Som Metal Magazine 3 Novembro Dezembro 2016

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1 Número 3

Nov/Dez 2016 Edição Grátis

10 DE NOVEMBRO - COLISEU PORTO

VAGOS 2017/ DARKTOWER / AC/DC / ANGRY NATION CONSEQUENCE / CTT / SMSF 2017/ SONATA ARTICA


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Som 3

Metal Magazine

Ficha Técnica:

Propriedade: Som do Rock Administração Paulo Teixeira Data : Npvembro/Dezembro 2016 Edição online : Grátis Colaboradores: Redação/Paginação / conteúdos: Paulo Teixeira

Indice:

Entrevistas:

Noticias: Pag: 04 Editorial Pag :04 Vagos 2017

Paulo Teixeira REVIEWS: Pag: 25 BLOODRED

Pag: 05 DARKTOWER Pag: 06 AC/DC Pag: 07 ANGRY NATION Pag :09 CONSEQUENCE

Pag : 29 CTT

Cinema:

Coluna do Dico

Nuno Mata

Pag: 31

Pag: 10 SMSF 2017

Pag: 32 LISBOA AO VIVO

Biografia: Pag: 34 AMON AMARTH

Pag: 15 AMON AMARTH Paginas centrais

Pag: 23 AGIANST PR

Bandas: Paula Antunes

Lugares:

Pag: 22 Oozzing Wound

Dico

Arquivo do Rock/Metal:

Pag: 09 RAGEFUL

Pag: 13 SONATA ARTICA

Colunista:

Poster AMON AMARTH

Reviews: Paulo Teixeira Pode ser feita a reprodução total e ou parcial de texto / Fotos desde que sejam mencionadas as origens e dado créditos aos seus propietários, não pode ser usado para beneficio própriio nem obtenção de valores.. Contactos: geral@somdorock.pt Capa : AMON AMARTH Pagina central: AMON AMARTH


Editorial

4 O projeto Som do Rock Magazine fez uma curta paragem e voltou com novo nome, foi repensado e alterado. Agora chama-se Som Metal Magazine, para além do nome também os conteúdos mudaram, bem como a imagem gráfica. Este é um projeto com o objetivo de ajudar a divulgar a música desde o Hard-Rock a todos o géneros e subgéneros de Metal e todo o movimento envolta da mesma. Este projeto é de distribuição gratuita e somente em formato digital. Os seus conteúdos podem ser usados de forma livre da seguinte forma: Deve de ser sempre mencionada a origem/fonte. Devem ser sempres usados de forma gratuita, ninguém poderá usar como forma de obter lucros, podem ser partilhados desde que respeitem a propriedade intelectual dos autores de texto e fotos. Regressa diferente mais apelativo e mais pequeno, esperando que com a vossa adesão consiga crescer. Esta nova mudança traz um novo nome, agora é somente o Som Metal Magazine, vai continuar grátis e disponível para download. Este com entrevistas, reviews, notícias e uma especial reportagem do Vagos Metal Fest Contacta-nos e envia a tua opinião, sugestões e até mesmo as tuas fotos e artigos. magazine@somdorock.pt

Vagos Metal Fest 11, 12 e 13 de Agosto 2017 A segunda edição do Vagos Metal Fest, realiza-se nos dias 11, 12 e 13 de Agosto de 2017 com as melhores bandas do universo metal a fazerem deste fim de semana, o melhor para umas férias cheias de grandes concertos, muito convívio e o ambiente que só Vagos pode proporcionar. Primeiras confirmações: Arch Enemy | Korpiklaani | Gama Bomb | Grunt | And Then She Came | Tales For The Unspoken | Miss Lava | Brutality Will Prevail Os primeiros nomes já aí estão e com eles chega a primeira promoção de 500 passes de 3 dias, a 50€ até esgotarem ou até final de Outubro, em exclusivo na Live Event Ticketing.

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DarkTower anuncia o lançamento de seu novo álbum, “Eight Spears” 5

A banda DarkTower se prepara para o lançamento de seu novo álbum. Intitulado “Eight Spears”, o disco foi gravado e mixado entre junho e agosto deste ano, no Estúdio AM no Rio de Janeiro, e masterizado pelo grego George Bokos (ex-Rotting Christ e atual Stone Cold Dead) no estúdio Grindhouse em Atenas, na Grécia. O lançamento será via Black Legion Productions, em formato Digipack. O “Eight Spears” possui nove faixas e será lançado em outubro durante a tour pelo Nordeste brasileiro, que passará pelos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, chamada “Eight Spears of Chaos Nordeste Tour 2016”.

sentamos no primeiro álbum, ‘Of Chaos and Ascension’, trazendo a essência do que fizemos neste primeiro trabalho, unido a uma atmosfera ainda mais brutal e obscura. É a materialização de muito suor e dedicação de todos os integrantes do Darktower.

Contamos desta vez com o Fernando Campos do estúdio AM coproduzindo o álbum junto da banda. Ele fez um ótimo trabalho, integrando o time, dando ideias, sugestões, e trazendo sua visão “Eight Spears” conta com experiente e a participação especial dos competente ao amigos Felipe Eregiálbum. Para enon (Unearthly), Guilherme grandecer ainda Sevens(Painside), Pedrito mais o projeto, Hildebrancontamos com a do (Vociferatus) e Rodrigo presença dos Garm (Pagan Throne). nossos amigos Felipe Eregion, A banda emitiu o seguinte Guilherme Setestemunhal a respeito do vens, Pedrito Hillançamento: “Este álbum debrando e Rorepresenta o que o Dark- drigo Garm reTower é de fato. É o ama- presentando a durecimento do que apre-

união e amizade em prol do underground carioca”. I – Eight Paths – Initiation II – Destroy the House of Ha’shem III – Burn the Pyre IV – The Legion Marches On V – Nameless Servants of Damnation VI – On Darkest Wings VII – Haeretic VIII – Eight Spears IX – Blood Harvest

