AEROVISÃO nº 247 Jan/Fev/Mar 2016

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m abril, o Brasil será o único país da América do Sul a ter representantes na Mini Global II, evento promovido pela Federal Aviation Administration (FAA), órgão que regulamenta a aviação civil nos Estados Unidos. Organizada na cidade de Daytona Beach, na Flórida, a Mini Global II irá reunir especialistas das Américas, Europa, Ásia e Oceania para discutir o futuro do controle de tráfego aéreo. O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), órgão do Comando da Aeronáutica, irá levar para lá sua experiência em gerenciar diariamente uma média de 5.200 voos sobre o Brasil. Será abordado o conceito SWIM (System Wide Information Management), uma iniciativa para reduzir o atraso nos voos, dar maior agilidade das aeronaves nos aeroportos e no céu, economizar combustível

e aumentar a segurança e a eficiência do controle de tráfego. Atualmente, durante o planejamento de um voo que decole do Rio de Janeiro (RJ) para Manaus (AM), por exemplo, é necessário consultar sistemas de informação aeronáutica e meteorológica separadamente e de forma pontual ao longo da rota. Mas com o tempo, isso pode se modificar. A previsão é que, no futuro, por meio de uma consulta única, o usuário terá acesso a qualquer informação que impacte naquele voo e, quando for o caso, até uma nova rota poderá ser sugerida por um novo sistema. “Na atual configuração, os planos de voo precisam ser endereçados a todos os envolvidos e, caso ocorra alguma falha no endereçamento, algum interessado pode não ter acesso ao plano lançado no sistema. No caso do SWIM, o plano é disponibilizado no Sistema e

qualquer interessado que realize pesquisa e esteja habilitado, terá acesso às informações do plano de voo”, explica o Chefe da Seção de Planejamento de Informações Aeronáuticas do DECEA, Major Cristiano de Uzêda Pinto. Em 2014, representantes do DECEA participaram apenas como observadores, não tendo atuação nos cenários de simulação, onde trocas de informações de voo, aeronáuticas e meteorológicas ocorreram utilizando-se os novos protocolos do SWIM. Dessa vez, a participação será de forma efetiva. “Agora, poderemos ‘sair da teoria’ em uma espécie de laboratório. Poderemos detectar possíveis óbices e aspectos a serem melhorados em nosso planejamento, perceberemos outros benefícios ainda não vislumbrados pela teoria e as formas de utilização que melhor atendam nosso País”, ressalta o Major Uzêda. Aerovisão

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