Resultados Oficiais - 2ª Edição - Tecnologia em Bioativação - Penergetic®

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MATERIAL E MÉTODOS Os ensaios foram realizados em cultivos de soja (janeiro) e trigo (outubro) submetidos a diferentes formas de adubação e aplicação da tecnologia Penergetic® no ano agrícola de 2014, no município de Júlio de Castilhos, RS, Brasil. Os tratamentos avaliados foram: T1 = Controle sem fertilização; T2 = Controle + Penergetic®; T3 = recomendação de fósforo e potássio pela CQFS-RS/ SC e T4 = recomendação de fósforo e potássio pela CQFS-RS/SC + Penergetic®. A tecnologia Penergetic® consistiu na aplicação de 250g ha-1 de cada um dos produtos: Penergetic® Pflanzen (aplicado na parte aérea das plantas) e Penergetic® Kompost (aplicado no solo). Com base nos teores de fósforo e potássio presentes inicialmente no solo, foram adicionados 50 Kg de P2O5 e 80 de K2O ha-1 nas parcelas correspondentes aos tratamentos T3 e T4. As lâminas utilizadas no ensaio foram confeccionadas de acordo com a descrição das bait-laminas comercializadas pela empresa alemã Terra Protecta (1999). Os orifícios foram preenchidos com substrato composto por uma mistura homogênea de celulose, farinha de trigo e carvão ativado nas proporções em massa de 70:27:3. Foram utilizadas 30 lâminas por parcela experimental, as quais foram inseridas verticalmente no solo com o auxílio de uma lâmina metálica, através da abertura de uma fenda no solo. As lâminas foram dispostas nas entrelinhas das culturas, em dois grupos de 15 lâminas, distantes aproximadamente 5 metros entre si. O ensaio decorreu ao longo de 21 dias, tendo-se retirado no final do período correspondente, a totalidade das lâminas depositadas em cada parcela experimental. As lâminas foram armazenadas em sacos de papel individualizados para posterior processamento em laboratório. Os resultados foram expressos em percentual de orifícios vazios, parcialmente vazios e preenchidos para duas camadas de solo. Para a camada 0 a 8 cm fo-

ram considerados os primeiros oito orifícios e para a camada 8 a 16 cm foram considerados os orifícios 9 a 16. Também foram atribuídas notas para cada um dos 16 orifícios das lâminas, de acordo com o padrão de perfuração observado: orifício vazio (nota 3), parcialmente vazio (nota 2) e orifício preenchido (nota 1). Com base nas notas atribuídas ao padrão de consumo dos orifícios de cada uma das lâminas expostas no campo, foi calculado um índice médio de consumo para cada tratamento. Desta forma, quanto maior o valor médio atribuído às lâminas em função do consumo do substrato, maior é a atividade alimentar dos organismos e microrganismos presentes na parcela experimental. Os resultados foram submetidos à análise de variância entre tratamentos, através do software Sisvar (Ferreira, 2000). As médias de cada tratamento foram comparadas entre si através do teste de Tukey a 5% de probabilidade (P<0,05). RESULTADOS Maior percentual médio de orifícios completamente preenchidos foi observado nas lâminas depositadas no solo da parcela testemunha em relação aos demais tratamentos, para ambas as profundidades analisadas no cultivo da soja (Figuras 1 e 2). A permanência de substrato não acessado pela fauna e pelos microrganismos nos orifícios das lâminas indica menor atividade biológica no solo, possibilitando comparações entre os padrões de intensidade de consumo do substrato em cada um dos tratamentos aplicados no campo. Em relação aos percentuais de orifícios completamente vazios no cultivo da soja, na camada 0 a 8 cm, também houve diferenças significativas entre os tratamentos, sendo que o maior percentual médio (32,1%) foi observado na parcela que recebeu a aplicação da tecnologia Penergetic® juntamente com a adubação fosfatada e potássica, diferenciando-se do tratamento testemunha (Figura 1). Estes resultados indicam que a adição isolada ou combinada de fertilizantes minerais e Penergetic® influenciado positivamente na atividade da comunidade edáfica presente no solo, resultando em maior atividade alimentar na camada 0 a 16 cm no cultivo do verão (Figuras 1 e 2). Em todos os tratamentos avaliados no cultivo da soja, na camada mais superficial do solo, foram observados percentuais médios de orifícios parcialmente vazios superiores a 50%, com destaque para o tratamento referente à aplicação isolada da tecnologia Penergetic®, o qual apresentou 70,4% de orifícios parcialmente consumidos pela comunidade biológica do solo, diferenciando-se significativamente do tratamento testemunha (Figura 1). Comparando o padrão de consumo alimentar dos organismos da camada 0 a 8 cm no cultivo de trigo, observou-se que não houve diferenciação dos tratamentos (Figura 1). Resultados semelhantes foram observados na camada 8 a 16 cm (Figura 2).

Atividade alimentar dos organismos na camada 0-8 cm do solo Vazio 100% 90% 80%

14,2 b

18,8 b

7,1 b

Cheio 7,3 a

1,6 a

2,1 a

2,1 a

84,4 a

85,9 a

84,9 a

14,1 b

12,0b

13,0 b

Cont. + P

Rec.

Rec. + P

34,6 a

70%

60,8 a

60%

65,0 ab

50% 40%

Parcialmente vazio

50,0 b

83,9 a

70,4 a

30% 20% 10%

20,8 ab

15,4 b

10,8 b

Cont.

Cont. + P

0%

32,1 a 8,9 a

Soja

Rec.

Rec. + P

Cont.

Figura 1. Percentual de orifícios vazios, parcialmente vazios e preenchidos na camada 0 – 8 cm de solo, indicando a atividade alimentar dos organismos nos cultivos de soja e trigo submetidos a diferentes tratamentos. Média de 30 repetições. Médias com mesma letra em cada grau de consumo nos orifícios das lâminas não diferem entre si a 5% de probabilidade.

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