Meon Essecial nº07 - Março de 2019

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Março de 2019 | nº 07

Publicação do Grupo Meon de Comunicação | (12) 3204-3333

Surpreenda-se

Art Gallery

Adriana Coppio, do natural ao sobrenatural

O cinema é a sua festa.

Passarella

Lobato

Mangas bufantes e destemidas

Leia a crônica de Paulo Bonfim

Muito além das horas Os encantos, sofisticações e luxos da alta relojoaria


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Publieditorial





Muito além das horas

Conheça alguns dos objetos de desejo da alta relojoaria Fabrício Correia São José Campos É passado, o tempo em que homens e mulheres precisavam do relógio para ver as horas. No frenesi dos dias, o celular é o ponto de convergência para esta finalidade. Mais do que simples máquinas de marcar horas, dias e anos, os relógios de pulso são peças atemporais de estilo e elegância, que há mais de um século, desde sua criação por 8 | Meon Essencial

Louis Cartier a pedido de Santos Dumont em 1904, povoam o imaginário masculino e feminino nos quesitos luxo e sofisticação. A Rolex se mantém como a marca de relógios suíços mais valiosa do mundo, segundo ranking anual elaborado pela consultoria de branding BV4, de Zurique, foi avaliada em 5,57 bilhões de dólares, mais de 2 bilhões acima que a segunda colocada, a Cartier, avaliada em 3,23 bilhões. No quesito vendas, o Apple Watch pode até ter superado a Rolex, mas o char-

me e desejo da marca frente aos consumidores continua imbatível. A imagem dos altos ateliês relojoeiros suíços originou marcas com identidades exclusivas e força intensa no mercado de luxo. Há consumidores dispostos a desembolsar em torno de R$ 100 mil, preço médio de peças exclusivas em nome da qualidade dos produtos. Meon Essencial separou algumas joias de pulso, masculinas e femininas, para quem está disposto a marcar muito além do tempo.


Fotos: Divulgação

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Art Gallery

Limiar entre o natural e o sobrenatural Adriana Coppio

“O que me interessa na pintura é o limiar entre o natural e o sobrenatural. Isso é a vida. Há sempre um mistério por trás de tudo”.

Fotos: Divulgação

Acrílico: Little Horse

Estilo: Eclético Produção: Acrílico sobre tela Acrílico: Visits

Acrílico: Ilha das Garças

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Acrílico: Banhista VII

Acrílico: Benjamim

Acrílico: O caso

www.instagram.com/adrianacoppio www.adrianacoppio.wordpress.com

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Fotos: Divulgação

Passarella

Elas estão de volta

Bufantes e destemidas

Amadinhxs

Direto do túnel do tempo, ou melhor da esfuziantemente over década de 80, eis que ressurgem, tan tan tan: as mangas bufantes. Pois, é, pois é, pois é. Criada nos séculos XVI e XVII, obviamente que em versões muito mais exuberantes que as atuais ou primas oitentistas, originalmente traziam até armações e barbatanas. Conquistaram os fashionistas novamente e estão a toda no street style da temporada de moda.

Economizar, never

Tecido a vontade. Com o super calor o look pode ser um vestidinho fresco, e o bufante para lacrar com chinelinho e papete. Não precisam ser maxi exageradas, podem trazer um ar de romantismo e até saudosismo em modelagens ligeiramente mais discretas e comprimentos cropped, perfeitos para combinar com um jeans bem surrado.

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Quem pode usar mangas bufantes?

Como assim, quem pode usar? Usa quem gosta, mas vai umas dicas: As mangas bufantes trazem o foco de volume concentrado na porção superior do corpo, portanto é ideal para pessoas que têm essa área mais estreita. Se ama a tendência, acha que fica legal em você e se sente bem e feliz, se joga. Nada impede você de não exagerar, não é, Maria Antonieta! Tente equilibrar peças de volumes moderados nas mangas e não usar um shape muito batido na parte de baixo.

De um ombro só

Quer ousar? Body ou a blusa de um ombro com a modelagem bufante é uma excelente opção para valorizar o colo e os ombros.

