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k Ganhou tempo após a resolução da Fifa, divulgada em 2009, que aboliu o limite de idade de 21 anos para um jogador definir nacionalidade e escolher sua seleção. Mas, este ano, o jovem atacante rechaçou a possibilidade de defender a Venezuela e reafirmou seu interesse em ser convocado pela atual campeã do mundo. Argumentou que Páez lhe fechou as portas da seleção depois do torneio continental. Os venezuelanos veem as declarações como uma desculpa para não queimar a vaga na Espanha de imediato. Até o ex-goleiro Rafael Dudamel, que disputou mais de 50 partidas oficiais pela Vinotinto, entrou na polêmica. Disparou que Jeffrén não merece vestir a camisa da seleção, pois, mesmo nascido no país, “nunca sentirá o prazer de ser venezuelano”. Todavia, seus compatriotas não consideram a recusa à Vinotinto como definitiva, já que Jeffrén ainda não é cotado para a seleção da Fúria. Sabem que o jogador tem motivos para voltar atrás. Se por um lado levar a Venezuela à sua primeira Copa é difícil, disputar espaço na Espanha, que deve sofrer poucas alterações para 2014, também não será fácil. B R E I L L E R P I R E S

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Jeffrén pela sub-19: ainda sem perspectivas na seleção principal

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Thiago: o filho de Mazinho brilha pela Fúria

Fuga de talentos Espanha sub-19 brilha com jovens promessas brasileiras

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Além do presente vitorioso, a Espanha também tem um futuro promissor. Em julho, a Fúria ficou com o vice-campeonato europeu sub-19, vencido pela anfitriã França. O curioso é que dois dos principais destaques do time espanhol têm sangue brasileiro e foram levados ao exterior graças ao tetracampeão Mazinho. Thiago Alcântara, filho do próprio Mazinho, nasceu na Itália, mas viveu no Rio de Janeiro até a adolescência. Depois de passar pela base do Flamengo, chegou ao Barcelona com 13 anos. Em 2007, foi campeão europeu sub-17 com a Espanha. Na mira de Guardiola para a próxima temporada, renovou contrato e tem cláusula de rescisão que pode chegar a 30 milhões de euros. O atacante Rodrigo é filho de Adalberto, lateral-esquerdo do Flamengo

na década de 80. Assim como o pai, nasceu no Rio de Janeiro e é canhoto. Também atuou nas categorias de base do Fla, mas graças a Mazinho foi parar no Celta de Vigo, na Espanha, aos 11 anos. Lá marcou tantos gols que, depois de quatro temporadas, foi contratado pelo Real Madrid. Sua trajetória no Bernabéu foi meteórica, passando rapidamente do juvenil a uma perspectiva de profissionalização. Chegou à seleção espanhola e, junto de Thiago, brilhou no Europeu sub-19 em julho. O talento de Rodrigo já se espalha pela Europa.“Ele possui o gênio dos jogadores brasileiros. Entende muito bem o jogo, tem chegada na frente, bom passe. É um jogador ideal”, afirma Luis Milla, treinador da Espanha sub19. Esses dois, aparentemente, o Brasil já perdeu. D A S S L E R M A R Q U E S


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