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Outubro - 2013
CB V. SANTOS / CECOMSAER
OPERACIONAL
3S BATISTA / CECOMSAER
Esquadrão Adelphi recebe AMX modernizado
Com a modernização, os pilotos farão um curso sobre a operação dos novos sistemas
O
Esquadrão Adelphi ingressou em uma nova fase da sua história com a nova “bolacha” usada nos macacões de voo. O novo símbolo levado no braço esquerdo identifica que os aviadores do 1°/16° GAV voam com o A-1M, a versão modernizada do jato. O primeiro voo oficial de um A-1M com o Adelphi foi realizado pelo próprio comandante da unidade: o Tenente-Coronel Raul Carlos Câmara Borges. Ele levou a aeronave da fábrica da Embraer em Ga-
vião Peixoto (SP) para a casa do Esquadrão, a Base Aérea de Santa Cruz. O caça já participou, inclusive, da Operação Laçador, realizada de 16 a 27 de setembro no sul do país. A chegada do A-1M foi um verdadeiro presente de aniversário para comemorar os 25 anos do Adelphi, criado em 7 de novembro de 1988. O novo caça conta com o radar SCP-01, com modos ar-ar, ar-solo e ar-mar. Foi instalado um sistema integrado de autodefesa com alerta
de detecção de radar (RWR) e de aproximação de mísseis (MAWS), contramedidas (AECM) e lançadores de iscas para mísseis (chaff e flare). O armamento também teve modificações. O envelope de emprego do caça foi ampliado e novos artefatos inteligentes foram incorporados. Agora os pilotos do Adelphi precisam aprender a dominar um novo avião. A cabine foi totalmente modificada com a instalação de três grandes mostradores
digitais multifunção e ocorreram alterações tanto na iluminação interna quanto externa para que os A-1M se tornassem compatíveis com o uso de óculos de visão noturna (NVG). Para dominar tudo isso, pilotos e mecânicos participaram de cursos sobre a operação dos novos sistemas. De acordo com o Tenente-Coronel, cada piloto deve cumprir pelo menos quatro missões. “Serão realizados voos para adaptação diurna, noturna, navegação por contato e por rádio”, detalha. A chegada da aeronave modernizada não muda a
missão da unidade aérea, treinada para ataques ar-solo. O que muda é a maneira de realizá-la. Para o gerente do projeto de modernização do AMX, Coronel-Aviador Márcio Bonotto, da Comissão Coordenadora do Programa de Aeronave de Combate (COPAC), um importante benefício das mudanças é o aumento na segurança para o piloto. “A modernização promoveu a incorparação da suíte de guerra eletrônica, com o sistema de autodefesa integrado que permite ao próprio avião detectar ameaças e disparar automaticamente os flares”, afirma.