Jornal Placar Londres 2012 Ed 10

Page 1

edição 10

|

sábado, 4 de agosto de 2012

|

www.placar.com.br

QUINN ROONEY/GETTY IMAGES

ATLETISMO

Os jamaicanos Usain Bolt (foto) e Yohan Blake tentam se classificar hoje para a final dos 100 metros rasos, que acontece amanhã, no Estádio Olímpico

Rafael Ribeiro/CBF

Paolo Bruno/Getty Images

LONDRES 2012

FUTEBOL

Brasil 100% encara Honduras por um lugar nas semifinais

Os bronzes do judoca Rafael Silva e de Cesar Cielo, alcançados ontem, têm sabores diferentes

Para festejar... ...e para lamentar n Rafael Silva (foto maior) e Cesar Cielo (no detalhe)


jornal placar | SÁBADO, 4 de AGOSTO de 2012

Aquecimento frases

Editorial Por Miguel Icassatti

JORNALPLACAR@abril.com.br

q Quadro de medalhas País

“É uma situação horrível. Em termos de Olimpíadas, é inédito para a gente. Isso é o que me entristece” O técnico José Roberto Guimarães, inconformado com a situação da seleção feminina de vôlei do Brasil, quase eliminada dos Jogos ainda na fase de grupos

1

estados unidos

21

10

12

43

2

China

20

13

9

42

3

Coreia do sul

9

2

5

16

4

grã Bretanha

8

6

8

22

Após mais um dia de competições, saiba quais os brasileiros que ainda estão na disputa por medalhas Divirta-se: jogue — online – torneios de basquete, atletismo, natação, vela e remo Antes de interpretar Tarzan no cinema, o ator Johnny Weissmüller foi bicampeão nos 100m nado livre; acesse mais curiosidades olímpicas

Hora

Esporte

5h00

Vôlei de praia

5h00

Vôlei de praia

Talita e Maria Elisa

M

Oitavas de final

Alison e Emanuel

F

Skiff

Final

6h00

Atletismo

M

100m rasos

Eliminatórias

6h00

Tênis de mesa

M

Equipe

1ª rodada

Gustavo Tsuboi, Hugo Hoyama e Thiago Monteiro

F

Salto com vara

Eliminatórias

Fabiana Murer

Saltos equipe

Eliminatórias

Equipe brasileira

M

400m rasos

1ª rodada

3 000m com obstáculos

1ª rodada

5

6

19

9

6

20

7

Itália

4

5

3

12

8

Coreia do norte

4

0

1

5

9

Cazaquistão

4

0

0

4

6h20

Atletismo

10

Rússia

3

12

8

23

6h30

Hipismo

11

áfrica do sul

3

1

0

4

12

NOva zelândia

3

0

3

6

6h35

Atletismo

13

japão

2

8

11

21

14

cuba

2

2

1

5

15

Holanda

2

1

3

6

21

Brasil

1

1

4

6

a quinta, o Brasil perdeu Ruy de Freitas, medalha de bronze com a seleção de basquete nos Jogos Olímpicos de Londres 1948, a primeira do país em esportes coletivos. Com Algodão, Affonso, Alberto e companhia, aquela equipe fez uma primeira fase perfeita: cinco jogos e cinco vitórias. Nas quartas de final, o Brasil venceu a Checoslováquia por um placar baixo para os padrões de hoje, 28 a 23. Parecia que a seleção ia para o ouro, mas os franceses ganharam a semifinal. O Brasil bateu o México e ficou com a medalha de bronze.

F

F

8

Freitas: pódio em Londres 1948

Brasileiros na disputa

Oitavas de final

Triatlo

5

n Ruy de

Etapa

Remo

alemanha

Guerreiro de bronze

Disputa

5h00

França

Por Olavo Guerra

Sexo

5h30

5

qbaú olímpico

Da brasileira Jaqueline Ferreira, comemorando a quebra do recorde brasileiro de levantamento de peso obtido ontem, em Londres

Os destaques e o melhor conteúdo www.abrilemlondres.com.br exclusivo sobre Londres 2012 na internet Destaques do Site

6

Confira o quadro atualizado em tempo real no site www.abrilemlondres.com.br

Ronaldo Fenômeno, pelo Twitter, brincando com sua forma física e comemorando a medalha de bronze do judoca Rafael Silva, na categoria pesado

“Vou chegar domingo e já vou cair na farra. Vai ter churrasco em casa, para comemorar minha volta e o aniversário do meu pai”

para ver na tv

Total

n Quadro de medalhas atualizado até as 21h30 (horário de Londres).

Nao sei porque mas me identifico com o Rafael Baby!!!!! #boamuleque”

Pâmella Oliveira

7h35

Atletismo

F

8h00

Futebol

M

8h00

Tênis

F

Simples

Final

8h00

Tênis

M

Duplas

Final

8h00

Tênis

Duplas mistas

Final

8h00

Vela

F

470

Regatas

Ana Barbachan e Fernanda Oliveira

8h00

Vela

M

Laser

Regatas

Bruno Fontes

8h00

Vela

M

RS-X

Regatas

Ricardo Winicki

8h00

Vela

F

Laser radial

Regatas

Adriana Kostiw

8h00

Vela

F

RS-X

Regatas

Patrícia Freitas

8h30

Atletismo

M

100m rasos

1ª rodada

10h30 Futebol

M

12h45 Basquete

M

Quartas de final

Quartas de final Brasil x China

1ª fase Quartas de final

13h00 Futebol

M

13h00 Atletismo

M

Marcha de 20 km

15h00 Atletismo

M

400m com barreiras

Semifinais

15h30 Natação

F

50m livre

Final

15h30 Futebol

M

15h30 Atletismo

F

Lançamento de disco

Final

15h35 Atletismo

F

100m rasos

Semifinal

15h55 Atletismo

M

Salto em distância

Final

16h05 Atletismo

F

400m rasos

Semifinais

17h15

Quartas de final

Atletismo

M

10 000m

17h55 Atletismo

F

100m rasos

Final

18h00 Vôlei

M

Brasil x Sérvia

1ª fase

Brasil x Honduras

GETTY IMAGES FOTO: GETTY IMAGES

L

embro-me da frase do corredor Claudinei Quirino, que, com a equipe de revezamento 4 x 100 metros rasos, conquistou a medalha de prata nos Jogos de Sydney 2000, atrás da equipe dos Estados Unidos. “Nossa medalha foi conquistada. A dos americanos foi concedida.” Foi assim que ele justificou o surpreendente resultado do time brasileiro. Ou, como diz o chavão, “a prata com sabor de ouro”, que certamente é bem diferente da prata reservada ao atleta ou time que perde uma final olímpica. Lembrei-me dessa frase ao fim do dia de ontem, em que dois brilhantes atletas brasileiros conquistaram suas medalhas de bronze: a do judoca Rafael Silva, o Baby, tem o doce sabor da vitória. A de Cesar Cielo, conforme ele próprio não conseguiu esconder, ficou com um gosto amargo.

N

fotos getty images

02


jornal placar | sábado, 4 de agosto de 2012

Aquecimento

03

Os jogos que você não vê

Por Paulo Vitale, da Londres

Fundador:

VICTOR CIVITA (1907-1990) Presidente e Editor:

Roberto Civita

Vice-Presidente Executivo:

Jairo Mendes Leal Conselho Editorial:

Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (VicePresidente), Elda Müller, Fábio Barbosa, Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo, Victor Civita Diretor de Assinaturas: Fernando Costa Diretor Geral Digital: Manoel Lemos Diretor Financeiro e Administrativo:

Fabio Petrosi Gallo

Diretora Geral de Publicidade:

Thaís Chede Soares

Diretor de Planejamento Estrateegico e Novos Negócios: Daniel de Andrade Gomes Diretora de Recursos Humanos: Paula Traldi Diretor de Serviços Editoriais:

Alfredo Ogawa

Diretora Superintendente: Claudia Giudice Diretor de Núcleo: Sérgio Xavier Filho

Diretor de Redação: Maurício

Barros

Editor-chefe: Miguel Icassatti Coordenação: Silvana Ribeiro Colaboradores: Nelson Nunes (edição), Alex

Xavier, Marcelo Goto, Pedro Proença, Simone Tobias (reportagem), Olavo Guerra (repórter estagiário), Michel Spitale (edição de arte), Leonardo Eichinger, Marcos Vinícius Rodrigues (designers), Eduardo Blanco e equipe (tratamento de imagem) PLACAR Online: Marcelo Neves (editor) www.placar.com.br ABRIL EM LONDRES Online: Alexandre Ciszewski, Filipe Prado, Marília Passos, Thiago Sagardoy (colaboradores)

Em São Paulo: Redação e Correspondência: Av. das Nações Unidas, 7221, 14º andar, Pinheiros, CEP 05425-902, tel. (11) 3037-2000, fax (11) 30375597 Publicidade São Paulo www.publiabril.com.br Classificados tel. 0800-7012066, Grande São Paulo tel. (011) 3037-2700 JORNAL PLACAR Especial Olimpíadas Londres 2012 é uma publicação diária da Editora Abril com distribuição gratuita entre os dias 26/07/2012 a 13/08/2012, em São Paulo, pela distribuidora Logway. PLACAR não admite publicidade redacional. IMPRESSO NA TAIGA Gráfica e Editora Ltda.

pioneira Ontem, a judoca Wojdam Shaherkani foi a primeira mulher saudita a disputar os Jogos. Teve de esconder os cabelos e perdeu na primeira luta

Av. Dr. Alberto J. Byington, 1808, Cep 06276-000, Osasco, SP TIRAGEM 50.000 EXEMPLARES

Presidente do Conselho de Administração:

Rober­to Civi­ta

Presidente Executivo:

Fábio Colletti Barbosa Vice-Pre­si­den­te:

Giancarlo Civita Esmaré Weideman, Hein Brand, Victor Civita www.abril.com.br

Twitadas olÍmpicas

papo triplo - Três perguntas para Giovane Gávio Ex-jogador de vôlei, 47 anos. Bicampeão olímpico (Barcelona 1992 e Atenas 2004), quatro vezes vencedor da Liga Mundial e campeão do mundo em 2003, jogou com muitos dos jogadores da atual seleção masculina. Hoje, é treinador do Sesi-SP, onde ganhou a temporada 2010/2011 da Superliga.

