jornal placar edicao 177

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EDIÇÃO 177

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TERÇA-FEIRA, 29 DE JUNHO DE 2010 WWW.PLACAR.COM.BR

3 Dunga acha HEXA time ideal

(2)

FALTAM JOGOS PARA O

Mas já não vai poder contar com ele contra a pedreira holandesa. Culpa dos cartões amarelos

FALTAM uma arrancada espetacular no gol de Robinho. Mas está fora do jogo de sexta-feira

3 PARA O

HEXA

3 X0

(1 ) A P PHOTO/MAT T D UNH AM | (2) A FP PHOTO/ FA BR ICE C OFFR INI

Ramires (18) deu


JO R NAL PL ACA R | TER Ç A-FEIR A , 2 9 D E J U N HO D E 2010

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ENVIADOS À ÁFRICA DO SUL

aquecimento da copa

SÉRGIO XAVIER

Você gostou da vitória do Brasil ontem? Achou que Dunga fez as modificações certas, no tempo certo? Mesmo tendo perdido Ramires para o jogo contra a Holanda? E o melhor em campo eleito pela Fifa, Robinho, você acha que foi justo? Ele foi melhor que Juan, Lúcio e Gilberto Silva, homens de defesa?

José Vicente Bernardo comeu no vestiário). Na final, torci pelos fantásticos holandeses contra os chatonildos alemães. Só pra me azucrinar, a Laranja Mecânica voou nos primeiros minutos (fez um gol sem que os alemães tivessem tocado na bola) e engripou. Alemanha bicampeã.

quase dividiu um cidadão dos Países Baixos ao meio. Chuveiro. O bom, arrogante e também palmeirense goleiro Leão tomou só dois gols — um de Neeskens, outro de Cruyff, dois demônios. Iríamos disputar o terceiro lugar com a Polônia (perdemos e o pau

FERNANDO VALEIKA

ALEXANDRE BATTIBUGLI

FOTO

PARAGUAI X JAPÃO 11h: SporTV, ESPN Brasil, Globo, Band e Bandsports

ESPANHA X PORTUGAL

No site da PLACAR quem faz a avaliação é você. Visite www.placar.com.br e responda a pesquisa. E aproveite para ver uma galeria de fotos com as belas torcedoras da Laranja Mecânica, nossa adversária na sexta-feira.

ZÉ VICENTE É EDITOR EXECUTIVO DO JORNAL PLACAR.

JONAS OLIVEIRA

VAI PASSAR NA TV

PLACAR.COM.BR

(1 )

Eu vi o Carrossel Holandês deixar a seleção brasileira tonta na Copa de 74. Apesar de ser a primeira Copa que eu assistia numa TV em cores, nós não vimos a cor da bola. Craques de 70, como Rivelino, ficaram nervosos com o baile. O zagueiraço palmeirense Luís Pereira

RICARDO PERRONE

TEXTO

PLACAR NA REDE

CHUTÃO

ARNALDO RIBEIRO

15h30: SporTV, ESPN Brasil, Globo, Band e Bandsports

TABELA CLASSIFICAÇÃO 1 URUGUAI 2 MÉXICO 3 ÁFRICA DO SUL 4 FRANÇA

PG 7 4 4 1

J 3 3 3 3

SG 4 1 -2 -3

CLASSIFICAÇÃO 1 ARGENTINA 2 COREIA DO SUL 3 GRÉCIA 4 NIGÉRIA

PG 9 4 3 1

J 3 3 3 3

SG 6 -1 -3 -2

CLASSIFICAÇÃO 1 ESTADOS UNIDOS 2 INGLATERRA 3 ESLOVÊNIA 4 ARGÉLIA

PG 5 5 4 1

J 3 3 3 3

SG 1 1 0 -2

CLASSIFICAÇÃO 1 ALEMANHA 2 GANA 3 AUSTRÁLIA 4 SÉRVIA

PG 6 4 4 3

J 3 3 3 3

SG 4 0 -3 -1

CLASSIFICAÇÃO 1 HOLANDA 2 JAPÃO 3 DINAMARCA 4 CAMARÕES

PG 9 6 3 0

J 3 3 3 3

SG 4 2 -3 -3

CLASSIFICAÇÃO 1 PARAGUAI 2 ESLOVÁQUA 3 NOVA ZELÂNDIA 4 ITÁLIA

PG 5 4 2 2

J 3 3 3 3

SG 2 -1 0 -1

CLASSIFICAÇÃO 1 BRASIL 2 PORTUGAL 3 COSTA DO MARFIM 4 COREIA DO NORTE

PG 7 5 4 0

J 3 3 3 3

SG 3 7 1 -11

CLASSIFICAÇÃO 1 ESPANHA 2 CHILE 3 SUÍÇA 4 HONDURAS

PG 6 6 4 1

J 3 3 3 3

SG 2 1 0 -3

QUARTAS DE FINAL

SEMIFINAIS

FINAL

26/6 - 11h Port Elizabeth

SEMIFINAIS

QUARTAS DE FINAL

OITAVAS DE FINAL

11/7 - 15h30 Joanesburgo

URUGUAI

2

COREIA DO SUL

1

26/6 - 15h30 Rustemburgo

ESTADOS UNIDOS

1

GANA

2

27/6 - 15h30 Joanesburgo

2/7 - 15h30 Joanesburgo

3/7 - 11h Cidade do Cabo

URUGUAI

ARGENTINA

GANA

ALEMANHA

6/7 - 15h30 Cidade do Cabo

3

ARGENTINA

1

MÉXICO 27/6 - 11h Bloemfontein

4

ALEMANHA

1

INGLATERRA

7/7 - 15h30 Durban

28/6 - 11h Durban

HOLANDA

2

ESLOVÁQUIA

1

28/6 - 15h30 Joanesburgo

29/6 - 11h Pretória 2/7 - 11h Port Elizabeth

PARAGUAI

3/7 - 15h30 Joanesburgo

HOLANDA

10/7 - 15h30 Port Elizabeth

BRASIL

JAPÃO 29/6 - 15h30 Cidade do Cabo

BRASIL

3

ESPANHA

CHILE

0

PORTUGAL

DECISÃO DO 3º LUGAR

ARTILHEIROS 4 GOLS

3 GOLS

HIGUAÍN

2 GOLS MULLER Alemanha

Argentina

VILLA Espanha

GYAN Gana

(2)

