O Menino Prodígio do Crime - Eoin Colfer

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estrutura do esqueleto, no tronco, era igual. A teoria certamente explicaria o minúsculo calombo ósseo em cada omoplata. Holly brincou com a idéia de visitar a Disneylândia de Paris. A LEP tinha vários agentes disfarçados lá, a maioria trabalhando nos shows da Branca de Neve. Era um dos poucos lugares na Terra onde o Povo podia passar sem ser percebido. Mas se algum turista tirasse uma foto dela e a foto fosse parar na internet, Raiz arrancaria seu distintivo, com certeza. Com um suspiro de lamento, ela passou por cima do chuveiro de fogos multicoloridos lá embaixo. Assim que chegou ao Canal da Mancha, Holly voou baixo, quase raspando as ondas de cristas brancas. Gritou para os golfinhos, e eles subiram à superfície, saltando da água para acompanhar seu ritmo. Ela podia ver a poluição neles, manchando o branco da pele e causando feridas vermelhas nas costas. E apesar de sorrir, seu coração estava se partindo. O Povo da Lama tinha de pagar por muita coisa. Finalmente o litoral surgiu à frente. O velho país. Éiriu, a terra onde o tempo começou. O lugar mais mágico do planeta. Foi ali, há 10.000 anos, que a antiga raça das fadas, os Dé Danann, tinha lutado contra os demônios Fomorianos, esca-


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