A seleção masculina chegou sem um pouco desacreditada aos Jogos pelo resultado na Liga Mundial. O que você acha que aconteceu pra que eles começassem tão bem a competição? A parte física foi o que mais pesou. Muitos jogadores jogaram com dor, o Giba estava se recuperando de uma cirurgia, o Murilo também não estava bem fisicamente, além do Vissotto, que teve o problema de arritmia cardíaca. Alguns dos nossos melhores jogadores estavam com problemas, aí, não tem como.

3

Tem algum jogador se destacando mais, na sua opinião? Todos estão jogando tudo o que podem, não destaco ninguém. O Brasil funciona como um grupo, o conjunto é forte. Esse é o diferencial da seleção.

KENIA HERNANDES

1 2

O que você está achando do desempenho do vôlei masculino do Brasil nos Jogos? O Brasil está bem. Sempre tive confiança nesses jogadores. Eles, com uma boa condição física, são capazes de brigar por qualquer campeonato do mundo. Bola eles têm e sempre tiveram.

“Phelps getting gold in 100M Butterfly #GreatestOlympicAthlete” “Phelps ganhando ouro nos 100m borboleta #GreatestOlympic Athlete” O astro da seleção masculina de basquete, LeBron James (@ KingJames), após a vitória de mais um ouro do nadador Michael Phelps “Poxa, estou muito triste com a derrota... Infelizmente, Deus quis que fosse assim... Muito triste” A lateral-esquerda da seleção feminina de futebol, Maurine (@maurinedorneles), depois da eliminação brasileira contra o Japão “Obrigada a todos pelas mensagens. Juro, demos o nosso máximo, mas infelizmente não foi o suficiente :(“Erika (@ erikasouza14), Erika, pivô da seleção feminina de basquete, lamenta a eliminação precoce do Brasil nos Jogos “Tropeços acontecem. Ninguém quer perder, mas obstáculos estão ai para serem superados. Essa derrota veio numa hora que podia acontecer” A jogadora de handebol da seleção feminina, Mayara (@May_Fier), conformada com a derrota para a Rússia “Pronto para a batalha de hoje à noite, USA #london2012” Ryan Whiting, do arremesso de peso, se preparando para a estreia nas Olimpíadas de Londres 2012


jornal placar | sábado, 4 de agosto de 2012

04

NATAÇÃO

Lágrimas de bronze

Cesão foi superado por francês e norte-americano. Fratus chegou em 4º

n Decepção Cesar Cielo não consegue esconder frustração nos 50 metros

“É pensar se vale a pena continuar nadando os 100 metros” Cielo saiu da piscina assustado. Parecia não acreditar que havia falhado. E disse que pensa em se aposentar – mas só nos 100m A que você atribui o seu desempenho? Cielo - São vários fatores para ganhar os 50 metros. E o francês fez a melhor prova da vida dele, tanto que foi o melhor tempo do ano, melhor que o que eu tinha feito. De qualquer forma peguei mais uma medalha olímpica para a minha carreira. Não vou mentir que podia ter nadado melhor. Mas a medalha de ouro que o Manadou conquistou foi com uma grande prova. O que faltou para você fazer a prova de sua vida? Cielo - Ah, o cansaço pesou. Foi o quarto dia de compe-

tições para mim. Fui o único que nadou três vezes os 100 metros livres e fui direto para os 50 metros livre. Pesou um pouquinho, estava com a explosão um pouco comprometido. Agora é pensar se vai valer a pena nadar os 100 metros e pensar no que vai dar para melhorar. Pensar em tirar férias, que não tiro desde o ano passado. Ficou decepcionado? Cielo - Fiz o melhor que eu tinha. Da baliza até a parede, fiz o que podia fazer. Se tivesse saído algo muito errado, provavelmente estaria mais triste. Só não fiquei

100% satisfeito. Mas tenho que valorizar a terceira medalha olímpica da minha carreira, apesar de não ser a de ouro que eu queria. É bola para a frente. Para não ficar tão ruim, saiu uma medalhinha de bronze. O que foi mais determinante para o bronze? Cielo - O cansaço das competições comprometeu. Nos 50, você precisa nadar mais descansado que nas outras provas. Se tivesse nadado mal, teria feito 21s8, 21s9. Fiquei a dois décimos do meu melhor tempo, uma coisa muito pequena. (M.S.S.)

Al Bello/Getty Images

N

as oito raias da prova dos 50 metros, só os Estados Unidos tinham nadadores quanto o Brasil. Cesar Cielo e Bruno Fratus, posicionados nas raias 4 e 6, respectivamente, tinha a missão de superar os outros seis por uma medalha. Cielo tinha uma preocupação a mais. Ele era um dos três competidores que não havia conseguido baixar o melhor tempo do ano na eliminatória e na semifinal. Seria possível bater os 21s38, obtido em 24 de abril, no Rio de Janeiro? O brasileiro de 24 anos achava que sim. Fratus era, até então, um azarão. Corria por medalha, mas sem o peso de Cielo, ouro em Pequim 2008. Aos 22 anos, deixava o peso maior para o concorrente, a quem só cumprimenta com “boa sorte” — a relação entre os dois brasileiros é restrita às piscinas. Na piscina do Aquatic Centre, em Londres, Cesar repetiu o ritual. O mais saudado dos oito competidores chegou com a toalha enrolada no pescoço. Jogou água no peito, secou o trampolim e permaneceu estático. Fratus entrou logo em seguida, de tênis. Sentou-se, tirou o calçado e mirou o fundo da piscina.

Eles e outros seis competidores se posicionaram para a largada. Cielo largou melhor, mas viu o francês Florent Manadou o ultrapassar. Depois foi o norte-americano Cullen Jones, que havia cravado o mesmo tempo que Cielo na semifinal. Não foi possível nadar melhor. Enquanto o francês batia a melhor marca do brasileiro no ano, com o tempo de 21s34, Cielo levava apenas o bronze, com 21s59. Jones, com a prata, cravara 21s54. Fratus chegou em quarto lugar, com o tempo de 21s61, melhor resultado no ano. O desempenho de Cielo era estranho. Como pode o melhor nadador na distância dos 50 metros do mundo piorar o tempo de um dia para outro? Afinal, na semifinal, ele percorrera o trecho em 21s54, o que lhe daria uma medalha de prata ontem. Mas foi Fratus quem sentiu mais o golpe. Saiu da piscina com a cara amarrada, ignorou os jornalistas e empurrou com força a porta do vestiário. Cielo pareceu em estado de choque, mas foi solícito. Interrompeu a entrevista apenas porque tinha que trocar o traje de banho pelo agasalho. Dali a alguns minutos, receberia no pódio sua terceira medalha olímpica, ainda que de bronze.

antonio milena

Por Marcos Sergio Silva, de Londres

Phelps, 21 M

icheal Phelps continua impossível: com o ouro nos 100m borboleta, nadados em 51s21, chegou à sua 21ª medalha olímpica. O sul-africano Chad le Clos e o russo Evgeny Korotyshkin dividiram a prata com 51s44 (quando isso ocorre ninguém fica com o bronze).



jornal placar | sábado, 4 de AGOSTO de 2012

Judô

Baby é bronze

n superação O judoca brasileiro demonstrou muita raça

Rafael Silva, o Baby, ganha medalha de bronze na categoria pesado, após vencer quatro lutas no golden score, duas delas em decisões dos juízes

Por Pedro Proença

F

oi na base da raça e — por que não? — numa espécie de “apito amigo”. Valendo-se da regra, que transforma falta de combatividade dos adversários em punições que resultam pontos em favor do oponente, o judoca Rafael Silva (categoria pesado, acima de 100kg) conquistou a medalha de bronze e encerrou a participação do judô brasileiro nas Olimpíadas de Londres 2012 em alto astral. A modalidade, enfim, cumpriu a meta de sair dos Jogos com 4 medalhas, feita pela Confederação Brasileira de Judô. A primeira luta, contra o islandês Thormodur Jonsson, foi a

mais tranquila de todas. Melhor tecnicamente, o brasileiro aplicou um ippon com 1min48s de luta e finalizou o combate sem maiores dificuldades. O duelo seguinte foi contra o lituano Marcius Paskevici. A luta, como costuma acontecer na categoria pesado, foi marcada pela lentidão e pelo estudo. Tal morosidade fez com que ambos fossem punidos por falta de combatividade. A luta foi para o “golden score” — uma espécie de morte súbita, na qual a luta termina assim que algum judoca consegue encaixar o primeiro golpe válido. E, desta vez, Rafael caprichou e aplicou logo um ippon, com apenas 24 segundos da prorrogação. Nas quartas de final, Rafael mediu forças contra o russo Alexan-

der Mikahylin. Mais uma vez, a lerdeza tomou conta da luta, que foi para o golden score empatada e assim terminou. Dessa vez, os juízes levantaram a bandeira para o russo e o brasileiro foi para a repescagem, contra o húngaro Barna Bor. Rafael precisava vencer para seguir vivo na luta pelo bronze. A luta foi bem parecida com a anterior. Ambos receberam uma punição por falta de combatividade e o combate seguiu empatado. Porém, dessa vez, a sorte sorriu para o brasileiro, que ganhou por decisão dos árbitros. A luta que valia a medalha foi contra do sul-coreano Sung Mim King. O combate foi marcado pela tensão e pela dificuldade de ambos encaixarem a pegada, tanto que

ambos receberam uma punição com 3min22s de luta por falta de combatividade. No golden score, Rafael buscou forças e começou a encaixar a pegada com mais eficiência. O coreano, que só se defendia, acabou punido por falta de combatividade com 1min13s. Fim de luta e bronze para Baby. O judô do Brasil já podia sair de cena com a missão cumprida.

Feminino

Maria Suelen, que representou o Brasil na categoria pesado do feminino, perdeu nas quartas de final para a japonesa Mika Sugimoto por ippon. Na repescagem, mais um ippon derrubou a brasileira, desta vez aplicado pela chinesa Weng Tong.

