Aerovisão nº 251 JAN/FEV/MAR

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Divulgação IAE

“O desenvolvimento de turborreatores de pequeno e de médio porte no País é de importância estratégica para a independência do Brasil nesta área”, afirma o gerente do projeto. militar avançada, certamente, terá produtos na sociedade civil importantes, gerando renda, emprego e desenvolvimento para o país”, ressaltou. Turborreatores nacionais Como mísseis, alvos aéreos e drones adquirem velocidade e direção no espaço aéreo? Eles são propulsados por turbojatos considerados de pequeno porte. Um deles, o Turborreator de 5.000 N (TR5000), é um dos projetos desenvolvidos pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) com foco na área de turbinas a gás aplicadas à propulsão aeronáutica. O projeto prevê o desenvolvimento de protótipos de um turborreator aeronáutico nacional, atendendo, principalmente, requisitos de instalação em veículos aéreos, de uso militar e civil. Segundo o pesquisador Helder Carneiro, os turborreatores são artefatos que assumiram papel de destaque nos arsenais das maiores potências mundiais, tanto para treinamento de artilharia, quanto para qualificação

de armamento, observação e defesa. “No Brasil, os exemplos de aplicação são o uso de alvo aéreo fornecido por empresa estrangeira para as campanhas de teste do míssil MAAR, o alvo DIANA adquirido recentemente pelo Exército e, ainda, o míssil de cruzeiro em desenvolvimento pela Avibras”, destacou. Segundo ele, o fornecimento de turborreatores (turbojatos e turbofans) desse porte é controlado pelas grandes potências. “O desenvolvimento de turborreatores de pequeno e de médio porte no País é de importância estratégica para a independência do Brasil nessa área”, complementou. Satélite em órbita Imagine um veículo lançador de satélite, ou seja, um modelo de foguete que tem a fi nalidade de colocar satélites em órbita, composto principalmente por fibra de carbono. Esse é o diferencial do projeto VLM-1, que está sendo desenvolvido no Instituto

de Aeronáutica e Espaço (IEAv). Com propelente sólido, ele está sendo projetado para colocar satélites de até 150 kg na órbita baixa da Terra, mais especificamente, a uma altitude de 2000 km com relação à superfície terrestre. Se o VLM-1 for bem sucedido, o Brasil vai se tornar um dos dez países a conseguir tal feito. Segundo o gerente do projeto, Coronel Fábio Andrade de Almeida, o uso de estruturas em fibra de carbono aumentam a eficiência do veículo como um todo, diminuindo o peso da carga não útil. “O desempenho esperado para o VLM-1 requer perfeita sincronia e funcionamento adequado de todos os sistemas do lançador. Para isso, motores, eletrônica embarcada, sistemas estruturais e módulo de carga útil precisam ser fabricados dentro dos mais rigorosos requisitos estabelecidos pelo IAE. O atingimento destes requisitos colocará a indústria nacional em um novo patamar de Aerovisão

Jan/Fev/Mar 2017

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