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Cliff Williams deixa AC/DC

Continua a debandada de históricos nos AC/DC. Depois das saídas do guitarrista Malcom Young (em 2014, por demência) e do baterista Phil Rudd (em 2015, a contas com a justiça) e da paragem por tempo indefinido do vocalista Brian Johnson (com problemas graves de audição), chegou agora a vez do baixista Cliff Williams declarar o fim da sua actividade na banda histórica de hardrock.

deo onde declara que “é hora de eu sair, não porque tenhamos perdido o Mal [Malcom Young], o Phil e o Brian. Tudo muda. Quando o Bon [Scott, vocalista] morreu, tudo mudou. Estou preparado para deixar a estrada e fazer aquilo que costumo nos interregnos do grupo. Sei o que vou fazer”. E acrescentou que "agora é hora da família, é tempo de descontrair e deixar de tocar". Com todos estes desfalques, o único histórico que se mantém Cliff Williams explica num vi- nos AC/DC é o fundador e líder

Angus Young. Mas todas estas saídas põem em causa a continuidade da banda que se destacou pelo álbum "Back in Black" (de 1980), que vendeu 50 milhões de cópias em todo o mundo. Fonte:Radio Comercial

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ANGRY NATION novo projecto Austriaco ANGRY NATION é o projeto (vocal). Depois de gravar alnovo da Wr. Neustadt guitar- guns demo e em um curto hiato, a banda não evoluiu, rista base Walter Oberhofer. sem quaisquer mudanças no Junto com Wolfgang line-up, mas inicialmente com Süssenbeck (DARKSIDE, Peter Durst ao microfone, que WOLFHEART feat. THE foi substituído em seguida por MALAVITA ANTISOCIAL Wolfgang Süssenbeck depois CLUB)e Alessandro Vagnoni de sua partida. Esta nova for(BOLOGNA VIOLENTA, mação gravou a demo "The Cats Of Ulthar" sob a orientaWOLFHEART feat.)Este álção musical de Franz Füssl bum foi trabalhado durante os em Wr. Neustadt, eles tiveram últimos dois anos. Tematica- muitas performances regionalmente marcado pelos acon- mente e em 1990, eles ainda tecimentos durante este conseguiram fazer a abertura período, "The Fail Dec- para bandas como WATCHade"oferece um melódico TOWER, CORONER and MEthrash metal com incursões KONG DELTA. DISGRACE pelo metal mais clássico e também conseguiu chegar às finais do concurso de bandas pela área de metal extremo. "Metal Battle", que foi ganho Sobre a pessoa: pela banda RAVENOUS de Gloggnitz nesse ano específiWalter Oberhofer, nascido em co. Na primavera de 1991, 1 de Fevereiro de 1967 em Böhm e Grögler deixou DISWiener Neustadt, Baixa ÁusGRACE apenas para, eventutria, começou a sua carreira musical na banda DECEIVER (1985-1987), com o qual gravou, entre outras coisas, a demo "Tales From A Fogotten World" Outros membros desta banda foram Michael Kutter (bateria), Michael Burkhard (baixo, guitarra) e Wolfgang Süssenbeck (vox). A próxima banda, onde Walter foi contratado, foi EXCESS na formação estiveram Enzesfeld / Lindabrunn a partir de meados de 1987. Após um curto periodo reenício-se, a e com nova imagem surge DARK SHADOW. Foram colegas de Walters em Dark Shadow foram Peter Böhm (Baixo), Robert Grögler (bateria), Reinhard Boisits (git) e Peter Durst

almente, juntar forças com Durst e pouco tempo depois formaram a banda Darkside, enquanto Walter, com Boisits, Durst e os novos membros Martin Fenz (bateria) e Christopher Handler (baixo) começaram a trabalhar no seu proximo projecto, EPIDEMIC. Depois de Peter Durst sair para se juntar de vez aos DARKSIDE, a participação na banda EPIDEMIC começou a abrandar e Walter deixa as salas de ensaios e os palcos para pelo menos durante 15 anos para se dedicar à sua família..

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ANGRY NATION novo projecto Austriaco Só no ano de 2005, ele começa a escrever músicas novamente. Em 2008 regressa como substituto aos DARKSIDE para alguns espectáculos na Áustria e na Itália, antes de empreender algumas Jams intensivas com MIDGARD por vários meses. Depois só em 2014 Walter se dedicaria novamente à composição de um projeto. Ele contata Wolfgang "su" Süssenbeck que há de contribuir com os vocais e começa a gravar algumas primeiras demos estruturais. Recomendado por Su, Walter contacta Alessandro VAGNONI e vai recrutálo como baterista. Foi acordado que Alessandro também deve cuidar da mistura do álbum. Sü contribui todas as letras para as músicas, os títulos das músicas estão sendo concretizados, o quadro conceptual para o álbum está sendo realizado. Walter e Wolfgang finalmente optam pelo título do álbum "The Fail Decade"

"nome da banda". Influenciadas pela corrente situação política, Angry Nation é escolhido como o nome do projeto, representante de muitas questões que dominam as noticias desde o ano passado.

ção técnica de Alessandro e finalmente tratado e finalizado no estúdio de Jaroslav Lukac, Negative Tunes. A arte da capa para "The Fail Decade" foi criado pelo artista francês Kewin Miceli, que Já trabalhou para Cradle Of Filth, Sepultura e Darkside. O samurai na capa mostra o valores antigos que atendem às novas influências, com um resultado incerto para ambos os lados. Em 20 de junho, o álbum de estreia "The Fail Decade" vê a luz do dia. Alinhamento: Walter Oberhofer guitarra Alessandro Vagnoni - baixo, bateria vocais Wolfgang SüssenbeckConvidado:

Alexander Riegler Por cerca de todo o ano de - backing vocals 2015, Walter está a trabalhar sobre as faixas com Alessandro antes em Fevereiro de 2016, os vocais estão sendo registrados ao shaark Studio, na República Checa. Então o Outra importante peça no mo- som é gravado no Estúdio de saico deste projecto é o Gravação na Itália, sob a direSMM Pag 08 Nov/Dez 2016


