como crescer”, explica o Capitão-Aviador Diego. A antiga torre integra o conjunto arquitetônico tombado pelo patrimônio histórico. Congestionamento de helicópteros A torre de controle de tráfego aéreo do aeroporto de Congonhas é a única a dedicar uma das quatro estações de trabalho exclusivamente ao controle de voo de helicópteros. O que torna São Paulo como a primeira e única cidade do mundo a ter um controle específico para isso. “Nova York tem zona de exclusão aérea na região de Manhattan e Time Square, mas não controle”, explica o Chefe da Subdivisão de Gerenciamento de Tráfego Aéreo, Capitão Especialista Washington Luiz Pereira dos Santos. O céu do coração financeiro de São Paulo, e do país, concentra uma das maiores movimentações de helicópteros do mundo. A área de 105 km2 entre as avenidas Faria Lima, Berrini, Morumbi e Paulista contabiliza 167 helipontos no alto dos prédios e registrou no ano passado 106 mil movimentos aéreos, uma média de 290 por dia. Estima-se que na grande São Paulo há cerca de 900 movimentos/dia nos dias úteis. A solução brasileira serve de referência internacional. Países como China (Hong Kong), Uruguai, Inglaterra, Colômbia e Equador já visitaram a torre em São Paulo para entender como funciona o modelo. A medida implantada em 2004 pelo Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP), responsável pelo tráfego aéreo na região Rio-São Paulo, reduziu a zero os transtornos causados um ano antes pelas 79 arremetidas por aproximação de aeronave durante o pouso. Isso porque a área, chamada de quadrilátero de segurança, coincide com a reta final de aproximação da cabeceira 17, responsável por 65% dos pousos e decolagens realizados em Congo-
30
Jul/Ago/Set/2013
Aerovisão
nhas. Com mais de 300 mil pousos e decolagens por ano, o aeroporto é o primeiro no ranking de movimento aéreo no Brasil, segundo dados de 2012 do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). “Toda arremetida gera um relatório que precisa ser avaliado para saber o que houve”, relata o Capitão Diego. “O procedimento também implica mais consumo de combustível, além de ser mais uma aeronave voando na região da área terminal”, complementa.
De acordo com as regras, as rotas de voo são pré-estabelecidas. O piloto precisa pedir autorização a um controlador para entrar, decolar, pousar ou cruzar o quadrilátero. Ele também deve se submeter aos procedimentos informados pelo controlador, como a altitude e a distância de outras aeronaves. O centro do retângulo é cortado por uma pista invisível. É por ela que os aviões descem para pousar. Para atravessar essa ‘rua’, o helicóptero também precisa de autorização.