Missão cumprida Com o bronze de ontem, esporte cumpre meta de quatro pódios. Recordista, rende 19 medalhas olímpicas

O

objetivo da Confederação Brasileira de Judô antes das Olimpíadas era claro: trazer ao Brasil quatro medalhas, uma delas de ouro e levar o judô feminino a uma final. O ouro de Sarah Menezes e o bronze de Felipe Kitadai no primeiro dia cumpriu metade da meta. A euforia tomou conta da imprensa e da delegação. Afinal, os favoritos Leandro Guilheiro e Tiago Camilo ainda não haviam lutado. Porém, como não subiram ao pódio, o que era otimismo virou desconfiança e muita gente achou que a modalidade não iria obter todas as medalhas que desejava. O clima de decepção era geral, menos para Ney Wilson, coordenador da equipe brasileira em Londres. “Eu ainda acredito que o Brasil vá ganhar essas medalhas. Não mudaria nada na preparação e nas metas”, disse o dirigente ao ser questionado sobre a hipótese de o país não alcançar o que previra. Mas o bronze de Mayra Aguiar, anteontem, e o de Rafael Silva, ontem, fizeram com que a missão fosse cumprida. Rafael escreveu mais um capítulo de uma história que começou em Munique 1972, e a medalha de bronze de Chiaki Ishii. Em todas as edições dos Jogos seguintes, o Brasil subiu ao pódio, com destaque para Aurélio Miguel e Rogério Sampaio, que conquistaram o ouro em Seul 1998 e Barcelona 1992, respectivamente. As quatro medalhas de Londres 2012 foram o melhor resultado do judô do Brasil na história olímpica. Elas superam os três bronzes de Pequim 2008 e a prata e dois bronzes obtidos em Los Angeles 1984. O judô se despede de Londres como a modalidade que mais pódios rendeu ao Brasil na história olímpica: 19.

alexandre battibugli

06

Contra:

Contra:

Contra:

Thormodur Jonsson

Marcius Paskevici

Alexander Mikahylin

Finlandês não resiste a Rafael, que encaixa a pegada e aplica ippon antes da metade da luta.

Em luta lenta, lituano leva o combate para o golden score, mas toma o ippon com 24 segundos do tempo extra.

Em combate tenso, luta vai para o golden score. Ninguém pontua e juízes, por unanimidade, dão vitória ao russo.

Kim Kyung-Hoon/ reuters

Kim Kyung-Hoon/ reuters

Toru Hanai/reuters

Toru Hanai/reuters

Quinn Rooney/Getty Images

o caminho para o bronze

Contra:

Barna Bor

Contra:

Sung Mim King

Ambos foram punidos por falta de combatividade e Mais uma luta que vai para o golden luta vai para o golden score. Mais uma vez, ninguém score. Mas, dessa vez, o sul-coreano pontua, mas juízes consideram o brasileiro vencedor. é punido por falta de combatividade.



jornal placar | sábado, 4 de agosto de 2012

08

handebol Chana agarra 43% dos chutes

n Tempo o técnico dinamarquês Morten Soubak orienta as jogadoras brasileiras

M

alexandre battibugli

elhor goleira do Campeonato Mundial em 2011. Destaque da Liga Dinamarquesa, a mais forte do mundo. Primeira brasileira a jogar por um time europeu. Esta é Chana, a goleira da seleção feminina de handebol. A evolução do esporte no Brasil pode ser creditada a ela. Quando a catarinense de Capinzal estreou em uma Olimpíada em 2000, aquela era apenas a primeira do nosso handebol. Vieram mais três, incluindo esta, em Londres. Depois dos Jogos de Sydney, Chana começou sua incursão europeia. Hoje joga pelo Rander HK, da Dinamarca. “Fui a primeira brasileira. Hoje você vê uma porção por lá. Alguns clubes até me pedem indicações”, diz a goleira. De fato, houve uma explosão de brasileiras “exportadas” para as ligas europeias. Todas as 14 atletas convocadas para a Olimpíada atuam no continente — metade delas no Hypo Niederösterreich, da Áustria. Chana mantém um aproveitamento altíssimo em quadra. Na Olimpíada de Londres, tem defendido em média 43% das bolas que são atiradas contra o seu gol, o melhor desempenho entre as goleiras das 12 seleções que disputam o torneio. O número é bem próximo do executado no Mundial de 2011, quando terminou eleita a melhor goleira do mundo. A catarinense pode, na volta da Olimpíada, voltar a atuar no Brasil. Ela não descarta defender a Metodista, de São Bernardo do Campo. “É fechar um ciclo. E o que mais quero.” Assim, ficará mais perto de Capinzal, cidade no interior de Santa Catarina, onde nasceu. Lá mantém uma escolinha de handebol. “No Brasil, elas vão poder me assistir jogar e treinar”, confia.

Brasil perde a invencibilidade, mas ainda briga pela ponta Por Marcos Sergio Silva, de Londres

A

vibração era boa. Com a flâmula do jogo na mão e os tradicionais shorts-pijama, Fabiana Diniz puxou o pelotão brasileiro do handebol. A adversária era a Rússia, a segunda melhor do Grupo A. A primeira, sim, era o Brasil. Viria mais uma vitória, a quarta desta Olimpíada? Não veio, mas o Brasil vendeu caro a derrota por 31 x 27. E ainda briga para ser primeiro na chave. Foi Fabiana quem deu a saída. Bola na mão de Ana Paula Rodrigues. Na primeira infiltração, a goleira russa Sedoykina defendeu disparo de Duda. Na sequência, três contra-ataques russos, e duas defesas de Chana. Ela não impediu o gol russo, de Khmyrova. A primeira metade da etapa inicial no Copper Box pode ser resumida nas ações do parágrafo anterior: ataques brasileiros que não encaixavam e contragolpes fulminantes da Rússia. Ainda era cedo para prognósticos, mas o Brasil re-

petia erros anteriores, mais pilhado que o rival. E o erro se repetiu no gols de Davydenko, Khmyrova e Turei. O placar dilatou-se em 5 x 1, e o técnico dinamarquês Morten Soubak pediu tempo. Na volta, Ana Paula Rodrigues encaixou mais um gol e o Brasil equilibrou o jogo. Alexandra comandava as ações. Em jogada individual, forçou o segundo amarelo da russa Murayeka, penalizada com dois minutos de suspensão. E com seis gols fez com que o Brasil

terminasse o primeiro tempo apenas um gol atrás: 15 x 14. Na retomada do segundo tempo, o Brasil assistiu às russas marcarem os dois primeiros gols, mas descontou em três belas jogadas da ponteira Fernanda Silva, primeiro encobrindo a goleira Postnova e depois disparando duas bolas sem ângulo. Alexandra seguia com a sua sina artilheira. Já ampliava para oito sua artilharia do dia, aproximando o Brasil do empate. As russas, no entanto, não se

Nas mãos delas Chana Goleira Clube: Randers HK-DIN idade: 33 anos Altura: 1,83 metro Peso: 79 kg Principal destaque da equipe, está na quarta Olimpíada. Quatro vezes medalha de ouro no Pan.

Alexandra Nascimento ponteira Clube: Hypo Niederosterreich-AUS idade: 30 anos Altura: 1,77 metro Peso: 67 kg É a sua terceira Olimpíada. Foi artilheira do Campeonato Mundial de Handebol, com 57 gols.

Duda (Eduarda Amorim) Atacante Clube: Audi Eto Gyor-HUN idade: 25 anos Altura: 1,86 metro Peso: 84 kg A catarinense esteve na Olimpíada de Pequim e é bicampeã panamericana. Forte no ataque, abusa das faltas.

abalavam. Mantinham o placar sob controle. Até Duda encaixar a bola de empate, aos 16min do segundo tempo. O Brasil, no entanto, deixou que as russas abrissem novamente três pontos logo depois da suspensão de Daniela Piedade. Faltavam oito minutos para reverter novamente a desvantagem. Não deu. E as russas venceram por 31 x 27. “Nossa defesa ruim definiu esse resultado”, definiu a ponteira Alexandra. “A gente passou por cima delas no mundial, mas sabia que hoje não seria fácil. Mas hoje não era o jogo mais importante, e sim as quartas de final. Estamos com a cabeça em pé para ganhar esse jogo, que deixar mais perto da medalha”, disse a goleira Chana, poupada no segundo tempo. “Pedi para sair. Não defendi três bolas no início do segundo tempo. Ela entrou para fazer a partida que eu não estava conseguindo. Eu trabalho mais com a defesa, e ela é muito ágil, defende bolas inacreditáveis. Quando a defesa não funciona, o jogo é dela”.

alexandre battibugli

Mesmo com derrota por 31 x 27, seleção mantém melhor pontuação da chave

n a melhor Chana pretende voltar a jogar no Brasil



jornal placar | sábado, 4 de agosto de 2012

futebol

Um conto de duas cidades Por Jonas Oliveira

Vexame de chuteiras

A polícia cordial

Pela primeira vez nos Jogos, Brasil cai antes das semifinais Por Olavo Guerra

A

Mano fica esperto contra zebra Técnico brasileiro esconde a escalação e exalta adversário, que ainda está invicto nas Olimpíadas

A

derrota da seleção feminina para o Japão, ontem, contribuiu para Mano Menezes botar as barbas de molho. Pregando um discurso de respeito aos rivais das quartas de final, o técnico brasileiro apelou até para a velha tática do mistério e não quis revelar a escalação da equipe que inicia o jogo contra Honduras, no Estádio St. James Park, em Newcastle. Para o treinador brasileiro, “não se pode cair nes-

n ADEUS Yuki Ogimi festeja gol japonês e Marta se desespera

Brasil

Mike Hewitt/Getty Images

pós quatro Olimpíadas em que chegou pelo menos até a vaga nas semifinais, o futebol feminino brasileiro foi eliminado de Londres 2012, nas quartas de final. As japonesas, atuais campeãs do mundo, fizeram 2 a 0, no Millennium Stadium, em Cardiff, e, nas semifinais, encaram a França, que derrotou a Suécia. O Brasil apresentou um futebol irregular, assim como nos últimos dois jogos, contra a Nova Zelândia, quando marcou no final, e na derrota para a Grã-Bretanha. O primeiro gol japonês saiu aos 27 minutos do primeiro tempo, em uma falha da zaga brasileira. Ogimi recebeu dentro da área e, livre, tocou colocado para o fundo do gol de Andreia. Mesmo perdendo, Marta e companhia tinham uma posse de bola maior do que as japonesas, 62% a 38% — terminou o jogo com 64% —, mas os ataques não eram eficientes. O primeiro tempo terminou com a vantagem mínima para as asiáticas. O Japão começou melhor a segunda etapa, pressionando a defesa brasileira. Aos 28, a zaga cedeu à pressão. Ohno recebeu um lançamento longo, driblou a marcação e chutou por cima de Andreia, para

liquidar a fatura. As brasileiras tentaram apertar, aproveitando que as japonesas recuaram, mas o esforço não foi o suficiente. Esta foi a pior campanha da seleção feminina os Jogos Olímpicos, com duas vitórias e duas derrotas. Seguem na competição, além de Japão e França, que fazem uma das semifinais, os Estados Unidos, que passaram pela Nova Zelândia, por 2 a 0, e o Canadá, que venceu as britânicas pelo mesmo placar. sa de achar que os outros não têm capacidade para vencer”, disse, em campanha contra o salto alto. Tanto é que os jogadores treinaram cobranças de pênaltis. O meia Ganso, que quase foi cortado por causa de uma lesão na coxa esquerda, está liberado pelo departamento médico e vai para o banco de reservas. Mano tem repetido insistentemente que não foi por acaso que os hondurenhos chegaram até aqui. “É um adversário que está invicto na competição e teve uma vitória significativa sobre a Espanha”, lembrou o treinador. Do outro lado do front, o técnico de Honduras, Fernando Suárez, agradece e admite que pensa sim na vitória. “Acreditem em mim. Nós podemos”, declarou. Os quatro semifinalistas serão definidos hoje. Às 8h, o Japão pega o Egito, no Estádio Old Trafford, em Manchester. Quem passar pega o vencedor de México e Senegal, que se enfren-

