesuíta argentino Jorge Mario Bergoglio como o Papa Francisco. O Arcebispo de Aparecida recebeu a reportagem da Metrópole Magazine no belíssimo Seminário Missionário Bom Jesus, local histórico que já recebeu três Papas: João Paulo II, Bento XVI e Francisco.

O senhor tem uma relação próxima com o Papa Francisco. Isso pode facilitar a vinda dele a Aparecida em 2017, quando será comemorado o tricentenário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida? Conheci o Papa Francisco quando eu era presidente do Celam (Conselho Episcopal Latino Americano). O cardeal Bergoglio, como cardeal de Buenos Aires, também foi presidente da Conferência Episcopal argentina e isso permitiu que nós nos encontrássemos e tivemos contato em algum momento. Fiz o convite para ele vir a Aparecida e desejamos que ele venha. Ele disse que quer vir.

com as principais instituições de ensino da região, que complementou um especial sobre educação. A Metrópole Magazine espera continuar trazendo boas reportagens e contando boas histórias sobre assuntos relevantes para o leitor. Sua participação é fundamental para nos auxiliar nesta jornada. Participe, envie sua mensagem, crítica ou sugestão que a publicaremos aqui. Afinal, este espaço é seu, leitor.

Como estão os preparativos para a comemoração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida? Eu digo que a celebração do Jubileu dos 300 anos do encontro da imagem não consiste somente em celebrações e inaugurações. É fundamental que nós celebremos um acontecimento da nossa fé, isto é, da presença de Maria na história do Brasil, na história da Igreja no Brasil, desde o seu começo. Maria não é nosso objeto de adoração, não é objeto central da nossa fé, mas ela faz parte da nossa fé porque ocupou um lugar todo especial no plano da salvação de Deus para com a humanidade. Ela foi escolhida para ser a mãe do filho de Deus. Como mãe, ela deu humanidade a Jesus para que ele pudesse vir a nós, à nossa realidade, fazer parte da nossa vida e assim também nos salvar e mostra o caminho da salvação. Ela que nos conduziu ao seu filho Jesus

“...celebrar os 300 anos significa celebrar um acontecimento da nossa fé e aprofundar o significado da devoção a Maria na vida do cristão”

Cristo. A alegria de Maria, da mãe, é ver o seu filho mado, glorificado, e ver o seu filho imitado pelos seus discípulos, assim a seu exemplo, isto é, vivendo a mensagem do Evangelho, testemunhando essa mensagem na vida de cada um de nós. De modo que celebrar os 300 anos significa isso: celebrar um acontecimento da nossa fé e aprofundar o significado da devoção a Maria na vida do cristão. Como se trata dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição no rio Paraíba, em 1717, aprofundar também a mensagem que esse acontecimento providencial quer nos transmitir. Vivemos num mundo muito sofrido, marcado por conflitos em muitas partes, com muitas formas de discriminação, religiosa, racial, cultural e até mesmo da identidade sexual. Então, creio que a mensagem da reconciliação trazida pelo evento do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, e que foi traduzida na interpretação do Papa Francisco quando ele esteve no Brasil, continua muito válida. Estamos vivendo um período conturbado, com inúmeras denúncias de corrupção no Brasil. Que análise o senhor faz disso tudo? Eu acho que a corrupção sempre existiu e sempre existirá. Nós temos que criar mecanismos para impedir que a corrupção cresça, aumente e se torne uma cultura num determinado país. Eu creio que ela apareceu agora de uma maneira muito evidente, atingindo quase que todos os segmentos da nossa sociedade. Isso é lamentável. Nós desejamos que as nossas instituições se fortaleçam e que sejam

vigilantes e atentas no combate à corrupção. A Operação Lava Jato nesse sentido é aceita e reconhecida por todos os brasileiros. No fundo, a corrupção atinge os mais pobres e, de um modo geral, a vida do cidadão. O recurso público tem que ser bem gerido e administrado e voltado para as prioridades do nosso povo. Que avaliação o senhor faz do Sínodo da Família? O Sínodo foi muito positivo. Nós temos o resultado na exortação do Papa Francisco – A alegria do amor matrimonial. Lendo esse documento, com atenção, com calma, nós vamos ver os benefícios que esse Sínodo trouxe para a família. Eu diria que nós temos alguns critérios para ler esse documento. O primeiro critério é o da misericórdia: sermos misericordiosos com todos. O segundo critério é a integração: todos devem ser integrados na comunidade. Ninguém está excomungado da Igreja, seja qual for a situação que está vivendo. O terceiro critério é acompanhar, acolher. A pessoa se sente valorizada e encontra meios de participar da comunidade de diversas formas, mesmo que às vezes não chegue a uma participação plena no sentido de poder comungar na Eucaristia, mas há outros meios de participação

na comunidade. Tem que ter discernimento porque as situações são muito diversas, muito complicadas. Como diz o documento, você não pode aplicar uma lei geral, de uma maneira igual, para todo mundo. A lei geral é válida para todo mundo, mas a sua aplicação tem que ser caso a caso, tem as sua nuances, tem a sua história, as circunstâncias.

Daí a importância do acompanhamento, do discernimento, para poder ajudar as pessoas a viver em paz e alegria na sua vida matrimonial. Como é ser arcebispo de Aparecida, o maior templo mariano do mundo? É uma alegria muito grande, uma graça. Muitas vezes alguém pode pensar que é

Fé e política Excelente a entrevista com o arcebispo Dom Raymundo Damasceno. Em tempos sombrios como os que estamos vendo no Brasil, é bom ver uma figura isenta falando sobre o cenário político. Marcelo Faria, ilustrador

Prestação de serviços

Já os acompanhava pela revista, agora também pelo celular! Sucesso a toda equipe.

Adorei o Guia do Estudante publicado na última revista. Quem tem um filho em idade de vestibular sabe o quanto isso ajuda a escolher uma boa escola.

Wagner Rodolfo Miranda

Ana Paula Mendonça,

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Erramos Diferente do que foi publicado na edição de setembro, na reportagem “Ensino Integral”, a senhora Cibele Bernardi não é coordenadora pedagógica do Colégio Embraer e sim representante do Instituto Embraer. Envie email contendo: nome, idade e profissão para metropolemagazine@meon.com.br ou por correio para av. São João, 2375 - sl 2010 - Jardim das Colinas - São José dos Campos - SP - CEP: 12.242-000. Em função de espaço, as mensagens poderão ser resumidas.

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12 | Revista Metrópole – Edição 20

Aconteceu& O imbróglio da Lei de Zoneamento Divulgação/CMSJC

Setembro terminou e a novela da votação da nova Lei de Zoneamento de São José dos Campos continua. O projeto chegou à Câmara Municipal em outubro do ano passado e, desde então, passou por uma série de percalços entre ações judiciais e sucessivas manobras no próprio legislativo. A lei recebeu mais de 200 emendas ao longo do período e a reportagem do Meon acompanhou tudo de perto. O projeto está na pauta de votação mas foi adiado sucessivamente. Representantes de movimentos populares e moradores contrários à nova lei enviaram uma carta aberta ao prefeito e à Câmara pedindo a retirada e o indeferimento da proposta, mas o impasse continua. 

O Clone O Meon noticiou uma situação, no mínimo, inusitada, vivida por um policial militar de São José dos Campos. Durante um patrulhamento pela zona sul da cidade, o agente se deparou com um carro com a mesma placa do seu veículo particular.

Uma inspeção realizada pela EDP Bandeirante em 19 cidades da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) revelou uma verdade constrangedora: Taubaté e São José dos Campos são as cidades que mais roubam energia na região. Com as fraudes desfeitas, a distribuidora conseguiu recuperar 8.225MWh de energia – o bastante para abastecer uma cidade do tamanho de São Sebastião por um mês. O furto de energia é crime punido com reclusão de um a quatro anos e multa. “Os próprios clientes são lesados, já que a tarifa do consumidor abrange parte das perdas elétricas da distribuidora, e o custo da energia usada irregularmente é parcialmente repassado a todos os usuários regulares da rede”, explicou o Relações Institucionais da EDP, Marcos Scarpa, ao Meon. 

Divulgação

Campeões da fraude

Após a abordagem, os policiais foram até a casa do suspeito que confessou saber que o carro, que teria sido comprado por R$ 4 mil, era produto de um roubo realizado em Jacareí. Ele foi preso em flagrante. 


São José dos Campos, outubro de 2016 | 13

Volks de volta à ativa A unidade da Volkswagen em Taubaté retomou parcialmente a produção na segunda quinzena de setembro, após mais de 30 dias de paralisação. A montadora travou uma disputa judicial com a fábrica que fornecia os componentes utilizados nos veículos e, após a quebra de contrato, fechou parcerias com cerca de dez novas empresas.

O presidente da Volkswagen no Brasil, David Powels, disse que a montadora pretende acelerar a produção para mais de 100 mil carros entre os meses de outubro e novembro, para compensar o período paralisado. O Meon tem acompanhado a situação das indústrias na RMVale.  Fotos: Agência Brasil

Divulgação

Qualidade de vida De olho em Aparecida

No mês da canonização de Madre Teresa de Calcutá, Aparecida também esteve no foco do Vaticano. O Papa Francisco inaugurou um monumento que homenageia a Padroeira do Brasil e que integra um espaço dedicado à Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no Vaticano. A obra faz parte da comemoração pelos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora e foi projetada pelo artista Cláudio Pastro, que já fez diversas peças para o Santuário Nacional. Com a aproximação do tricentenário e o provável retorno do Pontífice ao Brasil no ano que vem, o governo do Estado e prefeituras municipais estudam a criação de uma “Rota da Luz” para os fiéis que peregrinam até Aparecida. 

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14 | Revista Metrópole – Edição 20

Frases&

Agente da Guarda Civil Metropolitana sobre o assassinato em serviço do colega Ricardo da Silva Camargo

Arte marcial significa disciplina, respeito e perseverança. Acho que é por isso que ainda pratico o esporte apesar de todas as dificuldades Lucas Balbinot, atleta joseense de Taekwondo. Ele banca suas competições vendendo trufas na cidade

Jéssica Lemes

Ele era uma pessoa do bem, trabalhador honesto e pai de família. Estava sempre muito bem humorado e era querido por todos

São José é a capital tecnológica do país, é o nosso Vale do Silício. Uma das maneiras do Brasil sair dessa crise é exportando produtos de alta tecnologia, como já exporta a partir da cidade Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda, durante o evento São José 2030

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A Sabesp comete erros, reconhecemos nossos problemas. Não tem como consumir esta água. Fernando Lourenço, superintendente da Sabesp, em reunião com vereadores sobre a qualidade da água em Taubaté


Lula é o comandante máximo do esquema de corrupção

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São José dos Campos, outubro de 2016 | 15

Deltan Dallagnol, coordenador da forçatarefa da Operação Lava Jato

Não reconheço excesso. A Polícia Militar seguiu o protocolo

Coronel Dimitrius Fyskaytoris, sobre acusações de uso excessivo da força em manifestação que deixou adolescente de 19 anos cega

A gente adorou o resultado! O vestido tomou muita vida, são 4 metros de cauda e para a gravação foram utilizados muitos ventiladores para movimentar e o efeito ficou muito legal

Carolina Barbosa, estilista, sobre sua criação para o filme de lançamento do Oscar Fashion Days

Arquivo pessoal


16 | Revista Metrópole – Edição 20

ENTREVISTA

Vitórias e derrotas

Após a medalha de ouro Wallace quer ser campeão com o Taubaté Marcio Moura TAUBATÉ

A

revista Metrópole Magazine foi até a Arena Abaeté, em Taubaté, e conversou com Wallace Souza, campeão olímpico de vôlei. Ele falou sobre seus planos, trajetória e expectativas após a conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Wallace foi considerado um dos melhores jogadores em sua posição (oposto) nas Olimpíadas 2016 e é um dos principais nomes da seleção brasileira na atualidade. Durante quase uma hora, batemos um papo com o jogador sobre esporte, vida e a carreira do atleta, conhecido por sua destreza e precisão. Wallace faz

“Essa é a realidade em nosso país, podemos ter a certeza disso ao assistir programas esportivos. Só se fala em futebol. Esperamos que sim, que as coisas mudem, mas todas as demais modalidades são muito pouco difundidas entre os brasileiros. ”

jus tanto ao título de melhor jogador quanto a fama de herói das quadras. Fale-nos um pouco sobre sua trajetória no vôlei Eu comecei a jogar no “infanto” em 2004 e permaneci até 2005. Depois disso, fiz a peneira no Banespa em 2006, já para o juvenil, e neste mesmo ano entrei para a equipe adulta do clube de São Bernardo do Campo. Em 2007 recebi minha primeira convocação para a seleção brasileira juvenil. Disputamos o campeonato mundial e fomos campeões. Nos anos seguintes passei por outros clubes, como o Vôlei Futuro e o Sada Cruzeiro, onde fiquei sete temporadas e ganhei a minha primeira Superliga, conquistando os títulos pela equipe até o tetra campeonato. Em 2013 e 20015 fui campeão mundial de clubes, e agora sigo em novos desafios pelo Funvic Taubaté. Você é de uma geração de grandes nomes do vôlei nacional. Quem é a sua inspiração? Quais nomes te motivam? Por incrível que pareça, eu nunca fui muito ligado em esportes antes de entrar para o vôlei, nem assistia direito, para ser bem sincero. Comecei a jogar na escola e ali o meu interesse foi aumentando e as coisas acontecendo, mas dos grandes nomes do vôlei o Serginho é com quem eu mais me identifico, por sua história e trajetória semelhantes à minha no vôlei, origem humilde, tudo. É um cara que me inspirou e mostrou que, se você trabalhar com vontade e dedicação, você chega lá. Ao longo de três gerações a Seleção Brasileira de vôlei conquistou o respeito internacional. Você sente essa pressão em defender o nome do vôlei

brasileiro no cenário mundial? Eu não acho difícil lidar com essa pressão. Eu não sinto essa carga como muitas pessoas falam e, como exemplo, posso citar o fato das pessoas falarem sobre a pressão de se jogar uma Olimpíada no Brasil. Eu não senti essa pressão e a obrigação de ganhar por ser no meu país. Muitas seleções que disputaram o título tinham condições de levar o ouro. Não éramos os favoritos. Eu não entrei com essa pressão e sempre coloquei na cabeça não entrar nessa “pilha” pois ela só atrapalha. Sobre os Jogos Olímpicos. Você acredita que na prática essa edição dos jogos trará benefícios para a modalidade? Não apenas para o vôlei, mas para tantos outros esportes eu espero que sim, que alavanque todas as modalidades em um país que é estritamente vivido pelo futebol. Essa é a realidade em nosso país, podemos ter a certeza disso ao assistir programas esportivos. Só se fala em futebol. Esperamos que sim, que as coisas mudem, mas todas as demais modalidades são muito pouco difundidas entre os brasileiros. A seleção conquistou o ouro olímpico e você foi eleito o melhor jogador em sua posição. Como é ter esse reconhecimento ? Eu acho muito legal tudo que está acontecendo e todos que acompanharam nossa trajetória nesse ciclo olímpico, esses últimos quatro anos, sabem que muitas críticas aconteceram. Pessoas que diziam que a seleção sempre chegava na final e era derrotada. Se você for comparar com a geração passada, essa geração


São José dos Campos, outubro de 2016 | 17

não chegava já encarando uma final e ganhando tudo. Claro que a geração que antecede a minha ganhou todos os títulos possíveis e, claro, a pressão que a seleção carrega vem muito disso. Mas hoje a realidade é outra. O reconhecimento é muito bom, fico feliz, e tudo passa pelo time todo, somos uma equipe, sem demagogia. Eu falo de coração aberto, é um conjunto de fatores e todos contribuem para esse reconhecimento. Como é o tratamento da mídia com vocês, jogadores e campeões olímpicos? Eu tenho um ótimo relacionamento com a mídia, mas da mesma forma que ela te coloca lá em cima ela pode te derrubar. Eu nunca me iludi com nada. Quando acabou a Olimpíada eu fiz um comentário dizendo que depois que perdemos o Mundial as pessoas não acreditavam no nosso time. Perdemos na estréia e essa mesma mídia nos desacreditou. Fomos passando, vitória por vitória, e são essas coisas que nos fazem pensar. Fazemos nosso trabalho da melhor forma mas nem sempre somos compreendidos.

