Jornal Gazeta do Oeste

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Entrevista DA SEMANA

“Então, o que nós vamos fazer é dosar um pouco estes investimentos, com um pouco de poupança durante o mandato para sempre seguirmos com fôlego, igual à economia doméstica, que diante de uma crise você tem como segurar um pouco” Amilton Augusto

amilton.augusto@gazetaoeste.com.br

O prefeito Vladimir de Azevedo esteve reunido na manhã de ontem (27) com funcionários públicos, imprensa, secretários e vice-prefeito no auditório da Semusa – Secretaria Municipal de Saúde. Na reunião de quase uma hora, o chefe do Executivo fez um balanço do ano de 2012 e projeções para o ano que se inicia. Vladimir anunciou oficialmente o novo secretário de saúde, Dárcio Abud Lemos, falou sobre o aumento na conta de água e sobre as dificuldades financeiras que o município enfrenta. Após seu pronunciamento, o prefeito atendeu rapidamente a imprensa. Como você se sente para enfrentar o novo mandato como prefeito de Divinópolis? Estou muito feliz em concluir esta jornada e preparadíssimo para cumprir a próxima. Me sinto muito motivado para continuar trabalhando mais e melhor por Divinópolis. E queremos fazer um agradecimento pelo fechamento deste ciclo com o vice-prefeito Francisco, e ao mesmo tempo a abertura de um novo ciclo de fé e esperança, em que vamos cumprir os mesmos princípios morais e éticos. Ao mesmo tempo anunciamos que vamos iniciar o governo com equipe mínima e formar o novo governo durante o primeiro trimestre de 2013 e já antecipando a transição dentro da Secretaria Municipal de Saúde, em que a secretária Cherie entendeu que já cumpriu sua missão. Ela deu sua cota de colaboração para a história, quero agradecer a Cherie, que além de grande companheira e amiga, sempre dedicou e honrou nesses quatro anos. E também anunciar o novo secretário, Dárcio Abud Lemos, que assume o comando da secretaria no próximo dia 1º de janeiro. Durante os quatro anos

você defendeu muito o trabalho técnico nas secretarias. Agora está nomeando um secretário que não é técnico de sua secretaria. O que você entendeu disso? O secretário é um gestor e esta secretaria é muito complexa, com 1500 servidores. O serviço muito grande, que vai desde o Crevisa, a Vigilância Sanitária, o Pronto Socorro, as Unidades de Atendimento Primário, a questão dos leitos hospitalares, obras [...] Então é uma secretaria complexa. Na secretaria de saúde circulam mais de 10 milhões de reais por mês. Na verdade, o Dárcio é um administrador, como já tivemos ministros da saúde economistas. Vemos que é uma aposta de preparo político de liderança. Infelizmente a secretaria de saúde é alvo de denuncismo político da oposição muitas vezes sem provas. Neste momento é importante ter um secretário com perfil de liderança. Essa mudança já sinaliza um novo modelo de gestão na saúde, já que foi uma das pastas mais criticadas pela oposição? Eu vejo que a maioria das críticas da oposição foi crítica por crítica, não é? Talvez já preparando desde o início, querendo disputar a eleição e queriam contaminar o processo com muitas denúncias vazias, muita maldade, sem construção. Nós estamos no rumo certo, tanto que a população apoiou nosso modelo de gestão. Mas temos que aperfeiçoar[...] Estamos construindo o hospital público, vamos colocar a UPA Sudeste para funcionar este ano, o Pronto Socorro vai para dentro do hospital. Onde é o Pronto Socorro vai ser uma Upa Central, as unidades básicas passaram por uma remodelação para se tornarem unidades de atendimento à família. Então é um período que vai envolver bastante a necessidade de um bom gestor. Não significa uma mudança de rumos, significa aperfeiçoar a cada dia.

Amilton Augusto

uma crise você tem como segurar um pouco. Quais são os critérios que a Prefeitura utiliza para estimar o repasse do FPM para 2013? As estimativas são balizadas através da Secretaria Nacional do Tesouro Público, que é a nossa grande bússola. O seu relatório de economia, gestão e de previsão de finanças, então esse relatório orçamentário que nós apresentamos foi pautado por esse relatório.