CONSEQUENCE 9

Os Consequence são uma banda de Vila Real fundada em 2012, por Gustavo Gonçalves, Rafael Pinto, Rui Pinto e Tiago Machado. No seu trabalho, influenciado por géneros como o Death/Black Metal e Rock Progressivo, a banda explora novas e diferentes maneiras de combinar os géneros, juntando o melhor de vários mundos. Em 2015 a banda lançou o álbum The Mantis, a 19 de Setembro. Todas as músicas são escritas pela banda e as Lyrics são de Rafael Pinto The Mantis foi gravado e mixado na @ Blind And Lost Studios (Santa Marta de Penaguião) Produced, mixed, mastered and engineered por Guilhermino Martins

Wall of Death muda de nome, passa a Rageful A Banda portuguesa de Death Metal decidiu mudar o seu nome para Rageful. Mantendo a mesma linha musical, a banda pretende dar um novo folgo à sua carreira iniciada em 2011 pelo seu baterista/ produtor Paulo Soares. A banda encontra-se atualmente em gravações para o seu novo trabalho, que deverá sair em princípios de 2017. A banda fará parte da nova colectanea do Som do Rock 13 Bandas 13 Temas a sair em Dezembro deste ano.

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SMSF BEJA 2017 DE 8 A 10 DE JUNHO O SMSF Beja tem regresso marcado: acontece de 8 a 10 de Junho do próximo ano e já conta com as confirmações de Orphaned Land, Wolfbrigade, Fuse, Hypothermia e Process of Guilt.

uma vontade incólume de marcar socialmente uma diferença; a dividir protagonismo com eles, estão os suecosWolfbrigade, lendas do crust punk que prometem agir de acordo com o seu epíteto: Com um choque de desfibrila- cuspindo-nos em cima. dor, Orphaned Na senda do desafio à normaLand, Wolfbrigade, Fuse,Hy tividade do que se entende pothermia eProcess of Guilt: por extremo, surge o portuené assim que o coração se Fuse: mais de duas décado SMSF Beja começa a das a agarrar o mic e a cuspir bombear as primeiras voltagens para a edição de 2017, que decorre de 8 a 10 de Junho no Parque de Merendas da cidade alentejana. Depois de uma edição bem-sucedida em Junho passado, com momentos indelevelmente marcantes quer para os presentes, quanto para o projecto artístico do festival, o mesmo espírito de cruzar risco, com atitude punk e discorrer sobre as linguagens da música extrema nas suas mais diversas encarnações, volta a pautar a oitava edição do SMSF. À cabeça, vêm os Orphaned Land, com o seu cruzamento atípico das linguagens distantes do doom e do folk médio-oriental, uma carreira estendida para lá das duas décadas e

rimas de complexidade inolvidável, o rapper que cresceu em Dealema mas se fez MC nas suas incursões a solo, discorre de forma elaborada sobre a condição humana fazendo da ego trip uma viagem aos confins da psique sem retorno garantido. A fechar as primeiras confirmações estão os suecos Hypothermia, que usam a depressão como catalizador do seu black metal, e os Process of Guilt, a braços com um sucessor para o aclamado “Fæmin” e com uma vontade renovada de vergar espinhas. Os primeiros bilhetes já se encontram à venda por 20€, no caso dos ingressos para três dias, e por30€ o pacote com bilhete geral, t-shirt, saco e copo. Ambas as modalidades estão limitadas a uma centena e disponíveis apenas até 31 de Outubro. Depois dessa data, os preços de ambos os bilhetes sobem para os 30€ e 40€, respectivamente.

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SMSF BEJA 2017 DE 8 A 10 DE JUNHO Orphaned Land O contexto social determina aquilo contra o qual um músico se revolta, uma ideia confirmada desde que música serve de veículo para desconforto ou como forma de rebelião. Quando aquilo contra o que se quer lutar é a luta em si mesmo, acontece algo como os Orphaned Land. Evoluir do prototípico doom melódico dos 90 para uma sonoridade cada vez mais progressiva? Nada de particularmente único. Fazê-lo com elementos de folk a permear a obra da banda do inicio ao fim? Menos comum, mas ainda assim mais que visto. Agora fazê-lo com folklore do médio oriente e uma mensagem abertamente política de unidade entre religiões, já começa a ser bem mais raro e é basicamente o que os Orphaned Land têm feito durante mais de vinte anos. Vislumbres do caminho percorrido até à actual encarnação progressiva serão certamente vistos em Beja, aquando do SMSF 2017.

Wolfbrigade O lendário colectivo sueco Wolfbrigade tocará na edição de 2017 do SMSF! Da mesma forma que é impossível exagerar a importância do legado da banda, construído tanto na incarnação actual como nos anos de Wolfpack, o mesmo se aplica a uma tentativa de capturar uma descrição da ferocidade que espera aqueles que se atravessam à frente de uma das suas raras aparições ao vivo. Cada género tem as suas instituições e quando pensamos na escola Sueca de d-beat, poucos atingem o intocável estatuto dos Wolfbrigade, finalmente preparados para voltar a Portugal em Junho de 2017 pela primeira vez desde 2008. Quanto ao público, bem, hora de rejubilar em antecipação da inexorável chapada na cara que se adivinha.

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SMSF BEJA 2017 DE 8 A 10 DE JUNHO Hypothermia O Kim Carlsson é um tipo prolífico, facilmente identificável pelo seu característico berro, dos mais fortemente carregados de pranto e desespero que algum dia encontrámos. Porventura mais conhecido pelos Livelover – um capítulo que chegou a um fim abrupto numa inesquécivel performance no dia 11 de Setembro de 2011 em Roterdão -, antes de se juntar a B. e companhia já andava a destilar negatividade com os Hypothermia há alguns anos. Pese o similarmente enviesado caminho com black metal depressivo como ponto de partida, a longa discografia dos Hypothermia encontra-os agora numa fase repleta de atmosferas próximas do post-rock, não obstante a completa ausência de finais felizes e catárticos que se podia esperar, exemplo disso mesmo é “Svartkonst” lançado o ano passado. Quinze anos de miséria transformada em música para serem digeridos no

Process of Guilt Soltar um violento turbilhão sonoro não requer qualquer tipo de movimento frenético ou gesticulação inútil. É perfeitamente possível à custa de uma transmutação da atmosfera circundante para um estado pesado, onde riffs gigantescos lentamente circulam e se metamorfoseiam, apenas para desabar ao soco em cima de espectadores desprevenidos. É mais ou menos esse o modus operandi pelo qual os Process Of Guilt pautam as suas doses de doom, um bocado como fazem/faziam influências suas como Godflesh e Overmars, que ainda se vislumbram debaixo de uma superfície há muito reclamada como sua própria pelos Portugueses. Nunca tão brutos como nos recentes “Faemin” e nos movimentos “Liar” do split com os Rorcal, o próximo ciclo na vida da banda encontra-se em preparação bem antes da presença no SMSF 2017. Eles podem manter que (ali) «nothing grows» e até é capaz de se verificar, mas de lá para fora é uma história diferente e atravessar uma performance dos Process Of Guilt e sair ileso da experiência só pode ser descrito como altamente optimista.