todos os títulos no esporte. A única conclusão que chego é que o vôlei é a sua vida. Ele curte muito o que faz e isso transparece em tudo o que ele toca. Qual a sua impressão sobre a cidade de Taubaté, região do Vale do Paraíba e suas expectativas nessa nova fase da sua carreira agora no Funvic Taubaté? A cidade é bem tranquila, muito próxima de São Paulo o que é muito importante para mim. Tenho sido muito bem recepcionado pelo público taubateano e sinto o carinho das pessoas que têm me acolhido muito bem. Por onde passo sempre tem uma pessoa com gestos de carinho, gritando meu nome, conversando comigo. A impressão da

região tem sido ótima. Sobre os meus objetivos eles são bem claros: o que eu disputar vou correr atrás para vencer e vou tentar ajudar a equipe da melhor maneira possível, com foco no Paulista, na conquista de uma liga inédita para o time. Eu vim para ajudar e espero conseguir por em prática o que vim fazer. A Superliga tem apenas quatro times lutando pelo título, quando apresenta cerca de doze equipes. Isso é reflexo de uma estrutura precária do esporte brasileiro. O que você tem a dizer sobre isso? Voltamos para aquela velha história. Acabaram as Olimpíadas e as pessoas se esquecem

Em relação ao técnico Bernardinho. O que você tem a dizer sobre a trajetória dele e o reconhecimento na seleção brasileira de vôlei? Para mim é o cara que tem a estrela. Ele está sempre presente, tem o respeito de todos por sua trajetória. Eu não sei o que passa na cabeça dele. Um cara que precisa renunciar a tantas coisas e já ganhou

Foto: Niel Nié / Meon

Falando em derrotas, após a prata de 2012, qual o sentimento ficou? Isso te motivou? Sim, com certeza. De lá para cá, ficamos eu e mais três jogadores da edição dos Jogos Olímpicos de Londres e eu não queria ter que sentir tudo aquilo novamente. Fiquei mal, mas era uma medalha olímpica e foquei nisso, mas senti o gostinho do “quero mais”. Todos nos dedicamos, nos ajudamos e saímos dessa competição com o título.


18 | Revista Metrópole – Edição 20

Foto: Niel Nié / Meon

“A visibilidade do vôlei masculino, infelizmente, é muito pequena e isso faz com que os patrocinadores não cheguem até os times. Se a Superliga aparecesse mais, com certeza o vôlei viveria uma outra realidade” que o esporte precisa de apoio, incentivo, e é muito complicada a situação do vôlei no Brasil. A visibilidade do vôlei masculino, infelizmente, é muito pequena e isso faz com que os patrocinadores não cheguem até os times. Se a Superliga aparecesse mais, com certeza o vôlei viveria uma outra realidade. Já deu tempo para você colocar a cabeça no lugar e começar a pensar em Tóquio 2020? Em quatro anos muita coisa pode acontecer. Muitos atletas novos podem aparecer para surpreender. Nesse tempo, eu vou buscar manter meu nível técnico e tático dentro de quadra para estar bem na seleção brasileira. Ainda não sabemos como seguirá a próxima temporada mas eu chego bem cansado nesse momento e preciso me concentrar para estar bem física e emocionalmente para contribuir com o meu melhor. O meu trabalho fala por si, as pessoas sabem como eu me dedico e é isso que seguirei fazendo: o meu melhor. 

Wallace foi considerado um dos melhores jogadores das Olimpíadas Rio 2016 e é um dos principais nomes da seleção brasileira na atualidade



20 | Revista Metrópole – Edição 20

NOTÍCIAS POLÍTICA

PSDB reconquista São José e Jacareí

Com prefeitos em treze cidades, tucanos ainda podem ganhar Taubaté Eduardo Pandeló RMVALE

F

elicio Ramuth (PSDB) foi eleito, em 1º turno, o novo prefeito de São José dos Campos com 219.511 votos, (62,22%). O prefeito Carlinhos Almeida (PT), que tentava a reeleição, ficou em segundo, com 76.327 (21,63%). O PSDB retorna à gestão da prefeitura após quatro anos. Ramuth assume a administração no dia 1º de janeiro de 2017. Logo após a confirmação da vitória, Felício comentou o resultado das urnas. “Recebi como uma ótima notícia e

agora aumenta ainda mais a responsabilidade. Não me sinto um vencedor, mas um merecedor desses votos”. Ele afirmou que investirá na área social. “Vai ser uma grande oportunidade para nós. Já estamos pensando no dia seguinte e temos que iniciar de forma mais rápida”. Felicio disse que a saúde será a prioridade nos próximos quatro anos. “A prioridade é a questão da saúde, que piorou muito. Vamos mobilizar e oferecer uma saúde mais digna. Não é um trabalho do dia pra noite, mas faremos todos os esforços”, destaca. O ex-prefeito de São José, Emanuel Fernandes, analisou de forma positiva os votos na cidade. “Temos 16 anos de trabalhos prestados e um ótimo candidato. Ele será um ótimo prefeito e está preparado. A população viu que ele é desse jeito” disse. “Esperamos fazer o máximo e não nos surpreendeu. Tivemos um belo trabalho. A esperança em São José pode retornar”, acrescentou.

O PT teve nestas eleições seu pior resultado em 20 anos Depois de conquistar a prefeitura de nove cidades nas eleições municipais de 2012, o Partido dos Trabalhadores perdeu em todas as 39 cidades da RMVale e Litoral Norte. Pior do que isso, o partido não conseguiu manter o comando de São José dos Campos com uma derrota fragorosa em primeiro turno para o PSDB e de quebra perdeu Jacareí depois de dezesseis anos governando a cidade.

“Não me sinto um vencedor, mas um merecedor” Felicio Ramuth, prefeito eleito em São José dos Campos.


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A pressão causada pela crise política nacional, que culminou com o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef e a prisão de muitos de seus líderes na Operação Lava Jato, influenciou e muito as eleições municipais. Mais da metade dos prefeitos eleitos em 2012 pelo Partido dos Trabalhadores (PT) na região deixaram a legenda. No período de um ano, desde o início da crise, seis dos nove eleitos pela sigla deixaram o PT e migraram para outros partidos. Só permaneceram o prefeito de São José, Carlinhos Almeida; de Jacareí, Hamilton Mota; de Ubatuba, Maurício Moromizato, e os três foram derrotados. Agora em 2016, o petismo conquistou só uma capital no primeiro turno, Rio Branco no Acre. O partido passou ao segundo turno apenas em mais uma, Recife (PE). Com seus três últimos tesoureiros presos e seu principal líder, o ex-presidente Lula, ameaçado pela Justiça, o partido sofreu nas urnas uma derrota histórica. Se o resultado não chega a surpreender, foi uma grande decepção para as lideranças da região que esperavam ao menos disputar o segundo turno em São José dos Campos.

Cidades por partido

Novos ninhos tucanos Já o PSDB foi o grande vencedor das eleições municipais na RMVale em 2016. Não só manteve a liderança partidária na região ao conquistar 13 prefeituras como ainda recuperou São José dos Campos com Felicio Ramuth e Jacareí com Izaias Santana. Porém o partido perdeu em Caçapava e Caraguatatuba, e ainda espera resolver a situação de Taubaté, onde reelegeu em primeiro turno Ortiz Jr, mas aguarda a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que não contabilizou seus votos. Neste ano, os tucanos elegeram os prefeitos de Bananal, Campos do Jordão, Canas, Igaratá, Jacareí, Lorena, Paraibuna, Queluz, Santa Branca, São José dos Campos, São Sebastião, Silveiras e São Luiz do Paraitinga. Já o PMDB e o PSB, aliados do PSDB em várias cidades, foram os partidos que mais cresceram. Cada um conquistou cinco prefeituras: Aparecida, Caraguatatuba, Ilhabela, Lagoinha e São José do Barreiro são do PMDB, já Cunha, Guaratinguetá, Monteiro Lobato, Piquete e Tremembé serão comandados pelo PSB. Outros três partidos também saíram fortalecidos das urnas na região PR, SD e PSD elegeram três prefeitos cada um. (veja quadro).

Fonte: TSE

0,36%

1.255 votos

Luiz Carlos - PEN

1,24%

4.384 votos

Toninho Ferreira - PSTU

62.22%

votos

8.581

Claude Moura - PV

12,12%

42.755 votos

Shakespeare Carvaho - PRB

21,63%

76.327 votos

Carlinhos Almeida - PT

62.22%

219.511 votos

Felicio Ramuth - PSDB

São José dos Campos

PMDB SD DEM PSDB PV PR PSB PTB PPS PSD

1. Aparecida 2. Caraguatatuba 3. Ilhabela 4. Lagoinha 5. São José do Barreiro 1. Arapeí 2. Cruzeiro 3. Jambeiro 1. Areias 1. Bananal 2. Campos do Jordão 3. Canas 4. Igaratá 5. Jacareí 6. Lorena 7. Paraibuna 8. Queluz 9. Santa Branca 10. São José dos Campos 11. São Sebastião 12. Silveiras 13. São Luís do Paraitinga 1. Caçapava 2. São Bento do Sapucaí 1. Cachoeira Paulista 2. Pindamonhangaba 3. Potim 1. Cunha 2. Guaratinguetá 3. Monteiro Lobato 4. Piquete 5. Tremembé 1. Lavrinhas 2. Redenção da serra 1. Natividade da serra 1. Roseira 2. Santo Antônio do Pinhal 3. Ubatuba


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Ortiz Júnior - PSDB * Joaquim Aristeu Boca - PSOL

0 votos 0%

1,83% 1,21%

1.339 votos

Donizeti Lousada - PSDC

2,04%

1.496 votos

3,08%

Vera Saba - PMB

votos

2.259

Prof Silvio Prado - PSOL

11,50%

8.426 votos

Isaac do Carmo - PT

32,14%

23.742 votos

49,14%

José Saud - PMDB

36.006 votos

Pollyana Gama - PPS

Taubaté

Fonte: TSE *O candidato não teve seus votos validados devido à sua situação jurídica

9,26%

Pedro Motta - PTB

4,74%

Adilson Oliveira - PSOL

471 votos 0,42%

10.2889 votos 1.539 votos

1.344 votos

12,64%

Maurício Haka - DEM

10,59%

Reginaldo Cruz - SD

14.044 3.439

votos

14,52%

16.128 votos 3.904 votos

Emerson Goulart - PSD

Edinho Guedes - PR Dr Jairo - PTB

12,02%

19,08% 29,52%

Cesar Nascimento - PSC

21.200 votos 9.586 votos

42,56%

Ana Abreu - PSB

47.286 votos

Jacareí Izaias Santana - PSDB

Fonte: TSE

Veja no portal Meon os prefeitos eleitos nas 39 cidades da RMVale.

1,84% Vilela - PSD * 0 votos 0%

votos

Fonte: TSE * O candidato não teve seus votos validados devido à sua situação jurídica

599 votos

41,29%

Henrique Rinco - PSDB

Caçapava

13.411 votos

A eleição para prefeito de Taubaté está suspensa. Mesmo com 100% das urnas apuradas, o resultado oficial foi suspenso pela Justiça Eleitoral até que o recurso de Ortiz Junior (PSDB), que tem a candidatura indeferida, seja julgado. Ortiz recebeu 74.589 votos, mas eles não foram considerados válidos. Dessa forma, Pollyana Gama (PPS) foi a mais votada com 36.006 (49%). Em seguida, aparece Saud (PMDB), com 23.742 -(32,4%). O juiz eleitoral Paulo Roberto da Silva informou que a eleição pode ter apenas um turno ou um novo pleito. “Na soma geral, o candidato Ortiz Jr. ultrapassa os demais candidatos, mas os votos dele não aparecem na divulgação porque estão sub judice. Teremos apenas um turno para eleição do prefeito ou nova eleição. A junta voltará a se reunir em 1° de novembro após todos os recursos definidos. Mesmo com os resultados, teremos nova eleição ou a eleição de Ortiz. Vai depender dos recursos”. Pollyana Gama comentou a votação. “Nosso jurídico está organizando um recurso para obter o 2º turno. Porque se tiver novas eleições é injusto, já que tivemos esse problema durante a campanha e na eleição. Agora nós estamos em comemoração, pois fizemos quatro vereadores e eu ainda tive 49% dos votos válidos. Caso venha ocorrer uma nova eleição, mantemos o nosso trabalho com uma campanha limpa, apresentando propostas viáveis para a cidade”, disse.

Fernando Diniz - PV

Taubaté na expectativa


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Jacareí Depois de dezesseis anos sob o comando do Partido dos Trabalhadores, o advogado e professor universitário Izaias Santana (PSDB) foi eleito prefeito de Jacareí com 42,56% dos votos válidos, que representam 47.286 votos. Izaias atribuiu sua vitória ao trabalho desempenhado por seu grupo político durante os últimos quatro anos na cidade. Segundo ele, foi dessa maneira que eles conseguiram criar um grupo sólido e forte para concorrer às eleições municipais deste ano na cidade. “É um processo que começou em 2012. Montamos um grupo bom de lá pra cá. Tivemos a chegada de novos partidos, conseguimos montar três chapas de vereadores excelentes e fomos felizes com a escolha do vice. Conseguimos pacificar o grupo, criar um ambiente de harmonia e de confiança. O resto é trabalho, aquilo que a gente sempre defendeu. Uma

Caraguatatuba

Aguilar Júnior (PMDB) 25.138 votos 42,50% Gilson Mendes (PSDB) 25.101 votos 42,44% Dr José Ernesto (SD) 5.245 votos 8,87% Nivaldo Alves (PR) 2.237 votos 3,78% Alvaro Alencar Trindade (PPL) 1.027 votos 1,74% Thifany Feliz (PSOL) 394 votos 0,67%

Ubatuba

Sato (PSD) 14.243 votos 36,41% Sérgio Caribé (PMDB) 6.695 votos 17,11% Eduardo Cesar (PSDB) 6.634 votos 16,96% Flavia Pascoal (PSB) 6.563 votos 16,78% Mauricio Moromizato (PT) 4.820 votos 12,32% Vicente Malta Pagliuso (PSOL) 164 votos 0,42% Paulo Ramos (PTB) 0 votos * * O candidato não teve seus votos validados devido à sua situação jurídica

São Sebastião

“Uma campanha se faz de projetos...” Izaias Santana, prefeito eleito em Jacareí.

Felipe Augusto (PSDB) 19.924 votos 84,20% Marcos Fuly (PTB) 2.842 votos 11,87% PH (PDT) 1.182 votos 4,94% Dr Juan (PMDB) 0 votos * Wagner Teixeira (PP) 0 votos * * Os candidatos não tiveram seus votos validados devido à sua situação jurídica

campanha se faz de projetos, pessoas e ambiente que favoreça a divulgação desse projeto e fomos felizes nesse conjunto”, comentou. Para Izaias, foi possível sentir o povo jacareiense ansioso por uma mudança e confiando no projeto e em seu plano de governo. “A gente tinha certeza que era só não errar. Tinha o problema de ter muitos candidatos. Mas o que a gente percebeu é que o que vale é o trabalho feito durante quatro anos. Que coisas de ultima hora têm um limite. A gente vê que tem vários candidatos que tentaram articular a candidatura de última hora e ficaram abaixo de 20%, pois não tem trabalho consolidado”, disse.