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Surpreenda-se

Um cinema para chamar de seu. Comemore seu aniversário na companhia de seus amigos e da sétima arte. Escolher um filme e vê-lo na companhia dos amigos é um entretenimento que vai além da arte. Imagine agora se for também uma oportunidade para se comemorar uma data festiva, como por exemplo, seu aniversário. A cadeia multiplex de cinema, Cinemark, estabelecida em várias cidades da RMVale oferece esta diversão exclusiva. É possível fechar a sala toda durante algumas sessões só para os convidados do aniversariante. Eles ganham um kit com pipoca, refrigerante. A rede aceita reserva para o mínimo de cinquenta pessoas. Há também a possibilidade de dispor de um ambiente decorado para cantar o tradicional “Parabéns a Você”. Essa locação inclui a exibição de um filme que esteja em cartaz no complexo escolhido na semana do evento. O filme somente poderá ser escolhido uma semana antes da comemoração, devido à atualização da grade de programação. O período de locação é de 3 horas. A média de capacidade por sala vai de 200 a 300 lugares.

Mais informações:

www.cinemark.com.br 14 | Meon Essencial



Pas De Deux

Feriado de novo? Dicas para fugir do cotidiano Começar a semana sabendo que tem um feriado é tudo de bom, mas quando esse dia de descanso cai bem no meio, muita gente acha que não vai dar tempo para aproveitar. Meon Essencial perguntou a um mestre yogue, Eduardo Pereira, e um ator e esportista, Arnaldo Gianna, o que fazer para aproveitar ao máximo estes momentos. Arnaldo Gianna

Divulgação

Retiro ou aventura ?

Eduardo: As duas coisas são excelentes, em ambas podemos ter o privilégio do contato com a natureza, eu gosto de intercalar, ora retiro, ora aventura, sou adepto do montanhismo e às vezes consigo aliar tanto a aventura quanto o retiro em locais afastados das grandes cidades em que o contato com a natureza renova totalmente nossas energias. Arnaldo: Prefiro aventuras. Em verdade, estou sempre tentando conciliar belas paisagens e atividades físicas. Tenho participado de circuitos de corridas de obstáculos como a Bravus Race. Feriado para mim é para se exercitar.

Leitura ou filme ?

Eduardo: As duas coisas também são excelentes, mas particularmente sou mais adepto da leitura, sempre ando com algum livro comigo e a cada intervalo nas atividades diárias tiro um tempo para uma boa leitura, no momento estou lendo Sidarta, de Hermann Hesse. Arnaldo: Gosto muito de ler, estou sempre procurando novos desafios. Como tenho me dedicado ao cinema, não perco uma estreia e fico sintonizado nos principais lançamentos em produções para o streaming, além de séries.

Um local onde o tempo simplesmente desaparece para você.

Eduardo: Quando sento em meditação o tempo não flui mais no sentido linear, apenas percebo a interconexão de tudo com tudo, posso estar em qualquer lugar e a qualquer hora, não importa, tudo é um eterno presente, esse local é aqui (seja lá onde for) Arnaldo: Tiradentes, Minas Gerais. Tenho estado por várias vezes nesta cidade, escolhida por mim e minha esposa para fugir do estresse ocasionado pela metrópole em nosso dia a dia. Recomendo. É uma vivência especial.

Eduardo Pereira 16 | Meon Essencial

Foto: Gislaine Lopes



Essencial Destinos

Igaratá, natureza encantadora, eq

Igaratá preserva suas belezas naturais e as tradições de seu povo que viu a cidade ser inundada há cinquenta anos para construção da Represa do Jaguari, hoje o principal atrativo turístico da cidade. Cercada por uma natureza exuberante, entre

Conheça mais sobre Igaratá

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vales e montanhas, um passeio pelo majestoso reservatório proporciona um cenário cinematográfico que muda ao longo do dia, dependendo do tempo e da posição do sol. A ampla rede de serviços torna Igaratá ainda mais interessante e um roteiro diferente na RMVale. A cidade possui spas, pousadas, empresas náuticas, pesqueiros, restaurantes, casa de artesanato, estância naturista e uma estância de ecoterapia, entre outras instalações destinadas a prática do turismo. O turista que pretende desvendar a cultura local também não pode deixar de visitar a Casa do Artesão e a Praça 30 de Dezembro, tradicionais pontos de encontro de moradores. São ideais para quem quer prosear e conhecer os costumes dos igaratenses. Cachoeira do Ribeirão das Palmeiras Localizada em uma área particular, oferece acesso ao público para momentos de descontração e lazer. Está apenas a um quilômetro do centro da cidade.


Represa do Jaguari Própria para pesca submarina, passeios de barco, esportes náuticos, banhos e pesca. Possui vários tipos de peixes, como tilápia, tucunaré, corimbatu, lambari e traíras. Também conta com uma diversificada fauna primitiva, composta por bugios (macacos), siriemas, tatus, preguiças, ouriços e gatos-do-mato. Velha Igaratá, a cidade submersa Imagine conhecer as ruínas de uma cidade que foi completamente submersa, essa é a experiência para quem visita a Velha Igaratá, que fica a cinco quilömetros da nova cidade.