VITTEK Eslováquia

LUÍS FABIANO Brasil

DONOVAN Estados Unidos

LUIS SUÁREZ Uruguai

KLOSE Alemanha

CHUNG-YONG Coreia do Sul

PODOLSKI Alemanha

JUNG-SOO Coreia do Sul

BRETT HOLMAN Austrália

HONDA Japão

TEVEZ Argentina

KALU UCHE Nigéria

ELANO Brasil

TIAGO Portugal

LUÍS FABIANO Brasil

DIEGO FORLÁN Uruguai

ETO’O Camarões

(1 ) ROD OLFO BUHR ER /L A IMAG EM | (2) CHRIS MCGR ATH/ GET T Y IMAGE S

OITAVAS DE FINAL



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04

seleção

Mudanças forçadas melhoram a equipe, mas o treinador esqueceu de substituir Ramires para evitar suspensão

a mesma noite, Dunga encontrou e deixou escapar por entre os dedos seu time ideal. As substituições forçadas renderam à seleção sua melhor apresentação na Copa. Mas o técnico descuidouse, não substituiu Ramires, pendurado, e perdeu o jogador para a partida contra a Holanda, na sexta. O volante terá que cumprir suspensão pelo segundo amarelo. Num time em que até agora os reservas não conseguiam substituir os titulares à altura, Daniel Alves entrou no lugar de Elano, ainda não recuperado de lesão, e Ramires ficou com a

vaga de Felipe Melo, também contundido. A dupla de reservas se destacou e foi fundamental para a equipe ter mais opções de saída de bola no meio-campo. Como Dunga sempre diz que quem aproveita uma chance não sai da equipe, era provável que ele não fizesse nenhuma alteração. Daniel Alves tem tudo para seguir jogando. “Ele é versátil. Tive uma conversa com ele. Perguntei se não se sentia constrangido, chateado em jogar em outra posição. Ele me disse: ‘Professor, não me colocando no gol, vou em qualquer uma. Eu quero é jogar’. É o típico cara que sabe aproveitar a oportunidade”, afirmou Dunga. “O Daniel é nosso 12º jogador”, atestou Kaká.

A perda de Ramires Ele desperdiçou a chance de seguir no time, pois Felipe Melo dificilmente vai se recuperar de uma torção no tornozelo esquerdo antes da partida de sexta. Aplicado na marcação, Ramires levou o amarelo que o tirou do jogo quando a vitória já estava garantida. Se o volante não segurou seu ímpeto, o treinador também não enxergou o risco que estava correndo. “Agora vou chegar no hotel e pensar o que fazer para a próxima partida. Eu penso jogo a jogo. Não estava pensando no jogo contra a Holanda”, declarou Dunga. Menos mal para ele que Elano deve ter condições de jogar. “Ele só não jogou porque não se sentia seguro”, contou José Luiz Run-

co, médico da seleção. Júlio Baptista, outra opção para o meio-campo, também dificilmente estará recuperado de uma contusão no joelho. Apesar das mudanças de última hora contra o Chile, pela primeira vez no Mundial Kaká, Luís Fabiano e Robinho tiveram bons momentos juntos. Mesmo assim, Dunga terá que recomeçar do zero contra um rival de maior calibre, já que, ontem, demorou para poupar jogadores. Justo ele, que na véspera reclamou de seus atletas quererem vencer até quando não precisam. seleção no celular envie a mensagem: GOLSELECAO para 22745 NOTSELECAO para 22745

tt

Dunga acha e perde o N time ideal

Dos enviados À áfrica Arnaldo Ribeiro Ricardo Perrone Fernando Valeika

Você só paga R$ 0,31 por mensagem recebida.

foto: Rod olfo Buhrer / L a Imagem/ Fotoarena

Se Dunga tivesse tirado Ramires, não reclamaria com o árbitro


t e rç a- fe ir a , 2 9 de j u nho de 2 0 1 0 | j o r nal p l acar

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Suspensão faz Ramires ser quase perfeito Surpresa para o jogo, volante foi muito bem. Mas, na única falta que cometeu, levou amarelo e está fora das quartas Dos enviados À áfrica Arnaldo Ribeiro Ricardo Perrone Fernando Valeika

foto: Came ron S pe nce r /Get t y Image s

P Arma para os contraataques, Ramires não joga contra a Holanda

ara quem entrou de surpresa para substituir Elano, um dos jogadores-chave do Brasil na primeira fase, Ramires arrebentou contra o Chile. Foi um dos destaques da melhor apresentação da seleção brasileira, ajudando na marcação, chutando a gol, armando contra-ataques, com direito a uma espetacular arrancada do meiode-campo e uma assistência no gol de Robinho, que selou a vitória de 3 x 0.

“Esta é uma jogada que treinamos muito e acabou dando certo”, conta. Ele ficou sabendo que iria jogar na preleção final de Dunga, poucas horas antes de entrar em campo contra o Chile. Segundo o técnico, sua entrada serviria para dar mais rapidez e objetividade ao time. ”Quando soube que atuaria, fiquei ansioso, claro, afinal começaria jogando uma partida decisiva, pelas oitavas de final de uma Copa do Mundo”, contou o jogador, logo após o final do jogo. No fim, saiu tudo quase perfeito para ele. O quase ficou por conta

do cartão amarelo que levou, ao tentar brecar com falta um contra-ataque de Sanchez. Foi seu segundo no Mundial, sinônimo de suspensão automática na partida contra a Holanda. Para azar de Ramires, foi a sua única falta no jogo inteiro. Por sinal, em um lance sem o menor perigo, na intermediária. “Eu estava me controlando para não ser advertido, mas dei azar e fiz uma infração de jogo”, disse. “É claro que é chato perder uma partida tão importante, mas na hora eu estava neste jogo e tentei brecar a jogada.” No jogo do Ellis Park, Ra-

mires reencontrou uma função que não desempenhava desde os seus tempos de Cruzeiro. Coube a ele a missão de sair de trás e distribuir mais o jogo. No Benfica, seu atual clube, atua mais avançado, caindo mais pela direita. “Em uma seleção brasileira, o espírito é sempre aproveitar as oportunidades e estar preparado para desempenhar o melhor papel possível”. Pena que agora Ramires terá de torcer pelos companheiros de longe. Logo agora que parecia que tinha dado um jeito no meio-de-campo do Brasil.


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oitavas

BRASIL

O freguês sempre tem razão

(1 )

CHILE

DO ENVIADO À ÁFRICA

A

dversário ideal: baixo, convidativo à bola parada e destemido, que abre espaço para o contra-ataque. O Chile é tudo o que o Brasil de Dunga precisava para se encontrar. E assim foi ontem. A vitória de 3 x 0, que coloca o Brasil nas quartas de final, diante da Holanda, teve um pouquinho de tudo do que esta seleção tem de melhor — e escondeu os defeitos que o time certamente ainda tem. Dunga mais uma vez teve problemas para armar o meio-campo. Com Felipe Melo e Elano machucados, atendeu ao “clamor popular” e optou por um time mais leve, colocando Ramires e Daniel Alves. Por sinal, os dois reservas que estão treinando e jogando melhor na África do Sul. “O Chile tem um time baixo e rápido. E eu precisava de jogadores rápidos”, justificou Dunga. Daí poderia ter saído o time ideal para o restante da Copa. Poderia... Ramires tomou o segundo amarelo e está fora contra o Holanda. O jogador, que no Benfica é quase um ponta-direita, não atuava como volante pelo lado esquerdo desde os primeiros tempos de Cruzeiro, em 2007 e 2008. E foi um monstro em campo... A esperada pressão chilena no início do jogo durou reles 4 minutos, tempo que o Brasil teve mais espaços para os contra-ataques que em todo o resto da Copa.