Futuro A nova distribuição de forças na RMVale reflete apenas uma característica da política partidária no Brasil. Muitos dos prefeitos eleitos na região apenas mudaram de partido, poucos surgiram como novas lideranças e outros apenas formaram coligações para que de uma maneira ou de outra continuem no poder. Mas sem dúvida o PT terminará o ano de 2016 como o grande derrotado e terá que se reinventar em 2017. O quanto tudo isso influenciará no futuro dos partidos e na melhoria da qualidade de vida para a população ainda é incerto. O certo é que o resultado das eleições municipais refletiu o descontentamento com os rumos da política no âmbito nacional. 


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NOTÍCIAS ECONOMIA

Liberdade e mobilidade para os cadeirantes

Projeto de mestrado vira produto de sucesso e é até exportado Foto: Divulgação

Projeto do Kit Livre, um sistema que transforma uma cadeira de rodas normal num triciclo elétrico

Henrique Macedo RMVALE

O

engenheiro Júlio Alves conseguiu unir o espírito empreendedor a uma boa causa. Júlio trabalhava na empresa de empilhadeiras da família, mas não via muito propósito naquilo. “Quando eu fiz a graduação em engenharia mecatrônica, apresentei um trabalho direcionado ao público cadeirante: uma cadeira de rodas automatizada para subir escadas”.

A partir desse primeiro projeto, ele se interessou em continuar trabalhando e pesquisando na área de tecnologia assistiva. O projeto do Kit Livre, um sistema que transforma uma cadeira de rodas normal num triciclo elétrico, surgiu em 2011 quando Júlio fez a tese de mestrado naUnesp de Guaratinguetá. O resultado foi um protótipo e um depósito de pedido de patente. “Desde o início foi mais a questão de poder fazer algo que unisse o prazer que eu tenho de fazer o projeto e a necessidade de um certo público”, disse.

Em 2014, Júlio participou de um concurso do banco Santander na área de empreendedorismo, concorrendo com outros 21 mil projetos. O Kit Livre foi um dos escolhidos e ganhou um aporte de R$ 100 mil. Ao lado do irmão gêmeo Lúcio e do amigo de infância Eduardo, montou a empresa para fabricar os kits. “Com esse dinheiro, nós fizemos a construção do primeiro lote do Kit Livre e participamos de uma feira do setor em São Paulo, em 2015. Na feira nós já fechamos algumas parcerias comerciais para vender o kit em outros Estados. A partir de junho de 2015, nós começamos



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Foto: Divulgação

Ariosvaldo da Silva comprou kits para ele e para esposa, e ainda adaptou uma cadeirinha para o filho

a entregar os produtos. Até junho deste ano já entregamos 200 kits no Brasil, em 18 Estados. Também já enviamos para a Austrália, Alemanha e Estados Unidos”.

Retorno

Júlio fala com entusiasmo dos resultados que a empresa tem conseguido, não apenas na área comercial. “O retorno é gratificante porque quando a gente entrega o kit, a transformação na vida da pessoa é imediata, tanto na vida dela quanto nas pessoas que estão no seu convívio. Porque o cadeirante, muitas vezes, depende de outras pessoas para

auxiliar em algumas atividades. Com o Kit, o próprio cadeirante pode acoplar e desacoplar a cadeira. Então, a facilidade e a mobilidade do dia a dia aumentam bastante”.

Família unida

O comerciante e paratleta Ariosvaldo da Silva é cadeirante desde criança. Ele mora com a família em Brasília e ficou sabendo do Kit Livre por amigos. Comprou um para ele e outro para a esposa, também cadeirante. “Eu fiquei sabendo que tinha esse equipamento importado e sempre quis comprar um.

Aí alguns amigos me falaram que estavam fabricando no Brasil. É bem prático, gostei muito. Facilitou bastante, os compromissos que a gente tem perto de casa dá pra fazer legal”, disse. Para passear com a família, Ariosvaldo projetou e construiu uma cadeirinha onde costuma levar um dos filhos. “Eu tenho carro, mas o kit é muito econômico e ágil, a gente consegue fazer as coisas muito rápido. O grande lance é que a gente não fica dependente dele. Depois de usar, você desacopla da cadeira de rodas e fica livre”, comemora. 


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NOTÍCIAS CURIOSIDADE

O Doutor raios

Como o raio entrou na vida de um pesquisador do INPE e virou objeto de estudo e trabalho Foto: Pedro Ivo Prates / Meon

Engenheiro elétrico e pesquisador Osmar Pinto Jr: pioneirismo que lhe valeu o apelido

Henrique Macedo SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

H

á milhares de anos os raios assombram e encantam a humanidade. Os trovões e relâmpagos – que tem Zeus, deus do Olimpo, como senhor dos fenômenos atmosféricos – carregam mistérios e mitos e são parte da cultura de muitos povos. Campeão mundial na incidência de descargas elétricas, o Brasil recebe anualmente 50 milhões de raios que causam, em média, 130 mortes e deixam cerca de 500 feridos. Muitas delas poderiam ser evitadas. É o que explica o engenheiro elétrico e pesquisador Osmar Pinto Jr. Um dos pioneiros no estudo deste

fenômeno, o pesquisador fundou o ELAT (Grupo de Eletricidade Atmosférica), do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em São José dos Campos. “O nosso primeiro levantamento sobre raios, feito em 2010, já mostrava que em 80% das mortes as circunstâncias poderiam ser evitadas. Algumas delas absurdas, como o caso de uma pessoa que, durante uma tempestade com raios em São José, estava indo para a casa de ônibus, desceu num ponto e atravessou um terreno descampado. Foi atingida por um raio e morreu. Era só esperar um pouco e nada disso teria acontecido”, explica. Osmar fala com paixão sobre seu objeto de estudo. “Fundei o Grupo de Eletricidade Atmosférica do INPE, em São José dos Campos, em 1979. Na época

não havia ainda pesquisa sobre raios no Brasil. Ao longo desses quase 40 anos, nós fomos avançando. Os raios têm causado muitos danos, prejuízos e mortes no Brasil, coisas que nunca haviam sido quantificadas e avaliadas. Nós fomos utilizando equipamentos para a observação e detecção de raios, fomos sofisticando. Hoje o Brasil é um dos líderes na pesquisa sobre raios, ao lado de Estados Unidos e China. Temos no ELAT cerca de 30 pessoas trabalhando, entre pesquisadores, técnicos, engenheiros e estudantes”. Para levar essa informação ao grande público e prevenir acidentes que podem ser evitados, o pesquisador tem o auxílio da jornalista Iara Cardoso, que também é sua filha. Ela é responsável pela série “O País dos Raios” que foi exibida no programa Fantástico, da Rede Globo, pelo documentário “Fragmentos de Paixão” que ganhou as telas da rede Cinemark e por um livro (“Brasil: que raio de história”), que acaba de ser lançado. Sempre em parceria com o pai, Iara acabou se dedicando ao estudo do fenômeno. “O livro foi muito importante porque deu início a tudo. Era um manuscrito, um material que não foi editado, mas esse levantamento histórico é que deu origem ao documentário, à série. A primeira informação que eu identifiquei quando cheguei ao ELAT, há seis anos, foi a questão do número de mortes. Não tínhamos nenhum levantamento. A imprensa nos procurava querendo saber quantas mortes ocorreram no ano e percebemos a importância de termos esses dados disponíveis. Porque se você conseguir a informação de que circunstância a pessoa morreu, isso começa a gerar uma divulgação mais particular para o Brasil, porque até então usávamos regras de proteção dos Estados Unidos, nem sempre


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válidas para a realidade do nosso país”. Osmar relembra como ocorreram as primeiras pesquisas para a elaboração do livro. “Tivemos a curiosidade de fazer um levantamento sobre o raio na história do Brasil e começamos a pesquisar. Como é que o índio que estava aqui em 1500 encarava o fenômeno? E os portugueses, como enxergavam os raios? Naquela época o que acontecia? O raio era um problema para as naus que atravessavam o Atlântico? Os escravos que eram trazidos da África trouxeram sua cultura, como viam os raios? Dom João VI, que começou um país um pouco mais civilizado, tinha muito medo de raio, dizem que se escondia debaixo da cama durante as tempestades. E a maioria dessas histórias ninguém conhece. Algumas delas fomos buscar nos Estados Unidos, em bibliotecas de Washington. Por exemplo, descobrimos que em Santos, em 1923, seis pessoas morreram atingidas por um único raio, o que é muito raro”. O pesquisador observa que as mudanças climáticas, alta densidade urbana e até a poluição podem ter influência na incidência de raios em determinadas áreas. “Na região, São José dos Campos está crescendo e praticamente se juntando a Jacareí e Caçapava, numa grande metrópole, e temos percebido uma maior incidência de tempestades e raios. Em janeiro de 2015 São José dos Campos teve uma

tempestade com mais de mil raios, fato inédito desde que começamos a registrar os fenômenos em 1998. Ao se tirar a vegetação e com esse adensamento, com muitos prédios, asfalto, isso acaba criando ilhas de calor, um aumento de temperatura na cidade em relação à vizinhança. Outro fator importante da urbanização também é a poluição, principalmente dos automóveis, que injeta partículas na atmosfera. Essas partículas facilitam que o vapor d’água vire água, a água vira gelo e forma as tempestades. Isso tudo está gerando mudanças drásticas”, alerta. Para Osmar Pinto, ainda há muito a ser feito. As pesquisas não param e a divulgação é fundamental para evitar mortes e prejuízos econômicos. “Num levantamento de 2015 tivemos uma informação muito interessante. Entre 2000 e 2010 havia 130 mortes, em média, por raio no Brasil. Entre 2010 e 2015 o número caiu para 110. Nós atribuímos isso ao conhecimento por parte das pessoas das nossas iniciativas como o filme, a série na TV e o livro. Mas temos muito trabalho pela frente ainda em divulgar essas informações. Nos Estados Unidos, por exemplo, ocorrem 20 mortes ao ano por raios. Então temos muito por fazer para diminuir essa estatística de 110 mortes ao ano, porque muitas dessas fatalidades poderiam ser evitadas”.  Foto: Gustavo Bolson Maia

Curiosidades

- Dom Pedro II criou o Observatório Nacional (na época, Imperial), que ficava no Morro do Castelo, onde hoje está o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Em 1850, ele fez com que o Observatório passasse a registrar o número de dias de tempestade na cidade. Na época, um funcionário marcava num caderno quando ouvia um trovão; - O primeiro registro de raio no Brasil foi feito por Henrique Morize no final do século XIX. Ele era um engenheiro francês que havia se naturalizado brasileiro. Dirigiu o Observatório Nacional de 1908 a 1929; - Desde 2011, o INPE opera uma rede capaz de detectar as descargas intra-nuvens, raios que ocorrem dentro das nuvens. Isso é importante para monitorar os ventos que ocorrem nessas nuvens, rajadas muito fortes que podem causar grandes danos à população; - Os índios acreditavam que um raio não caía duas vezes em um único lugar. Por conta desta crença, toda vez que um raio atingia uma árvore eles retiravam um pedaço do tronco danificado pelo raio e usavam-no como adorno em um colar, acreditando que isso faria o raio não cair sobre eles; - No Cristo Redentor caem de quatro a cinco raios por ano. - A região Sudeste lidera a lista de mortes por raios no Brasil, com 26%, seguida da região Norte, com 21%; - O setor agropecuário é o maior causador de mortes por raios no Brasil, com 25%. Isso se deve ao fato de o trabalho ser a céu aberto, na maioria das vezes. “Dentro de casa” está em segundo lugar na causa das mortes, com 19%, seguido de transporte, com 11%, e embaixo de árvore e campo de futebol, com 8%; - Quanto aos municípios, São Paulo lidera o ranking de número de mortes, com 26%, seguido por: Manaus, 22%, Campo Grande, 11% e São Luís, com 10%; Fonte: ELAT/INPE


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NOTÍCIAS EDUCAÇÃO Fotos: Fernando Noronha

Mais de 38% dos professores da rede pública do Brasil dão aulas em disciplinas em que não são formados.

Mesmo enfrentando dificuldades a maioria dos profissionais não abandonam as salas de aula por amor à profissão Idelter Xavier PINDAMONHANGABA

T

odas as profissões têm a sua devida importância, mas uma delas, especificamente, se destaca por ser essencial para a existência de quase todas as outras: a profissão professor. Porém, não é novidade para ninguém as dificuldades que o profissional de educação enfrenta em nosso país, tendo em vista as más condições das escolas públicas, a baixa remuneração, as classes superlotadas, entre muitos outros problemas. Em meio a tantos obstáculos

encontrados pelo caminho, muitos jovens com o dom para lecionar estão optando por seguir outras carreiras, com melhores salários e condições de trabalho. Isso reflete diretamente no ensino de nosso país, aumentando o número de professores que dão aula em disciplinas em que não são formados. De acordo com os dados do Censo Escolar 2015, divulgado pelo MEC (Ministério da Educação) em março deste ano, a rede pública brasileira conta com 518.313 professores. Destes professores, 200.816 dão aulas em disciplinas em que não são formados, o que equivale a 38,7% do total de profissionais. Existem também os

casos em que o professor dá aula em mais de uma disciplina em que não tem formação, aumentando para 374.829 o número de docentes que dão aulas sem a formação adequada. Esse número equivale a 52,8% do total das 709.546 posições ocupadas por professores no Brasil. Em relação aos docentes com a formação ideal, ou seja, os que possuem licenciatura ou bacharelado com complementação pedagógica na mesma disciplina que dão aulas, o número de posições ocupadas é de 334.717, o que equivale a 47,2% do total. Também existem casos, que são minoria, de professores que não possuem nenhuma formação superior, ocupando



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Professora Mariani em sua sala de aula, na rede pública de Pindamonhangaba. 90.204 posições, ou 12,7% do total de profissionais. Analisando separadamente por matérias, biologia é a que possui os melhores índices de professores com formação adequada, com 78,4%, acompanhada de química, com 53,7%, ciências, com 40,1%, história, com 39,9% e geografia com 37,7%. A pior situação se encontra em física, que conta com 19.161 professores sem especialização, de um total de 27.886, o que corresponde a 68.7% do total. Além disso, o mesmo problema afeta as duas principais disciplinas para a formação dos alunos: língua portuguesa e matemática. Dos 142.749 professores de matemática, 73.251 não possuem a formação específica para ministrar as aulas, que é equivalente a 51,3%. Já em língua portuguesa, dos 161.568 professores em atividade, 67.886 não têm a formação adequada, ou seja, 42% do total. Vale ressaltar que essas são as duas matérias cobradas nos sistemas de avaliações nacionais e internacionais, como o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), utilizado para medir o nível de qualidade da educação em nosso país.

Por amor Mas mesmo enfrentando diversas dificuldades, e muitas vezes ministrando aulas sem possuir a formação adequada, existem pessoas que escolheram a profissão por puro amor às salas de

“Com toda certeza, a época em que mais me emocionei foi quando trabalhei no EJA” Cristina Suely Bonfim PROFESSORA

aula. Este é o caso da Mariani Monteiro de Campos, de 39 anos, que dá aula desde muito jovem, em Pindamonhangaba. “Decidi que queria ser professora ainda muito jovem, depois de uma infância já abraçada por este desejo de ensinar. Após concluir o antigo primeiro grau, hoje Ensino Fundamental, aos 14 anos, comecei a cursar o magistério, no qual durante quatro anos aprendi muito, desde a base teórica até a prática com estágios. No último ano do curso, com 17 para 18 anos, já comecei a trabalhar na área da educação como auxiliar de professor numa escola privada”, afirma a professora. Atualmente, Mariani leciona todas as disciplinas do Ensino Fundamental I para seus alunos da rede municipal, ou seja, língua portuguesa, matemática, ciências humanas e naturais, artes e educação física. Além disso, a professora também é formada em Letras, com especialização em língua espanhola, e dá aulas na rede particular para complementar a sua renda mensal. “Salvo raros momentos de cansaço pessoal nos últimos anos, em que por vezes me fez pensar na muito vaga


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possibilidade de desistir da profissão, nunca efetivamente o quis fazer. Momentos de desagrado, desilusão ou cansaço, creio que existem em todas as profissões, porém nada tão forte que tirasse de mim a alegria, o prazer e, principalmente, a satisfação de fazer o que faço”, destaca a educadora. A docente ainda ressalta que não há nada mais recompensador que o reconhecimento de um aluno. “Embora possa parecer um clichê, ganhar um abraço sincero de um aluno feliz com a minha chegada na escola ou ver um aluno progredir em seus conhecimentos graças a um auxílio meu é incrível. Como sabiamente um dia disse Cora Coralina, ‘Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina’.” Já para o professor de matemática aposentado Cleto Ferreira Rosa Junior, de 68 anos, foi necessário abandonar as salas de aula por um período para que se desse conta de que ser professor era realmente a profissão que ele amava. “Eu costumo dizer que ensinar está no sangue. Lecionei primeiramente por nove anos, depois trabalhei por aproximadamente dez anos na indústria, mas percebi que não era aquilo que eu queria. Voltei às salas de aula e trabalhei por mais 25 anos ininterruptamente, até me aposentar no final do primeiro semestre deste ano”, afirma.