Spa Fazenda Igaratá

Cleide Machado

equilíbrio e harmonia.

Onde ficar:

Localizado a apenas 87 quilômetros da cidade de São Paulo, o Spa Fazenda Igaratá está em meio a uma rica área de preservação ambiental que engloba 7 alqueires e oferece, a valores bem acessíveis, tudo o que há de melhor para você perder peso de modo saudável ou apenas descansar. Dispõe de 54 confortáveis apartamentos com televisão e varanda para o verde, distribuídos em quatro construções distintas. Todos eles, com camas amplas e boxes espaçosos, equipados com generosas duchas aquecidas a gás. Caminhando pela grande área do complexo, você encontrará um aconchegante restaurante com lareira, jardim oriental e sushi-bar, salão de festas, espaço recanto, casa de leitura, espaço de jogos, canto zen, loja, capela ecumênica, espaço de artesanato, estufa de plantas medicinais e muito mais E para relaxar, o Igaratá mantém solarium com duchas, hidromassagem aquecida coletiva, redário e saunas seca e a vapor. Para a prática de exercícios, o Igaratá oferece uma estrutura pouco vista em muitos spas, envolvendo uma completa academia de ginástica e musculação, piscina 21x7m aquecida e coberta, quadra de tênis, quadra de vôlei de areia, quadra de futebol society gramada, pista de bocha e malha, quadra poliesportiva coberta e diversas trilhas que percorrem toda a propriedade, inclusive uma para trecking montanhoso Hidromassagem do solarium | Divulgação

www.spaigarata.com.br Meon Essencial | 19


Fafá de Belém, brasilidade e largo sorriso.

Uma das grandes estrelas da música popular brasileira, apresenta sexta-feira (29), no Teatro Palco Externo do SESI, o show “Guitarradas do Pará”. No repertório, o público verá grandes sucessos da cantora, como “Bilhete” (Ivan Lins/Vitor Martins), “Abandonada” (Michael Sullivan/Paulo Sergio Valle), “Ao Pôr do Sol” (Firmo Cardoso/Dino Souza), “Cavalgada” (Roberto Carlos), além de músicas de seu mais recente trabalho, “Do tamanho certo para o meu sorriso”, de 2015, que venceu o Prêmio da Música Brasileira nas categorias “Melhor Álbum” e “Melhor Cantora - Canção Popular”. O álbum marcou a comemoração dos 40 anos de carreira da artista. Fafá fará um resgate artístico e emocional, que percorre atitudes, gestos, memórias, referências e visões de Belém do Pará. Uma viagem em torno de sua história de vida. O show, que já foi apresentado em algumas das principais capitais do país, traz a São José dos Campos fusões rítmicas com as deliciosas misturas e sabores da 20 | Meon Essencial

música do norte do país, sua vibração e brasilidade. Ganhadora de diversos prêmios nos seus 43 anos de carreira, Fafá de Belém acumula mais de 30 álbuns gravados, shows e turnês nacionais e internacionais, mais de 50 canções inseridas como temas de novelas e especiais de TV e é a única artista no mundo a cantar para 3 papas. Na apresentação, será acompanhada pelos guitarristas Manoel Cordeiro e Felipe Cordeiro.

Serviço: Quando: Sexta, 29 de março Onde: Teatro SESI São J. dos Campos Av. Cidade Jardim, 4389 - Bosque Ingressos: Grátis. Reserve pelo site: https://saojosedoscampos.sesisp.org.br/

Divulgação

Roda Gigante


Música “Viver (Mais leve que o ar)” Primeiro álbum solo do ex-vocalista do O Rappa, Marcelo Falcão, partiu do material que vinha sendo composto por ele e Felipe Rodarte nos últimos anos: mais de 600 arquivos levantados e selecionados até chegarem ao formato final. Reúne 13 canções, a grande maioria composta apenas por Marcelo Falcão, encabeçadas por “Viver”, em alta frequência nas fms. O trabalho tem a participação do cantor de reggae jamaicano Cedric Myton, do maestro e arranjador Arthur Verocai e um time de músicos de primeira, como Bino no baixo (Cidade Negra), Marcos Suzano na percussão, Hélio Ferinha nos teclados, DJ Negralha nos scratches e efeitos, Felipe Boquinha na bateria, Fernando Magalhães na guitarra (Barão Vermelho), além do próprio Falcão pilotando guitarra, violão e teclado. Imperdível.