0

Andreia Fabiana Erika Renata Costa (Grazielle) Rosana (Ester) Bruna Francielle Formiga Marta Thaisinha Cristiane T. Jorge Barcellos

Japão

2

Fukumoto Kinga Iwashimizu Kumagai Sameshima Sakaguchi Miyama Kawasumi Sawa Ohno (Ando) Ogimi (Takase) T. Norio Sasaki T. Norio Sasaki

Árbitra: Kirsi Heillinen (FIN) Gols: Ogimi, aos 27 minutos do primeiro

tempo, e Ohno, aos 28 da segunda etapa Cartões amarelos: Marta e Bruna

(Brasil); Sakaguchi (Japão)

Brasil

Honduras

Neto Rafael Thiago Silva Juan Marcelo Sandro Rômulo Oscar Hulk Neymar Pato (L. Damião)

Mendoza Crisanto Figueroa Velasquez Leveron Najar Garrido Martinez Mejia Lozano Bengtson

T. Mano Menezes

T. Luis Soares

E

u já morava em Londres há sete meses quando recebi a visita de meus pais. Certa noite estava com eles em um restaurante na região central de Londres, quando dois policiais armados entraram no local. Não havia nada de errado, eles queriam apenas uma porção de fish and chips. Mas a presença das armas naquele local me incomodou, porque imaginei que meus pais se sentiriam intimidados. Para minha surpresa, eu era o único incomodado entre os três. Levei um tempo para perceber que ver policiais e seguranças armados nas ruas é parte de nossa rotina no Brasil. Em Londres, a maior parte dos policiais não carrega armas de fogo. O simples fato de haver policiais armados no aeroporto de Heathrow e em instalações olímpicas foi motivo de críticas na imprensa inglesa — que já havia criticado a presença ostensiva de militares no Parque Olímpico de Pequim 2008. A polícia inglesa está evidentemente longe da perfeição. Basta lembrar o caso do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto em 2005 em uma operação equivocada da Scotland Yard. No ano passado, a morte de um homem pela polícia no norte de Londres foi o estopim para tumultos em toda a cidade. Mas as notícias que chegam do Brasil sobre abusos e equívocos policiais — e sobretudo os que sequer viram notícia — não nos deixam em condição muito confortável para julgar a competência dos ingleses. O que mais me chama atenção, porém, é a maneira como a relação entre os policiais e a população se dá em um nível bem mais cordial por aqui, sem a mesma conotação autoritária. Os britânicos não temem ou evitam os policiais, sabem que podem contar com eles para pedir ajuda ou informação sem medo algum. E o mesmo vale para os turistas, que frequentemente pedem até para tirar fotos com os policiais – algumas em situações inusitadas, como a brasileira acima simulando uma prisão. Nos Jogos do Rio 2016, os policiais terão a importante função de garantir a segurança dos Jogos. Mas é preciso ter em conta que eles também serão vistos pelo turistas como uma referência segura – e que precisam ser capacitados e treinados para isso. A ideia de uma polícia desarmada no Brasil ainda parece utópica, mas por enquanto não custa pensar em pelo menos um pouco mais de cordialidade.

Os britânicos não temem os policiais. Sabem que podem pedir ajuda a eles

Local: St. James Park (Newcastle) Horário: 13h (Brasília) Árbitra: Árbitro: Felix Brych (ALE)

tam às 10h30, no Wembley, em Londres. O adversário de Brasil ou Honduras sairá do confronto entre Grã-Bretanha e Coreia do Sul, que jogam às 15h30, no Millennium Stadium, em Cardiff.

GETTY IMAGES

10

n scotland yard Os turistas até pedem para tirar fotografias com os policiais britânicos



jornal placar | SÁBADO, 4 de AGOSTO de 2012

12

atletismo

Os segredos do grande palco

Conheça os detalhes do templo que reúne os mitos da velocidade, dos saltos e da resistência

N

a pista do Estádio Olímpico de Londres, realizam-se 42 dos 47 eventos do atletismo: as exceções são as provas da maratona e da marcha atlética, que acontecem na região central da cidade. Dos 259 atletas brasileiros que estão em Londres 2012, o atletismo será representado por 36 (18 homens e 18 mulheres). As competições, que começaram ontem, seguem até o dia 11 de agosto. Faça um passeio pela área que reunirá as maiores feras da modalidade.

Vara No salto com vara, cada atleta deve usar seu próprio equipamento, que pode ter qualquer tamanho ou diâmetro. Caso a vara se quebre durante o salto, o atleta ganha o direito a uma nova tentativa (com uma vara reserva, que ele deve levar).

200 m rasos

Fosso Após uma das cinco barreiras da corrida de 3 000 metros com obstáculos, há um fosso d’água junto à barreira, com 3,66 metros de comprimento e fundo inclinado, com 70 cm de profundidade. Os atletas passam pelo fosso sete vezes durante a prova.

Linha de largada dos 5000 m Salto com vara

Linha de largada dos 3000 m com obstáculos

A pistola de largada [1]

O sinal para a largada é emitido por um sistema eletrônico: a pistola é conectada a um circuito automático, que também dispara o cronômetro. Atrás de cada atleta há um altofalante, que garante que todos escutem o sinal ao mesmo tempo. A pistola é totalmente eletrônica, mas emite fumaça e luz para imitar um tiro.

Fosso

[1] foto: AP Photo/Matt Dunham [2] foto: AP Photo/Eric Gay [3] fotos: divulgação/londres 2012

Lançamento de disco

100 m rasos

Juiz de prova com pistola

110 m com barreiras

A largada das provas de velocidade São as únicas em que se utilizam blocos de largada (ao lado). Ao ouvir o comando “on your marks” (em suas marcas), os atletas devem se posicionar com os dois pés no bloco, as duas mãos e pelo menos um dos joelhos no chão. Ao ouvir o comando “set” (preparar), os atletas podem erguer o joelho e se posicionar para a largada.

As raias

As barreiras

Nas baterias eliminatórias das provas de 100 a 800 metros, incluindo os revezamentos, a posição dos atletas nas raias é definida por sorteio. Nas fases seguintes, é feito um novo sorteio de acordo com o desempenho: os quatro atletas mais rápidos ocupam as raias de 3 a 6; o quinto e o sexto, as raias 7 e 8; os dois últimos, as raias 1 e 2.

Na prova dos 110 metros, disputada pelos homens, as barreiras têm 1,067 metro de altura e são separadas por 9,14 metros. Na dos 100 metros, disputada pelas mulheres, a altura é de 83,8 cm e a distância entre elas é de 8,5 metros. Nos 400 metros, as barreiras têm 91,4 cm para os homens e 76,2 cm para as mulheres. A distância entre elas é de 35 metros, para ambos.

corridas com barreiras/obstáculos

Provas combinadas

Nos 100 (mulheres), 110 m (homens) e 400 m (ambos) com barreiras, cada atleta deve saltar um obstáculo individual. Ele pode derrubar barreiras, desde que não o faça de forma deliberada. Nos 3 000 m com obstáculos, há cinco barreiras ao longo da pista, com altura de 91,4 cm para os homens e 76,2 cm para as mulheres. As barreiras são uma peça única para todos os atletas e devem ter no mínimo 3,94 m de comprimento. Uma delas, localizada em uma das extremidades da pista, é seguida por um fosso d’água.

No primeiro dia do decatlo, disputado pelos homens, são realizadas as provas de 100 m, salto em distância, arremesso de peso, salto em altura e 400 m. No segundo dia, 110 m com barreiras, arremesso de disco, salto com vara, arremesso de dardo e 1 500 m. No heptatlo (mulheres), as provas são 100 m com barreiras, salto em altura, arremesso de peso e 200 m (dia 1º) além de salto em distância, arremesso de dardo e 800 m (dia 2).

corridas de velocidade

Aqui, cada centésimo de segundo é essencial. A largada é feita em blocos de saída, onde sensores acusam qualquer antecipação dos atletas, e a chegada, registrada por câmeras de alta resolução. Em Londres já vale a nova regra da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), que desclassifica imediatamente o atleta que queimar a largada.

Corridas de Meio fundo

Provas d

O único comando antes do tiro da pistola de largada é “on your marks” (em suas marcas). Nos 800 m, os atletas largam em raias separadas e permanecem nelas até a linha de raia livre; nos 1 500 m e distâncias superiores, não há raias predeterminadas para largada.

Já no lanç para os ho Somente o permissão usar subst pescoço —


jornal placar | SÁBADO, 4 de AGOSTO de 2012

13 Orgulho (e peso) no peito

[2]

Água e esponjas Nas provas de fundo, o regulamento permite que a organização ofereça aos atletas água e esponjas molhadas, para aliviar o calor. Em Londres 2012, serão distribuídos cerca de 45 litros de água por prova, em copos de plástico. Não haverá bebidas isotônicas à disposição.