“Realmente não se dá o merecido valor para o professor e isso já vem de longo tempo. Cito dois exemplos: salário e a falta de respeito dos alunos para com os professores. Minha maior motivação, apesar dos percalços da profissão, é de fazer com que os alunos aprendam pelo menos o básico da matéria que leciono.

“Eu costumo dizer que ensinar está no sangue. Lecionei primeiramente por nove anos, depois trabalhei por aproximadamente dez anos na indústria” Cleto Ferreira Rosa Junior PROFESSOR DE MATEMÁTICA

Isso é muito difícil devido à falta de interesse dos alunos de um modo geral”, finaliza o professor.

Boa ação Todo esse empenho dos docentes e amor pela profissão ainda resultam, certas vezes, em boas histórias de ajuda ao próximo, como é o caso da professora Cristina Suely Bonfim, de 49 anos. Ela é educadora há 30 anos e atualmente dá aulas de alfabetização para o infantil e para os anos iniciais do Ensino Fundamental. “Com toda certeza, a época em que mais me emocionei foi quando trabalhei no EJA (Educação de Jovens e Adultos). São diversos casos de alunos que não tiveram oportunidade de estudar e acabaram buscando o estudo já depois de adultos. Alguns para garantir seu emprego, e outros, poucos, por interesse próprio”, disse. “Um caso em especial que me lembro é o do senhor Antonio. Ele fazia matrícula todo ano, mas tinha muita dificuldade e não conseguia aprender. Ele nunca desistiu, me lembro certinho da letra dele, bem grande. Um dia nós resolvemos dar o certificado para ele, ele precisava daquele prêmio para se sentir completo. É muito gratificante ver uma pessoa como ele se formando. Com o certificado em mãos, eles se sentem recuperando o que haviam perdido”, finaliza Cristina. 

Governo O MEC divulgou no início deste ano que irá tomar algumas medidas para melhorar a formação dos professores brasileiros. A principal delas é a oferta de 105 mil vagas para formação de professores já para o segundo semestre deste ano, entre cursos presenciais e à distância.

Salário Para uma carga horária de 40 horas semanais, o piso salarial do professor brasileiro é de R$ 2.135,00. Já no estado de São Paulo, o salário inicial é de R$ 2.415,89, o que corresponde a 13,5% acima do valor nacional.



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NOTÍCIAS ESPECIAL

O que você sabe sobre

?

Plano s de SAÚD E Veja as regras, coberturas e diferenças antes de escolher um


São José dos Campos, outubro de 2016 | 37

Rodrigo Ribeiro RMVALE

M

esmo com a queda de quase um milhão de beneficiários de planos de saúde particular no país, incluindo os de assistência médica e odontológica, muitas pessoas e empresas ainda possuem ou pretendem aderir a algum deles. As dúvidas ficam por conta das regras, coberturas e diferenças entre eles, que vão do individual, ao empresarial e coletivo. Segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), órgão vinculado ao Ministério da Saúde e que regula tanto os planos individuais quanto os planos coletivos, sejam eles de assistência médico-hospitalar ou exclusivamente odontológica, os três tipos de planos de saúde - individual, coletivo empresarial e coletivo por adesão - são produtos disponíveis com características diferentes. “Cabe ao consumidor avaliar o que lhe é mais interessante”, informa a agência em nota. O plano individual oferece maior previsibilidade ao consumidor, uma vez que não pode haver rescisão unilateral por parte da operadora, a não ser em casos de fraude ou de falta de pagamento. “Tem um preço de entrada mais alto e o teto de reajuste anual é estipulado pela ANS com base na média dos percentuais aplicados pelos planos coletivos empresariais com mais de 30 vidas – aqueles com maior poder de negociação”, completa o órgão. Já o plano coletivo empresarial é aquele oferecido como benefício a um trabalhador com emprego formal. O contrato e a forma de reajuste são definidos entre a empresa contratante e a operadora de plano de saúde e os contratos têm duração de 12 meses podendo ser ou não renovados tanto pela operadora quanto pela contratante. Nesta modalidade, o preço de entrada, normalmente, é menor do que o do plano individual.

“Pessoas Jurídicas com grupos a partir de três pessoas podem contratar planos de saúde coletivos empresariais. É preciso avaliar, no entanto, que o setor de seguro funciona de forma mutualista, ou seja, o risco é diluído entre os integrantes da carteira. Em grupos menores, o risco é menos diluído e quando um dos participantes precisa usar mais o plano, o preço sobe para todos”, informa a ANS. Por fim, o plano coletivo por adesão funciona de maneira similar ao plano coletivo empresarial. O preço de entrada é mais baixo, o reajuste é definido entre as pessoas jurídicas contratantes e contratada e quanto maior é o grupo, maior é o seu poder de negociação com a operadora e menor é o seu risco. Neste grupo, entram as associações e entidades de classe. Uma das empresas que oferecem planos de saúde na RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) é o Grupo São José Saúde, que tem opções para pessoas físicas e jurídicas. “Temos opções de produtos com coparticipação, com atendimento exclusivo em rede própria ou em rede própria e credenciada. Oferecemos ainda opções de acomodações em apartamento ou enfermaria”, conta Guilherme de Souza Luca, vice-presidente executivo.

“Todos os nossos planos são regulamentados e a cobertura deles é definida através de um ‘rol de procedimentos’, editado a cada dois anos pela ANS.” Guilherme de Souza Luca GRUPO SÃO JOSÉ

De acordo com Guilherme, no Grupo São José os valores variam de acordo com o tipo de plano contratado e com a idade da pessoa. Para uma pessoa entre 0 e 18 anos, por exemplo, há planos com coparticipação por evento a partir de R$ 88,44. “Todos os nossos planos são regulamentados e a cobertura deles é definida através de um ‘rol de procedimentos’, editado a cada dois anos pela ANS. Assim, esse rol deve ser observado, sendo que a lei faculta apenas a possibilidade de exclusão de cobertura obstétrica, ou seja, um plano pode cobrir o Foto: Divulgação

Guilherme de Souza Luca, vicepresidente executivo do Grupo São José Saúde


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parto e seus exames correlatos ou não. Essa opção de produto se encaixa para homens que pretendem fazer um plano apenas para si ou para mulheres fora de idade fértil, por exemplo”, explica Guilherme. Segundo o vice-presidente, as demais diferenças que existem entre os planos se referem ao padrão de acomodação: enfermaria ou apartamento, existência de coparticipação ou franquia em eventos, consultas, exames, internações, rede de atendimento e abrangência geográfica. “É importante esclarecer que as coberturas dos planos coletivos devem ser as mesmas dos planos individuais, ou seja, ambos devem seguir o rol da ANS. Assim, nossos produtos voltados para esse segmento garantem esse direito”, completa Guilherme. Ainda segundo o vice-presidente do Grupo São José, as regras que

diferenciam os planos individuais dos coletivos dizem respeito à forma de reajuste e a elegibilidade, pois o interessado precisa trabalhar na empresa ou ser membro da entidade contratante. “O problema que tem sido debatido atualmente diz respeito aos planos coletivos por adesão. Isso porque existem no mercado entidades que facilitam o ingresso de pessoas que, na verdade, não estão realmente ligadas à associação ou sindicato. Isso pode ser danoso para o usuário, pois se a entidade não negociar bem os reajustes, as mensalidades podem se tornar insuportáveis em pouco tempo”, conta Guilherme. De acordo com os dados mais recentes da ANS, incluindo a assistência médica e odontológica, o país registrou queda de 995.888 mil beneficiários de planos de saúde particulares de setembro de 2015 (71.631.459) para agosto deste ano (70.635.571).

O índice geral foi influenciado pelos planos de assistência médica. Segundo a ANS, em setembro de 2015, havia 49.769.375 beneficiários e em agosto deste ano 48.347.967, o que representa uma baixa de 1.421.408 milhão. Já os planos odontológicos registraram um aumento de 425.520 mil beneficiários no mesmo período. Em setembro do ano passado eram 21.862.084 e em agosto deste ano, 22.287.604. “De modo geral a população de São José dos Campos é bastante preocupada com saúde e qualidade de vida. O índice de pessoas que possuem plano de saúde na cidade é um dos fatores que evidenciam isso, pois é superior à média nacional”, afirma Guilherme. A ANS não disponibiliza os dados por cidades, apenas por Estado. De acordo com Guilherme, o cenário em São José corresponde à característica industrial da cidade, já que muitas


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“Todos os planos oferecidos pela Unimed SJC possuem cobertura para atendimento eletivo em todas as cidades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte.” Marcelo Calejon UNIMED

empresas oferecem planos de saúde aos seus colaboradores. “Apesar da grande preocupação da população com a saúde, devido à profunda crise econômica que vivemos, em nível nacional, muitas pessoas não estão conseguindo manter seus planos de saúde”, completa Guilherme. “Já aqui no Vale do Paraíba, as operadoras de saúde locais, como o Grupo São José Saúde, têm mantido o número de clientes. No primeiro semestre de 2016, tivemos um aumento de 19% nas vendas de plano de saúde em comparação com o mesmo período do ano anterior. Isso pode ser atribuído ao fato de que as pessoas estejam buscando os planos regionais, que possuem menor

custo, mas que garantam toda segurança e qualidade dos serviços, como é o nosso caso”, conclui Guilherme. Outra empresa presente em São José é a Unimed, que também oferece os planos individual ou familiar, coletivo empresarial e coletivo por adesão. Segundo Marcelo Calejon, gerente executivo comercial da Unimed SJC, em ambos o cliente ainda possui opções de flexibilidade de valores e planos com ou sem coparticipações. A Unimed não informa aos veículos de imprensa os valores dos planos de saúde, mas segundo Calejon, os valores podem ser consultados na central de vendas da empresa. “Cada plano possui uma característica diferente para contratação. As diferenças mais relevantes entre eles são os valores e os reajustes aplicados”, diz. “Todos os planos oferecidos pela Unimed SJC possuem cobertura para atendimento eletivo em todas as cidades da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte). Nos casos de urgência e emergência, a cobertura é em todo o território nacional através do Sistema Unimed”, explica Calejon. De acordo com o gerente executivo comercial da Unimed, além dos valores e reajuste, em alguns casos de planos, há também a isenção de carências, conforme resoluções normativas da ANS. “Mesmo trabalhando com três modalidades diferentes de contratação de planos, a Unimed SJC oferece a mesma cobertura para todos os planos atualmente comercializados”, diz. Ainda segundo Calejon, algumas pesquisas apontam que ter um plano de saúde é o terceiro maior desejo dos brasileiros, “identificando assim que, investir em plano de saúde é a melhor opção para quem deseja obter tratamento médico adequado, afinal de contas, a doença não tem hora certa para chegar”, comenta. “No caso das empresas, a saúde do trabalhador deve sempre ser levada em consideração, pois muitas vezes a


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responsabilidade passa a ser dos próprios empregadores, sejam empresas grandes ou pequenas, e que também podem impactar positivamente, aumentando a retenção, captação e reduzindo o absenteísmo”, conclui Calejon.

Reajustes Segundo a ANS, os reajustes de planos de saúde devem estar previstos no contrato assinado pelo consumidor ou pela empresa contratante. Nos planos de saúde regulamentados - contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98 -, podem ser aplicados reajustes anuais por variação de custos, que são determinados pela ANS no caso de planos individuais ou monitorados pela ANS no caso de planos coletivos; e também os reajustes por variação de faixa etária, que devem igualmente estar previstos nos contratos firmados com as pessoas físicas ou jurídicas. “O reajuste anual ocorre na data de aniversário do contrato, já o reajuste por faixa etária pode ocorrer cada vez que o beneficiário atinge uma idade que represente o início de uma nova faixa etária, conforme estipulado em seu contrato”, informa a ANS. Já o percentual de reajuste aplicado nos contratos individuais e familiares regulamentados não pode ser maior que o divulgado pela ANS. “Se o plano foi contratado antes do dia 2 de janeiro de 1999 e não foi adaptado à Lei nº 9.656/98 - também conhecido como plano antigo -, o reajuste deve seguir o que estiver escrito no contrato”, diz a ANS. “Em relação ao reajuste por faixa etária, é importante esclarecer que desde a publicação do Estatuto do Idoso, em janeiro de 2004, não é mais permitida a aplicação de reajuste por faixa etária após 59 anos. Esta medida é válida para todos os planos contratados a partir de janeiro de 2004. Nos planos contratados antes de janeiro de 1999, valem as faixas etárias definidas nos contratos. Para os contratos assinados entre 2/01/1999 e janeiro de 2004, valem as sete faixas

Planos de Saúde e o Código de Defesa do Consumidor: Os contratos de planos de saúde, independentemente da forma de contratação – se coletiva ou individual/familiar – são contratos de consumo, aos quais se aplicam as disposições do Código de Defesa do Consumidor. Embora nos contratos coletivos haja a figura das empresas empregadoras, associações ou sindicatos, o papel destas é apenas de intermediário entre consumidor e operadora de plano de saúde. Todos os usuários de qualquer plano de saúde têm direito a: 1) Informações claras e adequadas sobre os serviços, com especificação correta a respeito da qualidade e do preço, bem como todos direitos e obrigações. 2) Redação de contratos com clareza e destaque para as cláusulas que possam limitar direitos. 3) Proteção conta a publicidade enganosa e abusiva, contra métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como a práticas e cláusulas abusivas (um exemplo é o aumento da mensalidade sem justificativas. 4) Modificação das Cláusulas Contratuais que levem a prestações excessivamente onerosas. 5) Prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais.

etárias definidas pela Resolução Consu 06 de 1998”, comunica a ANS em outro trecho. Para os planos contratados a partir de 1º de janeiro de 2004, valem 10 faixas etárias, definidas pela Resolução Normativa nº 63/2003 que obedecem ao Estatuto do Idoso. “O valor da mensalidade na 10ª faixa etária pode ser, no máximo, seis vezes superior ao valor da 1º faixa. A variação acumulada entre a 7ª e a 10ª faixa não pode ser superior à variação acumulada entre e 1ª e a 7ª faixa. Com estas medidas, buscou-se justamente evitar que os reajustes por variação de faixa etária se concentrassem nas últimas faixas”, informa a ANS. De acordo com a ANS, a legislação do setor não obriga as operadoras de planos de saúde a ofertarem todos os tipos de planos de saúde. No entanto, caso a operadora possua planos individuais liberados para comercialização registrados na ANS, ela não pode se recusar a vendê-los. “Caso a operadora negue a venda de um plano registrado que esteja em comercialização, está incorrendo em

infração passível de multa, por impedir ou restringir a participação de consumidor em plano privado de assistência à saúde”, informa a ANS. Os planos disponíveis no mercado podem ser consultados pelo consumidor na página da ANS na internet. Em caso de dúvida ou reclamações, os beneficiários de planos podem entrar em contato pelo Disque ANS, 0800 701 9656; Núcleos de Atendimento Presencial em 12 cidades brasileiras e na Central de Atendimento no site do órgão. Uma cartilha com orientações também está disponível no portal da ANS.