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SONATA ARCTICA 07 DE MARÇO - LISBOA AO VIVO (LISBOA) 1ª PARTE: STRIKER + TRIOSPHERE ABERTURA DE PORTAS: 20H00 - INÍCIO DO ESPETÁCULO: 20H30

Duas décadas e nove álbuns depois de terem dado os primeiros passos na Finlândia, os SONATA ARCTICA são hoje um dos nomes mais emblemáticos do movimento power metal que, na segunda metade da década de 90, começou a conquistar terreno no velho continente até transformar-se num fenómeno à escala mundial. É, no entanto, certo e sabido que o trabalho duro sempre foi uma peça-chave determinante para o sucesso, mas – sobretudo no mundo da música – poucos são aqueles que con-

seguem chegar a algum lado sem uma boa dose de marcas inconfundíveis e uma vontade inabalável de inovação constante. Não estranhamente, essas são duas das marcas indeléveis da banda desde que, corria o ano de 1996, o muito talentoso Tony Kakko decidiu tornar real a sua visão muito pessoal do power metal melódico. Daí em diante, ao longo de uma carreira em crescendo constante, os SONATA ARCTICA desenvolveram e implementaram uma fórmula comprovada com enorme sucesso,

resultando num total vendas que, hoje em dia, depois de feito o somatório de todos os seus discos, já ultrapassou o milhão de cópias. Arrancando com «Eliptica», editado em 1999 e hoje considerado um dos clássicos do power metal da viragem para o novo milénio, a banda oriunda de Kemi não mais parou de crescer – a todos os níveis. Se, no início, ainda era relativamente fácil compará-los com os conterrâneos Stratovarius, durante as duas décadas seguintes os SONATA ARCTICA embarcaram num profundo processo de definição individual, espelhado em álbuns amplamente aplaudidos como «Silence», «Winterheart's Guild» ou «Reckoning Night», e que culminou na sequência «The Days Of Grays» e «Stones Grow Her Name», em que, pela primeira vez, arriscaram explorar a fundo a costela progressiva que faz parte do seu ADN desde que deram os primeiros passos. Divisórios e desafiantes em partes iguais, esses discos apanharam de surpresa os seguidores dos finlandeses e, para gáudio generalizado, há dois anos

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SONATA ARCTICA 07 DE MARÇO - LISBOA AO VIVO (LISBOA) 1ª PARTE: STRIKER + TRIOSPHERE ABERTURA DE PORTAS: 20H00 - INÍCIO DO ESPETÁCULO: 20H30

«Pariah's Child» marcou um determinado retorno às raízes mais metaleiras do grupo. «The Ninth Hour», o apropriadamente intitulado nono álbum de estúdio, tem edição marcada para Outubro e conserva intactos todos os elementos que os tornaram famosos, numa sonoridade familiar mas que nunca descarta a ocasional surpresa. São precisamente esses os temas que vão servir agora de mote ao regresso dos SONATA ARCTICA a Portugal, para uma estreia em nome próprio a acontecer no Lisboa ao Vivo, a 7 de Março de 2017.

dois nomes emergentes nas franjas mais tradicionais do som eterno. Influenciados pela incontornável New Wave Of British Heavy Metal, pelo hard rock mais musculado saído da Sunset Strip e pelo power metal germânico, desde que se juntaram em 2007, os canadianos STRIKER têm vindo a transformar-se numa das mais entusiasmantes propostas do género. Apoiado em quatro álbuns – o mais recente, «Stand In The Fire», foi editado em Fevereiro – que misturam de forma muito equilibrada refrões orelhudos, harmonias vocais contagiosas, riffs podeNeste regresso ao nosso país, rosos e solos mirabolantes, o quarteto de Edmonton tem redepois de uma arrebatadora cebido rasgados elogios da atuação no Vagos Open Air em 2013, os finlandeses lide- imprensa e dos fãs. O mesmo poderá dizer-se dos rados por Tony Kakko vão TRIOSPHERE que, com os contar ainda com a ajuda de seus dois primeiros discos,

«Onwards» e «The Road Less Travelled», de 2004 e 2010, se estabeleceram como um dos mais inovadores e aplaudidos nomes saídas do movimento power metal em muito tempo. Editado há dois anos, na sequência de muito bem recebidas tours ao lado de nomes tão influentes como os WASP, Kamelot ou Crimson Glory, «The Heart Of Matter» serviu para reforçar a visão progressiva que o quarteto norueguês tem do estilo em que se insere, numa coleção de temas em que o coração e a proficiência técnica falam a uma só voz.

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10 DE NOVEMBRO - COLISEU PORTO (PORTO)

Além de contar com a presença apoteótica dos AMON AMARTH, a passagem por Portugal da tour de promoção a «Jomsviking», o mais recente álbum dos suecos, numa data única no Coliseu do Porto, a10 de Novembro, vai trazer também ao nosso país os conterrâneos GRAND MAGNUS e as lendas do thrash norteamericano TESTAMENT. Sete anos depois de uma atuação colossal no Vagos Open Air e dois após uma explosiva dupla-data, que abanou as estruturas de salas em Lisboa e no Porto com a intensidade do seu viking metal. 2016 marca o regresso dos AMON MARTH a solo nacional para mais um espetáculo, na ilustre companhia dos TESTAMENT e GRAND

MAGUS, que promete ficar cravado na memória de todos aqueles que se atreverem a enfrentar a fúria majestosa dos autores de discos como «Fate Of Norns» ou «Twilight Of the Thunder God». Desta vez com uma paragem única no Coliseu do Porto, a 10 de Novembro, esta é mais uma data da gigantesca digressão mundial apoiada em «Jomsviking», o mais recente longa-duração de um percurso sempre em crescendo e que lhes tem valido elogios rasgados pela abordagem ainda mais antémica a um som que, com tanto de épico como de potente, lhes tem permitido tocar, deste e do outro lado ao Atlântico, para plateias totalmente rendias ao seu charme bárbaro.

