Ajuda especializada pimpumplay_001

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referência que o acompanhe, possam discutir abertamente o seu problema, para que ele sinta que alguém o compreende e, sobretudo, que alguém o quer ajudar. Depois, se o problema já tem um nome – um diagnóstico médico (presumimos que o pedopsiquiatra que consultou o seu filho vos tenha falado nisso), parece-nos importante que o grupo de colegas/ amigos da escola também o conheça. Aliás, directa ou indirectamente o grupo já sabe que existe um problema, mas na sua ignorância provavelmente opta por gozar, discriminar e/ ou provavelmente provocar o seu filho. É uma reacção natural que resulta da ignorância. Mais uma vez parece-nos importante que, com o consentimento do seu filho (depois de uma conversa esclarecedora), e com o recurso aos técnicos que o estão a acompanhar, possa haver uma reunião de turma para debater o problema. Falando-se abertamente do problema haverão certamente colegas que vão continuar a gozar e a provocar, mas haverão certamente outros que vão tentar compreender melhor o seu filho e mesmo tentar ajudá-lo, contribuindo para a sua integração e aceitação num grupo. Cria-se assim uma rede de suporte e desenvolve-se o sentimento de pertença ao grupo, essencial para o seu bem-estar e tranquilidade – todos queremos “pertencer” a alguém ou a qualquer coisa! Paralelamente é fundamental que todas as pessoas que lidam directamente com o seu filho percebam o que se passa com ele. Não se trata de o fazer passar pelo “coitadinho” que tem “problemas”. Trata-se apenas de esclarecer as pessoas, preveni-las para a razão de ser de certos comportamentos. Imagine que encontrava um amigo seu na rua a chorar. Certamente que a sua atitude para com o seu amigo iria ser tanto melhor quanto maior fosse o seu conhecimento sobre a razão do choro (por exemplo, poderia reconfortá-lo se ele tivesse perdido alguém que amava, ou levá-lo ao hospital se ele tivesse um problema de saúde do seu conhecimento). No caso do seu filho, o objectivo é o mesmo: preparar quem está à sua volta para perceber o seu comportamento e, sobretudo, para reagir de forma preventiva. Ou seja, numa situação em que ele esteja muito agitado dentro da sala de aula, se o professor ou um colega perceberem o que se está a passar, podem ajudá-lo a recompor-se, recuperar a calma, ou encontrar uma alternativa para evitar um comportamento ainda mais desadequado. Por isso pensamos que é fundamental reunir o grupo de técnicos da escola, com a família e, preferencialmente um técnico de saúde que esteja a par do problema, para que possam esclarecer-se todas as dúvidas. De seguida é necessário preparar um plano; que é o mesmo que dizer: “Sabemos qual é o problema, mas não vamos ficar de braços cruzados à espera que se resolva sozinho ou que alguém o resolva por nós. Vamos tomar a iniciativa de mudança!”. O que é que se pode fazer? Em primeiro lugar, qual é a vocação do seu filho? Ou o que é que o faz sentir bem? É possível transportar esse gosto para o seu currículo na escola? Ou há alguma associação ou instituição na comunidade onde ela possa encontrar esse tipo de actividade? A formação é sem dúvida essencial. Os cursos CEF têm uma dinâmica de ensino protegido e individualizado e, para além disso, dão a possibilidade de fazer estágios em empresas ou na comunidade, o que é um factor muito importante quer para a integração dos jovens no mercado de trabalho (no caminho da sua autonomia), quer para a sua realização pessoal (com o reconhecimento da sua utilidade para a sociedade). Mas é também importante que possa encontrar actividades alternativas, que preencham os seus tempos livres e que possam ser uma forma tranquila de aliviar o seu filho da possível tensão do dia de trabalho na escola.

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