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Otávio Nogueira - Muito além

“Entre as grandes coisas que são encontradas entre nós, a existência do nada é a maior. Ele reside no tempo e abrange com seus membros o passado e o futuro, absorve todas as obras que se passaram e aquelas que ainda estão por vir, tanto da natureza como dos animais.” – Leonardo Da Vinci

A exposição de Otávio Nogueira é composta por 3 ensaios realizados no Ceará e que trazem um olhar sobre “lugares e apropriações” postos na interpretação de uma “cearencidade”. Lugar 1 - O sagrado FESTA DAS ALMAS No ensaio, uma interpretação do ritual que anualmente acontece na cidade de Ocara – CE, acontecimento que reúne na cidade, durante as comemorações de finados, o sagrado e o profano, gente simples e humilde, quando a cidade celebra seus mortos, para lá se dirige, atraídos pela festa, num misto de fé e pendor pagão. Vaqueiros e agricultores, lavadeiras e donas de casa, todos fascinados: elas pelos vendedores e suas mercadorias, eles com a bebida e as prostitutas. Lugar 2 - O profano

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“PARANGOLÉ” JUNINO Morando no nordeste deste 78, pude vivenciar a cultura das festas Juninas como um louvor aos santos e à chuva, que traz fartura à mesa do sertanejo. Com estas imagens, de forma bem humorada, denunciam como a indústria cultural se apropriou da tradição e forjou a essência de um povo em mais um espetáculo comercial.

Lugar 3 - O público ENTRE NADA E LUGAR NENHUM Referindo-se a experiência vivida no metrô do Cariri como lugar nenhum, Otavio Nogueira se apropria do conceito de não-lugar de Marc Augê, quando se refere aos lugares de passagem incapazes de dar forma a qualquer de tipo identidade e o contrapõe ao nada, com tudo aquilo que existe, e que é reiteradamente desconsiderado.

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