Contemporâneos dos Metallica, Slayer, Megadeth ou Anthrax, e um dos aplaudidos e influentes nomes do thrash norteamericano, os TESTAMENT foram pioneiros do fenómeno na Bay Area de S. Francisco. A contrariar expectativas há trinta sólidos anos, perseveraram perante todos os obstáculos que encontraram no caminho e, sobreviventes de mudanças de formação, crises de saúde e quase três décadas de várias e rápidas alterações nas tendências dominantes da música pesada, conseguiram sair incólumes do outro lado desta montanha-russa de emoções.

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São um dos nomes mais respeitados e mais aplaudidos da sua geração – e uma força a ter em conta, tanto pela fação mais old school como pela nova legião de jovens apostados em recriar as glórias dos 80s. De resto, não é difícil perceber o porquê. Bastaria dizer que são uma das poucas lendas vivas do movimento que conservam capacidade de invocar da mesma forma as fortes emoções que os tornaram famosos com álbuns icónicos como «The Le-

gacy», «The New Order» ou «Practice What You Preach». Mas há mais; tanto tempo depois, ainda crescem a cada novo disco que gravam, sem nunca terem abandonado a essência e a integridade que os caracteriza desde que Chuck Billy, Eric Peterson e companhia pisaram um palco pela primeira vez. «The Brotherwood Of The Snake», o 11º álbum de originais num percurso ao qual ninguém pode apontar o dedo, tem edição apontada para o dia

28 de Outubro e, demonstrando uma abordagem ainda mais tradicional ao thrash que os tornou famosos, vem provar – caso dúvidas restassem – que o implacável talento do quinteto californiano é imparável, graças a uma coleção de temas com potencial suficiente para se transformarem rapidamente em clássicos ao nível de hinos como «Into The Pit» e «Over The Wall».

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De formação mais recente, mas também com créditos estabelecidos no movimento, os suecos GRAND MAGUS são hoje uma das mais entusiasmantes propostas no espectro do peso fiel às regras mais básicas do género, estabelecidas para a tendência durante os 80s. Criados por JB Christofferson, na guitarra/voz e pelo baixista Mats Skinner em 1996, começaram por tocar doom com fortes influências bluesy e dois anos depois, já com Fredrik “Trisse” Liefvendahl sentado atrás do kit de bateria, lançaram duas maquetas que, eventualmente, captaram a atenção do influente Lee Dorian. Em Novembro de 2001 é editada por fim a estreia homónima do trio, com o selo da Rise Above a encaixar com uma luva num som inspirado pelo período criativo mais tardio de bandas como Black Sabbath e Deep Purple. Sem negarem os raízes dos músicos, os dois lançamentos seguintes, «Monument» e «Wolf's Return», de 2003 e 2005 respetivamente, mostraram, por um lado, o grupo a refinar o seu estilo e, por outro, a incorporar influências ainda mais fortes do metal tradicional na sua música, valendo-lhes uma on-

da de aprovação generalizada por parte da imprensa. «Iron Will», lançado em 2008, foi recebido com as mais altas pontuações em publicações como a Metal Hammer alemã e «Hammer Of The North», que chegou aos escaparates pontualmente dois anos depois, transformou-se num marco na história da banda, com a entrada para a posição #42 da tabela de vendas germânica. O mais recente álbum do trio ori-

undo de Gotemburgo chama-se «Sword Songs» e amplifica ainda mais o crescimento denotado nos anteriores «The Hunt» e «Triumph And Power», que concretizaram na plenitude a atitude aguerrida e forte bem patente nos seus respetivos títulos.

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EIXO4

Projectos Falhados

2PLAY


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OOZING WOUND REGRESSAM A PORTUGAL

Oozing Wound regressam a Portugal 23, 24 e 25 de Novembro em Lisboa, Porto e Barcelos É com um novo álbum na calha que os norte-americanos regressam a Portugal. “Whatever Forever” é selado pela Thrill Jockey e servirá de mote para o trio actuar em Lisboa, no Porto e em Barcelos.

lo CCOB de Barcelos.

dos riffs sujos actuais, a juntar No Porto (24/11), as entradas às já dadas na sua mais recenvão custar 8€, enquanto que os te passagem pelo nosso jarpreços para o concerto de Bar- dim. celos (25/11) se ficam nos 5€. Em Lisboa (23/11), onde o trio promete fazer uma aterragem Contam-se parcos meses des- em modo "fat boy" na sala do de que os Oozing Wound pas- Cais do Sodré, as entradas fisaram por Barcelos para curvar cam-se nos 6€. as espinhas dos presentes no Na calha dos Oozing Milhões de Festa, mas o novo Wound vem o novo álálbum exige um regresso, des- bum, “Whatever Forever”, que ta feita para sessões de estala- serve de mote para a digresda thrash em sala fechada. De são actual dos norte23 a 25 de Novembro, os norte americanos. Editado pela Thrill -americanos passam peJockey, trata-se de mais uma lo MusicBox de Lisboa, peprova de que a banda é uma lo Cave45 do Porto e pedas forças mais avassaladora

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CHINE

Rótulo: Self-Released Data de lançamento: 01 de julho de 2016 Gênero: Death Metal País: Suécia

IMANENTE

-------------------------------------------------- ------A banda de death metal sueco distópico Chine foi criado em Helsingborg em 2005 pelo guitarrista Andreas Weis e o baterista Jesper Sunnhagen. Depois de lançar seu primeiro EP "Repulsive Sonatas" pela etiqueta UK Casket Music, o som da banda Chine evoluiu ainda mais em uma mistura técnica e agressiva enriquecido com harmonias escuras. Com o lançamento independente “Betray your own kind” em 2012, a banda foi elogiado pelo seu som único e cheio de ritmo de um metal cheio de energia brutal e atmosfera sombria.