Procon De acordo com o Procon de São José dos Campos, os problemas com maior índice de reclamação são a cobertura e negativa de procedimentos, reajustes e rescisão ou alteração contratual. Segundo o Procon, de setembro de 2015 para o mesmo mês deste ano, o órgão registrou 92 atendimentos relacionados a planos de saúde, 53 relativos a negativas de cobertura, 32 a reajustes e 17 reclamações diversas. 


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Fique de olho Antes de contratar o plano, o consumidor deve ficar atento e tomar algumas precauções: 1) Verificar se a operadora possui registro na ANS. 2) verificar se a operadora está sob direção fiscal ou técnica, o que indica que ela tem problemas administrativos e/ financeiros (no site www.ans.gov.br ou pelo telefone 080-7019656). 3) Ler o contrato antes de assinar e exigir uma cópia e a lista atualizada dos prestadores credenciados: médicos, hospitais e laboratórios. (a relação faz parte do contrato) 4) As informações e “promessas” do corretor obrigam a operadora a cumpri-las, uma vez que este profissional representa a empresa. Peça para o corretor escrever os benefícios prometidos que não constam no contrato. 5) Os preços iniciais podem ser fixados livremente pelo mercado. Para avaliar o preço do plano e a adequação a sua família, o consumidor precisa considerar: a cobertura assistencial (o que não será atendido pelo plano?) a abrangência geográfica (o plano é municipal, regional, estadual, nacional ou internacional?) a rede credenciada/ referenciada (quais hospitais, laboratório e consultórios médicos poderão ser utilizados?) 6) O contrato pode impor carências. Em geral, o período menor de carência é para consulta e exame mais simples. As carências dos demais serviços são longas. 7) Na escolha devem ser considerados os preços e reajuste (inclusive por faixa etária), as necessidades e características de toda a família (como ocorrência de doenças preexistentes, pessoas idosas, mulheres em idade fértil. 8) Levar em conta que a oferta de mais ou menos serviços também esta ligada ao tipo de plano contratado: referencial, ambulatorial, hospitalar ou hospitalar com obstetrícia.

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46 | Revista Metrópole – Edição 20

ESPECIAL SAÚDE

Prevenção: única arma eficaz contra o câncer de mama Laryssa Prado SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Foto: Rodrigo Roveri

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Sistemas de saúde e iniciativas da sociedade civil se reúnem para diminuir os índices de mortalidade da doença

escobrir um câncer de mama. Esse é o medo de muitas mulheres em todo o mundo, principalmente as que estão acima dos 50 anos, consideradas parte do grupo de risco. Em 2016, de acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), são esperados mais de 15 mil novos casos no Estado de São Paulo. Em todo o Brasil, são mais de 57 mil. Apesar de ser uma doença curável, o câncer de mama é o tumor maligno mais comum em mulheres e o que mais leva as brasileiras ao óbito. Mas não é só o medo da morte. É a perda de cabelo, dos cílios e, em alguns casos, da mama. O câncer afeta a vaidade e autoestima da mulher, vai além do tratamento físico, precisa de cuidado psicológico. Mas é possível evitar que a doença se torne um monstro de sete cabeças. A descoberta precoce possibilita que a mulher administre o câncer, tornando o tratamento menos degradante. Pesquisas indicam que no Brasil 44% dos casos são detectados no estágio avançado, o que dificulta o tratamento e diminui as chances de cura. Segundo o último relatório do INCA com dados das 39 cidades da RMVale, o câncer de mama fez 158 vítimas fatais em 2012. Em 2014 foram registrados no estado de São Paulo 3.845 mortes. Por isso, tanto o SUS (Sistema Único de Saúde) quanto as iniciativas da sociedade civil, têm batido na mesma tecla: a prevenção.


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ONG Orienta vida reúne mulheres para o lançamento da campanha Pense Rosa, em Potim. Algumas mulheres ainda acreditam que a apalpação do seio é a principal forma de descobrir a doença, mas, quando o tumor atinge o tamanho suficiente para ser apalpado, já não está mais no estágio inicial. É importante estar atenta a dores nos seios, inchaços, irritação, vermelhidão, secreção e a formação de nódulos, mas esses já são alertas de urgência. Atualmente, a ferramenta mais eficiente na descoberta da doença é a mamografia, que pode detectar tumores menores que um centímetro - neste tamanho as chances de cura do câncer de mama chegam a até 95%. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, em 2013 foram feitos mais de 1,2 milhão de exames na RMVale. A recomendação do Ministério da Saúde, atualizada em 2015, é que a mamografia de rastreamento seja feita por mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. Mas a doença pode se manifestar antes dessa idade. A dra. Alessandra Lorenti, ginecologista da Secretaria de Saúde de São José dos Campos, alerta que quem tem tendência genética ao câncer

“Quanto antes você começa a acompanhar, a realizar a mamografia, melhor. Ela consegue identificar lesões pré-câncer, como calcificações ou células com alterações sugestivas” Dra. Alessandra Lorenti, GINECOLOGISTA

deve começar a rastrear mais cedo, desde os 35 anos. “Quanto antes você começa a acompanhar, a realizar a mamografia, melhor. Ela consegue identificar lesões pré-câncer, como calcificações ou células com alterações sugestivas. O processo que começa logo no início preserva mais

a mulher”, relata. Hoje o SUS oferece o tratamento completo da doença, cirurgias, exames e acompanhamento médico. Para as voluntárias da Casa Gesto, em São José dos Campos, esse cuidado especial com a saúde da mulher deve começar a partir de sua primeira menstruação, ou mesmo com o início das relações sexuais. “A mamografia não pode ser feita desde muito cedo por causa da densidade da mama. Mas, começou a vida sexual, tem que começar a acompanhar, pelo menos com o ultrassom. Isso não tem nenhuma literatura médica, mas é algo que a gente sabe pela vivência. Já tivemos pacientes de 24 anos mastectomizadas”, diz Elaine Narciso, assistente social do projeto. A Casa Gesto é uma entidade social sem fins lucrativos que cuida de pessoas adultas com diagnóstico de câncer. São oferecidos apoio social, emocional e físico, por meio de palestras, oficinas de confecção de próteses mamárias, banco de perucas, cuidado com a família e vaidade da mulher. A Gesto atende hoje aproximadamente 120 pessoas por mês, das


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cidades da RMVale, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte. Cerca de 95% são mulheres com câncer de mama. A Diretora Técnica da Divisão Regional de Saúde de Taubaté, Maristela de Paula Santos, ressalta a importância de iniciativas que partem de instituições fora do sistema de saúde, seja ele público ou privado. “A participação da sociedade civil vem trazendo um complemento e a conscientização sobre o sistema de prevenção. É importante a questão da

“Começou a vida sexual, tem que começar a acompanhar, pelo menos com o ultrassom.” Elaine Narciso, ASSISTENTE SOCIAL DA CASA GESTO

detecção precoce para a gente aumentar o que efetivamente nos importa, que é o índice de cura dos pacientes”, afirma. A diretora participou do lançamento da campanha “Pense Rosa”, edição 2016, na cidade de Potim, em setembro. A iniciativa partiu de atividades realizadas pela ONG Orientavida, e hoje conta com a parceria da Américas Amigas - OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) -, e de empresas como a Bauducco, Linea e Vult.

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A Américas Amigas une brasileiros e norte-americanos na luta pela diminuição do número de mortes causadas pelo câncer de mama no Brasil, especialmente entre a população de baixa renda. A organização atua através da doação de mamógrafos e de sistemas de mamografia computadorizada, além de, em parceria com outras instituições, oferecer cursos de aperfeiçoamento em mamografia para as instituições que receberam equipamentos doados. No evento de lançamento, a Américas Amigas doou 500 mamografias para as cidades de Aparecida, Guaratinguetá e Potim. No seu discurso, a embaixadora do projeto fez um apelo às mulheres. “O que nos fez criar esse projeto é o fato de que 42% das mulheres que tem câncer de mama no Brasil morrem, contra 16% nos Estados Unidos, porque aqui se descobre

outdoors luminosos nas rodovias e entrega de biscoitos e folders de conscientização nos pedágios do Grupo CCR.

Minha vida comigo (e com o câncer)

“O que nos fez criar esse projeto é o fato de que 42% das mulheres que tem câncer de mama no Brasil morrem, contra 16% nos Estados Unidos” Americana Barbara Sobel, EMBAIXADORA DO PROJETO

o câncer muito tarde. O que vocês têm que fazer é nos ajudar a divulgar essa informação. Vocês precisam fazer a mamografia. Vocês são nossas amigas, nossas embaixadoras”, disse a americana Barbara Sobel. A campanha de conscientização Pense Rosa já passou por 20 estados brasileiros. Esse ano ela vai estar na Bahia, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo, por meio de

“Eu tinha 31 anos, um ano e meio de casada, estava na hora de engravidar. E aí entrou o câncer de mama e tudo começou a mudar”. Essa é a história de Vânia Castanheira, portuguesa que mora em São José dos Campos há oito anos. Em 2013 seus exames ginecológicos estavam todos em dia, mas, devido à sua idade, ela ainda não realizava a mamografia. Foi aí que descobriu um nódulo no seio. “Eu achei estranho, mas como estava passando por um período de estresse forte desde 2010, pensei que seria alguma alteração hormonal. Marquei consulta com a ginecologista, mas nem cheguei a pedir urgência”, relata. Vânia foi diagnosticada com triplo negativo, o mais raro entre os cânceres. “Recebi a notícia que poderia nunca engravidar, que ia ter que fazer quimioterapia, que ia ficar careca, sem cílios, sem sobrancelha, e que ia ter um ano totalmente definhante, dependente de alguém e tudo isso aos 31 anos. Foi um baque, o pior dia da minha vida”, diz. Durante os próximos onze meses após a descoberta da doença, a portuguesa passou por duas cirurgias na mama - precisou remover um quarto do seio - e uma quimioterapia agressiva. O que para muitas mulheres é um fim, para Vânia foi um novo começo. “Às vezes a gente precisa definhar, Foto: Pedro Ivo Prates

“A participação da sociedade civil vem trazendo um complemento e a conscientização sobre o sistema de prevenção.” DIRETORA TÉCNICA DA DIVISÃO REGIONAL DE SAÚDE DE TAUBATÉ

Foto: Rodrigo Roveri

Maristela de Paula Santos,

Vânia Castanheira: durante o câncer e depois dele


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ir até lá embaixo para renascer, ver quem a gente realmente é, se redescobrir. E eu precisei disso. Em termos emocionais, em termos de vida. Não quero passar de novo nem desejo pra ninguém, mas comigo acabou sendo um mal necessário. O câncer me deu uma nova perspectiva sobre a vida”, contaMas que reviravolta foi essa? Jornalista não atuante, ela passou a escrever a partir da necessidade de compartilhar sua experiência. Assim nasceu o blog ‘Minha Vida Comigo’. “Eu não contei para ninguém, mas foi logo um viral. E aí eu fiquei assustadíssima. Ninguém sabia que eu estava doente. Na semana seguinte já tinha 20 mil acessos, hoje são mais de 180 países. E aí eu pensei, ‘criei uma obrigação’”. Durante o tratamento Vânia começou a estudar sobre o câncer, não só quanto à questão médica, mas sobre a origem da doença e sua relação com a nutrição, a parte emocional, a conexão do corpo e da mente. Com a repercussão do blog, veio a campanha “Lenços da Solidariedade”. “Eu pedi para o mundo me mandar lenços que era pra eu dar para as guerreiras carecas, que estavam em tratamento pelo SUS. Eu queria que as mulheres não detestassem sua imagem. Meu marido falava que eu estava linda, mas ele me via linda. Ele não me enxergava feia porque eu não permitia que ele me enxergasse assim”, assume. Depois de finalizados os 11 meses de tratamento, Vânia passou a se dedicar à causa profissionalmente. Hoje ela é a segunda Medical Coach do

Foto: Pedro Ivo Prates

Hoje o SUS oferece o tratamento completo do câncer de mama: cirurgias, exames e acompanhamento médico.

Brasil, com certificações pelo ICF – International Coach Federation, Medical Coaching Institute of Israel, Wellcoaches e ACSM – American College of Sports & Medicine. “O médico cuida da doença, eu cuido da saúde”, diz. Além disso, já tem dois livros publicados, um em Portugal e outro no Brasil. E está escrevendo o terceiro. A consultora diz que não teve medo da morte. “Eu sou uma pessoa muito sinérgica, eu preciso sentir as coisas, e eu não sentia que ia morrer. O que me deu medo não foi a doença, foi a cura. Na minha consulta com a nutricionista foram duas horas e meia de coisa que eu podia e que eu não podia fazer. Isso me deu medo. Mas depois você já vê os limites e que não precisa ser 200%”, conta. Vânia atende pessoas em todo o Brasil e até mesmo em Portugal. Já testemunhou a perda de mulheres que pediram ajuda em seu blog, mas hoje encontrou o seu propósito. “Mais do que estar lidando com a doença, eu queria estar lidando comigo, com o que estava acontecendo comigo. E eu consegui.”. Ela ainda faz acompanhamento médico para prevenir o retorno da doença e pretende engravidar em breve. 


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NOTÍCIAS SAÚDE

Cuidado com as calorias!

Obesidade infantil não é mais um problema estético. É preciso readequar a alimentação e procurar um especialista Fotos: Pedro Ivo Prates

Crianças aprendem a readequear alimentação

Moisés Rosa RMVALE E LITORAL NORTE

H

ambúrguer, batata frita e muito refrigerante. Quem não gosta? É difícil resistir a esses alimentos e produtos que são classificados como altamente calóricos quando vamos a uma lanchonete. Mas, é preciso alerta neste quesito, principalmente com as crianças e os jovens. A obesidade não é mais um problema estético. A saúde deles pode estar comprometida com o consumo excessivo de calorias. Os hábitos alimentares das crianças e jovens mudaram drasticamente nas últimas décadas. As frutas e legumes das refeições, que eram servidos durante o

almoço e o jantar, foram substituídos por salgados, doces e outros alimentos. A preocupação dos especialistas é que esta faixa etária entre 5 e 17 anos está deixando de lado a alimentação saudável nas refeições. Isso tem ocasionado os ‘quilinhos’ a mais, gerando sobrepeso ou até mesmo a obesidade infantil em um estágio mais avançado. Um estudo do Ministério da Saúde, com estudantes de 12 a 17 anos, mostra que as frutas sequer aparecem na lista dos 20 itens mais consumidos e que 56,6% fazem refeição em frente à TV. A pesquisa aponta que entre os 20 alimentos mais consumidos pelos adolescentes brasileiros, os refrigerantes estão entre os seis primeiros, à frente das hortaliças.

As frutas sequer aparecem na lista. A pesquisa revela ainda que 17,1% dos adolescentes de 12 a 17 anos estão com sobrepeso. Já 8,4% dos jovens avaliados estão obesos, com predominância de meninos.