Daniel Alves, substituto de Elano e cada vez mais titular, armava as principais jogadas, já que Kaká era vigiado por Carmona e Robinho estava preso entre os zagueiros. Nervoso com a marcação e a falta de espaço, Kaká levou o único cartão amarelo do primeiro tempo por uma falta em seu carrapato, Carmona. O Brasil (que reclamou um pênalti em Lúcio aos 28min) vivia de chutes de média distância quando, pela primeira vez no Mundial, conseguiu acionar seu plano B: a bola parada, que estava esquecida desde a Copa das Confederações. Aos 35min, Maicon cobrou escanteio e Juan ganhou da nanica zaga chilena: 1 x 0. Porteira aberta, hora de chamar o plano A, o contra-ataque. Bagunçado, o Chile permitiu que Robinho arrancasse pela esquerda. Ele serviu Kaká, que tocou para Luís Fabiano, em condição legal. O artilheiro driblou Bravo e fez o segundo. Parada definida? Bielsa colocou Valdívia e Tello para o segundo tempo e modificou todas as posições da defesa e do meiocampo — sem efeito. O Brasil ensaiou a goleada aos 14min. Ramires fez boa arrancada e serviu Robinho, que marcou seu primeiro gol em Copas — o sétimo dele contra o Chile. Com o jogo definido, o Brasil passeou e poderia ter ensacado. O único porém foi a demora de Dunga em substituir os pendurados. Por falta de timing, ele perdeu um jogador fundamental para as quartas de final...

3 0

28/6/2010 - Ellis Park (Joanesburgo) J: Howard Webb (ING) P: 54 096 CA: Ramires, Kaká, Vidal, Fuentes, Millar G: Juan (35/1º), Luís Fabiano (38/1º) e Robinho (14/2º) BRASIL: Júlio César (6), Maicon (6,5), Lúcio (7,5), Juan (7,5) e Michel Bastos (6); Gilberto Silva (6,5), Ramires (7), Daniel Alves (6,5) e Kaká (6) (Kléberson 36/2º (s/n)); Robinho (6,5) (Gilberto 40/2º (s/n)) e Luís Fabiano (6,5) (Nilmar 26/2º (s/n)). T: Dunga CHILE: Bravo (5,5), Jara (5), Contreras (5) (Tello int. (5)), Fuentes (5) e Vidal (4,5); Carmona (5), Isla (5) (Millar 17/2º (5,5)) e Beausejour (5,5); Sanchez (5,5), Suazo (5,5) e Mark González (4,5) (Valdívia int. (5)). T: Marcelo Bielsa

Brasil usa bola parada e contraataque pra bater “saco de pancadas” Arnaldo Ribeiro

BRASIL

CHILE

OPINIÃO DO JOGO

m

DANIEL ALVES Está virando titular. Aproveitou bem a chance e fez ótima partida. Solto, hábil, dá mais agilidade ao time todo. Vai ser difícil sacá-lo.

k

JUAN Mesmo sem ser tão brilhante quanto Lúcio, é uma segurança na zaga. Regular, sério, boa cobertura. Marcou o gol de cabeça que desafogou o time no primeiro tempo. Partidaço.

q

RAMIRES Não jogava como volante pela esquerda há cerca de 2 anos. Foi um dos melhores. Mas tomou o cartão estúpido que o tira do jogo com a Holanda.

Luís Fabiano fez o terceiro gol dele na Copa

Quando o ataque não resolve, a zaga vai lá e faz

k

(2)

A melhor zaga do mundo também sabe fazer gols; ontem foi a vez de Juan

Se há um ponto em que técnicos, jornalistas e jogadores concordam é que o Brasil tem a melhor defesa entre as 32 seleções da Copa. Defesa que trava o adversário e destrava jogos complicados com as descidas do laterais Maicon e Michel Bastos, com as arrancadas de Lúcio e as descidas de Juan nos escanteios. Foi ele quem começou a definir uma partida complicada com seu gol de cabeça, aos 35min do 1º tempo, aproveitando o buraco aberto por Lúcio, que chamou a marcação chilena. Acabou dando um nó em Marcelo “Loco” Bielsa. “Na minha análise e na minha estratégia, o Juan teria de ser marcado pelo meu quar-

to cabeceador (portanto, vigiado com menos atenção do que Lúcio, Luís Fabiano e Gilberto Silva). “Todo mundo aqui tem o sonho de ganhar uma Copa, e para isso é fundamental termos uma defesa bem entrosada e que pode surpreender os adversários e também marcar gols”, diz Lúcio, que no ano passado marcou de cabeça o gol que deu ao Brasil o tri na Copa das Confederações, contra os Estados Unidos. “As jogadas de bola parada são uma das nossas forças.” Os reservas Luisão e Thiago Silva nem esquentam de assistir à Copa do banco. “Lúcio e Juan estão mesmo acima de todos os zagueiros do mundo”, diz Luisão.

(1 ) A NDRE CHAC O/ FOTOARENA | (2) MICHA EL STEELE /GET T Y IMAG E S

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T E RÇ A- FE IR A , 2 9 DE J U NHO DE 2 0 1 0 | J O R NAL P L ACAR

15 07

Projeto “Família Dunga”está em andamento

Kléberson foi o 18º jogador a entrar nessa Copa

Técnico elogia jogadores e já utilizou, para conquistar o grupo, quase todos na Copa

FOTO: YU RI C ORT E Z /AFP PHOTO

DO ENVIADO À ÁFRICA Arnaldo Ribeiro

R

eparou nas últimas duas substituições do Brasil? Nos jogadores que entraram? Kléberson e Gilberto. Pensei logo em Felipão e sua “Família Scolari” de 2002. Na Copa da Coreia do Sul e Japão, Felipão deu um jeito de colocar em campo todos jogadores, para homenageá-los. Só não jogaram os goleiros Rogério Ceni e Dida. Dunga segue a mesma cartilha. Ao colo-

car Kléberson e Gilberto, que dificilmente terão outras chances, ele contenta o grupo e atinge a marca de 19 atletas utilizados em 4 partidas na Copa. Só não entraram os goleiros Gomes e Doni e os zagueiros Thiago Silva e Luisão. “Confio em todos aqui. Essa frase, que eu disse na convocação, continua valendo”, disse Dunga, ontem, após o jogo.

Diálogo e cuidados “Esse grupo tem comprometimento, dedicação, versatilidade. E os jogadores têm liberdade de falar com a gente, dizer se es-

tão se sentindo à vontade”, acrescentou. Dunga agora quer recuperar os jogadores e mantê-los concentrados. “Não temos muito tempo para treinar. Agora é cuidar da alimentação, do repouso”, disse, preocupado com a saída de Joanesburgo (onde o time está isolado) para Port Elizabeth, local do jogo contra a Holanda. “Lá, terá mais movimento, confusão. Seria melhor ficar.”

