Revista Política Social e Desenvolvimento #29

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FÓ RM UL AS “M IL AG RO SAS” E REAI S PARA SALVAR DA CRI SE O ES TADO E O BRASI L

para o que, há tempos, o EBAPE, da FGV/ Rio tem chamado a atenção, em estudos sobre este tema. No primeiro caso, diante da prática incrementalista dos gastos, os gestores bem-intencionados, que se preocupam com orçamentos mais realistas, terminam penalizados, enquanto os gastadores, beneficiados. No segundo, a prática de carregar os pagamentos para o futuro cobra um sobrepreço da administração pública, visando a compensar pelos atrasos, o setor privado.

a diminuição deste contingente, em 10%, projetam ser possível economizar, anualmente, 0,8% do PIB. Para eles, com uma economia de 3,4% do PIB, melhorar a gestão, portanto, seria o caminho mais eficaz para realizar o ajuste e retomar o crescimento, sem se ter, de um lado, de se sacrificarem as políticas sociais, como sugerem Mansueto, Lisboa e Pessoa; e, de outro, contando com boas sobras de recursos, para se garantir investimentos públicos, essenciais para o crescimento. De quebra, com a redução deste desequilíbrio, seria possível ingressar numa trajetória de redução dos juros e da relação dívida/ PIB, melhorando as expectativas dos investidores e das agências de risco sobre a capacidade de solvência do país.

Por último, constatam que o governo parece contratar em excesso – 310 mil só no Executivo Federal entre 1995 e 2015 -, o que tem garantido o crescimento da despesa com pessoal ativo, que atingiu 8,5% do PIB, em 2012, nos três níveis de governo. Na hipótese de se reduzir estes gastos, com

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