Atlas Death & Fear

Etiqueta: Self-Released Data de lançamento: 01 de novembro de 2016 Gênero: Doom / metal do stoner País: Suécia -------------------------------------------------- ------Com "Death & Fera" ATLAS dar um mergulho mais profundo na piscina de sons doomy e riffs pesados que definiram seu esforço de estreia, de 2014 EP autointitulado, e retornar à superfície com tanto agressão e delicadeza. Combinando um gosto natural para melodias difusos individuais de guitarra, sons ambiente e estruturas musicais intrincadas com o clássico break-outs full-on e passagens de heavy metal, thrash e vocais impulsionados pela melodia, este novo trabalho traz à tona a essência desta banda com alta octanagem do stoner / doom metal.

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METALMESSAGE P.O. Box 11 12 D-86912 Kaufering Germany

http://www.metalmessage.de/

Overtures Artifacts 2016

Bloodred - Nemesis

Malus - Looking Through The HorrorGlass

BETRAYAL - Infinite Circles


BLOODRED APRESENTA NEMESIS 25

Foi no ano de 2009, quando Ron Merz começou a escrever música sob o nome de BLOODRED e do início a sua música tinha raízes nos gêneros mais extremas de Metal: Black and Death Metal com influências de Thrash e alguns toques de metal britânico. Devido à orientação musical e as necessidades para a musicalidade sua terra natal Suábia (A Suábia é uma região cultural, histórica e linguística do sudoeste da Alemanha. Seu nome deriva do Ducado da Suábia, um dos ducados raiz que configuravam o território da Alemanha) não há muitos músicos. BloodRed até hoje é o único projecto de Ron Merz, mas o objectivo claro é trazer a música para o palco e então ele está sempre à procura de colaboradores. Em 2013 Ron entrou em contacto com Alexander Krull, que já trabalhou para bandas como LEAVES' EYES, ATROCITY, BELPHEGOR ou OBSCURA. No seu Estudio Mastersound, o primeiro ensaio profissional para gravações dos trabalhos de BloodRed ocorreu alguns meses mais tarde. As baterias foram gravadas por Joris Nijenhuis (LEAVES´ EYES, ATROCITY), que acrescentou uma outra dimensão a música com o seu ritmo preciso e dinâmico. Alex Krull supervisionou a gravação do primeiro EP "THE Lost Ones ", que foi lançado digital-

mente em Junho de 2014 e fisi- não deixá-lo ir até o último segundo. "(7/10 - Vendetta Metal camente em agosto. Este EP Magazine). tem comentários entusiastas de todo o mundo. Após a resposta altamente po(Selecção): "Há guitarras cor- sitiva para a EP, BloodRed foi tantes, mal-humorado, enquan- para o Mastersound Studio noto belas melodias geladas e agressivo vocals. [...] E isso vamente em Julho / Agosto traz duas músicas boas. E isso 2015 para gravar mais músicas é mais do que outros criam com Alexander Krull. Os tamem um CD inteiro. bores foram novamente inter"(Legacy Germany #93, incl. de pretado por Joris Nijenhuis que entrevista e a canção "The deu ás músicas um toque muiLost Ones" no Revista-

CD) "BloodRed conseguiu uma produção cristalina em sua pri- to individual. No álbum meira criação, bem alimen- "Nemesis" BloodRed apresentar por composições sofistica- tar-se mais maduro e versátil. das, uma jóia do gênero com apenas o primeiro EP! " (8,5/10 - Metalheads Union) "É sempre uma coisa maravilhosa para receber música dos verdadeiramente grandes músicos. Música que agarra-lo desde o primeiro segundo em e SMM Pag 25 Nov/Dez 2016


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As músicas combinam com todos os pontos fortes: de alta velocidade passando por melodias assombrosas e riffs poderosos tudo isto bemligado entre si. "Im Licht Kalten Der Ewigkeit" é a uníca música com letras em alemão no álbum. A obra de arte foi feita por Stefan Heilemann (Heilemania), que já trabalhou para Lindemann, NIGHTWISH, LEAVES 'EYES, KREATOR e EPICA, também reflete este desenvolvimento. Inspirado pelas letras para a faixa-título, ele criou uma obra de arte coerente que complementa os muitos pequenos detalhes da atmosfera da música perfeitamente. Dados: "N E M E S I S ˝ • Estúdio: Mastersound Studio,

Steinheim dC Murr, Alemanha / Mastersound ENTERTAINMENT: • Gravação Geral, Misturar & Mastering: Alexander Krull • Guitar & Vocal Recording: Thorsten Bauer • Obra: Stefan Heilemann / HEILEMANIA • Duração: 42 Minuten • Tracklist: Fell Voices On The Wind (Instrumental) / Tragedien I Svenskehuset / Nemesis / The Hail-Storm / Collateral Murder / The Lost Ones / Spirits Of The Dead / Im Kalten Licht Der Ewigkeit

• Bateria: Joris Nijenhuis (Leaves' Olhos, Atrocity, exDrDoom) • Música e Letra: Ron Merz

Gravado no Mastersound Estúdio Depois de gravar o primeiro EP "THE LOST ONES"no Mastersound com Alexander Krull, foi uma escolha óbvia também para gravar o primeiro álbum fulllength lá. Este não é apenas um estúdio muito bem equipado, mas também está sempre uma atmosfera muito produtiva e um ambiente de trabalhando onde predomina o factor "sem stress" durante as gravações. • Data de Lançamento e Futhermore Alexander Krull e (mundial): 2016/04/08 Thorsten Bauer, como músicos experientes que são, estão • guitarras, baixo e vocais: Ron sempre dispostos a ajudar Merz com algumas dicas muito úteis e prestam atenção até mesmo aos pequenos detalhes. Alexander Krull já trabalhou com muitas bandas dentro de todos os gêneros diferentes em seu estúdio, mas havia sempre um foco especial sobre os estilos mais extremos de Metal. Então Alex e o Mastersound são os parceiros ideais para BLOODRED. Como no primeiro EP "THE LOST ONES" Joris Nijenhuis (ATROCITY, LEAVES´ EYES) de novo é o baterista em "Nemesis".