Um “Loco” conformado Se Dunga estava empolgado com a classificação e com o grupo que tem nas mãos,

Marcelo Bielsa. “Sinceramente, tinha expectativas maiores para essa partida. Achei que teríamos maiores possibilidades. Mas hoje ficou provado que a distância entre as grandes equipes e a gente existe mesmo.” Segundo “El Loco”, o Chile obteve uma classificação “justa” no Mundial, com os seis pontos somados na primeira fase e uma eliminação diante do Brasil. “Temos o time mais jovem da Copa. A experiência vai potencializar essa equipe”, afirmou. Ele não quis dizer aos jornalistas chilenos se continuará à frente do Chile.


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quartas

Expulsão contra Costa do Marfim fez Kaká temer por nova suspensão Nervosismo do camisa 10 nos jogos do Mundial e coleção de cartões preocupa a comissão técnica; jogador afirma que se policiará mais nas próximas partidas (1 )

Kaká tomou seu terceiro cartão amarelo em três partidas na Copa

K

aká prometeu se policiar depois da expulsão contra a Costa do Marfim. Culpou o árbitro, disse que foi injustiçado, mas prometeu tomar mais cuidado. Depois do discurso, bastaram 30 minutos de jogo para voltar a levar um cartão amarelo ao fazer falta em Carmona, que estava grudado no brasileiro. A nova advertência fez o meia mudar o tom. Agora, de fato, ele demonstra preocupação com a indisciplina. “Fiquei muito preocupado com o cartão amarelo. Pensei: agora corro o risco de ser expulso pela segunda vez seguida. Isso não pode acontecer”, afirmou o meia. “O cartão ainda no primeiro tempo limita mui-

to. Vou ter que me policiar mais”, declarou o jogador, que, se levar um amarelo contra a Holanda, ficará fora das semifinais, caso o Brasil se classifique. “O fato de ele estar pendurado é um problema”, disse Dunga, que minimizou a indisciplina. “Na minha opinião, está existindo um equívoco nesta Copa. Jogador técnico é punido. Jogador que bate é agraciado. Temos três jogadores lesionados [por causa de entradas violentas]”, declarou. Mesmo assim, Kaká não vai escapar de uma conversa com o chefe sobre os cartões. “Ele mesmo sabe [que precisa se controlar]. Mas acho que jogador pendurado não pode se preocupar além da conta.” Desta vez, Kaká nem chegou a criticar a arbitragem. “O juiz poderia ter dado ou não o cartão. Estava difícil, ele estava me

marcando individualmente”, disse o meia, que tem se descontrolado quando tem um adversário colado o tempo inteiro nele. A marcação não será diferente contra a Holanda. Se as suspensões prejudicam a seleção, elas complicam a estratégia de Kaká de evoluir durante o Mundial, depois de duas contusões seguidas, uma delas a pubalgia crônica. Ele ainda não conseguiu fazer nenhuma partida inteira na Copa. A comissão técnica trabalhava para que o meia tivesse fôlego para ir até o fim a partir das oitavas de final, mas o fato de cumprir suspensão contra Portugal quebrou o ritmo. “Agora estou muito bem, não tem mais teste, Copa do Mundo não é para testes”, disse ontem. A partir de agora, pendurado num momento delicado, seus nervos é que serão testados.

Time respeita, mas não teme a Holanda

k

Comissão técnica e jogadores da seleção encaram a Holanda como maior obstáculo para chegar à final, mas não a superestimam. “É uma equipe qualificada. Das europeias, é a que mais se parece com o estilo sul-americano. Não joga só com bola longa”, afirmou Dunga. O técnico brasileiro enfrentou a Holanda nas quartas de final em 1994, quando conquistou o tetra. E quatro anos mais tarde, na se-

mifinal decidida nos pênaltis. Em 1974, foi a Holanda quem tirou o Brasil da decisão. “Será uma final antecipada”, diz Maicon Ele sabe que Sneijder, seu colega de Inter de Milão, é o cérebro do time. Mas não o único perigo de uma Laranja com Robben, Kuyt e Van Persie. “Se jogarem de igual para igual, ficará mais fácil”, disse Luís Fabiano. Kaká concorda: “Se vierem para cima ficará melhor.” Dos enviados à África

(2)

Robben: perigo da Laranja

(1 ) And re Chac o/Fotoarena | (2) Ma rtin Meis sner /AP P hoto

Dos enviados À áfrica Arnaldo Ribeiro Ricardo Perrone Fernando Valeika


T E RÇ A- FE IR A , 2 9 DE J U NHO DE 2 0 1 0 | J O R NAL P L ACAR

BRASIL

09

HOLANDA

(1 )

RETROSPECTO NAS COPAS 3/7/1974 – Dortmund (ALE) – semifinal

BRASIL 0 x 2 HOLANDA G: Neeskens e Cruyff 9/7/1994 – Dallas (EUA) – quartas de final

BRASIL 3 x 2 HOLANDA Dunga na vitória em 1994

G: Romário, Bebeto, Bergkamp, Winter e Branco 7/7/1998 – Marselha (FRA) – semifinal

BRASIL 1(4) x 1(2)HOLANDA G: Ronaldo e Kluivert

Laranja holandesa vem com sabor brasileiro Na teoria, a seleção da Holanda é mais ofensiva que a de Dunga. Mas, até aqui, ambas têm atuado de maneira parecida DO ENVIADO À ÁFRICA Jonas Oliveira

Q

(1 ) NELS O N C OELHO | (2) ROBERTO CA NDIA /A P P HOTO | (3) JAMIE M CDO NALD /GET T Y IMAGE S

uando Arjen Robben, eleito o melhor em campo contra a Eslováquia, chegou à coletiva de imprensa do estádio Moses Mabhida, ainda faltavam pouco mais de duas horas para o início do jogo do Brasil contra o Chile. A exemplo de Bert Van Marvijk e de seus companheiros, não quis comentar sobre as oitavas de final, mas avisou que ainda pode render mais na próxima partida. “Claro que o gol foi um grande momento; foi um sprint longo, eu estava muito confiante e foi um ótimo passe de Wesley [Sneijder]. Mas ainda não estou no meu melhor nível.” Sua declaração mais contundente, no entanto, foi so-

ARMA SECRETA

PONTO FRACO

(2)

bre a cobrança que há sobre a Holanda de apresentar um futebol vistoso. “No passado, sempre disseram que jogamos bonito e nunca ganhamos. Sabemos disso e queremos melhorar, mas mesmo sem apresentar um grande futebol fomos eficientes e passamos para a fase seguinte.” Em outras palavras, o Brasil não precisa esperar uma Holanda jogando para cima, como se costuma idealizar. Mesmo atuando com três homens de frente, a Laranja tem baseado suas vitórias numa marcação muito forte e nas saídas rápidas para o contra-ataque – a exemplo do time de Dunga. Mesmo sem falar sobre o confronto contra o Brasil, o técnico Marvijk fez questão de deixar claro o favoritismo da seleção de Dunga. “Contra o Brasil, seríamos o azarão pela primeira vez no

torneio. O Brasil é um time muito maduro, estável, e que transmite uma certa arrogância, num sentido positivo, de que ninguém pode vencê-los”, disse. Ele terá que apagar um pequeno incêndio. O atacante Van Persie ficou nitidamente irritado ao ser substituído – teria dito ao treinador que quem deveria sair do time era o companheiro Sneijder. Marvijk negou qualquer desentendimento. “Ele estava desapontado, queria jogar a partida inteira. Mas senti que precisava de um jogador mais descansado”, disse o treinador. A frase diz muito sobre um dos pontos fracos do time: com jogadores que atuaram em várias partidas na temporada européia – como Sneijder, De Jong, Robben e Van Bommel –, o time costuma perder o gás no 2º tempo.

