AEROVISÃO nº 245 jul/ago/set - 2015

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OPERACIONAL

Protetor dos mares

Capaz de atingir alvos a 278 quilômetros de distância, o míssil Harpoon foi adquirido pela Força Aérea Brasileira para garantir a soberania de áreas estratégicas Evellyn Abelha

S

ão cerca de 4,5 milhões de quilômetros quadrados de área marítima para vigiar e defender. Essa é a extensão da responsabilidade da Força Aérea Brasileira sobre o mar territorial do Brasil, que abriga riquezas incalculáveis. Para garantir a soberania desta cobiçada área estratégica e econômica do País, a FAB vai ganhar mais um reforço: o míssil antinavio AGM-84L Harpoon, adquirido para ser utilizado pelos aviões de patrulha marítima P-3AM Orion. O papel estratégico se explica pelos

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Aerovisão

números da arma. Com 278 quilômetros de alcance, o Harpoon é movido por uma turbina e atinge a velocidade de 850 quilômetros por hora. Para se ter uma ideia, seria como um avião lançar o míssil da cidade de Aracaju (SE) e, menos de 20 minutos depois, atingir um alvo em Maceió (AL). Com 3,8 metros de comprimento, o míssil pesa mais de meia tonelada. Somente a ogiva tem 221 quilos de material explosivo, o suficiente para causar danos que levem um navio de guerra a afundar. Depois de lançado,

o Harpoon voa próximo ao mar para evitar ser detectado por radares. Os computadores de bordo utilizam dados dos sistemas da aeronave lançadora para calcular a sua rota até o alvo, e um radar embarcado corrige a direção nos instantes finais. Os dados divulgados pela Força Aérea e pelo fabricante ficam por aí. Detalhes do desempenho da arma são considerados estratégicos, e por isso não são revelados. De certo, o novo armamento dará uma capacidade inédita às Forças


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