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PALAVRAS INICIAIS

A singela oração que dá início à canção em homenagem aos Especialistas de Aeronáutica encerra uma série de significados, os quais extrapolam o domínio desse seleto grupo de profissionais e vão ao encontro, em perfeita sintonia, do que desejo transmitir por intermédio da presente Diretriz.

As “asas” significam as aeronaves e – conceito recentemente ampliado – os meios espaciais, artefatos todos manobrados por abnegados homens e mulheres da nossa Força Aérea, sejam pilotos, tripulantes ou operadores. O sujeito oculto, na oração, diz respeito a todos aqueles, militares e civis, que atuam nas atividades-meio e que contribuem para que o Comando da Aeronáutica (COMAER) cumpra sua missão constitucional, traduzida em nossa missão-síntese.

Em última instância, o que se almeja com esse cadinho que amalgama os indivíduos – quer sejam os que estão à vanguarda, na linha de frente do combate, quer sejam os que estão à retaguarda, manutenindo, controlando, vetorando, planejando, protegendo, zelando pela saúde, pelo patrimônio, provendo toda sorte de materiais, suprimentos e víveres, ao fim e ao cabo “fazendo voar” – e as máquinas, transformando-os em uma instituição absolutamente eficaz, é o cumprimento da missão, razão primeira de nossa Instituição.

A MISSÃO deve ser o que governa e orienta todos os esforços de cada um dos integrantes dessa Força que protege o País, diuturnamente, nos mais variados rincões de nosso território.

Para tanto, como Comandante da Aeronáutica, tenho como compromisso CUIDAR DE TODOS, incansavelmente e com o valoroso auxílio e por intermédio do Alto Comando da Aeronáutica, para que cada um de nós tenhamos plenas condições de desempenharmos nossas tarefas, entregando à sociedade brasileira aquilo que ela, por fim, espera de sua Força Aérea: a convicção de que nossos céus estão bem guardados contra ameaças à nossa soberania.

Nesse diapasão, intensificaremos a qualificação, o amparo e o acolhimento das pessoas que dão vida à Força Aérea – militares da ativa, veteranos, pensionistas e servidores civis.

Diversas políticas públicas para defender, controlar e integrar o aeroespaço foram conduzidas com maestria pelos meus valorosos antecessores.

Além de coincidências de vida, mantenho com meu antecessor imediato muita convergência de pensamentos operativos e laborais, motivo pelo qual quase a totalidade das ações então em vigor serão mantidas, buscando-se sobretudo a perenidade das diretrizes estratégicas e operacionais da Força Aérea Brasileira, calcadas no Planejamento Baseado em Capacidades (PBC), e a evolução de uma visão centrada em equipamentos para o foco nas capacidades necessárias e almejadas.

Ressalto que uma organização moderna e inovadora não pode abdicar de sua agilidade e adaptabilidade, tanto no planejamento quanto na execução das suas atividades em dimensões mais que continentais, adequando-se às prováveis limitações de recursos e às incertezas do ambiente externo, cada vez mais caracterizado pelas peculiaridades dos domínios operacionais.

Nossa instituição deve olhar a si mesma como uma complexa arma aérea, focada na expansão da exploração pacífica e cívico-militar do espaço, e viabilizada por uma plêiade de processos matriciais e interorganizacionais, que batizamos de sistemas.

Colocadas essas palavras iniciais, estabeleço as diretrizes que conduzirão nossos planejamentos e ações pelos próximos anos.

DIRETRIZ DO COMANDANTE DA AERONÁUTICA

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