A JOGADA LETAL (3)

k

Sneijder. Bom finalizador, ele volta pra buscar a bola. Sabe dar passes curtos e fazer lançamentos precisos de longa distância. Versátil, costuma atuar pela esquerda, próximo a Kuyt. A presença de ambos exigirá uma cobertura melhor dos volantes.

A defesa é baixa. Os zagueiros, Mathijsen e Heitinga, têm 1,82 m cada. O setor ainda não foi testado contra um time eficaz na bola parada, como o Brasil. Também falta um centroavante em fase melhor que a de Van Persie, que anda perdido.

A tática mais perigosa da Holanda é manjada, mas sempre funciona. Arjen Robben, que se recuperou de uma lesão muscular, avança pela direita, corta para o meio e chuta com violência de perna esquerda para o gol. Foi assim que ele já se cansou de marcar gols pelo Bayern de Munique — e repetiu a dose ontem nos 2 x 1 sobre a Eslováquia. Se o Brasil já tem usado pouco o lado esquerdo do ataque, com Michel Bastos, pode ficar ainda mais preso com a presença perigosa e constante de Robben.

Robben

Robben

Robben


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10

oitavas

holanda

Laranja mata zebra e derruba tabu

eslováquia

NA COLA DA ALEMANHA Por Carlos Eduardo Freitas

carma ruim em jogo bom

Robben vira herói e leva Holanda às quartas de final

(2)

(2)

(2)

(1 )

Dez anos atrás, em 7 de agosto de 2000, a Alemanha calou a Inglaterra na última partida realizada no lendário estádio de Wembley antes do início de sua reforma. Venceu por 1 x 0 numa cobrança de falta de Dietmar Hamann, aos 14min do 1º tempo, nas Eliminatórias para a Copa de 2002. Desde então, a seleção alemã caiu numa maldição contra os campeões mundiais. Ficou sem vencer partidas contra Argentina, Brasil, França, Inglaterra e Itália até 2007 (5 empates e 8 derrotas), quando bateu novamente os ingleses, no novo Wembley, por 2 x 1. Esse

Sneijder fez o segundo gol contra a Eslováquia; regular nesse Mundial, Holanda vai pegar o Brasil na próxima fase

Jonas Oliveira

C

om uma das torcidas mais irreverentes da Copa, a Holanda chegava como grande favorita diante de uma Eslováquia que havia derrubado ninguém menos que a Itália — irreconhecível, mas a Itália. E ela tinha duas missões. A primeira: apresentar o futebol bonito e envolvente que sempre se espera da Laranja Mecânica. A segunda: quebrar um tabu de 12 anos sem chegar às quartas de final. No fim, a sensação era a de que o time cumpriu bem a segunda missão — mas ficou pelo caminho na primeira. A Holanda demonstrou um futebol eficaz, mas não encantou. A Eslováquia começou o jogo mostrando iniciativa, com um chute de Jendrisek logo no primeiro minuto. Mas a Holanda tratou de tomar conta das ações, com uma marcação forte e saídas rápidas no contra-ataque.

E foi numa bola roubada numa cobrança de lateral no campo de ataque eslovaco, aos 18min, que saiu o primeiro gol holandês. Sneijder fez um longo lançamento para Robben, que mostrou estar plenamente recuperado de sua lesão. Ele ganhou na corrida de Zabavnik, avançou pela direita, cortou para o meio e bateu de esquerda. Um movimento que é a marca registrada do jogador, tão previsível quanto difícil de evitar. Antes do intervalo, a Holanda ainda teve pelo menos duas chances de ampliar. Mas as oportunidades mais claras vieram nos primeiros cinco minutos do 2º tempo, quando Mucha defendeu chutes de Robben e Mathijsen, este à queima-roupa. O time holandês já se mostrava um pouco mais relaxado em campo e acabou dando espaço para os eslovacos. Aos 22min, Stoch driblou Van der Wiel e obrigou Stekelenburg a fazer grande defesa. Após a cobrança do escanteio, Vittek teve uma chance de ouro, mas parou

sucesso ocasional deu sequência a mais uma derrota para os opinião do jogo

m

robben Jogou em grande nível apesar da recente contusão. Mostrou segurança na arrancada de seu belo gol.

k

VAN PERSIE Correu, participou das jogadas e teve chances de marcar. Mas ainda parece perdido na função de centroavante.

q hamsik Esperava-se mais do meia do Napoli, que jogou bem na vitória contra a Itália. Mas ontem ele teve uma atuação apagada.

no goleiro holandês.

A torcida laranja, que an-

tes parecia mais preocupada em fazer a “ola”, esperava ansiosa pelo apito final, para afastar de vez o trauma de cair nas oitavas. Até que, aos 38min, Van Bronckhorst cobrou rápido uma falta com um lançamento perfeito para Kuyt. Ele

holanda eslováquia

2 1

28/6/2010 - Moses Mabhida (Durban) J: Alberto Undiano (ESP) Público: 61  962 CA: Stekelenburg, Robben, Skrtel, Kucka, Kopunek G: Robben (18/1º), Sneijder (41/2º) e Vittek (49/2º) HOLANDA: Stekelenburg (6,5), Van der Wiel (5), Heitinga (5), Mathijsen (5,5) e Van Bronckhorst (5,5); Van Bommel (5,5), De Jong (5,5) e Sneijder (7,5) (Afellay 47/2º s/n); Kuyt (6,5), Van Persie (5,5) (Huntelaar 40/2º (s/n)) e Robben (7) (Elia 26/2º (5,5)). T: Bert van Marwijk ESLOVÁQUIA: Mucha (6); Pekarik (5), Skrtel (5), Durica (4,5) e Zabavnik (4,5) (Jakubko 43/2º (s/n)): Kucka (5), Stoch (5,5), Weiss (5) e Hamsik (5) (Sapara 42/2º (s/n)); Jendrisek (5) (Kopunek 26/2º (5,5)) e Vittek (5). T: Vladimir Weiss

recebeu pela esquerda, tirou o goleiro Mucha com um toque de cabeça e tocou para Sneijder ampliar. Vaga garantida. A Eslováquia ainda teve seu momento de glória aos 49min. Stekelenburg derrubou Jakubko na área. Vittek bateu e marcou seu quarto gol na Copa. Mas era tarde.

ingleses e outra para os argentinos em Berlim no início deste ano.