Vladimir de Faria Azevedo: Graduado em Economia. É o primeiro prefeito reeleito de Divinópolis. Filiado ao PSDB, Azevedo completa 41 anos no próximo dia 02 de janeiro.

A equipe de transição foi criada num momento de aperto financeiro da prefeitura para dar um novo fôlego. Continuar com essa equipe no início do ano significa que a prefeitura continua apertada? Não só isso. É claro que 2013 está desenhado aí por economistas como um ano difícil, em que a crise perdura na Europa e nos EUA. São mercados fundamentais para a economia brasileira. A nossa sorte é que hoje, o Oriente, a China e a Índia, passam por um bom momento econômico para segurar o mundo. Sabemos que isso ainda é insuficiente. Mesmo nos Brics, o Brasil é o pior país em de termo de desempenho econômico, não é? Com crescimento de 1% este ano, enquanto a Rússia que foi o segundo desempenho ficou com o PIB na casa de 3%. A China que ficou em primeiro lugar cresceu 7,7%. Então, 2013 será um cenário difícil, mas a continuidade desta equipe, não é só por este motivo. Ela se dá por que nós não tivemos, neste fechamento de mandato, condição de ter o tempo necessário a

fechar o mandato com a crise e ao mesmo tempo desenha nosso próximo mandato. Quais os critérios você pretende tomar neste novo mandato para não precisar aplicar essas medidas que foram tomadas em 2012 devido a queda do FPM. Bom... Tem coisas que prevemos, tem coisas que são fatores externos. Infelizmente ninguém tem bola de cristal. Mas eu creio que um dos critérios... vou resumir numa única medida: é aumentar um pouco da poupança do município. Nós trabalhamos muito com investimentos, recorde de investimentos em habitação, saúde, vocês podem olhar os dados aí. Nós estamos investindo em saúde é assim dez vezes superior à média. Nós estamos investindo em infraestrutura, asfaltamento de linhas de ônibus também. Então, o que nós vamos fazer é dosar um pouco estes investimentos, com um pouco de poupança durante o mandato para a gente sempre seguir com fôlego, igual à economia doméstica, que diante de

Você precisa da aprovação da Câmara Municipal sobre alguns projetos, até mesmo sobre a aprovação da venda de alguns imóveis públicos... O que você espera da última reunião da Câmara? Cada Poder tem sua responsabilidade, estou fazendo a minha parte e espero que a Câmara faça a parte dela. Acho que a politicagem tem limite. Não pode uma minoria descompromissada comprometer o município de uma maioria comprometida. Minha esperança é que essa maioria se sobreponha. A minha expectativa é que a Câmara cumpra sua parte somando, se harmonizando com o Poder Executivo para viabilizar essas questões. Tudo que não for viabilizado, a nossa grande esperança é que a

partir do dia 1º nós temos uma nova Câmara que já pode colocar uma nova realidade política e administrativa da nossa cidade. O aumento na conta de água estava previsto para março de 2013 e foi antecipado para janeiro. Qual é a justificativa? Na verdade a questão da Copasa estava prevista para 2013. Então, houve quem falou que era março, outros em fevereiro. Mas na verdade era no ano de 2013. A questão é que o município cumpriu a sua parte. Já estamos com a primeira estação de tratamento de esgoto para ser inaugurada no meio do próximo ano, o rio despoluído. Todos os compromissos que eu assumi então sendo colocados. Este é um dever de todos nós. Não tem lugar no mundo em que isso funciona, sem que isso seja repartido entre os moradores da cidade, que tenha serviço de saneamento básico, iluminação pública, etc. Prefeito, o senhor deve iniciar o ano em negociação com os servidores públicos. Já existe alguma contra partida para propor ao funcionalismo? Não. Nós vamos sentar depois de janeiro para ver isso. Eu recebi o comunicado ontem.

Na secretaria de saúde circulam mais de 10 milhões de reais por mês. Na verdade, o Dárcio é um administrador, como já tivemos ministros da saúde economistas. Vemos que é uma aposta de preparo político de liderança. Infelizmente a secretaria de saúde é alvo de denuncismo político da oposição muitas vezes sem provas. Neste momento é importante ter um secretário com perfil de liderança.”


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