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Saúde

www.jornalnorthnews.ca Março / 2014

North News 23

Como tratar a Calvice feminina A causa mais frequente de alopecia feminina está ligada a distúrbios hormonais, como ovários policísticos ou problemas na tireoide. Em seguida, vêm as causas genéticas, conhecidas como androgenéticas, que afetam 25% da população feminina, segundo Luciano Barsanti, diretor médico do Instituto do Cabelo (SP), presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia e autor do livro Dr. Cabelo (Ed. Elevação). “Esse tipo de alopecia vem aumentando cada vez mais, devido a fatores desencadeantes como estresse, ansiedade, depressão e carências nutricionais”, afirma. Há ainda as causas cosméticas de agressões químicas ou físicas ao couro cabeludo e aos fios. As químicas são os tingimentos e alisamentos mal realizados ou com muita frequência, e as agressões físicas são, por exemplo, o uso abusivo de calor, geralmente por causa do secador de cabelo. “Os alisamentos também podem causar lesões irreversíveis, e, por isso, as mulheres só devem fazer tratamentos com produtos aprovados pelo Ministério da Saúde e por profissionais treinados e especializados”, orienta Barsanti. Algumas doenças podem ter como reação a queda de cabelos, como é o caso do lúpus, doença sistêmica autoimune que gera a destruição do cabelo, da pseudopelada de brocq (doença imunológica que promove queda de cabelos e atrofia do couro cabeludo), e das foliculites, que

causam inflamação no couro cabeludo geralmente associado a uma infecção secundária. Se você costuma fazer dietas e restrições alimentares por conta própria, fique atento: a deficiência de nutrientes como proteínas, vitaminas do complexo B, ferro e sais minerais, tipo cálcio e magnésio, pode ser a responsável pelo enfraquecimento e queda dos fios. Além das alopecias citadas, há ainda a areata, também desencadeada por traumas psicológicos e que, dependendo do seu grau de desenvolvimento, pode atingir outras áreas do corpo além do couro cabeludo, como a sobrancelha e membros. Contudo, a boa notícia é que na maioria dos casos, a calvice feminina pode ser reversível. A boa notícia é que a maior parte dessas alopecias chamadas de não cicatriciais, é reversível. “Para cada tipo de alopecia é indicado um tratamento diferente. Isso porque o tricologista faz o diagnóstico e a partir dele dá sequência a um tratamento multiprofissional. Ou seja, os de outras especialidades trabalham em conjunto com o tricologista para solucionar o problema. “Se for um problema relacionado à tireoide, o tricologista atua junto com um endocrinologista. Se for relacionado a traumas psicológicos, um psiquiatra auxilia, e assim por diante”, explica Barsanti. No caso da alopecia androgenética, existem recursos avançados de diagnóstico que são baseados em exames como o escâner do

couro cabeludo, que aumenta em até 8 mil vezes o fio do cabelo e couro, além da microscopia eletrônica do bulbo capial, onde são fabricados os fios — nesses exames, qualquer anormalidade pode ser detectada e corrigida. Além desses, são sempre solicitados exames clínicos (dosagens hormonais e de sais minerais). Barsanti diz que, para o tratamento, são muito utilizados os fitoterápicos, e que são aplicados no couro ou utilizados via oral, com resultados excelentes. Há ainda recursos de tecnologia como a eletroestimulação do couro cabeludo com microcorrentes, em que é feita a utilização de um processo de alta tecnologia que se chama infusão de medicamentos por via transionica. “O processo funde medicamentos no couro cabeludo sem precisar de injeção, somente com a utilização do laser de baixa penetração, diferente do laser que é usado para queimar”, explica Barsanti. Esses são os procedimentos mais modernos, capazes de estacionar ou reverter o processo de alopecia. São procedimentos não invasivos, pois não agridem o corpo e não têm efeitos colaterais. E ainda podem ajudar a retardar o processo das alopecias do tipo cicatriciais (cicatrizes de ferimentos, queimaduras etc.), que não têm cura.

oitoronto.com.br


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