No domingo, em Bloemfontein, a Alemanha mais uma vez passou por cima de seus maiores rivais. Atropelou os ingleses, com direito a um gol legal que nem o juiz e nem o auxiliar viram no fim do 1º tempo. Uma doce vingança daquele gol validado que não entrou na final de 1966. “Carma ruim traz carma ruim”, comentou o inglês que estava ao meu lado no pub onde vi o jogo em São Paulo.

De carma ruim, Alemanha e Argentina, rivais nas quartas de final, no sábado, entendem bem. Os argentinos não se dão bem numa Copa desde a famosa “mano de Dios” de Maradona em 1986. Perderam a final em 1990 para os próprios alemães. E desde a Copa América de 1993 não ganham um título. Os alemães têm na conta das Copas o fim dos sonhos de Puskas (1954), Cruyff (1974) e Maradona (1990).

Pelo bom futebol que apresentaram até agora, as duas equipes mereciam fazer a final do Mundial. São duas equipes ofensivas, com jogadores capazes de desequilibrar e que chegam à terceira fase graças a erros crassos da arbitragem. Melhor oportunidade para apagar qualquer má impressão é impossível. Carlos Eduardo Freitas, convidado do Jornal PLACAR para escrever sobre a seleção da Alemanha, é correspondente no Brasil da revista alemã kicker e do diário Die Welt.

(1 ) K A RIM JA AFAR /AFP P hoto | (2) R EP ROD UÇão

Do enviado À áfrica


t e rç a- fe ir a , 2 9 de j u nho de 2 0 1 0 | j o r nal p l acar

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oitavas

espanha portugal

Briga de vizinhos é igual à nossa (1 )

(2)

Rivalidade entre Espanha e Portugal tem os mesmos ingredientes de Brasil x Argentina 24 sem sofrer gols. A defesa funciona, não há dúvidas. O ataque nem tanto. Se goleou a Coreia do Norte por 7 x 0, é preciso lembrar que nos dois outros jogos (Costa do Marfim e Brasil) Portugal não marcou. Do outro lado, a Espanha pretende abrir a defesa rival com seu poderoso toque de bola. Nas entrevistas coletivas de ontem, ambos os técnicos falaram as obviedades da véspera de uma partida importante. Que o adversário é muito forte, que merece respeito, blá-blá-blá... O que não foi dito do lado espanhol é quem substituirá Xabi Alonso. O garoto Martinez, o preferido do técnico Vicente del Bosque, ou Fábregas, o preferido da torcida? Do lado português, a dúvida é tática. Cristiano Ronaldo jogará sozinho na frente, como contra o Brasil? Ou terá a companhia de Hugo Almeida? Respostas a partir das 15h30.

Do enviado À áfrica Sérgio Xavier Filho

U

(1 ) FR ANCISC O LEONG /A FP PH OTO | (2) Arm and o Franca /A P Photo | (3) THOMAS C OE X /AFP P HOTO

D. Villa: com Fernando Torres em baixa, ele é o homem-gol

ns falam português, os outros, espanhol. Os primeiros acham que os hermanos têm o rei na barriga. Para os hermanos, os vizinhos não passam de fanfarrões. Parece Brasil e Argentina, mas é Portugal e Espanha. “É parecido mesmo, temos uma rivalidade cultural, social e de fronteiras com os espanhóis. No futebol não poderia ser diferente”, reconhece o técnico português, Carlos Queiroz. A bem da verdade, a Espanha está mais para Brasil se o parâmetro forem os resultados dos últimos anos. Se os argentinos contam com Messi, o melhor do mundo, os portugueses festejam Cristiano Ronaldo, o segundo melhor. A partida promete ser um jogo de gato e rato. Nos últimos 27 jogos, Portugal ficou

Cristiano Ronaldo é o temor dos espanhóis no jogo de hoje

Técnico: Vicente del Bosque

Organização deixa torcida na correria para ver os jogos

k

A Cidade do Cabo passou uma segunda-feira tranquila. Nem espanhóis nem portugueses tinham chegado à cidade. A Fifa, ao organizar a logística da competição, penalizou os torcedores 32 das seleções que se deslocam no dia da partida de suas bases para a cidade da partida. Os brasileiros vivem essa maratona. A cada jogo, uma massa de torcedores sediados na Cidade do Cabo sai pela madrugada para se deslocar até Joanesburgo ou Durban, onde jogamos. Depois do jogo, o caminho de volta, sem descanso. Muitos passam 24 horas acordados nessa “caravana Fifa”. Hoje, portugueses e espanhóis teriam que acordar cedo para lotar aviões até a Cidade do Cabo. No fim do jogo, pegarão um avião de volta e chegarão esgotados. Uns terão o sono justo dos vencedores; os outros dormirão com a cabeça inchada.

(3)

1 Casillas 15 Sergio Ramos 3 Piqué 5 Puyol 11 Capdevilla 16 Busquets 8 Xavi 14 X. Alonso (Martínez) 6 Iniesta 7 David Villa 9 Fernando Torres

Espanha

11

1

6 9

8

5 3

7

14 16

15

Técnico: Carlos Queiroz 1 Eduardo 13 Miguel 6 R. Carvalho 2 Bruno Alves 23 Fábio Coentrão 15 Pepe 16 Raul Meireles 8 Pedro Mendes 19 Tiago 7 C. Ronaldo 18 Hugo Almeida (Duda)

Torcedores precisam se deslocar de uma cidade para outra em cima da hora

Portugal

16

13 6

19

18

1

15 2 8

7

23

Hoje • 15h30 • Green Point (Cidade do Cabo) • J: Hector Baldassi (ARG)


jo r nal pl aca r | ter ç a-feir a , 2 9 d e j u n ho d e 2010

oitavas

Eles querem ser grandes

Técnico: Gerardo Martino 3

No duelo mais inusitado, Paraguai e Japão só pensam nas quartas DO enviado À áfrica Fernando Valeika

D

ois dos times mais fracos que passaram da primeira fase, Paraguai e Japão entram em campo hoje sonhando em chegar às quartas de final. Para isso, entre as diferenças dos times, o discurso é igual. “Antes desta competição, muita gente não acreditava. Mas o objetivo do Japão sempre foi estar entre os melhores do mundo”, disse o técnico da equipe, Takeshi Okada. Falou em japonês o mesmo que o argentino Guillermo Martino, o técnico do Paraguai, repetiria na mesma sala no

estádio Loftus Versfeld, em Pretória — desta vez em espanhol e trocando apenas o nome da seleção. Mas as semelhanças entre os dois times acabam aí. Surpresa do Grupo E, os japoneses apostam nas cobranças de falta precisas de Honda e Endo. De resto, pouco mais para mostrar, além de um time rápido nos contragolpes e agrupado na defesa. “Só equipes de primeira linha podem ter um estilo”, diz Okada. Se o Japão não terá desfalques, os paraguaios jogarão sem o volante Cáceres, suspenso. Em compensação, o mexicano naturalizado paraguaio Alcaraz, que ficou de fora do jogo contra a Nova Zelândia, voltará.

