
6 minute read
Mesmo com um a menos, Fluminense segura empate com o Flamengo
from 18.05.2023
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nesta quarta-feira (17), Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, um relatório do Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+. Segundo o trabalho, houve 76% mais casos de homofobia no futebol do Brasil (dentro e fora de campo) em 2022, na comparação com o ano anterior.
Segundo o Anuário do Observatório do Coletivo, foram registrados 74 episódios de preconceito contra a comunidade LGBTQIAP+ no ano passado, ante 42 em 2021. Em 2020, quando teve início a pandemia da covid-19 e os campeonatos ficaram paralisados por tempo significativo, o relatório apontou 20 casos de homofobia.
Advertisement
"São casos que se repetem toda semana, é uma luta complexa e desafiadora. Há clubes que já detectaram isso e trabalham o tema com seus jogadores, funcionários e torcedores. Mas ainda é insuficiente. A LGBTfobia é um mal social que se alastra em todos os ambientes, em especial no futebol. Essa intolerância motivada por ódio e discriminação é profundamente violenta e deixa marcas profundas. Temos uma pesquisa de 2018 que indica que 62,5% dos LGBTQ+ brasileiros já pensaram em suicídio", comentou Onã Rudá, fundador do coletivo, em depoimento ao site da CBF.
Conforme o relatório, os episódios de 2022 passam por xingamentos em campo, cânticos nos estádios e comentários ofensivos. O estudo também aborda o trabalho realizado pelo coletivo para dialogar com órgãos e entidades com atuação no futebol nacional, como a própria CBF, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e o Ministério Público.
"Há nitidamente uma nova lógica de pensar o futebol e a forma com que ele se rela-
O Regulamento Geral de Competições (RGC) da CBF de 2023, publicado em fevereiro, indica a possibilidade de punição esportiva a um clube em caso de discriminação. O artigo 134 do RGC prevê como penalidades: advertência, multa pecuniária de R$ 500 mil, vedação de registro ou de transferência de atletas e até perda de pontos.
"Considera-se de extrema gravidade a infração de cunho discriminatório praticada por dirigentes, representantes e profissionais dos Clubes, atletas, técnicos, membros de Comissão Técnica, torcedores e equipes de arbitragem em competições coordenadas pela CBF, especialmente injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia, procedência nacional ou social, sexo, gênero, deficiência, orientação sexual, idioma, religião, opinião política, fortuna, nascimento ou qualquer outra forma de discriminação que afronte a dignidade hu-
No último domingo (14), torcedores do Corinthians entoaram cânticos de tom homofóbico durante o clássico contra o São Paulo, na Neo Química Arena, na capital paulista, pelo Campeonato Brasileiro. O árbitro Bruno Arleu de Araújo registrou, na súmula da partida, que interrompeu o confronto aos 18 minutos do segundo tempo, devido à manifestação da torcida.
A Polícia Civil de São Paulo abriu inquérito para investigar perfis em redes sociais que teriam incentivado ações homofóbicas durante a partida. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP) informou que a Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) trabalha para identificar os usuários. O Ministério Público paulista também apura os fatos de domingo (14).
Clubes se manifestam
Ao longo desta quarta, alguns clubes do futebol brasileiro se manifestaram a respeito do Dia de Combate à LGBTfobia. Até a publicação desta matéria, 12 dos 20 times da Série A do Brasileirão publicaram mensagens sobre o tema: Santos, São Paulo, Corinthians, Red Bull Bragantino, Atlético-MG, Athletico-PR, Cruzeiro, Fluminense, Vasco, Botafogo, Fortaleza e Bahia.
MPF pede R$ 100 mil a diretora do Flamengo por fala contra nordestinos
Nordeste". No segundo turno, Lula obteve 69,34% dos sufrágios nordestinos, contra 30,66% do ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Ganhamos onde se produz, perdemos onde se passa férias, bora [sic] trabalhar, pq [sic] se o gado morrer o carrapato passa fome", escreveu Ângela, na ocasião.
O Ministério Público Federal (MPF), no Rio de Janeiro, informou nesta quarta-feira (17) que entrou com uma ação civil pública para que Ângela Machado, diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, pague uma indenização de R$ 100 mil por danos morais coletivos. Segundo o órgão, a dirigente do Rubro-Negro, esposa do presidente do clube, Rodolfo Landim, fez uma publicação com teor xenofóbico contra nordestinos no Instagram, um dia após o segundo turno das eleições presidenciais do ano passado, com vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.

Conforme a ação assinada na terça (16) pelos procuradores regionais dos Direitos do Cidadão Jaime Mitropoulos, Julio José Araújo Júnior e Aline Caixeta, a publicação de Ângela em 31 de outubro do ano passado teria sido motivada pela "massiva votação que o candidato vencedor da eleição presidencial obteve na região
No dia 3 de novembro, a dirigente fez uma publicação confirmando o compartilhamento da mensagem e pedindo desculpas. Segundo o MPF, Ângela afirmou, por meio dos advogados, que "não teve a intenção de ofender, que é natural do estado de Sergipe e que viveu por quase 30 anos no Nordeste". O órgão, contudo, avaliou que os novos posicionamentos "não a eximem de responsabilidade" e que o texto "constitui ofensa a dignidade e a honra, na medida em que buscou desumanizar e inferiorizar os nordestinos".
