Notaer junho 2018

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Junho - 2018

OPERACIONAL

Exercício Operacional Tápio Fruto da Reestruturação da FAB, treinamento envolveu mais de 700 militares na Ala 5 em Campo Grande (MS) Mais de mil horas voadas, 700 militares, 42 aeronaves, 16 ações de Força Aérea treinadas, 21 esquadrões aéreos. Os números dão a dimensão do que foi o Exercício Operacional Tápio, que aconteceu na Ala 5, em Campo Grande (MS) entre os dias 25 de abril e 11 de maio. A Tápio criou um cenário de guerra irregular, quando se luta contra forças insurgentes e paramilitares para treinar o efetivo em diversas ações, como resgate em combate (CSAR), lançamento de carga heavy (pesada) e múltipla, APH (Atendimento Pré-Hospitalar),

entre outras. Esse tipo de cenário é encontrado, por exemplo, no caso de participação em missões de paz da ONU. A Tápio é mais um resultado do processo de Reestruturação da FAB. Segundo explica o Diretor do exercício, Brigadeiro do Ar Augusto Cesar Abreu dos Santos, no organograma antigo, cada FAE (Força Aérea) realizava os seus próprios treinamentos. Com a nova estrutura organizacional, a ideia é proporcionar exercícios que permitam maior articulação entre as diferentes aviações. Na Tápio, à exceção da Aviação de Patrulha, todas as outras estiveram presentes. “A Ala 5 já tem essa vocação

natural de congregar diversos tipos de aviações e missões. No dia a dia, nós já buscamos essa sinergia e o desafio foi aplicar em uma escala bem maior”, disse o oficial-general, que também é Comandante da Ala . Os COMAOs foram os principais produtos da Tápio. A sigla em inglês quer dizer Composite Air Operations, comumente chamadas “missões de pacote”. Acontece quando várias aeronaves decolam ao mesmo tempo para cumprir objetivos conjuntos ou complementares. Para isso, a coordenação, executada por um piloto experiente com formação específica, o chamado mission commander,

é essencial. No primeiro COMAO do exercício, por exemplo, houve a simulação de que um piloto havia sido ferido em combate e necessitava ser resgatado. Para isso, decolaram helicópteros H-36 Caracal, compondo a força-tarefa CSAR, acompanhados por uma escolta anexada de helicópteros AH-2 Sabre, para a proteção dessas aeronaves. Na mesma missão, caças A-29 Super Tucano fizeram a escolta destacada, ou seja, decolaram antes para identificar possíveis forças inimigas em solo naquela rota. Simultaneamente, uma esquadrilha composta pelos

cargueiros C-130 Hércules, C-105 Amazonas e C-95 Bandeirante realizou o lançamento de cargas; enquanto caças A-1 e A-29 procuravam atingir alvos de oportunidade – aqueles que o piloto conhece o alvo, suas características e funcionalidades, mas não tem certeza sobre sua localização. Leia os depoimentos de alguns militares que participaram da Tápio e saiba mais sobre a atuação das Aviações de Transporte, de Reconhecimento e de Busca e Salvamento – homenageadas deste mês, por comemorarem seus dias em 12, 24 e 26 de junho, respectivamente. FOTO: SGT BRUNO BATISTA / CECOMSAER

Ten JOR Gabrielli Dala Vechia


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