Londres 2012 terá as medalhas olímpicas mais pesadas da história — entre 375 e 400 gramas — o dobro das medalhas de Pequim 2008, por exemplo. As medalhas têm 85 mm de diâmetro e 7 mm de espessura, e têm no verso a deusa grega da vitória Nike com o estádio Panathinaiko ao fundo. Na frente, o rio Tâmisa e a logomarca oficial de Londres 2012 são entrecortados por raios. A medalha de ouro é feita de 92,5% de prata, 1,34% de ouro e o restante de cobre. A de prata, 92,5% de prata e o restante de cobre. A de bronze, 97% de cobre, 2,5% de zinco e 0,5% de estanho.

[3]

A tocha olímpica A pira (suporte da chama) é acesa na abertura dos Jogos e permancece assim até o encerramento, em 12 de agosto. Antes disso, a tocha percorreu um longo caminho, que começou no dia 10 de maio com uma cerimônia no santuário de Olímpia, na Grécia. De lá ela viajou até Atenas e embarcou num avião rumo ao Reino Unido. Ao todo, 8 000 pes­soas carregaram a tocha por um percurso de 12 800 km até a aber­tura dos Jogos. Ela tem 800 gramas e 80 cm.

Saltos em distância e triplo Pelotão de corredores das provas de fundo e meio fundo [3]

A linha de raia livre

Lançamento de martelo

Nos 800 metros, os atletas devem permanecer nas respectivas raias até a linha de raia livre, a partir da qual podem utilizar toda a pista. No revezamento 4 x 400 m, só os atletas da primeira volta são obrigados a se manter nas raias de largada; os da segunda volta, apenas até a linha de raia livre.

Largada dos 1500 m

Salto em altura

Lançamento de dardo

[3]

9 raias Nas provas em que há raias definidas, utilizam-se as raias de 2 a 9 — a raia interna, número 1, fica vazia.

Arremesso de peso

Linha de chegada

[3]

Largadas em curva dos 400 m e 800 m Largada dos 10000 m

Corredores do revezamento

Chegada

A zona de passagem

O bastão do revezamento

As chegadas de todas as modalidades de corrida acontecem aqui. A primeira Olimpíada a contar com câmera na chegada foi a de Londres 1948. Desde então, ela evoluiu muito. Hoje, a Photo Finish é capaz de registrar 2000 imagens por segundo. Um laser é projetado sobre a linha de chegada e, assim que o primeiro atleta passa por ali, um sinal trava o cronômetro e aciona a câmera.

A entrega do bastão deve ser feita nas zonas de passagem, que medem 20 metros. Caso o bastão seja entregue fora dessa zona, a equipe é desclassificada. No revezamento 4 x 100 m, o regulamento permite que os atletas coloquem adesivos na pista para facilitar a marcação.

O bastão usado no revezamento deve ser cilíndrico, feito de madeira, metal ou qualquer outro material rígido. Sua altura deve ser de 28 a 30 cm, com diâmetro de 4 cm e peso de pelo menos 50 gramas.

de Lançamentos/arremessos

Corridas de fundo

Provas de saltos

marchas

Revezamentos

As provas de arremesso de peso e lançamento de martelo são as que têm os objetos mais pesados: 7,260 kg para os homens e 4 kg para as mulheres. No lançamento de disco, o peso é de 2 kg para os homens e 1 kg para as mulheres. çamento de dardo, temos 800 gramas omens e 600 gramas para as mulheres. os atletas do lançamento de martelo têm o para utilizar luvas. Os demais podem tâncias como talco nas mãos ou no — no caso do arremesso de peso.

Nos Jogos Olímpicos, as provas de 5 000 e 10 000m são disputadas na pista do estádio, o que implica tempos menores do que os de rua — o recorde dos 10 000 m, por exemplo, é 27 segundos mais rápido que o dos 10 km (na rua). Os atletas largam lado a lado e não precisam respeitar o limite das raias — o que muitas vezes provoca choques e quedas.

Os saltos em distância e em altura são as duas únicas competições em que a espessura da sola do calçado dos atletas não pode exceder 13 mm. No salto em altura, o calcanhar deve ter uma espessura máxima de 19 mm. Já no salto triplo não há regra para os calçados. A outra modalidade de saltos é a do salto com vara.

Os atletas devem obedecer basicamente a duas regras. A primeira é ter sempre um dos pés apoiado no chão. A segunda, manter a perna da frente, que faz contato com o solo, sempre estendida. Asprovas serão disputadas nos arredores do Palácio de Buckingham, num percurso de 2 km. A marcha atlética de 50 km só é disputada por homens.

No 4 x 100 m, as equipes correm toda a prova nas respectivas raias de largada. No 4 x 400 m, apenas os atletas da primeira volta ficam nas raias de largada. Quem derruba o bastão deve recolhê-lo e voltar ao ponto da queda para prosseguir.


jornal placar | sábado, 4 de agosto de 2012

14

Atletismo

Tênis

Hoje é dia de Bolt Atual campeão olímpico e recordista dos 100 e dos 200 metros é a grande estrela a pisar hoje na pista do Estádio Olímpico Por Maurício Barros, de Londres

D

primeiro dia de disputas no atletismo não começou bem para os brasileiros. As únicas boas notícias vieram nos 100 m feminino e no salto em distância masculino. Keila Costa, do salto triplo, queimou a primeira tentativa e não foi muito melhor nas seguintes. Sua melhor marca foi 13,84m, que a deixou na 20ª posição e fora da final,

n serena

n murray

n federer

fotos Getty Images

Jamaicano Usain Bolt diz que foi a Londres para se tornar uma lenda

Os inimigos do Homem Raio

Os principais concorrentes que sonham roubar o lugar de Bolt no pódio em Londres Yohan Blake Jamaica Idade: 22 Melhor tempo nos 100 metros: 9,75 (29/6/2012, Kingston) Melhor tempo nos 200 metros: 19,26 (16-SET-11, Bruxelas) Já venceu Bolt? Sim (Seletivas jamaicanas, 2012, 100 e 200 metros).

Asafa Powell Jamaica Idade: 29 Melhor tempo nos 100 metros: 9,72 (2/9/2008, Lausanne) Melhor tempo nos 200 metros: 19,90 (26/6/2006, Kingston) Já venceu Bolt? Sim (Estocolmo, 2008, 100 metros)

Tyson Gay EUA Idade: 29 Melhor tempo nos 100 metros: 9,69 (20/9/2009, Xangai) Melhor tempo nos 200 metros: 19,58 (30/5/2009, Nova York) Já venceu Bolt? Sim (Estocolmo, 2010, 100 metros; Osaka, 2007, 200 metros)

Rosângela e Duda salvam estreia do Brasil

O

n Sharapova n favorito

Michael Steele/Getty Images

epois de um primeiro dia morno, com várias provas eliminatórias e apenas dois pódios (no arremesso de peso masculino e nos 10.000 metros feminino), o Estádio Olímpico se prepara para viver emoções fortes neste sábado. Hoje, 18 medalhas estarão em jogo no atletismo. Salto em distância, 10.000 metros e 20 km da marcha masculinos (prova disputada nas ruas do centro de Londres); e 100 metros rasos, arremesso de disco e heptatlo femininos. Mas boa parte do público que promete lotar o estádio estará lá para ver uma competição que dará medalhas só amanhã: os 100 metros rasos. Culpa da maior estrela do atletismo mundial, o jamaicano Usain Bolt, atual campeão olímpico e recordista dos 100 e dos 200 metros. Ele pisa pela primeira vez a pista no início da tarde londrina (a partir das 8h30 de Brasília) para correr uma das eliminatórias que darão vaga nas semifinais de amanhã, mesmo dia da grande final. O principal concorrente do gigante de 1,96 metro e 93 kg é seu compatriota Yohan Blake, que o venceu nas seletivas jamaicanas nos 100 e nos 200 metros no mês passado. Esse resultado levou muitos analistas a cravarem o nome de Blake como favorito para as duas provas dos Jogos. Mas Bolt não parece disposto a ceder em sua intenção de conquistar outros três ouros (em Pequim 2008, ganhou também o revezamento 4x100 m ao lado de Asafa Powell, Michael Frater e Nesta Carter) e, nas suas palavras, “virar uma lenda”. “Ambos estão 100% em forma, prontos para ir com tudo”, disse o médico da equipe jamaicana, Winston Dawes.

disputada apenas pelas 12 melhores saltadoras. Nos 400 m rasos, as duas representantes brasileiras também não conseguiram se classificar. Na primeira bateria, Geisa Coutinho sentiu lesão na perna esquerda e fez o quinto tempo. Na penúltima prova, Joelma Sousa foi um pouco melhor, mas ficou em 4ª colocação e não garantiu vaga na próxima fase. Elas ainda disputam

o revezamento 4x400 m. À tarde, nos 100 m, Rosângela Santos fez bonito e se classificou para a semifinal, com o segundo melhor tempo (11s07). A semifinal será disputada hoje, às 15h35. No salto em distância, Mauro Vinícius da Silva, o Duda, fez a melhor marca do dia, junto com o americano Marquise Goodwin (8,11 m). Os 12 melhores disputam a final hoje, às 15h55.

Olimpíada repete final masculina de Wimbledon

Murray e Federer disputam ouro na mesma quadra do Grand Slam. No feminino, duelo será Sharapova x Serena

A

pós 4 horas e 26 minutos de jogo, o suíço Roger Federer, primeiro no ranking mundial, venceu o argentino Juan Martín Del Potro por 2 a 1 (3/6, 7/6 e 19/17) e está na final do torneio de simples. O último set teve 36 games, o que transformou o jogo “melhor de três sets” no mais longo da Era Aberta (1968, quando os profissionais foram liberados a participarem dos principais torneios, que só aceitavam amadores). O outro finalista também foi definido: é o britânico Andy Murray. Ele venceu o ex-número um, o sérvio Novak Djokovic, por 2 a 0 (7/5 e 7/5). Empurrado pela torcida local, reeditará com Federer a final do torneio

de Wimbledon de menos de um mês atrás. A final das Olimpíadas acontece amanhã. No feminino, outra final de peso. Também campeã em Wimbledon, a americana Serena Williams enfrentará a russa Maria Sharapova hoje, às 10h. Nas duplas, a final masculina terá os dois duetos líderes do ranking. Os irmãos americanos Mike e Bob Bryan encontram os franceses Michael Llodra e JoWilfred Tsonga. Apenas as tchecas Andrea Hlavackova e Lucie Hradecka se garantiram na final entre das mulheres. A outra semifinal será disputada hoje, às 12h30, entre as irmãs americanas Venus e Serena Williams, e as russas Maria Kirilenko e Nadia Petrova.



jornal placar | sábado, 4 de agosto de 2012

16

basquete

brasileiro do dia Por Alexandre Salvador, da VEJA

Até a próxima...