Álbum da Califórnia Cinema Dumbo, Tim Burton Do mundo mágico e sombrio de Tim Burton sai a versão em live-action de um dos grandes clássicos da Disney. Holt Farrier (Colin Farrell) é uma ex-estrela de circo. Ao retornar da guerra encontra seu universo de ponta cabeça. O circo onde brilhava está passando por grandes dificuldades e o dono Max Medici (Danny DeVito) o contrata para tomar conta de Dumbo, um elefante recém-nascido com orelhas gigantes que se torna alvo de piadas de toda a trupe circense. Quando os filhos de Holt (Nico Parker e Finley Hobbins) descobrem que Dumbo pode voar, o empresário V.A. Vendevere (Michael Keaton) e a trapezista Colette Marchant (Eva Green) entram em cena para transformar o pequeno elefante em um astro. O roteiro é assinado por Ehren Kruger.

O Quarteto Maogani é um dos grupos instrumentais mais conceituados no cenário musical popular brasileiro, destacando-se cada vez mais por sua produção fonográfica de alta qualidade e por sua presença constante em concertos no Brasil e no exterior. Criado em 1995, trouxe para a música brasileira novos caminhos, explorando uma formação instrumental pouco usual no cenário popular. O álbum lançado pela Biscoito Fino nos traz o encontro do quarteto com um dos ícones da música brasileira no exterior. Radicado nos Estados Unidos desde a década de 1960, o pianista fluminense Sergio Mendes conheceu o Quarteto Maogani em 2001 em uma das vindas do artista ao Brasil. Na ocasião, os violonistas mostraram a Mendes o arranjo que fizeram para “Chovendo na Roseira” (Antonio Carlos Jobim, 1973). A partir deste encontro mantiveram longa parceria, que culminou na gravação deste álbum, que embora tenha sido gravado em 2006, permaneceu inédito até hoje. Mendes e o Maogani selecionaram o repertório – formado basicamente por joias da música brasileira, entre elas “Manhã de Carnaval”, “A Ostra e o Vento” e “Frevo Rasgado” e fizeram os arranjos. Há ainda três clássicos da música americana.

Literatura | Elegia do Irmão, João Anzanello Carrascoza. Dividido em duas partes, “Elegia do irmão” conta a vida de Mara através das lembranças de seu irmão. Jovem, diagnosticada com uma doença grave, sabe que terá um período conturbado de tratamento, e que o apoio da família será fundamental para uma possível recuperação. Ao mesmo tempo, seu irmão, ao viver a dor da notícia, não quer se deixar tomar apenas pelo sofrimento infligido a ela, escolhendo também se lembrar de como eles viveram, da memória dos momentos passados juntos que solidificaram essa relação fraternal através dos anos. Com uma narrativa envolvente e belíssima, João Anzanello Carrascoza constrói um retrato contundente e apaixonado de uma das ligações mais íntimas do ser humano: a irmandade.

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Secos & Molhados

Chef Vivi, criatividade e talento. Viviane Gonçalvez, a esfuziante chef Vivi, comanda o estrelado restaurante que leva seu nome na Vila Madalena, em São Paulo. Nascida em São José dos Campos, é formada em história e geografia, mas desde a adolescência escolheu a culinária para empreender. A mãe, excelente cozinheira, a ajudava no improvisado ofício de pâtisserie. Começou trabalhando em uma pizzaria em Sanja, até que em 1992, abriu com a irmã e uma sócia, lendário Cabala Bar e Café. Hoje, o “Chef Vivi”, não tem um cardápio fixo. Com criatividade e talento a chef foi modificando a relação dos paulistanos com a gastronomia sazonal, com a oferta de receitas especialíssimas para todos os gostos, dos vegetarianos aos inveterados carnívoros. Vivi, entre as diversas premiações, recebeu da “Veja: Comer&Beber”, o título de Chef Revelação em 2012. A ideia de trocar de menu todos os dias, no almoço e jantar, mostra a energia e dedicação da profissional pelo ofício sagrado da cozinha.

