Revista Fórum Sebrae de Conhecimento

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1º Fórum SEBRAE de Conhecimento

Inovação, Inclusão Produtiva e Empreendedorismo

Inclusão Produtiva

Paulo Lins (microfone), autor do livro Cidade de Deus, participou do painel com Luiz Muller (MDS), Gilson Bittencourt (Fazenda) e Jailson Souza, do Observatório das Favelas.

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informal. É preciso mudar essa realidade. A educação e o preparo são a base de tudo”, enfatizou.

Desenvolvimento local O painel “Economia local e fluxos de capital: desafios e oportunidades” foi composto pelo ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes, pela representante da Fundação Vale, Isabel Aché, e pelo presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), o ex-ministro das Cidades Márcio Fortes. Eles discutiram a importância de aproveitar grandes eventos e obras para desenvolver as localidades impactadas, retendo renda nesses territórios. De acordo com Fortes, as obras de infraestrutura necessárias para as Olimpíadas de 2016 no Brasil representam grandes

oportunidades de negócios. Esse cenário inclui a participação de micro e pequenas empresas (MPEs). “Investimentos como esses mudam a cara da cidade e geram oportunidades para todos, inclusive micro e pequenos empreendimentos”, disse o presidente da APO. Ciro Gomes falou sobre desenvolvimento sustentável em regiões com obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Para ele, apesar de rudimentar, o PAC é importante, pois une a “iniciativa privada, o mundo acadêmico e regulações que são hostis ou favoráveis ao desenvolvimento”. André Spínola, gerente da Unidade de Desenvolvimento Territorial (UDT) do Sebrae, que moderou o painel, destacou que o Estado deve usar o poder de compra para que os micro e pequenos negócios aproveitem os investimentos. “O PAC envolve grande volume de recursos em licitações públicas. Portanto, temos uma fatia enorme de compras que podem ser contratadas junto às MPEs. Isso hoje é obrigatório, de acordo com a lei”, lembrou. Isabel Aché apresentou a estratégia da Vale para que as comunidades impactadas possam

reter uma parcela dos R$ 68,5 bilhões que a segunda maior mineradora do mundo prevê investir no Brasil até 2015. As ações vão desde o diagnóstico socioeconômico da região até iniciativas que levem ações públicas às regiões envolvidas. “A vida útil de uma mina é de no mínimo 50 anos. A empresa tem a oportunidade de trabalhar o desenvolvimento territorial em uma perspectiva de longo prazo”, detalhou.

Ascensão empresarial No painel “A revolução silenciosa dos empreendedores Individuais”, participaram Bruno Quick, gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae; Marcelo Neri, do Centro de Pesquisas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV); e Marco

Aurélio Raymundo, proprietário da empresa Mormaii. O painel teve como moderador o diretor-superintendente do Sebrae-RJ, Cezar Vasquez. Quick mostrou que mensalmente 100 mil pessoas se formalizam como Empreendedores Individuais (EIs) por meio do Portal do Empreendedor (www. portaldoempreendedor.gov. br). Ele destacou que, ao final de 2011, o Brasil deve alcançar a marca de 1,9 milhão formalizados e, nos próximos três anos, esse número deve chegar a 4 milhões, o que significa crescimento de 37% ao ano. O representante do Sebrae indicou que pesquisa realizada pela instituição em 2011, junto a 10.875 registrados, identificou que 87% dos Empreendedores Individuais pretendem se tornar microempresas em curto prazo.

Bruno Quick: empreendedores individuais podem injetar R$ 1 bi na economia

Bruno Spada/ASN

Eduardo Tadeu

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