japão

paraguai

Paraguai

19

16

21 1

13

9

5 20

4

18

1 Villar 4 Caniza 5 J. Cáceres 21 Alcaraz 3 Morel Rodríguez 13 Vera 20 Ortigoza (Barreto) 16 Riveros 18 Valdez 19 Cardozo 9 Santa Cruz

Técnico: Takeshi Okada 16

Japão 3 8

18

22 21

2 4 7 17

Honda tenta levar a seleção japonesa mais longe na Copa

5

21 Kawashima 3 Komano 22 Nakazawa 4 M. Tulio Tanaka 5 Nagatomo 2 Abe 8 Matsui 17 Hasebe 7 Endo 16 Okubo 18 Honda Hoje • 11h • Loftus Versfeld (Pretória) J: Franck de Bleeckere

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FOTO: TO S HIFU MI KITAMU R A /AFP PHOTO

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T E RÇ A- FE IR A , 2 9 DE J U NHO DE 2 0 1 0 | J O R NAL P L ACAR

copa OPINIÃO Por Sérgio Xavier Filho

APITO ELETRÔNICO? MELHOR NÃO... (4)

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Fifa faz vista grossa pra arbitragem desastrosa Entidade se recusa a comentar erros de árbitros e bandeiras 1

2

Futebol não é tênis. O máximo de contato que um tenista estabelece com o outro é o apertar de mãos no fim do jogo. O tênis é um esporte de precisão, que ficou muito veloz com as novas (1 )

raquetes e bolas. Faz sentido um olhar eletrônico decidir os lances. O futebol é jogo de contato. Ali aparecem as principais pendengas.

3

(1 )

NOSSA SUGESTÃO AOS BANDEIRINHAS “MÍOPES”

Foi pênalti ou não? O atacante caiu porque foi empurrado ou porque quis? Aqui, o replay mente. Na câmera lenta, tudo parece falta. Até as intenções pioram no slowmotion.

4

5

Tivemos um domingo terrível para o apito mundial. O gol impedido da Argentina e a bola de Lampard que ultrapassou a linha no Alemanha 4 x 1 Inglaterra. Erros crassos. Que, se não decidiram partidas, anteciparam resultados. E abriram a inevitável discussão

(1 ) R EP ROD UÇÃ O | (2) MICH AEL STEELE / GET T Y IMAGE S | (3) ROBERTO SCHMIDT/A FP P HOTO | (4) LEE JIN-M AN/A P P HOTO

sobre o apito eletrônico. Por que não? Porque o futebol é o esporte número 1 do planeta, e a Fifa não quer mudar um time que está vencendo. Eu também não quero TV decidindo lances de arbitragem. Mas não quero por outra razão. Reconheço que, no (2)

(3)

caso específico do domingo, o replay repararia duas enormes injustiças. O gol de Lampard seria confirmado, o gol argentino, (1 )

anulado. Mas temo o efeito colateral da arbitragem eletrônica. Como todo contato parece falta no replay, o futebol teria mais pênaltis, mais cartões, o jogo pararia excessivamente. Os jogadores, malandros no mundo inteiro, perceberiam que valeria a pena desabar a qualquer contato. E o futebol ficariam muito chato.

Não vejo charme algum no erro. Não acho que o futebol seja incrível porque é imperfeito. Mas criar o juiz eletrônico traria mais problema que solução. Se a TV ficasse restrita aos lances de impedimento e bolas ultrapassando as linhas, ok. Mas seria irresistível usá-la pra resolver pênaltis e faltas. E aí os jogadores se aproveitariam. Lamento por Lampard e pelo México. Segue o jogo. SÉRGIO XAVIER É DIRETOR DE REDAÇÃO DA REVISTA PLACAR.

A

o mesmo tempo em que os jogos melhoraram de nível técnico, a Copa passou a ser assolada por erros de arbitragem — dois deles gritantes e cruciais no último domingo. A Fifa se recusou a comentar determinaram as eliminações de Inglaterra e México. Em entrevista em Joanesburgo, Nicolas Maingot, porta-voz da entidade, afirmou que episódios como o do gol de Tevez, em que o telão provou que o argenti-

1 Twitter “prova” que a bola de Lampard não entrou | 2 O argentino Olé chamou Luís Fabiano de diabo, mas gostou do impedimento de Tevez | 3 Jornal inglês relembrou 1966 | 4 Bandeira uruguaio Mauricio Espinosa | 5 Auxiliar italiano Stefano Ayroldi

no estava impedido, não podem existir. “Os replays podem ser mostrados, mas não em lances controversos”, decretou o cartola, que descarta a possibilidade de a tecnologia fazer parte de um jogo de futebol. “Não vamos abrir nenhum debate. Não é o lugar pra isso”, opinou. Hoje, em Pretória, os árbitros vão se reunir em sua base de treinamento, mas estão proibidos de comentar as decisões que eles ou os colegas tomam em cam-

po. Joseph Blatter, presidente da Fifa, esteve nas duas partidas de domingo e é um opositor ferrenho da tecnologia na arbitragem. O gol de Lampard, não validado pelos uruguaios Jorge Larrionda e Mauricio Espinosa, que deixaria o duelo empatado no 1º tempo, já virou piada na internet: a linha do gol apareceu recuada. O jornal inglês The Guardian não perdoou os juízes. Já o Bild, da Alemanha, só se lembrou de agradecer ao jovem Muller.

No México, país que viu os italianos Roberto Rosetti e Stefano Ayroldi darem o gol de Tevez em impedimento, o El Norte pôs a culpa da eliminação na arbitragem. O argentino Olé afirmou que foi um presente do juiz. O mesmo diário pôs a manchete “A Mão do Diabo”, em referência ao gol de Luís Fabiano contra a Costa do Marfim (quando Maradona fez gol de mão, ela era de Deus). No país africano, o Soir Info escreveu que foi “A Mão do Assassino”.


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Quando não estão no estádio, acompanhando de perto as emoções e os momentos de tensão da seleção brasileira, os convidados da Casa Placar podem relaxar numa boa! No espaço montado na elegante Cidade do Cabo, não falta diversão, com direito a festas badaladas, além de uma incrível infra-estrutura para assistir às outras partidas, com empolgados narradores brasileiros e dois comentaristas que sabem tudo de bola, Ricardo Rocha e Carlos Alberto Torres. É por tudo isso que a Casa Placar atraiu celebridades como Marcello Novaes, Cássio Reis, Tuca Andrade e Maria Rita e virou o “point” brasileiro na Copa da África do Sul!

