Edição Gazeta do Oeste - 2059

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:: GAZETA DO OESTE :: DIVINÓPOLIS -SÁBADO E DOMINGO, 27 e 28/04/13

Fiscalização da Polícia Militar na Festa da Cerveja contará com bafômetro Será empregado efetivo no interior da Estância Marisa e em seu entorno, além da fiscalização da Polícia Rodoviária Estadual ao longo da BR-494. Bafômetro da PRE será utilizado

Erik Ullysses

Erik Ullysses

erik.ullysses@gazetaoeste.com.br

A Polícia Militar contará com um esquema especial no policiamento e fiscalização da Festa da Cerveja, realizada às margens da BR-494, na Estância Marisa. Devido a localização da festa, os Militares do 23° BPM terão o reforço da Polícia Rodoviária Estadual, que ficará por conta da fiscalização ao longo da rodovia. Também serão dispostos Militares no interior da festa e em seus arredores. De acordo com o responsável pelo policiamento do evento, o capitão Marco Paulo, o efetivo será reforçado, principalmente no interior da Estância Marisa. “Nós vamos estar com um efetivo reforçado na festa, principalmente no interior da Estância Marisa, que

é o local de realização. Além disso, também temos o reforço da Polícia Rodoviária Estadual, ao longo da BR-494, para garantir a segurança das pessoas que se direcionam ao local da festa, ou mesmo que passem por ali” assegurou. O número de Militares empregados e as medidas que serão adotadas foram feitas a partir da experiência das outras edições do evento. Além daqueles que estarão diretamente envolvidos no policiamento, outros Militares na cidade ficarão à disposição caso ocorra alguma emergência. “Diretamente envolvido dentro do local da festa nós teremos 45 Militares. Nós temos também outros Policiais no entorno da festa, temos estes que estarão na rodovia, e na cidade teremos aqueles que por ventura podem ser acionados em

caso de uma eventualidade. Então tem um contingente considerável e tomando como base os outros anos da festa, o necessário para uma boa realização do evento” afirmou o capitão. Um ponto importante que foi destacado pelo capitão Marco Paulo se refere ao consumo de bebidas alcoólicas por aqueles que participarão da festa. Como a festa acontecerá às margens de uma rodovia, o capitão aconselhou a todos que façam um uso moderado de tais bebidas, evitando assim maiores problemas. Aqueles que pegarão o volante não devem consumir bebida alcoólica. Para fiscalizar os motoristas, os Militares contarão com a utilização de bafômetro da Polícia Rodoviária Estadual e aqueles que forem pegos infringindo a Lei Seca serão

conduzidos para a Delegacia. “A Polícia Rodoviária Estadual levará o bafômetro para o local. Todos os policiais que estão ali no entorno estão envolvidos nessa questão. Então, infelizmente para o condutor que for flagrado nesta situação, ele será conduzido para a Delegacia e serão tomadas as devidas providências legais” assegurou capitão. A PM aconselha que as pessoas optem por se deslocarem até a Festa da Cerveja em grupos de quatro ou cinco em um mesmo carro, praticando assim o chamado “transporte solidário”. Outra dica é chegar mais cedo, evitando assim tumultos na porta. As pessoas devem ficar atentas também aos seus celulares, carteiras e documentos, para evitar perda ou furto dos mesmos.

Policiamento na Festa da Cerveja contará com um bafômetro para a fiscalização de motoristas que infringirem a Lei Seca.

Presidente da OAB Divinópolis e conselheiro da OAB Agentes penitenciários Minas são contrários a redução da maioridade penal encontram drogas Para os dois diminuir a idade penal não resolveria o problema dos crimes cometidos por menores, servindo apenas para aumentar ainda mais a superlotação das cadeias do país. Educação, mudanças em alguns termos do ECA e incentivo a uma profissão podem ser caminhos eficazes

Liziane Ricardo

Uma discussão vem tomando conta dos noticiários, envolve especialistas e leigos, chegando até as rodas de conversas em todo o país: A possibilidade da redução da idade penal no Brasil. Atualmente no país a pessoa só é considerada maior de idade após completar 18 anos. A proposta que tramita no Congresso Federal e deverá ser posta em discussão em breve é a redução da maioridade penal para 16 anos. A reportagem da Gazeta do Oeste conversou com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da cidade, Íris José de Almeida, e com Adilson Rocha, conselheiro da OAB Minas Gerais e criminalista, para saber a opinião dos mesmos sobre o assunto. Ambos foram enfáticos: não aprovam a redução e nem acreditam que isto possa ocorrer. Íris Almeida acredita que a solução para o problema da criminalidade praticada por menores pode ser resolvida por meio de um apoio maior para a educação. Com a criação de escolas em tempo integral e que também ensinem uma profissão para os adolescentes, estes jovens manteriam a mente ocupada e assim, se afastariam do mundo dos crimes. “É preciso fazer alguns investimentos na área social. Por exemplo, eu acho que a escola deveria ser em tempo integral, para que o aluno freqüentasse o dia todo a escola. Que eles desenvolvessem também a parte profissional, não apenas o estudo. Mas ele tem que ter o tempo ocupado. Mente vazia