O bom baiano

S

Brasil perde do Canadá e é eliminado do torneio feminino de forma melancólica, com quatro derrotas

n de novo!

Mike Segar/ reuters

Apesar de todo o esforço da pivô Érika, Brasil aumentou sua coleção de derrotas diante do Canadá

A

história se repete. Assim como aconteceu nos Jogos de Pequim 2008, a seleção feminina de basquete do Brasil foi eliminada ontem com quatro derrotas consecutivas na fase de grupos. As quatro primeiras colocadas da chave avançam para a próxima fase. Desta vez, as brasileiras foram vencidas pelo Canadá, por 79 a 73. Os outros tropeços do Brasil foram contra a França (58 a 73), a Rússia (59 a 69) e a Austrália (61 a 67).

Resta agora à equipe do técnico Luis Cláudio Tarallo cumprir seu compromisso diante da Grã-Bretanha, amanhã, às 18h15, e embarcar de volta para casa. Se vencer, a equipe pode igualar o desempenho dos últimos Jogos, quando se despediu do torneio na 10ª colocação, com apenas um triunfo — diante da Bielorrússia — em cinco jogos. “É muito triste não termos conseguido essa vaga. Esse grupo trabalhou muito, não faltou empenho, estudo ou treinamento. Foi

uma sequência muito dura. Estivemos sempre atrás no placar durante as partidas e isso é um desgaste muito grande”, lamentou o técnico. “O grupo sentiu muito esse primeiro tempo ruim contra o Canadá. Conversei com elas no intervalo tentando mexer com o emocional e até deu certo, mas faltou força para sustentar a reação. Acho que conseguimos jogar de igual para igual com elas, mas ainda não temos força suficiente para vencer”, acrescentou.

e você quiser achar o pugilista Everton Lopes fora do período de competições, aqui vai uma dica: procure-o em sua terra natal, Salvador. O atual campeão mundial dos meio-médio ligeiros não perde uma oportunidade de estar perto da mãe, dona Cláudia, e de seu técnico Luiz Dórea (aquele mesmo que já trabalhou com Acelino Popó Freitas e hoje também instrui lutadores de MMA como Júnior Cigano e Anderson Silva). Mesmo aqui em Londres, Everton não nega as raízes e é um dos mais animados da equipe de boxeadores brasileiros. Gozador, o baiano não perde uma oportunidade de tirar um sarro da cara de seus colegas. O atleta de 23 anos segue a escola de esportistas da Bahia com senso de humor apurado, como os jogadores de futebol Vampeta e Edílson. No aquecimento, Everton morre de rir com a movimentação dos seus companheiros. Mas quando chega a sua vez de subir ao ringue, ele muda completamente de personalidade. Um de nossos fotógrafos aqui em Londres acompanhou com exclusividade uma das sessões de treinos da equipe brasileira realizada no centro esportivo de Crystal Palace. Enquanto todos os lutadores colocavam o capacete obrigatório no boxe olímpico, Everton quis treinar sem proteção alguma. A intensidade e a violência dos golpes trocados entre o baiano e seu sparring foi tamanha que o técnico da seleção teve que interromper a “luta” por duas vezes, pois cada um deles quase foi a nocaute em um mero treinamento. Essa bravura de Everton é reconhecida internacionalmente. O brasileiro é apontado por diversas publicações especializadas como o grande favorito ao ouro olímpico. O baiano começa a disputa pela medalha neste sábado, contra Roniel Iglesias, da tradicionalíssima escola cubana. Ele tem a chance de marcar seu nome na história do esporte, ao ser o segundo brasileiro medalhista no boxe – o primeiro foi Servílio de Oliveira, nos Jogos de 1968, realizados na Cidade do México. É bom saber que o brasileiro está treinando duro por essa medalha, sem perder a ternura baiana, é claro.

O boxeador baiano não perde a chance de tirar sarro dos colegas de treinamento

m dia após ver seu time cravar o recorde olímpico de pontos em uma única partida de basquete, o técnico da seleção norte-americana, Mike Krzyzewski, adotou um discurso contido, evitou o termo humilhação e elogiou a equipe da Nigéria. “Arremessamos melhor do que qualquer time que eu já dirigi. Dividimos bem a bola, foram 41 assistências, 29 chutes de três. É muito difícil perder um jogo assim. A Nigéria jogou forte. Nós fizemos muitos pontos e eles (nigerianos) também. Um desempenho incrível de arremessos e que não vai acontecer tão fácil de novo. Não estamos aqui para humilhar ninguém. Só queremos jogar basquete”, exaltou.

inda faltam duas rodadas para o término da fase de grupos do torneio masculino de basquete e os jogadores brasileiros só pensam em uma coisa: evitar o confronto com os Dream Team no mata-mata. Para que isso ocorra, a equipe verde e amarela precisa terminar a etapa entre os três primeiros colocados de seu grupo. “Temos que ficar entre os três primeiros do grupo para não pegar os Estados Unidos. Estamos focados, sabemos o que queremos e temos um time experiente para nos recuperar”, destaca o ala-armador Marcelinho Machado. Hoje, às 12h45, o time pega a

China, que ainda não venceu nos Jogos e amarga a lanterna da chave, com apenas três pontos. Apesar do desempenho fraco, o técnico Rubén Magnano está atento aos chineses. “Há muitos jogadores que atuam abertos e chutam de três pontos. Quando jogam com um percentual alto de três pontos, é um time extremamente perigoso. Vamos analisar as atuações deles e a partir daí traçar um planejamento ofensivo e defensivo”. No último confronto, diante da Rússia, o Brasil foi derrotado por 74 a 75, com uma cesta de três de Vitaliy Fridzon, faltando apenas quatro segundos para zerar o cronômetro.

Paulo vitale

Sai pra lá, Dream Team EUA exaltam sonham em acabar primeira fase entre os três placar recorde Brasileiros primeiros do grupo para escapar do duelo com os EUA U A

n lopes O boxeur baiano é apontado como o favorito ao ouro na categoria até 64 kg (meio-médio ligeiros)



jornal placar | sábado, 4 de agosto de 2012

iatismo

18

Bons ventos?

n star Scheidt e Prada entram na medal race em 2º lugar

Por Miguel Icassatti

C

om todas as classes do iatismo já em disputa em Londres 2012 — algumas delas chegando à regata final neste fim de semana —, é importante fazer um balanço da participação brasileira nas águas de Weymouth Bay & Portland Harbour. A modalidade que mais deu medalhas ao Brasil até o início desta edição olímpica, com 16 pódios, foi superada pelo judô, que agora acumula 19 medalhas. Pelo desempenho dos velejadores brasileiros até o momento, vai ser difícil a vela retomar a ponta. Um bronze já está garantido, é verdade, com a dupla Robert

Scheidt e Bruno Prada na classe star que, amanhã, participa da medal race, regata derradeira, que dará pontuação dobrada aos dez barcos finalistas. Para conseguir o ouro, os brasileiros devem chegar quatro posições à frente do barco inglês, que lidera a classe. A prata virá caso Scheidt e Prada terminem a medal race uma posição atrás da embarcação sueca, terceira na classificação. “Às vésperas da regata final, estamos vendo um repeteco do que ocorreu em Pequim 2008”, diz Marcos Ferrari, ex-atleta olímpico da delegação brasileira na classe 49er e comentarista dos canais ESPN. Na classe laser, Bruno Fontes está em 14º lugar e tem duas re-

FOTOS GETTY IMAGES

Com o bronze garantido na star, a dupla Scheidt-Prada tenta redimir a Vela, que em Londres foi superada pelo judô como o esporte que deu mais medalhas ao país

gatas para ficar entre os dez que vão à medal race. “Mesmo que ele passe, dificilmente trará medalha”, diz Marcos Ferrari. Essa é a mesma posição de Ricardo Winick Santos, o Bimba, nosso representante na classe RS-X (windsurfe). “Ele não tem mais chances de medalha, infelizmente”, avalia Ferrari. Jorge Zarif, em sua primeira participação olímpica, ficou fora da regata final da classe

finn: terminou em 20º lugar na classificação geral. Entre as mulheres, Patricia Freitas está em 14º lugar e dificilmente deve avançar na classe RS-X feminina. Sua melhor colocação foi um 12º lugar. Adriana Kostiw, na laser radial, é apenas a 24ª colocada após oito de dez regatas. As esperanças de medalha se mantêm com Fernanda Oliveira e Ana barbachan, na classe 470. Após as

duas primeiras regatas elas ocupam o 6º posto. “Se mantiverem a regularidade, podem subir na tabela porque as duplas que estão à sua frente oscilaram bastante e terão de descartar uma pontuação maior”, prevê Marcos Ferrari. O Brasil não enviou a Londres 2012 velejadores nas classes 470 (masculino), Elliott 6m (disputada apenas por mulheres) e 49er (masculino e feminino).

conheça as diferenças entre as classes olímpicas

470

49er

Também projetado Disputada nos Jogos por duas pessoas, este Olímpicos tanto por barco leve e veloz homens como requer que os mulheres, a classe tem tripulantes se esse nome por causa pendurem nos do comprimento de cada embarcação, 470 respectivos trapézios para contrabalançar a centímetros (4,70 área vélica. Sua metros), que tem três inclusão no programa velas e é conduzida olímpico é recente: a por dois tripulantes: o classe vem sendo comandante e o disputada desde os proeiro. Em Moscou Jogos de Sydney 1980, os brasileiros 2000. O Brasil não Marcos Soares e classificou Eduardo Penido cometidores nem no foram campeões masculino nem no olímpicos nesta feminino. classe.

Elliott 6m

Disputada pelas mulheres em Londres 2012, a embarcação foi projetada por Greg Elliott, na Nova Zelândia, em 2000. O barco tem 6 metros de comprimento e 15,9 m² de área de vela. Não teve participação de brasileiras em Londres 2012.