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1. A torcida feminina está de olho nas notícias do mundo da bola 2. O ator Cássio Reis marca presença na Casa Placar e veste as cores do Brasil para dar sorte! 3. Essa turma só consegue pensar no sucesso verde e amarelo 4. A balada para comemorar a vitória contra Costa do Marfim foi de primeira!

5. O ex-jogador Carlos Alberto Torres entende tudo de futebol e está aqui! 6. Um brinde no melhor estilo brasileiro para nossa seleção 7. A dupla está feliz com nosso time – e não é para menos! 8. Entre um jogo e outro, pausa para uma foto

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mistério

Sumiço de ex-amante afasta Bruno

Denúncia anônima envolveu goleiro do Flamengo no desaparecimento de Eliza

(1 ) r ep rod uçã o | (2) P ed ro Silveir a / O Tempo /Folh ap ress | (3) Ma rg arida Neid e /Ag. A Tar de / Fo lha pr ess | (4) R a hel Patr ass o/ Fut ur a Pre ss | (5 ) Da niel Augusto Jr /Fotoare na | ( 6 ) Ale Cabr al /Fu tu r a Pre ss

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presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, se pronunciou ontem sobre as acusações que pesam sobre o goleiro Bruno sobre o desaparecimento da estudante Eliza Samudio. Patrícia informou que o jogador está afastado do elenco enquanto o caso não for esclarecido. Ele esteve no clube, mas não treinou e nem vai viajar hoje com os demais para a preparação em Itu (SP). “O Flamengo lamenta profundamente o ocorrido. Entrego ao departamento jurídico as normas que o clube vai adotar. Entendemos o momento delicado pro clube, mas é um problema particular do jogador. Ele está afastado”, disse Patrícia.

Entenda o caso Bruno é casado, mas teve um relacionamento com Eliza, de 25 anos. A jovem tem um filho de 4 meses e busca o reconhecimento de paternidade por parte do goleiro.

Ela está sumida há três semanas. Uma denúncia anônima disse que Bruno e mais dois amigos teriam matado a jovem e a enterrado no sítio do atleta, em Contagem (MG). O filho de Eliza também estava sumido até domingo, quando foi deixado num abrigo na cidade mineira. O pai da garota, Luiz, foi buscar a criança. A delegada do caso, Alessandra Wilke, disse que policiais vigiaram o sítio e viram uma criança lá dentro. Ela admite que Eliza pode estar morta. Em outubro de 2009, Eliza já tinha prestado queixa contra Bruno por sequestro, ameaça de morte (com uma arma) e agressão. Ela disse que o goleiro e dois amigos a obrigaram a ingerir remédios abortivos. O goleiro ainda não prestou depoimento, mas sua mulher, Dayane Souza, já falou com a polícia. Ela teria dado a criança a um amigo de Bruno, que teria abandonado o bebê no tal abrigo.

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VICTOR CIVITA (1907-1990)

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Eliza pode estar morta, segundo delegada; o pai da jovem resgatou o bebê e Bruno ainda não falou

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são paulo

CORINTHIANS

PALMEIRAS

‘Nova arena é maracutaia’

Adeus de Felipe pode vir hoje

Após séria lesão, Lenny inicia treinos musculares

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São Paulo usou frase de Caio Carvalho (ao lado), do Comitê Organizador Local, na nota oficial

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O São Paulo emitiu ontem uma nota oficial em resposta à declaração do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. No fim de semana, o cartola disse que o fim da novela Morumbi na Copa de 2014 era uma boa notícia e que já estava na hora de o São

Paulo parar de brincar. O Tricolor declarou que jamais brincou com o assunto e usou falas de Caio Luiz de Carvalho, coordenador do comitê paulista, dizendo que construir outro estádio “só se for pra lavar dinheiro ou fazer maracutaia”.

Hoje vai ser definido se o goleiro Felipe sai ou não do Corinthians. O goleiro está na lista de compras do clube italiano Genoa, que já oficializou o pedido de empréstimo por um ano. A diretoria corintiana ainda não confirmou a negociação. O goleiro deve ser reserva na Itália, mas o que pesa na transferência é o salário quatro vezes maior em relação ao que recebe no Brasil. Pra ter o jogador em seu elenco, o Genoa está disposto a desembolsar 4 milhões de euros (8,8 milhões de reais). O contrato de Felipe com o Corinthians vai até o fim de 2011.

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O atacante vai ficar parado por mais 3 meses

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Goleiro corintiano vai ser reserva do Genoa

O calvário de Lenny continua. O atacante ainda deve ficar três meses sem poder ajudar o Palmeiras dentro de campo. Ontem, ele começou a segunda fase de tratamento: treinamentos de fortalecimento muscular. Lenny está afastado há 90 dias devido a uma lesão no ligamento cruzado do joelho direito, sofrida no dia 25 de março. “Tive duas lesões num curto espaço de tempo”, lamenta.


JO R NAL PL ACA R | TER Ç A-FEIR A , 2 9 D E J U N HO D E 2010

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copa pelo mundo

PLACAR.COM.BR JORNALPLACAR@ABRIL.COM.BR

Eliminação, tristeza e piadinhas Cobertura da Copa pelo mundo mostra decepção com jogadores e com o futebol GRAÇA NA DESGRAÇA

POR DENTRO

http://tiny.cc/lue6d

http://tiny.cc/kpgfr

Nem diante da eliminação da Inglaterra o britânico The Sun deixou seus trocadilhos de lado. Aproveitou o gol mal anulado de Frank Lampard pelo juiz e manchetou: “Franks for nothing”, brincando com o dito “Thanks for nothing” (obrigado por nada). Também rimou wags (namoradas dos jogadores) e Jaggs (Mick Jagger) pra dizer que eles estão tristes.

É O LIMITE http://tiny.cc/vq7fo O jornal mexicano Zócalo reconheceu em sua manchete de ontem (“México fora do Mundial como sempre!”) que a seleção de seu pais jogou como nunca... e perdeu como sempre.

O site português Público fez um infográfico mostrando a estrutura e os detalhes da criticada Jabulani. As bolas dos Mundiais anteriores também são ilustradas.

QUANTO VALE? http://tiny.cc/dasvl

736 ELEITOS http://tiny.cc/2tdvb Visitando o portal espanhol marca.com, o internauta pode comparar as características dos 736 jogadores que foram à África do Sul para disputar o Mundial.

O site alemão Bild fez um top 10, com os craques mais caros da Mundial. Entre eles está o francês Ribery, que já voltou para casa. Alguns deles já voltaram para casa.

DOR DE COTOVELO http://tiny.cc/7etnu O tablóide americano New York Post deu na capa de anteontem: “Este esporte é mesmo estúpido”, referindo-se à desclassificação da seleção dos Estados Unidos na Copa do Mundo.


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