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4 - O s Ataques que Levaram o Brasil à Guerra

"Do o utro lado dos estreitos, entre África e A mérica do Sul, o U-507

(Comandante Harro Schacht) estava ope rando. A li,fo ra das águas territo

riais, afundou cinco navios b rasileiros. Ele agiu de aco rdo com instruções

exp edidas, com a p articipação do Ministro do Exterior, p e lo Q u artel- Ge n e

ral Sup remo das Forças A rmadas. "

Fig. 167 - Capitão-de-Fragata Harro Schac/zl, Comandante do submarino alemão U-507

4- O s Ataques que Levaram o B rasil à G uerra

A ação d o U-507 e m nossas costas foi decisiva. A s p erdas brasileiras atingiram limites intoleráveis. Foram as seguintes: - B aependy, n avio de p assageiros do Lloyd B rasileiro, atacado n o dia 1 5 d e agosto, às 1 9 h 1 0 min, a u m a s 2 0 milhas da Foz do Rio Real, entre Sergip e e B ah ia . A tingido por dois torpedos, afundou e m dois m inutos . Transportava 233 passageiros e 73 homens d a s trip ulação, num total d e 306. A m aioria falece u , inclusive o Major do E xército Lan derico de A lb uquerque Lima , três Capitães, cinco Tenentes, oito Sargento s e 1 25 Soldad o s , integrantes do 7° G rupo d e Artilharia de Dorso que se destinava a Recife. Número d e mortos: 270.

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- A raraquara, n avio de passageiros do Lloyd Nacional. A tacado n o dia 1 5 , à s 2 1 h 1 5 min, também p róximo ao Rio Real. Atingido por dois torp edos , afundou em alguns minuto s . Encontravam-se no n avio 1 42 pessoa s , incluindo tripu lação, das quais apenas 1 1 se salvara m . Números de mortos: 1 3I . - A nnibal Benévo lo , atacado na madrugada do dia seguinte, 1 6, a 7 m ilh a s da costa, às 04 h 30 mino Pequeno n avio de p a ssageiros , também p ertencia ao Lloyd B rasileiro. A tingido por dois torpedos, afundou imediatamente. H avia a b o rdo 1 54 p assageiros e trip ulante s , dos quais apenas quatro sobreviveram. Número de mortos : 150. - Itagiba . Navio de passageiros da Companhia Nacional de Navegação Costeira. A taca d o , p róximo à Ilha de Tinharé, na altura da Cidade d e Valença, n a costa da B ahia , foi atingido por u m torpedo do U-507, n o d ia 1 7 , à s 1 0 h 45 mino Transportava 1 8 1 pessoas. O A rará correu em seu socorro, mas teve o mesmo destin o . Número de morto s : 3 6 . - A rará, pequeno cargueiro do Lloyd Nacional. Vendo o ltagiba em apu ro s , dirigiu-se p ara ele, a fim de ajudar n o salvamento . Recolhia os n áufragos , quando foi atingido por u m torped o , afundando a seguir. Havia a b ordo 35 tripulantes. Número de mortos: 20. - Jaeira. E ra uma barcaça de 89 toneladas que ia de B elmonte para Salvador. E ncontrava-se, no dia 1 9 , ao norte de Ilh éu s , com carga de cacau, cinco tripulantes e um passageiro, quando o U -507 a interceptou, com tiros de metralhadora, e obrigou a que todos abandonassem a embar- . cação. E m seguida, afundaram-n a . O U -507, apó s afundar mais um navio mercan te, de nacionalidade sueca, foi instruído por Dõenitz a afastar-se da costa b rasileira. D irigindo-se p ara a área de Freetown, tomou parte na operação de salvamento d o s náufragos do n avio d e transporte inglês L aeonia , que conduzia m uitos p rision eiros de guerra de n acionalidade italiana. Na sua m issão seguinte, ainda sob o comando do Capitão-de-Corveta Harro Schacht , foi afunda d o , sem sobreviventes, n o dia 13 de janeiro de 43, nas p roximidades do Ceará, por avião do e squadrão americano VP-83, baseado em Natal.(l06)

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