Star

Para dois tripulantes, o barco tem 6,9 metros, peso mínimo de 671 kg, área vélica de 26,5 m² e quilha fixa. Participa do programa olímpico desde Los Angeles 1932. Muito competitiva, a classe já deu ao Brasil diversas medalhas olímpicas: duas de ouro (Atlanta 1996 e Atenas 2004), uma de prata (Pequim 2008) e duas de bronze (Seul 1988 e Sidney 2000).

Finn

O barco é tripulado somente por uma pessoa. Tem apenas uma vela e casco bem pesado. É indicado para velejadores jovens, em boa forma física. Em Londres 2012 o Brasil foi representado pelo estreante Jorginho Zarif.

RS: X

Laser

A partir de Pequim É certamente a classe 2008 a classe substituiu mais popular do a mistral como a mundo, com mais de modalidade de prancha 190.000 barcos a vela (windsurfe). É produzidos. A versão disputada tanto por feminina do barco, mulheres quanto por conhecida como laser homens. Em Londres radial, difere da 2012 foi representada masculina apenas por por Ricardo Winick causa da área vélica: Santos, o Bimba, em sua 7,12 m² (homens) e quarta participação olímpica, que já foi 5,76 m² (mulheres). O campeão mundial casco é rigorosamente na categoria. Nas o mesmo: 4,23 metros regatas femininas a de comprimento total respresentante e 56,7 kg. Robert brasileira é Patricia Scheidt, que hoje Freitas.

compete na star, é bicampeão olímpico nesta classe (Atlanta 1996 e Atenas 2004). Em Sydney 2000 foi prata.



jornal placar | Sábado, 4 de agosto de 2012

vôlei

London Calling Por Giancarlo Lepiani, de Londres

De olho na próxima fase

Strawberry Fields Forever

T

Depois de perder por 3 sets a 1 para os EUA, Brasil enfrenta Sérvia e pode garantir classificação antecipada

A

empolgante vitória contra a Rússia encheu os jogadores da seleção brasileira de confiança, porém a categórica derrota por 3 sets a 1 para os Estados Unidos fez com que a seleção voltasse à Terra de forma dura. Hoje, contra a Sérvia, os comandados de Bernardinho buscam retomar o caminho das vitórias. Completam a rodada de hoje Estados Unidos

x Rússia e Alemanha x Tunísia. No momento, o Brasil divide a segunda posição do grupo com o russos. Caso vença os sérvios por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1, a equipe já estará classificada às quartas de final com uma rodada de antecedência. A Sérvia não deve ser uma adversária difícil. O time europeu soma apenas 4 pontos no grupo, após derrota para os Estados Unidos (3 x 0) e para a Alemanha (3 x

alvez nenhuma cidade no planeta tenha tanta tradição esportiva quanto Londres – e, mesmo em tempos de Olimpíada, uma de suas catedrais do esporte segue atraindo uma peregrinação diária. Trata-se do All England Lawn Tennis Club, em Wimbledon, no sudoeste da cidade. O torneio de tênis olímpico realizado no lendário templo da modalidade é uma daquelas atrações capazes de roubar os holofotes das disputas mais clássicas dos Jogos, como a natação e o atletismo. O torneio de Grand Slam de Wimbledon, o mais antigo do mundo, acabou há menos de um mês — mas isso não quer dizer que o tênis olímpico ficou menos atraente. Pelo contrário: a disputa pelo ouro nas quadras de grama transformou-se num disputadíssimo bis da competição anual. Neste pequeno Wimbledon dentro dos Jogos Olímpicos, todos os ingredientes da mágica fórmula que tanto fascina os fãs do tênis são preservados. Está lá a grama sagrada — ainda que desgastada, em função do curto período que se passou desde o fim do torneio da ATP. Nas arquibancadas e tribunas, lá estão os sócios de carteirinha, de roupas impecáveis e drinques nas mãos, e os convidados de honra, que incluem, como não poderia deixar de ser, os integrantes da família real, devidamente acomodados no camarote da rainha. Entre uma partida e outra, consome-se o alimento oficial e obrigatório de Wimbledon, morangos com creme — de um vermelho irretocável, selecionados com precisão cirúrgica, pelo equivalente a 7,50 reais o potinho com cerca de uma dúzia. E há, por fim, a melhor parte: o tênis, jogo cuja versão moderna nasceu na própria Grã-Bretanha, no século retrasado. Nesta sexta-feira de semifinais olímpicas, enquanto a quadra 1 recebia as musas russas Maria Sharapova e Maria Kirilenko (2 sets a 0 para a primeira), Roger Federer enfrentava Juan Martin Del Potro na quadra central. O argentino venceu o primeiro set e o suíço empatou num segundo set equilibrado. Mas nada que se comparasse ao terceiro e decisivo set. No regulamento olímpico, a decisão era por melhor de três sets, sem tie break no último. E Federer e Del Potro esticaram o duelo por 4h26, no mais longo jogo de triplo sets da história. O suíço errou mais do que de costume, mas passou à final vencendo por inacreditáveis 19 a 17, em mais um capítulo de sua longa antologia de façanhas.

2), e vitória (3 x 1) sobre a Tunísia, que é o saco de pancada da chave. Para Bernardinho, o que pesou no duelo contra os americanos foi a perda da paciência por parte do time brasileiro, sobretudo a partir do terceiro set: “Foi uma partida muito desgastante mentalmente. O time perdeu o que é mais important,e que é a paciência. A Sérvia agora é a nossa decisão”, afirmou o treinador.

Prazer, Leandro "Muro" Vissotto!

Em Wimbledon, come-se morango com cremes nos intervalos

O nome dele é Leandro Vissotto, mas pode chamar de Muro. O oposto Leandro Vissotto, responsável por 5 dos últimos 19 pontos que a seleção fez de bloqueio nos três primeiros jogos, Vissotto falou ao JORNAL PLACAR Vocês estão no auge da forma física na temporada? Não sei dizer se estamos no auge, mas posso garantir que estamos muito bem treinados e que nos preparamos bastante para essas Olimpíadas.

Houve alguma motivação específica para a partida contra os Estados Unidos? Não. Nossa motivação é vencer, sempre. Como o grupo mudou um pouco em relação àquele que foi vice-campeão em 2008, não houve qualquer tipo de revanchismo ou vingança. Não levamos esse tipo de emoção para dentro da quadra, apenas o desejo da vitória. Quem são os principais adversários do Brasil? Os jogos são sempre difíceis aqui, mas nossos maiores rivais são Estados Unidos, a Rússia, a Itália e a Polônia. O Brasil vai forte para brigar pelo pódio.

Meninas a perigo

Elsa/Getty Images

Você tem ido muito bem no bloqueio e no ataque...Isso é fruto de muito treinamento. E também é preciso dividir os méritos com o restante do grupo. No ataque, o Bruninho mete umas bolas muito boas, isso facilita.

n sufoco Brasileiras vibram com vitória apertada

Vitória no tie-break sobre a China deixa Brasil correndo o risco da eliminação ntes do jogo contra a China, as jogadoras eram unânimes em afirmar a necessidade de vencer para manter vivo o sonho da classificação. Elas venceram, mas não como deveriam. O placar de 3 sets a 2 (25/16, 20/25, 25/18, 30/28 e 15/10) pode acabar sendo insuficiente para evitar um dos maiores vexames da história recente do vôlei brasileiro. Com duas virtórias no tie break, o Brasil tem 4 pontos ganhos, dois a menos que a Turquia, e vai depender dos resultados da última rodada para saber se dá ou não adeus a Londres. O jogo de ontem começou com a impressão de que as brasileiras não teriam dificuldades para fechar a

Elsa/Getty Images

A

partida. A entrada de Dani Lins e de Jaqueline no time titular, além da atuação de Sheilla e Thaisa, deram volume de jogo ao Brasil, que fechou o primeiro set por 25 a 16. No segundo set, as chinesas voltaram mais ligadas e venceram 25 a 20. No terceiro set, o Brasil desperdiçou três sets points e permitiu que s chinesas fechassem em 30 a 28.. No tie break, o Brsil fez 15 a 10. A próxima partida do Brasil é contra a Sérvia, amanhã. A situa-

ção é incômoda, mas não chega a ser tão desesperadora. As comandadas de Zé Roberto precisam vencer a Sérvia por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1, além de torcer para os EUA vencerem a Turquia, ou para o jogo entre Coreia e China não terminar em 3 x 2 (o número de vitórias é o primeiro critério de desempate). Caso o Brasil vença a Sérvia por 3 sets a 2, tem que torcer para as americanas vencerem a Turquia por 3 a 0 ou 3 a 1.

Clive Brunskill/Getty Images

20

n 19 x 17 foi o placar do 3º set. Federer e Del Potro jogaram 4h26



jornal placar | sábado, 4 de agosto de 2012

Brasileira ergue 230 kg e entra para história

Boxe brasileiro na briga por medalhas

O

boxe brasileiro ainda sonha com uma medalha em Londres. Hoje, às 11h45, o peso pesado Yamagushi Falcão tenta, contra o chinês Fanlong Meng, ser o terceiro pugilista do Brasil a avançar para as quartas de final. O galo Robenílson de Jesus e o médio Esquiva Falcão já se garantiram em suas categorias. Ontem, Julião Neto, de 30 anos, foi eliminado pelo portorriquenho Jeyvier Cintron Ocasio, de apenas 17 anos, na categoria até 52 kg.

Jaqueline Ferreira é a 8ª no levantamento de peso

brasileira Juliana Veloso (foto) não conseguiu se classificar para as finais dos saltos ornamentais, na categoria trampolim de 3 metros, ontem, e se despediu dos Jogos de Londres de forma precoce. Ela terminou a competição na 28ª colocação, somando 241,15 pontos. Esta foi a quarta participação olímpica de Juliana. Em Sydney 2000, ela terminou em 19º, na plataforma, e 35º, no trampolim. Em Atenas 2004, a saltadora foi para a semifinal das duas provas, ficando em 16° e 18°, respectivamente. Em Pequim 2008, ela terminou na 23ª colocação da plataforma.

