A distribuição de preservativos masculinos e femininos

Page 1

A distribuição de preservativos masculinos e femininos é uma estratégia de prevenção de DST e HIV esgotada, na cidade de São Paulo? Ou ainda há muito trabalho pela frente? Autores: SPIASSI, A. L. 1; SANTOS, M. C. 1; QUEIROZ, S. de S.1; BARROS, C.R.S.1,3; GUTIERREZ, E. B. 1,2 1. Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo 2. Faculdade de Medicina da USP 3. Universidade Católica de Santos

Introdução: Informações sobre conhecimento, atitudes e práticas relacionadas ao HIV e outras DST são importantes para geração de indicadores e subsidiar o enfrentamento da epidemia de aids. Assim, em 2013, foi realizada a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas relacionada à DST, Aids e Hepatites Virais na população de 15 a 64 anos no município de São Paulo (PCAP), com amostra representativa de 4.380 homens e mulheres, com seleção equiprobabilística em 80 Setores Censitários. O planejamento amostral foi estratificado pelas cinco regiões (Centro-Oeste, Sudeste, Sul, Leste e Norte), e por homens e mulheres de 15 a 24 anos, de 25 a 34 anos, de 35 a 49 anos e de 50 a 64 anos. Entre as questões investigadas, analisamos o acesso ao preservativo masculino (PM) e feminino (PF) no último ano segundo o sexo. Os dados foram descritos por meio de proporções e o teste de hipótese utilizado foi o Qui-quadrado de Pearson. Resultados: 50% dos entrevistados foram homens. Em relação ao acesso de preservativo masculino, 45,5% do total não teve acesso, sendo a falta de acesso maior entre as mulheres (p<0,001). Quanto aos locais de acesso, os mais citados foram farmácia (37%), seguido de 21% que referiram acesso ao preservativo gratuito em Serviços de Saúde, ambos com maior proporção entre os homens (p<0,001). O acesso, gratuito, em escolas ou universidades, foi de 13% entre os 599 sujeitos que estavam estudando no momento da entrevista, com maior proporção entre os homens (p<0,001). Já o preservativo feminino era conhecido por 89,8% do total, com maior proporção entre as mulheres (p<0,001). Entretanto, 9,3 % delas a ele tiveram acesso em Serviços de Saúde. Conclusão: Embora a distribuição de PM e PF seja intensa e crescente, a PCAP nos informa que ainda há muito que avançar neste campo: ofertar PM e PF fora das unidades de saúde, aumentar a oferta nas escolas, ofertar o PF de forma mais extensivamente. O PM e de PF têm alta efetividade para prevenção de DST e HIV, são estratégias que, longe de estarem esgotadas, devem ser ampliadas para toda a população. Entretanto, devem ser incorporadas outras estratégias de acesso gratuito, capazes de alcançar a população que não frequenta as unidades de saúde. Cooperação:

SAÚDE


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.