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"Após a primeira colaboração na preparação do álbum tornou -se claro muito em breve, que eu queria utilizar o seu talento mais uma vez. A batida precisa de Joris' e a dinâmica se encaixa perfeitamente a música de BloodRed com tudo está bem nos blast beats e também nas partes mais épicas. A música é bastante exigente, por vezes,mas Joris está sempre pronto para o desafio e fez um trabalho notável, uma vez mais nesta gravação," diz Ron. A obra de arte por Stefan Heilemann Stefan Heilemann de Stuttgart (Alemanha) é um fotógrafo renomeado internacionalmente e artista. Ele tem trabalhado com muitas bandas como Nightwish, LEAVES´ EYES, EPICA ou LINDEMANN no passado. O trabalho com Stefan foi muito gentil criativo e marcado por uma profunda compreensão mútua. o conceito global para a obra de arte do álbum foi fixado antes de começarmos, mas trabalhou-se em muitos detalhes e surgiu com algumas idéias malucas durante os photoshootings. Essas ideias, em seguida, foram a base para a criação de toda a obra de arte. Stefan conseguiu visualizar o conceito de "Nemesis" em uma engenhosa forma e assim criou uma peça muito coerente de arte.

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Arquivo 29

CTT

Os CTT surgiram em pleno "boom" do Rock Português, tentando cavalgar na onda de Rui Veloso, UHF e GNR.

pósito para gravarem CTT discos. Essa vantagem daria razões aos CTT Informação geral para se manterem na Origem Torres Vedras crista da onda, mas tal País Com origens no Conjunto Típi- não viria a suceder. Portugal co Torreense, de Torres VePeríodo em atividade 1981 - 1994 dras, um grupo de baile, a ban- No final do ano de 1981 da decidiu colocar apenas as lançariam novo "single", Integrantes Tozé Monteiro iniciais para se lançar no Rock desta vez com os temas Luís Plácido Gabriel Matos Português. "Hora de Ponta" e "A Hernâni Teixeira Moda Que Eu Quero". Augusto Alves Constituídos por Luís Plácido (voz), Augusto Alves (teclas), As solicitações para concertos concerto abruptamente. Tozé Monteiro (guitarra), começaram a surgir e o autor Hernâni (aka Nani) Teixeira deste artigo lembra-se de ver a Augusto Alves, que os restan(baixo) e Gabriel Matos banda ao vivo, fazendo a prites membros da banda cha(bateria), os CTT lançaram, em meira parte das Girlschool, mam carinhosamente o "Sr. 1981, o single uma banda inglesa de Heavy Augusto" por ser de muito mais "Destruição" (com "Vai No Ar", Metal constituída apenas por idade que eles, colocava o som no lado B) que teve uma razoá- raparigas. No concerto houve do órgão a sobressair entre vel aceitação do público. um incidente com a banda, aquela massa musical de maquando os técnicos ingleses neira diferente do que faziam Este era um grupo que já exis- resolveram desligar a apareos restantes teclistas. Isso fatia, ao contrário de muitos ou- lhagem e os microfones à ban- zia com que os CTT tivessem tros que se formaram de proda, tendo esta interrompido o um som próprio que os distinguia dos restantes grupos que pululavam por essa época.

Em 1982 editam o seu derradeiro testemunho musical, um LP intitulado "Oito Encomendas Discriminadas No Verso". Produzido por António José de Almeida (baterista dos Heróis do Mar), este LP contém, tal como o título indica, 8 canções: "Ovni", "Em Terra De Cego...", "Ai Que Sina A Minha", "Uma Noite Passada", "É Bom", "Ilusão", "Há Uma Lei" e "Chapa Batida".

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Arquivo 30

CTT

O "design" da capa é como uma encomenda dos Correios e está muito bem conseguido. Apesar da produção de António José Almeida e de algumas das propostas musicais apresentadas no disco não serem de deitar fora, a banda não teve sucesso com este disco. Podem ouvir-se um bom vocalista, um bom baixista e o sempre presente som do órgão do Sr. Augusto a comandar as operações. Hora de Ponta/A Moda Que Eu Os CTT continuariam, ainda, Quero (Single, Polygram, por mais dois ou três anos co- 1982) mo banda de Rock, regressan- Oito Encomendas (LP, do, como grupo de baile (até Polygram, 1982) 1994). umas musicas: O Sr. Augusto tem uma empresa de promoção e produção de Ai Que Sina a Minha bandas e Nani Teixeira é o úni- (LP 82) - http:// co que continua como músico www.youtube.com/ profissional, fazendo parte da watch?v=Rclh8fbanda que acompanha Luís HuW8 Represas. Destruição (single 81) - http:// Para a história do Rock Portu- www.youtube.com/ guês ficam os CTT, como uma watch? das bandas que não conseguiu v=YsXSE3qTwB0 singrar, depois de feita a Hora de Ponta "separação das águas". No en- (single 82) - http:// tanto, como já foi referido, tra- www.youtube.com/ tava-se de uma banda com watch? propostas interessantes. v=xD_oB1YzK84

Discografia: Destruição/Vai No Ar (Single, Polygram, 1981) SMM Pag 30 Nov/Dez 2016