"Sobre esse aspecto, deve-
Quem esteve no estádio do Maracanã na noite desta terça-feira (16) acompanhou um grande jogo de futebol entre Fluminense e Flamengo, válido pela ida das oitavas de final da Copa do Brasil e transmitido pela Rádio Nacional. Apesar do placar final em 0 a 0, os espectadores testemunharam um primeiro tempo de claro domínio do Rubro-Negro e uma etapa final na qual o Tricolor se desdobrou no gramado para segurar a igualdade até o apito final mesmo estando com um homem a menos, após a expulsão de Felipe Melo logo após o intervalo.
Desta forma, o classificado para as quartas de final da competição será definido apenas no dia 1º de julho, quando as equipes voltam a medir forças no Maracanã, agora com mando de campo do Flamengo.
Domínio Rubro-Negro próximo de abrir o placar quando, após chutão para a frente, Gerson ganhou disputa de bola com Nino e ficou com liberdade para encobrir o goleiro Fábio, mas a bola foi caprichosamente para fora.
A etapa inicial teve amplo domínio do Flamengo. Com a proposta de sufocar o Fluminense ainda na saída de bola, a equipe comandada pelo argentino Jorge Sampaoli criou muitas dificuldades ao time de Fernando Diniz, que não conseguia colocar em prática a sua conhecida troca de passes. Assim, as melhores oportunidade foram da equipe da Gávea.
Já o Fluminense conseguiu responder aos 28 minutos, quando Marcelo ganhou disputa de bola na entrada da área, deixou Everton Ribeiro no chão e acertou forte para defesa de Santos. O destaque negativo do Tricolor foi a saída de campo de Marcelo ainda no decorrer da etapa inicial, após sofrer lesão na panturrilha.
Felipe Melo expulso
Logo aos seis minutos da etapa final outro jogador do Fluminense deixou o gramado do Maracanã, mas após ser expulso. O zagueiro Felipe Melo, que era o último homem na defesa do Tricolor, parou ataque de Gabriel Barbosa com uma falta dura e levou vermelho direto do juiz.
A partir daí o Tricolor das Laranjeiras soube sofrer e, mesmo com as linhas mais atrasadas para oferecer menos espaço ao adversário, passou a trabalhar melhor a bola quando conseguia a posse de bola. Já o Rubro-Negro dava sinais de desgaste físico após um primeiro tempo de tanta dedicação à marcação.
-se reconhecer que, depois de disparado o discurso discriminatório e produzido seus efeitos, não basta pedir desculpas, pois a reparação precisa ser plena e integral. De antemão, é necessário de pronto enfatizar que processo judicial deve ser instrumento de efetiva proteção dos direitos fundamentais e não palco para naturalização - ausência de crítica e questionamento - acerca de atitudes racistas ou discriminatórias", relataram os procuradores, segundo nota do MPF.
Ainda de acordo com o MPF, além do inquérito civil que resultou na ação civil pública, a Polícia Federal foi acionada para apurar "possível crime previsto na Lei nº 7.716/89", que aborda crimes resultantes de discriminação ou preconceito.
A assessoria do Flamengo foi procurada, mas informou que não se posiciona sobre o caso.
A primeira boa chance do Flamengo surgiu aos 20 minutos, quando a equipe da Gávea puxou rápido contra-ataque e Pulgar enfiou a bola em profundidade para Gabriel Barbosa, que bateu cruzado para acertar a trave. Arrascaeta ficou com o rebote, mas acabou chutando por cima da meta defendida pelo goleiro Fábio.
Dois minutos depois o Rubro-Negro voltou a ficar
A melhor oportunidade do Flamengo na etapa surgiu aos 26 minutos, quando o uruguaio Arrascaeta levantou na área para Ayrton Lucas cabecear bem para grande defesa do goleiro Fábio. A partir daí o Rubro-Negro continuou rondado a área do Tricolor, mas pouco fez diante de um Fluminense que se desdobrou em campo para segurar o 0 a 0 até o apito final.
Comunica O
C & E GESTÃO AMBIENTAL LTDA, CNPJ 32.879.596/000138 torna público que requereu junto à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Naturais – SEMA, a Licença de Operação (LO), através do Processo 86463/2023, para a atividade de TRPP (base operacional/Unidade apoio - garagem para veículo transportador de resíduos perigosos com sede operacional à Rodovia BR 135, Km 227, Peritoró - MA, CEP 65.418-000.
CCG CONSTRUÇÕES E TERRAPLANAGEM LTDA torna público, que requereu da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais, em 15/05/2023, Autorização de Perfuração de um poço situado na Av. dos Portugueses, sn, Bairro Vila Bacanga, São Luis - MA, para fins de consumo humano, conforme dados constantes no processo n° 86472/2023.