Grupos Na região do Vale do Paraíba, em São José dos Campos, um grupo de pais e filhos se reúne toda semana para aprender e readequar a alimentação no dia a dia. O maior desafio para ambos é conseguir agregar uma alimentação nutritiva e saborosa e que mantenham as refeições corretamente. A biomédica Elisandra Vilas Boas, de São José dos Campos, tem dois filhos (de 6


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e 9 anos) e os leva para acompanhamento com a nutricionista. Ela observou que ambos estavam acima do peso e que vinham engordando, o que a deixou preocupada com a saúde das crianças. Na família, já existe histórico de obesidade. “Desde que eles nasceram eu já tinha essa preocupação com o peso, por conta dos registros de obesidade na família. A Marília (9 anos) e o Olavo (6 anos) cresceram com essa tendência e precisaram passar por acompanhamento com psicólogo e endocrinologista”. Ela conta que no início do acompanhamento, que teve início há cerca de quatro anos, houve resistência. “No início é tudo diferente e é preciso adaptar-se. Houve uma resistência, mas conseguimos inserir uma alimentação saudável que, hoje em dia, é bem aceita pelos dois”. Com o histórico de obesidade, Marília e Olavo também apresentaram alguns

problemas com a saúde. “Foram diagnosticados com diabetes tipo 2 e isso que mais me deixa preocupada. Agora, eles fazem natação e outras atividades esportivas, recomendadas pelo médico, e restrições na alimentação”, diz. Marília Vilas Boas pesa 49 kg e o

ideal para a sua idade seria 45 kg. No caso do irmão Olavo, o ideal seria 28 kg para a idade dele, mas ele está com 38 kg. A pequena relata que se acostumou com a nova rotina que foi implementada na alimentação diária. “Nem sou muito fã de doces. Desde pequena recebi as

Nutricionista dá dicas e alerta para os cuidados com a obesidade infantil

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orientações e evito os doces e raramente sinto vontade de comer. Como mais os alimentos integrais e amo suco de laranja”. Indagada sobre chocolate, ela disse que nem faz falta. “Não sinto vontade e me acostumei com isso”. Para Marília, essa nova rotina trará um resultado positivo para a sua qualidade de vida. “Substituímos diversos alimentos e será muito bom porque vai ajudar na minha saúde. Minha mãe faz algumas coisinhas diferentes, brinca com a refeição e nós adoramos”, completa. “Não tenho problemas atualmente com a alimentação deles. Eles estão aceitando tudo”, acrescenta a mãe Elisandra. A preocupação com a alimentação do filho Pietro (5 anos) também é seguida pela auxiliar administrativa Rafaela Aparecida, de 25 anos, moradora de Jacareí. As mudanças e o peso do filho preocuparam a auxiliar administrativa que procurou ajuda de um especialista. “Há um ano ele veio ganhando peso e procurei um pediatra para acompanharmos essas mudanças. No começo fiquei com muito medo, mas foi uma surpresa para mim a aceitação dele”. Com o diagnóstico de sobrepeso do filho, Rafaela conta que não havia registros na família e todos seguiram com a readequação alimentar para ajudar Pietro. Ela diz que os dois primeiros meses foram difíceis. “Tinha que ficar pegando no pé e alerta para evitar que ele comesse muitos doces e outras besteiras. Em casa houve uma mudança total e todos aderiram com uma nova alimentação. Já na escola, substituímos alguns alimentos e inserimos frutas, vitaminas e sucos”. Hoje, a balança aponta que Pietro está bem acima do recomendado para a sua idade. O peso está em 42 kg e o ideal seria estar em 25 kg. “Docinhos nem pensar. Antes ele queria sempre comer doce e com essa nova rotina eu vejo uma oportunidade para oferecermos qualidade de vida”, destaca.

Acompanhamento Para a nutricionista Alessandra Lopes Soares, do NAIS/Viver Bem hoje (Núcleo

de Atenção Integral à Saúde), a alimentação correta é o primeiro passo para uma boa qualidade de vida e evitar problemas relacionados à obesidade. A especialista explica que há uma transição na alimentação de alguns anos para cá, com mudanças nos hábitos. “O que temos visto é uma transição nutricional. Antigamente nós tínhamos uma variedade alimentar muito maior, com frutas e legumes e agora está se usando muitos produtos industrializados, que possuem açúcar e gordura. Isso pode oca-

“Desde que eles nasceram eu já tinha essa preocupação com o peso, por conta dos registros de obesidade na família.” Elisandra Vilas Boas, BIOMÉDICA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

sionar problemas com o uso excessivo”. Os primeiros sinais para a criança e o jovem que está acima do peso são dificuldade para executar as atividades físicas, falta de ar, problemas hormonais, colesterol alto, entre outras doenças. “Muitas vezes não está relacionada apenas com o peso. Ela [obesidade] pode apresentar características de não comer

frutas e alimentos saudáveis, é preciso ter atenção. Estimulamos a alimentação com frutas, legumes, integral, a fibra que dá saciedade. Nesta fase, demanda muitos nutrientes para o crescimento da criança”, diz a nutricionista.

Criatividade Para a inserção de alimentos no cardápio, a especialista sugere que os responsáveis sejam criativos e usem técnicas para apresentarem pratos atrativos. “Trazemos a degustação para o paladar das crianças. Algumas têm bloqueios e tentamos associar com outros tipos de alimentos, o que acaba facilitando, como por exemplo, em um suco e deixando o prato mais colorido. Nesses casos, o sabor nem é observado”, explica Alessandra Lopes Soares. À Metrópole Magazine a nutricionista listou os alimentos e produtos que são vilões para a boa refeição. “O refrigerante, a bolacha recheada não são nada saudáveis, pois possuem muita gordura. Os salgadinhos, os lanches de fast-food, são alimentos que na correria os pais acabam comprando por falta de tempo e querem agradar as crianças e os jovens”. “A criança acima do peso fica com disposição afetada para atividade física. Ela não brinca tanto e quer desistir. É possível comer doce, mas a base precisa estar equilibrada”, conclui.

Nas escolas Em São José dos Campos, a rede municipal conta com 60 mil alunos da Educação Infantil ao Ensino Fundamental, incluindo a Educação de Jovens e Adultos. Um projeto chamado “Self-Service” oferece aos alunos alimentos que ficam expostos em um balcão térmico e que servem a merenda. Elisama Lima Peotta, responsável técnica por Alimentação Escolar, também destaca a importância da alimentação adequada. “A alimentação é planejada de acordo com a faixa etária dos alunos e seu estado de saúde, inclusive dos que necessitam de atenção específica. O cardápio é elaborado por nutricionistas, com base


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nas premissas da legislação do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), visando garantir a segurança alimentar, com oferta de refeições que cubram as necessidades nutricionais dos alunos durante o período letivo”. Em Jacareí, o programa ‘Saúde Nota 10’ examinou um total de 2.086 alunos do 1º ano do ensino Fundamental, neste ano. Deste total, 601 crianças (28,82%) apresentaram excesso de peso (sobrepeso ou obesidade) e serão atendidas nas Unidades de Saúde. “Os educadores físicos que atuam nas Unidades de Saúde também são fundamentais para orientar quanto às possibilidades e melhores opções no município para a prática de atividade física, considerando o interesse da criança por determinada modalidade por meio de parceria com a Secretaria de Esportes, informa a prefeitura, por meio de nota. Em Taubaté, a rede municipal tem mais de 42 mil alunos matriculados. De acordo com a Secretaria de Educação, uma avaliação dos alunos apontou que 605 alunos estão obesos, sendo 03 na Educação Infantil e 302 no Ensino Fundamental, em uma amostragem de 4.601 alunos. O Setor de Alimentação Escolar promove atividades de educação nutricional, encontros, palestras e eventos do Programa Família na Escola. No Litoral Norte, um estudo elaborado pela Casa da Criança de Taubaté entre o 6º e o 9º anos do Ensino Fundamental, de escolas públicas dos municípios do Litoral Norte, revela que 27,3% sofrem com obesidade e sobrepeso. Em Ilhabela esse número é de 21,4%; em São Sebastião, 24%; e em Ubatuba de 24,4%. No município de Caraguatatuba o cardápio diário é acompanhado por nutricionistas. São oferecidas cinco refeições por dia nos Centros de Educação Infantil e na Escola em Tempo Integral, e no Fundamental 1 e 2, quatro refeições dia. O programa ‘Acertando os Ponteiros – Alimentação Certa, na Hora Certa’ também oferece reeducação alimentar aos alunos e adequação dos horários para as refeições. 


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NOTÍCIAS PETS

Chegou a hora da beleza Os animais de estimação ganham ainda mais espaço no mercado pet

Marcio Moura Fotos: Pedro Ivo Prates

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

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expansão do mercado pet tem gerado uma grande demanda de novos profissionais qualificados e segmentados em uma área que vem se aperfeiçoando e se profissionalizando nos últimos anos. Mesmo com a crise econômica em alta, que tem afetado diversos ramos de negócios, os pet shops continuam batendo recordes de vendas, atendimento e clientes. Isso acontece porque os donos de bichos de estimação têm investido na saúde e no bem-estar de seus animais de estimação, que passam a ser cada vez mais tratados como verdadeiros membros da família. Segundo levantamento feito pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), os brasileiros injetam, anualmente, cerca de 15 bilhões de reais no mercado pet. Com esse número, o Brasil assume a segunda colocação mundial no setor. Este aquecimento na economia também faz com que cada vez mais profissionais decidam se dedicar a este nicho de mercado e busquem por um diferencial e especialização na área, além de investir em técnicas para melhor atender os donos dos bichinhos. Um desses segmentos é voltado aos profissionais que se tornam tosadores e esteticistas pet, os famosos “groomers”. Mas afinal, você sabe o que faz esse profissional?



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Atualmente, há termos diferentes no meio pet. Entenda: de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações, órgão responsável por legalizar a profissão no Brasil, a profissão de banhista, tosador ou esteticista animal se refere a quem corta os pelos, dá banho e higieniza o animal, isso inclui o cuidado com as orelhas, dentes e olhos. O groomer, nome em evidência no setor e muito procurado pelos donos de animais, é o profissional que lida com a estética animal, primando por seu bem-estar. Em São José dos Campos, essa profissão já conta com uma representante de peso. Patrícia Sancanari de Alvarenga Y Varela Fernandez, 41 anos, atua na área há cerca de seis anos. Após muito estudo e cursos de especialização, ela é atualmente especialista em gatos e seus comportamentos, e também em banho e tosa.

Além disso, Patrícia continua se aperfeiçoando nas técnicas para cães. “Venho estudando para melhorar a padronagem e beleza das pelagens longas de cães das raças Shih tzu, Lhasa Apso, Yorkshire, Afghan Hound e Cocker Spaniel”. Além das técnicas, Patrícia destaca a grande variedade de produtos para animais, o que auxilia muito seu trabalho. “Há mais de ano não preciso tosar um cão de pelagem longa por conta de nós e as opções de tratamentos são inúmeras, como hidratações de caviar, frutas amazônicas, banhos terapêuticos de chocolate, entre outros”. A groomer enfatiza a relação entre os animais e seus donos. “Hoje, um cão ou um gato não é mais o animal do quintal que come as sobras da refeição. É um filho de quatro patas e somos

responsáveis por sua aparência”, destaca Patrícia. Segundo ela, existem diferenças entre um groomer e um tosador. Enquanto o tosador cuida do banho e tosa dos animais, utilizando máquina e realizando a finalização, o groomer é responsável 100% pelo cão, gato ou outro animal dentro de seu banho e tosa. “Ele deve saber os cuidados do banho, como o uso de shampoo medicinal, alergias, desmanche de nós, hidratação de pelagem, penteados, cuidados com lesões já existentes observadas, existência de pulgas ou carrapatos, entre outros cuidados. Ele é capaz de preparar um animal desde seu banho inicial até a exibição para um evento ou pista de exibição e competição”, explica. 


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NOTÍCIAS CULTURA

O malabarismo nosso de cada dia Artistas de rua tentam driblar a crise em São José dos Campos João Pedro Teles SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Q

uem passa pelos arredores da Praça do Sapo, em São José dos Campos, muito provavelmente já fez parte da plateia de um músico autodidata, em sua exibição diária no centro da cidade. Éderson de Oliveira, 33 anos, é um pontual operário da arte de rua. Às 10h em ponto o cantor já está à postos. Banquinho, violão afinado e a voz são seus instrumentos de trabalho. A boina, inseparável em suas apresentações, é o uniforme. Há quatro anos o músico cumpre religiosamente a mesma rotina. Aliás, a religiosidade é a matéria-prima de sua labuta musical. Éderson é cantor gospel. Canta sucessos tanto da religião católica quanto da igreja evangélica. “Deus é um só”, afirma repetidas vezes. O ofício lhe garante uma média de R$ 40 por dia.

“Sou feliz por poder colocar minha música a serviço de palavras de esperança para as pessoas em seu cotidiano. Muitas vezes, mesmo aqueles que não compartilham da mesma religiosidade que eu, param para conversar e agradecer pela música. Há muitas histórias também, de gente inclusive que me confessou que estava pensando em tirar a própria vida e que sentiu-se tocado por algum verso que ouviu enquanto passava. São muitas histórias nesses quatro anos”, comenta. Éderson é um entre os artistas que ganham a vida nas ruas de uma cidade que não está lá muito acostumada com as intervenções urbanas. Embora a Prefeitura de São José ainda não tenha um cadastro desses artistas, um passeio pelos calçadões, praças e semáforos da cidade é suficiente para constatar o aumento no número de pessoas que apostam no ofício como fonte de renda.

A crise econômica e o desemprego são fatores que influenciam o aumento dessa atividade, principalmente nos semáforos. No caso de Hélder Pinhal, 33 anos e malabarista há 10, dois anos de desemprego o levaram a apostar nas apresentações na rua. O artista foi demitido da empresa onde trabalhava como lavador de ônibus e os malabares foram a saída para garantir o dinheiro que banque a pensão alimentícia que paga mensalmente à ex-mulher. “Eu tiro uma média de R$ 50 por dia. Isso quando a Guarda não aparece e temos que sair correndo para não termos o nosso material apreendido. Sou apaixonado por essa arte e, pra mim, seria bom poder trabalhar de maneira legalizada. Essa é a situação da maioria das pessoas que trabalham nos semáforos”, explica.

Legislação Ao contrário de capitais como São Fotos: Pedro Ivo Prates

Éderson ganha R$ 40,00 por dia cantando na praça


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Malabaristas no farol próximo ao Colinas Shopping

Paulo, que já contam com uma legislação que contempla a atividade dos artistas de rua, em São José dos Campos ainda não há um cadastro de pessoas que atuam neste ofício. Além disso, as intervenções artísticas que acontecem nas ruas dão-se, oficialmente, sob a tutela da FCCR (Fundação Cultural Cassiano Ricardo). Por meio de nota, a prefeitura explica que promove apresentações ao ar livre em todas as regiões da cidade “incentivando a cultura que vai para as ruas”. Entretanto, em São José dos Campos, a arte nas ruas ainda não pode acontecer de forma independente. O caminho é inscrever-se em projetos e eixos culturais da FCCR que realizam tais intervenções. A nota afirma ainda que o Festivale e Festidança (principais festivais de teatro e música da cidade) contemplam a rua como palco dos espetáculos. “Outras iniciativas são as apresentações no Deck do Banhado, em frente ao Cine Teatro Benedito Alves, pelos projetos Pôr do Som e Sábado na Orla; os Sons do Meiodia na Praça do Sapo; o Arte na Feira, projeto realizado nas feiras livres do Jardim Colonial, do Novo Horizonte, do Parque Cidade; e o Domingo no Parque”. Na cidade, a fiscalização é feita pela Guarda Municipal. Toda a atividade exercida em espaço público, de acordo com a nota, precisa de prévio conhecimento e autorização da prefeitura para ser exercida. Perturbação do sossego público, comércio irregular, obstrução à livre circulação de pessoas, impedimento do trânsito, mendicância ou exercício ilegal da profissão são proibidos pelo código

administrativo do município. Entretanto, para o artista circense Thierry Alves, existe, principalmente em período de eleição, uma discrepância na atuação da Guarda Municipal. De acordo com ele, a mesma legislação que impede os malabaristas de atuarem não coíbe a atuação das campanhas políticas em espaço público. “Antes das eleições o pessoal dos partidos ocupava toda a faixa de pedestres para estender cartaz e agitar bandeiras. Mas um artista não pode usar o mesmo espaço para exibição de malabares”, comenta o artista. A reportagem flagrou, durante a apuração, faixas de propaganda política ocupando toda o espaço da faixa de pedestre nos arredores da praça Afonso Pena. As faixas eram estendidas enquanto o semáforo estava fechado.

