Ricardo a percepção da equipe de enfermagem sobre a assistência prestada ao portador do hiv

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Prefeitura do Municipal de São Paulo Secretaria Municipal da Saúde Programa DST/AIDS Autores: OLIVEIRA, Ricardo M.¹ Coautores: SOUSA, Patrícia L.¹; SANTANA, Tathiana S. R.¹

¹ Secretaria Municipal da Saúde - Coordenadoria Regional de Saúde Sul - Supervisão Técnica de Saúde Serviço de Assistência Especializada em DST/AIDS M’Boi Mirim, São Paulo

Email: ricardom_oliveira@hotmail.com

A PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM SOBRE A ASSISTÊNCIA PRESTADA AO PORTADOR DO HIV

INTRODUÇÃO

METODOLOGIA

Aplicar cuidado e assistência em enfermagem, além de aspectos técnicos, busca envidar esforços transpessoais de um ser humano para outro, com a finalidade de proteger, promover e preservar a humanidade, é ainda, ajudar outra pessoa a obter autoconhecimento, controle e auto cuidado, quando então, uma harmonia interna é restaurada, independentemente de circunstâncias externas (WALDOW; MEYER,1998). No entanto, a assistência em saúde prestada à pessoa que vive com HIV é envolta de vários fatores que inferem nessa execução: a característica de contágio da doença, a presença de dificuldades relacionadas à estrutura organizacional dos serviços de saúde, as atitudes e concepções dos profissionais, bem como às representações sociais e os valores culturais da doença (SILVA et al., 2012). Com um olhar voltado para o profissional de enfermagem que presta assistência direta à pessoa com HIV surge o interesse de conhecer a percepção deste profissional.

De uma abordagem exploratória, foram realizadas entrevistas com os profissionais da equipe de enfermagem, no mês de fevereiro de 2015, por meio de um roteiro semiestruturado com perguntas sobre o perfil pessoal e profissional, além de aspectos da sua atuação no serviço.

OBJETIVOS Identificar a percepção da equipe de enfermagem sobre a assistência prestada à pessoa com HIV no Serviço de Assistência Especializada (SAE) – DST/AIDS M’ Boi Mirim do Município de São Paulo.

prefeitura.sp.gov.br/saude

RESULTADOS Foram entrevistados 14 profissionais (3 enfermeiros e 11 auxiliares de enfermagem); Em relação ao sexo foram 78% de mulheres; A idade média dos entrevistados foi de 45 anos; No tocante à religião, 57% dos entrevistados se declararam católicos; Quanto a situação familiar, 50% eram casados, sendo que 65% possuíam filhos; Quanto a escolaridade e atuação profissional, 42% dos entrevistados possuíam ensino superior, 50% possuía outro emprego, o tempo médio de atuação dos entrevistados em enfermagem é de 18 anos, sendo que a maioria atua a apenas 1 ano em DST/AIDS; Da percepção: todos possuem contato verbal/físico com os usuários com HIV, sendo que a maioria não relatou mudança no comportamento profissional frente ao diagnóstico de infecção pelo HIV, houve profissionais que apontaram que o trabalho é estressante devido à transferência de emoções advindas de fatores psicossociais e biológicos que acometem o portador do HIV. Somente 21% dos entrevistados realizaram teste anti-HIV após o início das atividades com os usuários. Metade dos entrevistados relatou que passou a orientar seus familiares/amigos sobre as formas de transmissão do vírus HIV, bem como as formas de prevenção.

CONCLUSÃO Pode-se perceber que os profissionais acreditam que não tiveram alteração no seu comportamento profissional após iniciarem atividades em um serviço de DST/AIDS, porém houve uma preocupação em relação à prevenção com familiares/amigos. Além de sinalizarem a existência de uma grande carga emocional advinda das características biopsicossociais dos usuários do serviço. REFERÊNCIAS

SILVA, Jaqueline Miranda Barros et al. O CUIDADO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL AO PORTADOR DE HIV/AIDS. Revista Baiana de Enfermagem, v. 25, n. 2, 2012. WALDOW, Vera Lopes. MEYER, Marta J. Maneiras de Cuidar, Maneiras de Ensinar. Porto Alegre, Artes Médicas, 1998.

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