é oficina do diabo” disse. Para Íris, reduzir a idade penal dos adolescentes só geraria mais problemas para as já superlotadas cadeias brasileiras. Mudanças em algumas condições do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) também foram apontadas por ele como uma forma que pode surtir efeitos. “Reduzir a maioridade penal de 18 anos para 16 para mim é encher nossa penitenciária de meninos. Isso não deve acontecer. O que deve acontecer é repensar a lei do Estatuto do menor, aumentar algumas condições dessa punição a ser feita. Mas também não é meramente colocar lá em um local fechado não. Tem que ter escola, parte profissional, porque senão vai sair de lá pior do que entrou” assegurou, lembrando dos problemas enfrentados nas cadeias do Brasil com a baixa recuperação de seus presos. A visão de Íris também é compartilhada por Adílson Rocha. Ele aponta que a maioridade penal do Brasil atualmente foi uma grande evolução e uma conquista que levou anos para ser assegurada. “Eu sou radicalmente contra essa redução da maioridade penal. Mesmo porque, estar hoje em 18 anos foi evolução. No Brasil, a maioridade penal já foi de 14 anos. Já teve pena de morte. Hoje estamos em 18 anos e não há mais pena de morte. Isto é um processo de evolução da sociedade. Se o Congresso Nacional resolver alterar a Constituição Federal, porque vai

em celas do Floramar Agentes penitenciários encontram na quinta-feira (25) uma pequena porção de entorpecentes em duas das celas do presídio Floramar, em Divinópolis. A Polícia Militar informou que foi acionada no presídio, situado a rua Paquetá, bairro Jardim Floramar, onde um agente teria encontrado drogas nas celas após uma vistoria de rotina nos pavilhões. No local, os Militares constataram que havia sido localizado

pelos agentes duas pedras de substância semelhante ao crack com o detento K.S.S, de 27 anos, na cela número 7. Em prosseguimento a revista das celas, foi localizado um cigarro de maconha na cela 4, com o detento G.H.E.L, de 19 anos. Diante dos fatos, os Policiais apreenderam os entorpecentes, que foram encaminhados para a Delegacia da Polícia Civil. (E.U.)

Drogas são apreendidas no Maria Helena e no Orion Para o presidente da OAB Divinópolis, Íris José de Almeida, e o conselheiro da OAB de Minas Gerais, Adilson Rocha, a redução da maioridade só aumentaria os problemas relacionados aos menores infratores, além de punir pessoas que, segundo eles ainda são imaturas

ter que mudar já que a mesma é expressa ao dizer que o menor de 18 é imputável, para depois alterar o Código Penal e haver efetivamente a redução da maioridade penal para 16 anos vai ser uma tragédia para a sociedade brasileira. Nós vamos passar a responsabilizar estas pessoas que são comprovadamente imaturo, inconseqüentes. O menor de 18 anos é ainda uma pessoa em formação, é uma pessoa que carece de cuidados especiais como determina o ECA” garantiu. Ele lembrou ainda que na maioria dos países a maioridade penal também é adotada a partir dos 18 anos.

Os dois foram categóricos ainda em afirmar que um menor condenado a cumprir pena sócio-educativa pode ficar fora do convívio social por até três anos. Mesmo tempo, por exemplo, de um adulto condenado a uma pena de 15 anos de detenção. “Ele pode ficar internado até por três anos. Três anos representa em um caso de crime, uma condenação equivalente a 15 anos. Se você for condenado a 15 anos você ficará preso por três anos. É tempo mais que suficiente. O ECA está certo, e o que precisamos fazer é dar efetividade ao ECA. É o estado preocupar com o adolescente infrator” concluiu. (E.U.)

No decorrer da última quinta-feira (25), a Polícia Militar de Divinópolis realizou a apreensão de drogas em dois bairros distintos da cidade. A primeira apreensão aconteceu no bairro Maria Helena, onde visualizaram uma movimentação estranha próximo a uma oficina mecânica. Quando os Militares foram proceder a abordagem os suspeitos perceberam a presença deles e fugiram. Após buscas nas proximidades foram encontradas 114 pedras de uma substância semelhante ao crack, prontas para serem comercializadas no tráfico de entorpecentes. Diante dos fatos, os materiais foram apreendidos e encaminhados para a Delegacia da Polícia Civil. A segunda apreensão aconteceu no bairro Orion. Durante um patrulhamento pela rua Pernambuco, Policiais Militares

se depararam com o suspeito G.E.L , 25 anos, que fazia contato com outros três suspeitos, M.H.T.S, de 22 anos, O.E.L.J, de 33 anos e A.H.J, de 28 anos, os quais estavam em um veículo Citroen Xsara Picasso, placa HGO-2714, de cor prata. Os três indivíduos que estavam no carro confessaram que iriam comprar entorpecentes de G.E.L. Os Militares procederam buscas, onde conseguiram encontrar um tablete de substância análoga à maconha de tamanho considerável. Dessa forma, foi dada voz de prisão aos autores, que foram conduzidos para a Delegacia da Polícia Civil. O automóvel foi recolhido e levado para o pátio de um socorro credenciado. Na delegacia os autores foram ouvidos, e logo em seguida liberados. (E.U.)


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