Diálogo e legalização Em São Paulo, a prisão à força de um artista de rua que recusou-se a interromper suas atividades, em 2010, foi o estopim para uma mudança na legislação que rege as atividades dos artistas de rua. À época, o então prefeito Gilberto Kassab abriu um diálogo com alguns representantes da classe e um decreto municipal liberou parcialmente o espaço público para a arte de rua. O próximo passo foi uma parceria com a SPTuris, empresa de eventos e turismo da cidade de São Paulo, que realizou o mapeamento de artistas de rua, que atualmente conta com 700 profissionais cadastrados. Já na gestão de Fernando Haddad, o diálogo avançou e a classe ganhou

um livreto impresso pela prefeitura e desenvolvido em parceria com o MARSP (Movimento de Artistas de Rua de São Paulo), o “Arte na Rua – Um Guia Ilustrado Sobre a Legislação da Cidade de São Paulo para o Artista de Rua”. “Hoje os artistas de rua estão muito mais organizados e cientes dos seus direitos e deveres, mas ainda sofrem algum tipo de repressão, infelizmente. Fora isso, o aumento exponencial desta atividade em pontos concentrados da cidade, acabou gerando alguns conflitos de espaço. Normal, aos poucos no diálogo as coisas vão se resolvendo. A primeira etapa foi vencida: a liberdade de expressão. Agora, estamos na fase de discussão para melhorar a regulamentação da lei e outros ajustes entre os artistas, sociedade civil e poder público. Tudo está em processo de transformação”, explica Celso Reeks, um dos fundadores do grupo Artistas na Rua, de São Paulo. O artista vê com bons olhos os incentivos, por meio de editais, das atividades de rua descentralizadas, atividade que, como explicado acima, acontece em São José. “Com pouco investimento, a prefeitura pode criar programas e editais que estimulem a descentralização, levando artistas de rua para regiões da cidade em que o chapéu ainda não é atraente. Mas não dá para ficar só nisso, há também investimentos que podem ser feitos em infraestrutura urbana, mapeando as áreas com maior atividade e instalando mobiliário público, disponibilizando tomadas elétricas e instalando banheiros públicos, entre outras coisas”, explica. 


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Cultura& O criador da Casa do Jazz Divulgação

Henrique Macedo SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

C

hico Oliveira, o ‘Chiquinho do Sexteto do Jô’, nasceu em Piedade mas adotou São José dos Campos, onde vive há mais de 30 anos. O trompetista, que já atuou e gravou com grandes nomes da música como Elba Ramalho, Jorge Ben Jor, Arthur Maia, Gonzaguinha, entre outros, também tem um trabalho de curadoria musical no Sesc São José. Ele é o mentor de um projeto que começou em 2010 e que apresenta ao público diferentes vertentes do jazz, em fusão com a bossa nova e a música latina. A banda de Chico Oliveira convida um músico diferente a cada encontro. “Começou com um projeto de cinco big bands que nós trouxemos de São Paulo para tocar no Sesc São José. Isso cativou e educou o público para escutar música instrumental. Nós começamos na Comedoria mas agora temos que fazer no Solário porque o público aumentou muito. E já tem um

pessoal que vai mesmo, independentemente do nome do músico. Chico explica que o Casa do Jazz é aberto e eclético, sem ficar preso apenas ao estilo instrumental. “Nós não temos preconceito, já chamamos cantor, baterista, sopro, guitarrista, baixista. E o interessante é que, da mesma forma que é divulgado entre o público que curte, isso também acontece entre os músicos. Eu recebo ligações de grandes músicos me cobrando, querendo ser convidados pra tocar no projeto. Na última edição tivemos Hamilton de Holanda, Oswaldinho do Acordeão, Léa Freire e Léo Gandelman. E esse pessoal já fica ‘agulhado’, querendo voltar”, conta. Para essa edição, Chico tentou trazer Hermeto Paschoal, mas ele está em estúdio. Na próxima edição, a ideia é convidar o ‘bruxo’ Hermeto e Yamandu Costa (violão). “A gente vai receber muita gente boa agora, como o guitarrista Ricardo Silveira, Carlos Malta (sax e flauta), o Eliomar Landim (acordeão), um músico jovem de São José, além do grande João Donato (piano)”.

Casa do Jazz Carlos Malta – 7 de outubro | Eliomar Landim – 14 de outubro | João Donato – 20 de outubro Ricardo Silveira – 28 de outubro Gratuito, 19h30, no Solário do Sesc São José. Avenida Adhemar de Barros, 500 – São José dos Campos

CINEMA& O bebê de Bridget Jones

Depois do estrondoso sucesso de “O diário de Bridget Jones” (2001), e “Bridget Jones: no limite da razão” (2004), as aventuras e desventuras da loirinha retornam às telas com mais uma comédia. Bridget Jones (Renée Zellweger) e Mark (Colin Firth) se casam, depois de muitos desencontros. Mas eles acabam se separando. Em crise no trabalho, tentando manter uma boa relação com o ex e engatando um novo romance (Patrick Dempsey), Bridget descobre que está grávida - e não tem certeza sobre quem é o pai da criança. Dessa vez, Hugh Grant não quis participar da continuação (dizem que não gostou do roteiro) e surge Jack (Patrick

Dempsey), o americano que disputará com Mark Darcy o coração da loira e a paternidade do seu filho. Em cartaz na rede Cinemark e Kinoplex.


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SÉRIE&

Um pouco escondida na enorme quantidade de séries e filmes disponíveis no Netflix, a série americana Billions é uma boa dica. No mundo das altas finanças de Nova York, o procurador de Justiça Chuck Rhodes (Paul Giamatti) bate de frente com o brilhante e ambicioso Bobby Axelrod (Damian Lewis). Apesar de às vezes esbarrar em diálogos com linguajar técnico demais, a série prende a atenção e faz você querer assistir todos os episódios de uma vez! A boa notícia é que o canal Showtime encomendou a segunda temporada da série criada por Andrew Ross Sorkin, Brian Koppelman e David Levien. Segundo nota divulgada pelo canal, a estreia da série, somada com a audiência de outras plataformas, registrou a média de 6.5 milhões de telespectadores.

Billions - Série na Netflix

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NOTÍCIAS ESPORTES

Nos passos da corrida A modalidade é a queridinha entre os atletas amadores. Aperte o passo e corra para esse desafio! Marcio Moura SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

A

s desculpas são inúmeras quando algum amigo convida para aquela academia badalada ou, às vezes, até mesmo para esticar até aquele parque no fim de semana, certo? Pois é, mas dar adeus à preguiça depende de você e pode estar a um par de tênis de distância. Atualmente, os exercícios físicos estão cada vez mais difundidos e é comum vermos em praças, parques, ruas ou até mesmo nas calçadas de nossa região, pessoas correndo. A busca pelo fim do sedentarismo e por uma vida saudável é cada vez mais Fotos: Pedro Ivo Prates

Para Simone Santos, 47, a corrida refletiu em uma mudança drástica de hábitos

recorrente. Uma das opções mais fáceis e práticas é a corrida de rua, um fenômeno entre atletas amadores que vem ganhando espaço na vida das pessoas. Uma pesquisa do Ministério do Esporte divulgou uma estatística alarmante. Chamado de “Diagnóstico Nacional do Esporte”, a pesquisa aponta que 45,9% dos brasileiros, cerca de 67 milhões de pessoas, não praticam nenhum tipo de atividade física. Outra pesquisa realizada pelo IBGE dá detalhes sobre o hábito dos brasileiros. Dos 67 milhões de pessoas sedentárias, as mulheres perdem a corrida. Cerca de 51,5% delas não pratica nenhuma atividade, contra 39,8% dos homens.

Para a educadora física e especialista em fisiologia do exercício, Tatiani Silva Godoi, os benefícios da corrida vão além do estético e para vencer a corrida contra o sedentarismo, basta começar. “As vantagens da prática são muitas. Dentre elas podemos destacar a redução e manutenção do peso, controle do estresse, melhora da autoestima e condicionamento físico, dentre tantos outros. E é um esporte de fácil aplicabilidade e que pode ser praticado de maneira individual ou em grupos”, comenta Tatiani. É importante que as pessoas que desejam começar a correr entendam que o acompanhamento de um profissional é essencial. Especialistas indicam a


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Em qualquer modalidade é essencial o acompanhamento de um profissional de educação física

corrida a partir dos 14 anos de idade e com o acompanhamento de um profissional de educação física.“Ter o auxílio de um profissional é indispensável para o sucesso da atividade, isso inclui a prescrição e monitoramento dos treinos”, alerta a educadora física. Para a nutricionista de São José dos Campos, Kalinka Lamêggo, a prática de exercícios deve ser conciliada com uma dieta balanceada. “O corpo humano não é projetado para a prática de exercícios intensos ou muito longos. Para quem busca na corrida uma vida mais saudável, é essencial que se faça uma reposição de carboidratos durante o exercício físico, por isso uma dieta correta e balanceada é altamente recomendada, enfatiza Kalinka. De acordo com a nutricionista, a alimentação pré e pós-treino também é muito importante, pois o corpo humano perde muitos nutrientes com a prática de exercícios e da corrida. “No pré-treino é importante incluir na dieta uma raiz fonte de proteína, como por exemplo a batata doce, ou ainda alimentos como o ovo. Uma ‘crepioca’ com farelo de aveia recheada com uma pasta de aveia é também uma boa pedida.

Para o pós-treino, Kalinka dá dicas sobre a ingestão de alguns nutrientes, muitas vezes desconhecidos pelos atletas: “Após o treino é importante regular o cortisol (responsável pelo controle do estresse, redução de inflamações, contribuição para o funcionamento do sistema imune e que mantém os níveis de açúcar no sangue constantes, assim como a pressão arterial), pois ele tende a subir. Para isso, incluir na rotina de alimentação suco de limão ou acerola são boas opções, pois são fontes de vitamina C e não têm grande quantidade de açúcar”.

Estudo Pesquisadores do Hospital Frederiksberg, em Copenhague na Dinamarca, estudaram por doze anos cerca de cinco mil voluntários saudáveis. Desses, quatro mil pessoas praticavam a modalidade, enquanto os outros mil não tinham o hábito da prática de atividade física. De acordo com a pesquisa, as taxas de mortalidade mais baixas ficaram entre o grupo que praticava a corrida de forma leve ou moderada. Já os atletas de corridas intensas registraram taxas de mortalidade semelhantes aos das

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pessoas que não praticavam nenhuma atividade física. De acordo com a pesquisa, aqueles que corriam acima de 11 quilômetros por hora em uma rotina de exercícios de no mínimo três vezes por semana, tinham as mesmas chances de morte daqueles que nunca praticaram nenhuma atividade física.

Mudança sentida na pele

“Ter o auxílio de um profissional é indispensável para o sucesso da atividade” Tatiani Silva Godoi, ESPECIALISTA EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO

A corrida foi responsável pela mudança de hábitos da nutricionista Fernanda Canos Ribeiro Miranda, de 34 anos, moradora de São José dos Campos. Ela viu na prática uma mudança de comportamento. “Comecei com os treinos funcionais e intercalava com as corridas. Confesso que era terrível, sempre detestei corrida”, comenta. Fernanda conta que no começo não foi nada fácil. “Corria 200 metros e quase não aguentava, não tinha condicionamento físico algum, mas com o

incentivo e dedicação das professoras do grupo que faço parte, fui melhorando a cada dia minhas distâncias e meu condicionamento físico”, comemora. Fernanda agora participa de um grupo de corrida para mulheres em São José dos Campos. Além de proporcionar diversos benefícios, a corrida é uma ótima aliada para “limar” aqueles quilinhos que tanto incomodam grande parte da população. “Com a corrida, perdi 10 kg. Hoje, após um ano e sete meses de treinos, já participei de várias competições e conquistei dois pódios por categoria”. Outra adepta da prática de exercícios é a telefonista Simone Felomena Carvalho Santos, 47 anos. Para ela, a corrida refletiu em uma mudança drástica de hábitos. “Pratico a corrida há um ano e meio junto com um grupo que se reúne todas as semanas. Deixei de ser uma pessoa sedentária e me tornei mais ativa”, comenta. 


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51,5% das mulheres não pratica nenhuma atividade física, contra 39,8% dos homens.

Afinal, qual o melhor tipo de corrida? Existem alguns tipos de corrida e você pode escolher a forma que mais se adapta ao seu estilo de vida e gosto. A corrida indoor (esteira) reduz em cerca de 10% o impacto do corpo, o que faz com que a corrida seja mais fácil. Além disso, na esteira o praticante pode controlar a velocidade, inclinação e a intensidade de carga Se você decidir pela corrida outdoor (ar livre) é importante atentar para o impacto do corpo em relação ao solo e a irregularidades no terreno, condições climáticas e imprevistos de praticar o exercício com outras pessoas. Escolha a sua opção e dê tchau para o sedentarismo!

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68 | Revista Metrópole – Edição 20

NOTÍCIAS TURISMO

Cachoeiras da região

Quedas d’água ainda permanecem intocadas em matas das cidades da RMVale e Litoral Norte Fotos: Divulgação/PMI

Marcus Alvarenga RMVALE E LITORAL NORTE

A

natureza na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte é tão bela e preservada que existem muitos caminhos e lugares poucos conhecidos ou quase inacessíveis. Entre as belezas naturais, destaque para as quedas d’água, algumas pequenas, outras, grandes cachoeiras. A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo não contabiliza o número de cachoeiras nas 39 cidades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, mas podemos imaginar que são centenas, se pensarmos na área verde ainda não acessada pelo homem e que ainda é preservada. Para o turista que ama a natureza e gosta de aventura, opções não faltam. No Litoral Norte, as cidades de Ilhabela, Ubatuba, São Sebastião e Caraguatatuba têm cachoeiras para todos os gostos. Uma das quedas d’água mais bonitas é a Cachoeira do Gato, com 80 metros de altura, acessada somente após uma trilha de 1 hora e 30 minutos por dentro da vegetação da praia de Castelhanos, no canto leste de Ilhabela. O acesso é feito com veículos 4x4, pedalando ou caminhando por uma estrada de terra. O terreno paradisíaco e preservado aproxima os turistas das espécies da flora nativa da Mata Atlântica, ainda resistentes ao desmatamento. O visual é deslumbrante, mas para chegar ao topo da cachoeira é necessário preparo físico para uma trilha considerada de nível médio. Subindo a Serra do Mar e entrando nas trilhas do Parque Estadual, a natureza nos mostra como somos pequenos

Com 80 metros de altura, a Cachoeira do Gato, em Ilhabela só pode ser acessada por uma trilha



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e nos faz refletir sobre a sua destruição. O bairro de Catuçaba, em São Luiz do Paraitinga, é o ponto de acesso para uma área com quedas d’água para serem apreciadas aproveitadas e preservadas. Entre muitas das opções, a trilha das 7 Cachoeiras é a mais proveitosa. O acesso pode ser feito de carro, a pé, pedalando ou cavalgando. O turista pode, a cada trecho, se banhar nas águas remanescentes do Paraíba do Sul, que formam outros três rios. A área é composta pelas cachoeiras Luminosa, Encantada, Pedra Grande, Macacos, Bromélias, Arco Íris e Andorinhas, que vão de 10 a 40 metros de altura, formando poços e piscinas de

águas cristalinas, perfeitas para se banhar e descansar ao som da natureza. O refúgio de belezas naturais fica dentro de uma ecopousada, que oferece toda a estrutura de restaurante, acomodações e atividades de aventura, como rapel e arborismo. A entrada para o refúgio das cachoeiras é no km 46 da rodovia Oswaldo Cruz, acesso entre Taubaté e Ubatuba. Depois de entrar em São Luiz do Paraitinga, placas indicam o distrito de Catuçaba, onde uma estrada de terra leva o turista às cachoeiras. Viajando pelas estradas que ligam as cidades da RMVale, chegamos ao Vale Histórico, que guarda uma das mais

deslumbrantes quedas d’água da região. Em Guaratinguetá, no bairro do Gomeral, o turista vai poder desfrutar bons momentos em uma das águas mais geladas da região. As cachoeiras do Gomeral e das Bromélias são acessadas pelo povoado de Pedrinhas, com acesso por Campos do Jordão e Cunha, respectivamente, através das estradas Parque José Jorge Boueri e Pedrinhas. Foram citadas apenas três cidades com algumas das mais belas cachoeiras, entre as centenas espalhadas por toda a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Então, vale conhecer e valorizar o que ainda resta de preservado em nossa região. Aventure-se! Foto: Ronald Kraag