Nando Luz, lirismo e poesia. Baiano de Itororó, radicado em São José dos Campos, o músico Nando Luz é pura poesia. Sua vasta obra é influenciada por membros da vanguarda paulista como Luiz Tatit e Zé Miguel Wisnik e Jorge Mautner, uma espécie de padrinho “espiritual”. Plural, com trabalhos artísticos lendários na RMVale como os shows “Luzicidade”, “Mautnerianas” e “Madonna Mudaria Minha Vida, depois de um tempo distante dos palcos, por conta de problemas de saúde, está voltando a plataforma que maximiza a luminosidade de sua existência. Lançando o EP, “Acenando com Bandeira”, onde passeia melodicamente pelos poemas do mais lírico poeta brasileiro, Manuel Bandeira, Nando segue com as apresentações do espetáculo que leva o mesmo nome do extended play. Em tempo, sua urbanidade poética o faz um dos grandes expoentes contemporâneos da MPB no país.

Eriberto Leão, on demand. O ator joseense, casado com Angela Leal, pai do João e do pequeno Gael estreia nas plataformas de streaming. Exclusivo para a Globoplay finalizou sua participação na segunda temporada da série “Ilha de Ferro”. Na trama Eriberto interpreta Diogo Bravo, irmão de Júlia (Maria Casadevall), uma das petroleiras, que, assim como os demais colegas, vive pelo menos duas vidas: uma na terra, outra no mar, onde passa duas semanas inteiramente confinada na PLT137, a ilha de ferro, localizada a uma hora de helicóptero da costa brasileira. Longe das telinhas desde sua participação em “O Outro Lado do Paraíso” de Walcyr Carrasco, o ator, com passagens por Band, Globo e SBT, promete surpreender ao longo dos 12 episódios da série. 22 | Meon Essencial

Mônica Bernardo, sob a égide da arte. Artista plástica conceituada, de trajetória eclética, atuando há mais de 20 anos na RMVale, com ênfase em obras e produtos exclusivos para maternidade, ou como ela diz, “inspirações para a chegada da alegria”, Mônica, começa a se dedicar com mais intensidade a confecção de bonecas “reborns” e “newborns”. Na técnica “reborn”, a artista desmonta bonecas prontas, remove o que for necessário, inclusive a tinta de fábrica. Ela faz o renascimento da boneca, refazendo a pintura com tintas especiais, conseguindo um resultado altamente realista. Na técnica do “newborn”, a artista utiliza esculturas novas, também conhecidas como moldes ou kits. Não são esquecidos detalhes como: veias, olhos especiais, cabelos, cílios, saliva e até lágrimas. Atendendo em seu “home atelier”, Mônica Bernardo continua a produzir peças de pintura decorativa: “A beleza está em personificar um momento transformando o em memória”, diz.


Crônica das cidades

Lobato Do último encontro com Monteiro Lobato, guardo o “Urupês” com a dedicatória:

“Ao Paulo Bomfim

lembrando a bela tarde de 24 de junho de 1948.” Dia frio, feito de arrepios e de passos apressados. A vida caminhava com mãos nos bolsos e chapéu desabado. Cheguei à Livraria Brasiliense, na rua Barão de Itapetininga, e subi para o apartamento do escritor. Lá chegando, vou encontrá-lo rodeado de alguns amigos. Edgard Cavalheiro, Fidelino de Figueiredo, Otavianinho Alves de Lima e, se não me falha a memória, Rubens do Amaral. Falava-se de georgismo e da salvação nacional através do imposto único. Lobato quedava-se absorto, distante e friorento, envolto na manta que lhe escondia os pés. Apenas os olhos brilhavam debaixo das grossas sobrancelhas. De vez em quando um suspiro que vinha de longe, provavelmente do Belenzinho, onde o “Minarete” ressurgia do passado para aportar num presente em que resiste até hoje às unhas aguçadas do progresso. Quando o silêncio das primeiras sombras desceu sobre o grupo, pedi a Lobato que me falasse de Ricardo Gonçalves. Parecendo despertar de um sonho, olha-me fixamente e me diz: - Mas por que você está me pedindo para falar dele agora? Senti a sensação de haver cometido a indiscrição de escutar a conversa que mantinha com o amigo morto. A cidade anoitecera. Saímos caminhando pela Barão de Itapetininga. Íamos silenciosos, pressentindo no frio da noite a geada que chegava das “Cidades Mortas”. Poucos dias depois, na madrugada de 4 de julho, Lobato partia ao encontro de Ricardo Gonçalves.

Paulo Bonfim, nasceu em São Paulo em 1926, descendendo de bandeirantes e de fundadores de cidades. As origens da temática de “Armorial” circulam em suas veias. É considerado o príncipe dos poetas brasileiros, título herdado de Guilherme de Almeida, que prefaciou seu livro de estreia “Antônio Triste”, publicado em 1947, com ilustrações de Tarsila do Amaral. É hoje o Decano da Academia Paulista de Letras.

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