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Alto e em Bom Som

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Lugares: 32

Fica na zona Oriental da cidade, num dos antigos armazéns da Abel Pereira da Fonseca, e apresenta três áreas distintas. André Campos, um dos responsáveis da sala – são cinco, todos com “vasta experiência na área de produção de espectáculos e de management” – explica que esta foi “construída e pensada de raiz para acolher espectáculos de música ao vivo”. “Em Lisboa havia uma grande disparidade entre as grandes salas (Coliseu, Campo Pequeno, MEO Arena) e as pequenas, o que fazia com que muitos concertos tivessem de

a todos os géneros musicais”, explica. Situada na Av. Infante D. Henrique, virada para o Rio Tejo, a 500 metros da estação da CP de Braço de Prata, a Lisboa ao Vivo divide-se em três áreas: a Sala Principal (com plateia e mezanine para cerca de 1000 pessoas, palco de 10,5mx8m, dois camarins e bar); a zona de café-concertos, para eventos até 200 pessoas, palco de 6mx4m; e uma outra mais privada com vista para o palco e acesso à mezanine. Apesar de “criada e desenhada a pensar em música” a sala é multifunções (podendo, por isso, acolher jantares de empresas, festas temáticas, apresentações de produtos, etc.) e, além de estar aberta “a todos os que ali pretendam realizar eventos”, é simultaneamente promotora de espectáculos. “É nossa intenção produzir eventos pelo que estamos abertos a todo o tipo de hipóteses quer com bandas nacionais quer com internacionais”, adianta André Campos. acontecer com público sentado Ainda antes de ser inaugurao que nem sempre se adequa da,

a Lisboa ao Vivo já está reservada para acolher a estreia em Portugal, em Setembro, dos coreanos Myname (nome forte da chamada k-pop), o regresso de dois nomes do metal, Katatonia e Kamelot, e um concerto dos Nada Surf. Armazém Lisboa, Av. Infante Dom Henrique, 3 | 1950-406 Lisboa

Foto e texto: ticketline magazine

LISBOA AO VIVO SMM Pag 33 Nov/Dez 2016


Agenda: 33

Ignite the Black Sun & Fokker Sábado, 10 de Dezembro às 21:30 Ponto de Encontro

Pag: 14 Som Magazine, Julho/Agosto 2016 SMM Pag 34 Set/Out 2016


Biografias: AMON AMATH 34

Foi há quase duas décadas dos

seus antepassados vi-

que um grupo desconhecido do kings. Dois anos depois lanpequeno subúrbio de Tumba, çam-se finalmente ao mundo Estocolmo, na Suécia, come- com o EP «Sorrow Throughout çou a dar os primeiros passos The Nine Worlds», produzido

ainda sob a designação Scum. por Peter Tägtgren (dos HypoInicialmente a debitar um híbri- crisy) e com selo Pulverised do de death/grind que passou Records. Ainda a sofrer com despercebido

na

emergente alguma instabilidade de forma-

cena local, foi em 1992, com a ção, a banda assina contrato entrada de Johan Egg no gru- com a gigantesca Metal Blade po e consequente mudança de e, com Martin Lopez (que pounome para Amon Amarth que co tempo depois abandonaria

começaram a revelar todo seu para se juntar aos Opeth) na potencial. Apenas duas ma- bateria, edita o disco de estreia quetas depois – «Thor Arise» e «Once Sent From The Golden «Arrival Of The Fimbulwinter», Hall», em 1998. de 1993 e 1994, respetivamente – chegaram para definirem Durante a próxima década o uma personalidade vincada, grupo não voltou a olhar para trás, editando petardo atrás de que desde então mistura uma petardo do seu som muito caabordagem melódica, ocasio- racterístico, assente em riffs que apelam ao headbanging, nalmente épica e sempre po- harmonias melódicas fáceis de derosa, ao death metal e o assimilar e ritmos devastadores. Foram, de resto, esses conteúdo lírico inteiramente elementos que lhes permitiram inspirado nas tradições pagãs estabelecer e solidificar uma base de seguidores que não

mais parou de crescer, à medida que o quinteto ia construindo um fundo de catálogo de uma consistência que não é, de todo, comum nos dias que correm. Foram oito os álbuns editados no espaço de treze anos, sem pausas para descanso e sem que nunca tenham baixado a fasquia da qualidade ou da intensidade. A estreia em longa-duração, «The Avenger» (de 1999), «The Crusher» (de 2001), «Versus The World» (de 2002), «Fate Of Norns» (de 2004), «With Oden On Our Side» (de 2006), «Twilight Of The Thunder God» (de 2008) e «Surtur Rising» (de 2011) são títulos que, não há volta a dar, devem figurar na estante de qualquer apreciador de bom death metal que se preze. À custa de uma perseverança que só encontra paralelo na dos seus antepassados, a banda formada há mais de duas décadas pelo vocalista Johan Egg, pelos guitarristas Olavi Mikkonen e Johan Söderberg, pelo baixista Ted Lundström e pelo baterista Fredrik Andersson chegou a 2014 com uma carreira estabelecida e pronta dar o próximo passo em termos de exposição.

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Biografias: AMON AMATH 35

Com entradas nas tabelas de vendas em países como Alemanha, Finlândia, Suécia, Áustria, Suíça e Estados Unidos e salas lotadas deste e do outro lado do Atlântico, ao nono registo de longa-duração, os Amon Amarth juntaram-se ao lendário britânico Andy Sneap, guitarrista e produtor de nomeada com associações a nomes tão famosos como Opeth, Arch Enemy, Testament ou Kreator, entre outros, para gravar «Deceiver Of The Gods». Editado a 25 de Junho de 2013, o álbum elevou a fasquia a nível de entrega, composição e produção; e trepou rapidamente ao #3 da tabela de vendas na Alemanha, recebendo aplausos unânimes da crítica. Sem perder tempo, a banda embarcou no festival itinerante Mayhem que percorreu os Estados Unidos de uma costa à outra, ao que se seguiu uma primeira digressão pela Europa. O ano de 2014 começou com um retorno aos Estados Unidos (desta vez para uma tour em nome próprio), seguido

de incursões pela Austrália, passo em frente no percurso pela Europa de Leste, pela evolutivo dos músicos de EstoAmérica do Sul e por quase colmo. todos os maiores festivais de Verão. Já em 2015, após uma mudança de formação que viu o baterista Fredrik Andersson abandonar e ser rapidamente substituído por Tobias Gustafsson, a banda regressou finalmente ao estúdio para gravar o muito aguardado sucessor de «Deceiver Of The Gods». Produzido novamente por Sneap, «Jomsviking» chegou aos escaparates em Março de 2016 e afirmou-se como mais um firme

Photo: Handerson_Yau Photography SMM Pag 35 Nov/Dez 2016


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