Cachoeira da Água Branca, em Ilhabela, faz parte do complexo natural de quedas d’água da praia de Castelhanos


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Yázigi inova e tem curso em 24 meses com

extensão no exterior. Todos sabemos que o inglês é fundamental para o crescimento profissional. Porém, segundo a Pesquisa dos Profissionais Brasileiros da Catho, apenas 27,6% dos profissionais investe em cursos de idiomas atualmente. Isso se torna prejudicial à carreira, uma vez que os deixa em desvantagem diante dos colaboradores estrangeiros. Afinal, as empresas necessitam de profissionais poliglotas para o crescimento e, com a baixa qualificação dos brasileiros, estão abrindo portas para contratações internacionais. Para reparar isso, os cursos de inglês estão oferecen-

do opções que se adaptam à necessidade de qualificação dos profissionais e ao curto tempo disponível deles para o estudo. E é nessa nova modelagem que encontramos o Yázigi. A escola, que é referência de ensino em todo o país, está com um curso rápido, o Yázigi Express, que ensina inglês em apenas 24 meses. O formato do curso se destaca entre os diversos cursos rápidos disponíveis no mercado por oferecer ensino mais completo e direcionado ao público adulto (a partir dos 16 anos), sem deixar pontos importantes do aprendizado para trás devido à pressa de ensino. São 04 aulas por semana e, ao final do curso, os alunos poderão receber o certificado internacional TOIEC – exame internacional que mede a proficiência em inglês. O Yázigi garante os resultados de aprendizagem ou o aluno recebe o curso de

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72 | Revista Metrópole – Edição 20

Gastronomia&

A cozinha falante da Carol Conheça a história da capitã que tem um canal de vídeos sobre culinária Laís Vieira SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

C

ozinhar não é a profissão de Caroline Carriolo. Carol, como é conhecida entre os amigos (virtuais ou não), tem 30 anos, é uma mulher trabalhadora e criativa. Ela tem uma profissão diferente: é militar da Força Aérea Brasileira. Mas é um hobby que enche seu coração de amor: o canal de vídeos de culinária. Carol começou a cozinhar aos oito anos de idade com a avó materna e tinha como inspiração o programa de televisão “A Cozinha Maravilhosa da Ofélia”, que assistia com a avó. O programa ficou por 30 anos na televisão e a aprendiz de cozinheira não queria saber de desenhos ou de programas infantis da época. “Eu via a senhorinha falando, cozinhando, apresentando, e era aquilo que eu queria fazer da minha vida, eu achava muito interessante você cozinhar e ensinar as pessoas a cozinharem também”, conta. Carol sempre viu o ato de cozinhar como uma arte. Por conta da infância modesta financeiramente, ela se lembra que a avó transformava ingredientes bem simples em pratos super saborosos. A partir daí, nasce um sentimento especial pela culinária, em que é possível suprir a necessidade

de se alimentar de uma forma muito bonita, graças à valorização e respeito aos alimentos. Com o falecimento da avó em 2015, a vontade de criar um canal do Youtube cresceu, era como se ela se aproximasse da avó. “Ela sempre falava pra mim que o alimento, o almoço e o jantar, ele aproxima as pessoas. Porque é o momento do dia que você conversa com a sua família, com a sua esposa, com seus filhos, pergunta como foi o seu dia, quais foram suas inspirações.” Desde pequena, ao ser perguntada sobre o sonho da vida, a resposta era a mesma - ser apre-


São José dos Campos, outubro de 2016 | 73

Fotos: Pedro Ivo Prates

sentadora de programa de culinária. A mãe dela a incentivou a construir uma carreira mais sólida, mas o sonho da culinária sempre esteve presente. Carol conta que teve a famosa crise dos 30. “Quando a gente faz 30 anos, começa a ficar meio paranóica, a se perguntar ‘o que eu fiz da minha vida, o que eu sou’, começa a rever seus conceitos, seus valores e sua essência e eu sei que eu adoro a arte de cozinhar, de falar, de entreter pessoas, e isso é a minha válvula de escape”, conta. Carol tratou de improvisar um estúdio no seu pequeno apartamento. Escolheu as cores, os utensílios e fez na sala uma janela para o mundo, que a aproxima da realização do sonho a cada nova receita e a cada novo vídeo. Ela contou com o apoio incondicional da mãe, que além de filmar, dar sugestões, prova as receitas e se diverte com o hobby da filha. Apesar da influência da avó, a cozinheira buscou cursos na internet e presenciais, entre eles o curso de gastronomia no SENAC, para aprender sobre formação básica, padronização de procedimentos dentro da cozinha, manipulação e segurança alimentar. Dessa forma, se sente mais confiante para fazer o canal. Ela explica que o canal não é o objetivo principal, mas quer que cresça para influenciar as pessoas, para que todos valorizem o alimento e saibam cozinhar de uma forma divertida e alegre. E sem o estigma de que cozinhar é apenas para alimentar filhos e maridos, mas que é algo prazeroso e que faz as pessoas felizes. “Pra mim, a culinária é uma arte que envolve três sentidos: paladar, olfato e visão. E mais que isso, eu quero que as pessoas cozinhem motivadas, colocando carinho, amor, dedicação, e a partir daí sabor e tempero vão ser uma consequência disso que elas estão colocando. É muito além da receita, é se envolver com o alimento”, diz. Por ser muito comunicativa, Carol explica que o nome Cozinha Falante tem um motivo muito forte. “Toda vez que eu


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“eu quero que as pessoas cozinhem motivadas, colocando carinho, amor, dedicação, e a partir daí sabor e tempero vão ser uma consequência disso que elas estão colocando” Caroline Carriolo

cozinho eu falo com alguém, nem que seja imaginário. Se minha mãe estiver na cozinha, eu vou conversar com ela, se meu marido estiver na cozinha, eu vou conversar com ele, mas se não tiver ninguém, não tem problema, eu continuo falando. Para mim não existe cozinhar sem falar”. Futuramente, além de cursos na França e nas melhores escolas de gastronomia do mundo, ela ainda tem a intenção de abrir uma pâtiserrie, um tipo de padaria francesa especializada em bolos e doces, juntamente com a mãe.

CARREIRA E ROTINA O currículo de Carol é extenso. Apesar de ser bem jovem, fez academia da Força

Aérea aos 19 anos e curso de formação de oficiais por quatro anos. Ela morou no Rio de Janeiro até 2013. Chegou a São José dos Campos após o marido passar em um concurso e ela ser transferida, em 2014. Já a rotina é de atleta. Ela acorda às 6h30, faz o café da manhã da família, dá banho na filha e a leva ao colégio. Entra no trabalho às 7h30 e sai às 17h15. Crossfit três vezes por semana. Inglês outras duas vezes, na hora do almoço. Apesar da vida bastante corrida, ela consegue conciliar sua carreira com seu sonho. Carol testa as receitas para o canal duas ou três vezes por semana e grava os vídeos das receitas aos sábados. Ainda edita, publica os vídeos e monitora a conta do canal no Youtube e redes sociais. 


SĂŁo JosĂŠ dos Campos, outubro de 2016 | 75

Cheese Cake Chocolatoso

Pudim vegano de leite de coco e chia


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Social& por Laís Vieira Boat Decor Show

Foto: Gilberto Freitas

Oscar Susi Toledo, Márcia Salles e Lucas Toledo

A loja Breton na orla no Banhado em São José dos Campos inovou e trouxe um evento sofisticado para a cidade. A experiência proporcionada por Susi e Lucas Toledo, proprietários da loja, superou as expectativas dos convidados. “O Boat Decor Show foi uma ação pioneira que uniu grandes marcas do mercado de luxo com o objetivo de proporcionar aos consumidores diversas experiências”, disse Lucas Toledo, gerente de marketing da Breton. Lanchas cobiçadas puderam ser vistas de perto. Entre os carros, a BMW surpreendeu com o lançamento do modelo X5. Outro destaque foi o menu assinado pelo Cassiano Restaurante.

Lounge Colinas Shopping no Oscar Fashion Days Os vips que passaram pelo Oscar Fashion Days puderam usufruir de um espaço reservado com diversos mimos: o Lounge do Colinas Shopping. Os convidados aproveitaram os intervalos entre os desfiles para circular entre os famosos e muita gente bonita.

Oscar Constantino e Emerson Marietto

Foto: Gilberto Freitas


São José dos Campos, outubro de 2016 | 77

Mês fashion na região

moda masculina

Foto: Anderson Ferreira

Foto:Ludmilla Oliveira

O Oscar Fashion Days, maior evento de moda da região, aconteceu no mês de setembro e reuniu apaixonados pelo assunto e pessoas interessadas em saber as novidades que estarão nas ruas nas próximas estações. Foram três dias, 30 desfiles de marcas de roupas, sapatos e acessórios. Além das celebridades, influenciadores da região foram convidados para comentar as tendências e fazer a cobertura do evento em suas redes sociais. Entre eles, Alex Cursino, editor do blog Moda Sem Censura. Ele disse que aos 15 anos trabalhava como estoquista de loja e não imaginava que trabalharia com moda e seria comentarista dos desfiles. Alex falou sobre as marcas masculinas e sobre os sapatos, comentou que viu desde os modelos mais formais até os mais versáteis, descolados e com um toque de ousadia. Natália Nascimento, do Estilosos no Metrô, falou sobre a grande polêmica do momento, mas que virou febre no mundo: os tênis com luzes de led na sola.

Maquiadora joseense participa da Rio 2016 A maquiadora Miriam Campos, de 21 anos, tinha um sonho de maquiar os atores das cerimônias olímpicas. Para isso, ela disputou com outras duas mil maquiadoras do Brasil e do mundo e saiu de São José dos Campos em direção ao Rio de Janeiro. Lá, Miriam reforçou o seleto time de 150 maquiadores que fez verdadeiras obras de arte para as apresentações de abertura e encerramento das Olimpíadas e Paralimpíadas. “Deu muito trabalho, teve dias que a gente trabalhava de 14 a 16 horas por dia. Mas foi uma experiência maravilhosa. A gente maquiava os personagens e conseguia ver um pouquinho das apresentações”, comentou.

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Arquitetura& Por Moisés Rosa

Projeto com pedras e iluminação

A sala e a cozinha foram integradas com uma bancada

A

mbientes amplos, vista para o jardim e uma varanda para se aproveitar ótimos momentos. A arquiteta Natália Diogo Oliveira, de São Sebastião, executou o projeto de uma residência no bairro Praia Deserta, para uma família que gosta de receber muitas visitas. Um casal que gosta de esticar o papo e receber bem os amigos. A arquiteta Keila Jordão, de Pindamonhangaba, realizou um projeto para esse casal jovem, valorizando o rebaixamento de gesso nos ambientes com projeto luminotécnico, utilizando cores neutras e destacando outras tonalidades em espaços do apartamento. Nesta obra, em um condomínio de Pinda, Keila teve três ambientes para projetar: social, serviço e os três dormitórios, sendo um suíte. À Metrópole Magazine, a arquiteta diz que os proprietários gostam da aplicação de pedras nos espaços. A opção para implantá-las no projeto foi utilizar um revestimento que tem as mesmas características da pedra, com brilho e textura, sendo de fácil

aplicação. Na sala e na cozinha, o destaque do vermelho queimado chama a atenção nos ambientes e dá um ar de modernidade. Para integrar a cozinha com a sala e ganhar mais espaço na bancada, a proposta foi a retirada do balcão existente e o fechamento de parte do vão da porta para colocar a geladeira, o que possibilitou instalar a bancada em “L”. A arquiteta apresentou também uma técnica para adesivar o revestimento que existia, com a imitação de ladrilhos e em cima da pia um vidro temperado. Na sala de jantar, foi colocada uma mesa de vidro, o que proporcionou mais leveza ao espaço. Um ’cantinho’ para um bar foi solicitado pelo casal e, para atender ao pedido, Keila projetou um home bar suspenso no local. Já os dois quartos dos fundos do apartamento foram integrados, com uma porta de vidro temperado no corredor. Para o closet, foi proposta uma sapataria giratória com dois metros de altura e feita uma mesa para maquiagem em cima da bancada. 


Fotos: Arquivo pessoal

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A arquiteta Keila Jordão, formada pela Unitau (Universidade de Taubaté), apresenta projeto com ambientes integrados e com cores neutras


Fotos: Divulgação

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Ao lado, arquiteta projetou espaço para bar suspenso; abaixo, a cozinha ganha destaque com a aplicação de revestimento



82 | Revista Metrópole – Edição 20

Crônicas & Poesia Liberdade

por Florisbella da Silva - Sua calça é da cor do meu esmalte! - Oi?! - Meu esmalte, é da cor da sua calça. - Ah! E continuaram caminhando, agora lado a lado. O dia estava magnífico, iluminado, e era a primeira vez que ela caminhava por ali, embora passasse de carro quase todos os dias nos últimos 20 anos. Nem ela mesma sabe por que falou aquilo com a desconhecida que estava com uma calça rosa, da cor do seu esmalte. A escolha do esmalte foi mesmo uma manifestação da sua futura libertação, que iria ocorrer em breve. A inspiração à libertação foi rever o filme Beleza Americana.

Filme antigo que, como diria Adriana Galisteu, é “um clássico”, foi revisto a pedido da filha porque alguém deve ter lhe dito alguma coisa. Foi bacana rever, embora o consumo de maconha tenha provocado algumas discussões com a filha da idade de “pais caretas e mundo legal”. É, com certeza falar com a desconhecida estava na mesma linha: sentir-se livre, para falar, afinal, o esmalte era mesmo da cor da calça dela e, quando sentiu aquela baforada de cigarro vindo em sua direção, por volta das sete da manhã, vindo de uma moça que caminhava calma, livre, com uma calça absolutamente cor-de-rosa tornou-se incontrolável o desejo de falar. A desconhecida pensou: gente rica tem cada papo! E continuou

caminhando, fumando, desfilando a calça que delineava pernas bem torneadas, possivelmente de tanto andar a pé e fazer faxinas para sustentar o safado. Mas como resistir ao cachorro? Bastava ele olhar para que ela se derretesse e deixasse tudo de lado. A raiva, o ciúme, a promessa de que nunca mais ele iria encostar nem mesmo um dedo nela. Acordar de manhã depois de uma noite ao lado dele era a perfeição, a alegria da vida, a disposição para enfrentar o mundo. Se não houvesse todo o resto...Se gente rica tem um papo esquisito, não a incomodava que aquela desconhecida caminhasse ao seu lado. Afinal, a noite tinha sido maravilhosa e a mulher tinha até uma cara agradável. Seu olhar era de liberdade, de quem sabia onde estava indo e o destino era lugar nenhum. Finalmente o cachorro mostrou sua cara. Estava comendo a secretária fazia anos, mas agora a piranha conseguiu fazer com que ele abandonasse tudo para, oficialmente, liberar todos os seus orifícios. Ah, que delícia a liberdade de falar: vá filho da puta! A vontade de rir também é incontrolável, sabendo que daqui a alguns poucos anos, é na bunda dela que ele vai querer dar o pé...Ai que delícia que não sou eu que terei que liberar todos os orifícios, preparar o jantar e fingir que a vida é bela ao lado de alguém que se tornou um estranho. Não foi mal que alguém tivesse dito alguma coisa sobre o filme à filha... Como não pensei nisso antes?.  Florisbella da Silva escreve a nova coluna ”Pergunta que eu respondo” publicada semanalmente no portal Meon. É especialista em aconselhamento de casal, de separados e de quem quer se separar. Escreve sobre filosofia, direito, relacionamento entre pais e filhos e o que mais quiser.




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