NOTAER - Fevereiro de 2015

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Fevereiro - 2015

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INOVAÇÃO

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ara estabelecer comunicação com mais agilidade principalmente em missões humanitárias, o Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1°/ 1° GCC) desenvolveu um veículo que atua como uma central de telecomunicações. O carro vai permitir estabelecer comunicação de maneira rápida em qualquer lugar do país para suprir o comando das operações com informações que possam orientar a tomada de decisões. “Temos condições de fechar o que a gente chama de enlace com diversos pontos. Eu posso fechar enlace de onde o veículo estiver, por exemplo, com a minha sala técnica no esquadrão ou com outros destacamentos”, res-

salta o Tenente Especialista em Comunicações, Alexandre Estrela Sales. Sobre a traseira da Marruá foram adaptados computadores, antenas, entre outros equipamentos, para realizar comunicação via satélite e prover serviços como telefonia, acesso a internet e intraer. O projeto foi concretizado por uma empresa privada. O carro está disponível para uso desde o fim do ano passado. A comunicação é feita de forma imediata e os serviços passam a ser providos com rapidez, confiabilidade e segurança, sem que haja interferência de outros meios. O veículo dá mobilidade e agilidade para estabelecer a comunicação em locais onde este tipo de serviço não esteja

TEN ENILTON / CECOMSAER

Veículo é a primeira central de telecomunicações móvel da FAB

Veículo equipado vai atuar principalmente em missões humanitárias

disponível. Quando os deslizamentos de terra acabaram com todas as comunicações na região serrana do Rio de

Janeiro em 2011, por exemplo, a única forma de comunicação via satélite foi montada pela FAB com o auxílio de

vários equipamentos. Separadamente, eles precisaram ser transportados e depois instalados na localidade.

PENSANDO EM SEGURANÇA DE VOO

Planejamento da segurança de voo Todos sabem da importância do planejamento na vida pessoal e profissional. Por isso, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) orienta que todos os Elos-SIPAER Militares da Força Aérea Brasileira elaborem os seus Programas de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos 2015, conhecido pela sigla PPAA. Trata-se do principal documento que estabelece a política de segurança de voo, as ações e responsabilidades que visam alcançar um alto nível de segurança nas operações aéreas. O CENIPA forma em seus cursos de prevenção os pro-

fissionais que serão os elos do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER). Dessa forma, o elo militar, também chamado Oficial de Segurança de Voo (OSV), é gerente da segurança de voo na sua organização. Esse cargo está diretamente subordinado ao Comandante, Chefe ou Diretor, porque se trata de um assunto estratégico para o sucesso da missão operacional. O PPAA deverá ser elaborado com base na atividade aérea desenvolvida ou apoiada, tendo como referência a missão atribuída, os meios aéreos e de apoio, infraestrutura e pessoal, as

condições ambientais existentes e outras variáveis que possam se apresentar como fator de interferência na segurança de voo. O documento deve considerar também as análises estatísticas de ocorrências aeronáuticas dos anos anteriores e as metas pretendidas para o novo período. A maior autoridade da organização é quem vai determinar a confecção do PPAA, aprová-lo e supervisionar o cumprimento das ações propostas. A elaboração do PPAA aplica-se aos Comandos-Gerais, aos Departamentos, aos Comandos Aéreos Regionais (COMAR), ao Comando de Defesa Aeroespacial Bra-

sileiro (COMDABRA), ao Gabinete do Comandante da Aeronáutica (GABAER), à Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB), às Forças Aéreas (FAE), à Academia da Força Aérea (AFA), à Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), à Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), ao Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), ao Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), ao Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), aos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA), aos Parques de Material Aeronáutico (PAMA), às Bases Aéreas,

aos Grupos de Aviação (GAV) e às Unidades Aéreas, além dos Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) que possuam órgãos de controle de tráfego aéreo. Para que o PPAA alcance os objetivos, deve ser amplamente divulgado a todos os envolvidos, direta ou indiretamente, com a atividade aérea nas organizações. A NSCA 3-3/2013, que trata da Gestão da Segurança de Voo na Aviação Brasileira, traz todos os detalhes sobre a confecção do PPAA e outras ferramentas de prevenção, e está publicada no site www. cenipa.aer.mil.br. (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos)


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