Anderson Nocetti termina em 19º

A

Clive Rose/Getty Images

n Vai para Missy Franklin, o Michael Phelps de saias. A jovem nadadora americana não se destacou nas Olimpíadas apenas pelo tamanho de seu pé (ela calça 46!), mas por ter pulverizado o recorde mundial dos 200m costas, ontem, ao nadar a distância em 2min04s06. Ela já havia conquistado a medalha de ouro nos 100m costas, no 4 x 200m livre e a de bronze no 4 x 100m livre. Ah, detalhe: ela tem apenas 17 anos.... Na prova de ontem, Missy Franklin sobrou na piscina. Completou os 50m iniciais já na primeira colocação e aproveitou o restante da prova para abrir vantagem sobre suas adversárias. A partir da metade da disputa, a dúvida não era mais se ela ia conquistsar o ouro, mas sim se bateria o recorde de Kirsty Coventry.

om 1m85 de altura e 218 kg, o judoca Ricardo Blas Junior, da pequena Ilha de Guam (país da Oceania, com 160 mil habitantes), foi uma das maiores — literalmente — atrações do último dia de competições do judô, ontem, na ExCel Arena, em Londres. Com uma barriga imensa, que mas fazia lembrar um lutador de sumô, ele não passou da segunda rodada, quando foi derrotado pelo cubano Oscar Brayson. Por ippon!

n alegria, alegria! Jaqueline quebrou o recorde brasileiro

Corrida durou só 10 metros

N

medalha de ouro

C

esperança de passar da primeira rodada durou só 42 minutos para a equipe brasileira de tênis de mesa. Esse foi o tempo que a Coreia do Sul precisou para vencer os três jogos (dois de simples e um de duplas) contra as brasileiras Caroline Kumahara, Giu Lin e Lígia Silva no torneio feminino por equipes dos Jogos de Londres. Todas as partidas terminaram em três sets a zero para as sul-coreanas.

C

Laurence Griffiths/Getty Images

Al Bello/Getty Images

ssim que soltou os halteres de 128 kg sobre o tablado do Complexo Excel, a brasileira Jaqueline Ferreira abriu um largo sorriso, beijou o peso e agradeceu o público diante dela. Ela sabia que acabara de realizar um feito inédito: a 8ª colocação do torneio olímpico de levantamento de peso. Jaqueline sequer esperou o resultado das outras atletas. Comemorou o sucesso em todas as suas seis tentativas, principalmente a última, quando ergueu 128 kg, na prova de arremesso para atletas até 75 kg. “A meta era ficar entre as 10 primeiras. Além disso, consegui quebrar o recorde brasileiro da prova”, comemorou. Na somatória geral, incluindo as tentativas no arranque, a brasileira alcançou 230 kg. “Foi um agradecimento por ter feito a melhor competição da minha vida. Assim que acabou a prova eu liguei para a minha mãe e choramos juntas de tanta emoção”, comentou a atleta, referindo-se à comemoração ao lado do técnico Dragos Stanica. Carioca, de Duque de Caxias, a halterofilista de 25 anos já projeta seu desempenho nos Jogos do Rio, em 2016. “É um esporte que pode crescer muito no Brasil, pois temos muitos atletas com potencial. Basta força de vontade, apoio e treinamentos. Quem sabe, podemos sonhar com uma medalha nos próximos Jogos”.

A

Brasil dá adeus no tênis de mesa

Judoca gigante tem 218 quilos

A

Juliana Veloso se despede dos Jogos

om tempo de 7m25s03, o remador Anderson Nocetti venceu a final D no single skiff na manhã de ontem e encerrou sua participação olímpica no 19° lugar da classificação geral. Na briga pelas medalhas, o ouro ficou com Mahe Drysdale (Nova Zelândia), a prata com Ondrej Synek (República Checa) e o bronze com Alan Campbell (Grã-Bretanha).

Darren Staples/ reuters

radar olímpico

medalha de lata

Michael Steele/Getty Images

22

n Vai para o Comitê Olímpico Internacional (COI), que ainda não se retratou do erro cometido ao atribuir o recorde de pontos do basquete feminino olímpico, pertencente à ala brasileira Janeth, à australiana Lauren Jackson. A gafe ocorreu após a vitória da Austrália sobre o Brasil, por 67 a 61, pela fase preliminar do torneio. Somados os 18 pontos marcados no jogo contra as brasileiras, Lauren acumula 497 pontos, 38 a menos que a ala brasileira, que defendeu a seleção brasileira nos Jogos de Atlanta 1996 e Sydney 2000, conquistando as medalhas de prata e bronze, respectivamente. A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) enviou uma nota oficial de protesto ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) exigindo a retratação do COI sobre o erro.

oor Hussain al-Malki, de 17 anos, primeira mulher do Catar a competir no atletismo dos Jogos Olímpicos, não conseguiu terminar sua prova dos 100m rasos, ontem, após sentir uma lesão muscular na coxa direita no início da prova. Com a cabeça coberta por um lenço com as cores da bandeira de seu país, Malki, percorreu apenas dez metros e caiu na pista, abandonando a competição.

Ciclista caiu de propósito

D

epois da expulsão de oito atletas do badminton que fizeram “jogos de comadres” para escolher adversárias mais fáceis, uma nova polêmica em torno do espírito olímpico agita Londres, desta vez envolvendo a equipe britânica que conquistou o ouro no ciclismo. Philip Hindes admitiu que caiu de propósito porque largara mal e, segundo as regras, um acidente provoca o reinício da prova.

Triatleta do Brasil “caça” favoritas

A

triatleta Pâmella Oliveira, medalhista de bronze no Pan de Guadalajara, sabe que chegar ao pódio em Londres é improvável. Mas ela tem sua estratégia mais do que decorada para tentar um lugar entre as dez melhores: “caçar” as líderes na natação, sua especialidade. O triatlo feminino (1.500 metros de natação, 40km de ciclismo e 10km de corrida) começa hoje, com largada às 5 h (Brasília).


jornal placar | sábado, 4 de agosto de 2012

Vôlei de praia

23

Brasil segue firme na briga por medalhas Da Redação

A

s duplas brasileiras Juliana e Larissa e Ricardo e Pedro Cunha carimbaram ontem o passaporte para as quartas de finais do torneio de Volei de Praia dos Jogos Olímpicos. As meninas entraram na arena montada no centro de Londres para o confronto com as holandesas Meppelink e Van Gestel, e saíram de lá com uma vitória por 2 sets a 0 (21/10 e 21/17). “O jogo foi bacana. No primeiro set, não fomos ameaçadas. No segundo, elas sacaram melhor e bloquearam. Mas o ba-

cana é que a gente conseguiu voltar mesmo estando com três pontos atrás. Isso está dando confiança”, destacou Juliana. As brasileiras voltam à quadra amanhã diante das alemãs Goller e Ludwig, em busca de uma das vagas nas semifinais da competição. As alemãs derrotaram a dupla compatriota Holtwick e Semmler por 2 a 0, em 37 minutos. No masculino, Ricardo e Pedro Cunha despacharam os espanhóis Herrera e Gavira, por 2 a 0 (21/18 e 21/19), e agora pegam a dupla polonesa Fijalek e Prudel, que venceu os suíços Heyer e Chevallier, por 2 a 0. A zebra da

rodada ficou por conta dos norte-americanos Rogers e Dalhausser, atuais campeões olímpicos, eliminados pela dupla italiana Lupo e Nicolai, por 2 a 0 (21/17 e 21/19), em 40 minutos. Os italianos haviam sido derrotados por Alison e Emanuel na fase preliminar, por 2 a 0. Hoje é a vez de Alison e Emanuel brigar por um lugar nas quartas. Eles enfrentam os alemães Erdmann e Matysik, às 6h (Brasília). Às 14h, Maria Elisa e Talita, que haviam batido por 2 a 1, as alemãs Goller e Ludwig na fase preliminar, pegam as checas Kolocova e Slukova, às 14h.

REUTERS/Marcelo del Pozo

Juliana/Larissa e Ricardo/Pedro Cunha já estão nas quartas de final. Hoje tem mais na quadra de areia em Londres

n em forma Larissa saca durante o duelo contra as holandesas

notas londrinas Vila Placar segue bombando

Turista por um dia

Pela primeira vez, em 24 anos no jornalismo esportivo Mylena Ciribelli viajou para cobrir uma Olimpíada. “Saí da Globo e vim para a Record por causa disso, era a minha chance de cobrir um grande evento sem ser no estúdio. E acho que sou pé quente, pois comecei com o Brasil ganhando medalha e os dias em Londres estão lindos, sem chuva, como nunca vi”, constatou Ciribelli, durante um rápido passeio por pontos turísticos de Londres a convite da CONTIGO!. Animada, ela posou para fotos em pontos turísticos como o Big Ben por um dia. Tomás Arthuzzi

Lucas Landau

Bronze na categoria peso ligeiro (até 60 quilos) logo no primeiro dia de competições do judô, o lutador Felipe Kitadai seguiu comemorando sua vitória nos dias seguintes. Acompanhado da namorada, Dora Altikes, ele visitou a Vila Placar, e os , espaço dedicado à torcida brasileira e convidados dos patrocinadores do projeto Abril em Londres, do qual o JORNAL PLACAR faz parte. Além do casal, esteve na Vila Placar o jornalista Mário Andrada, diretor de relações institucionais da Nike Brasil (à direita). Depois de uma visita à Vila Placar, empresários, patrocinadores e publicitários, todos convidados vips da Vila Placar, viajaram de barco pelo Rio Tâmisa para assistir a final da ginástica artística feminina em North Greenwich Arena.

Por Aline Salcedo, da

Tomás Arthuzzi

alexandre battibugli

Lucas Landau

Feijão com arroz garantidos

A chef Roberta Sudbrack, que já trabalhou no Palácio do Planalto servindo o presidente Fernando Henrique Cardoso, foi voluntária para ser a cozinheira dos atletas brasileiros durante a Olimpíada. Na cozinha no centro de treinamento Crystal Palace, serve a cerca de 250 pessoas por dia. “Todo dia tem feijão, arroz, bife de panela e empadão de galinha caipira.Os campeões ganham brigadeiro de sobremesa”, contou Roberta.


Estamos juntos na torcida pElo Brasil Em londrEs Presença lado a lado com o esporte brasileiro

A Sadia apoia o esporte para inspirar você a praticar uma vida mais gostosa

Patrocinador da beleza, também no esporte

Desenvolvido com dentistas. Ajudando a melhorar a saúde bucal de atletas

Em cada movimento. Em cada conquista

Vem ser [Optimus] com a gente

Compartilhe cada conquista. Compartilhe cada momento

Na torcida pelo Brasil em Londres 2012


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.