Casa das Linguagens 2008

Page 1

casa das linguagens


casa das linguagens

casa das linguagens


casa das linguagens

casa das linguagens


casa das linguagens

casa das linguagens

Editorial Creio que toda a produção individual e colectiva de uma comunidade educativa deve ter visibilidade e proporcionar graus de interacção com todos os membros que dela fazem parte. Deste princípio, depreendo que a pessoa e o grupo, por associação, podem atingir níveis de maior eficiência organizacional quando partilham o resultado dos seus projectos, assumindo, mesmo assim, as marcas distintivas de cada sujeito. Ora, é, justamente, esta função de congregar num mesmo espaço uma multiplicidade de olhares e expressões, a justificação maior deste projecto. E, como critério editorial assumido desde início, a representatividade dos trabalhos produzidos pelos membros do Agrupamento de Escolas de Vila Cova acrescenta a esta produção um carácter mais autêntico, mais plural e que todos revêem necessariamente num texto ou numa imagem. A poucas horas de fechar os trabalhos de edição da Revista, para se iniciar o delicado processo de impressão, ultimam-se as revisões dos textos, afina-se o contraste e o enquadramento das imagens e, lembra o Ricardo, que ainda não escrevi o editorial. Esta é a fase crítica do editor, porque brevemente tudo será irreversível… Sem mais nem porquê, lembrei-me da tese desenvolvida por Pierre Bourdieu, (1964) um sociólogo francês, segundo o qual, as crianças provenientes de meios socioculturais desfavorecidos tinham menos probabilidades de virem a ser bons alunos. De uma forma simplista, falar de Dali ou Mia Couto, ou falar só de futebol junto aos filhos será, segundo a teoria, determinante para o sucesso das crianças. Sem nos resignarmos a uma teoria que pode ser contrariada e mesmo falível, creio que a nossa escola acompanha, de uma forma positiva, as exigências da Sociedade da Informação, proporcionando dinâmicas que visam a busca determinada pela eficiência, pela equidade e pela formação integral do indivíduo. É neste contexto que um projecto como a Casa das Linguagens ganha maior relevância, porque funciona justamente como instrumento de afirmação e de desenvolvimento cívico. Vivemos numa escola que repensa o seu papel,

que reflecte mudança de paradigmas no processo ensino-aprendizagem, pela partilha e confrontação de práticas. E, neste aspecto, julgámos que são bons exemplos a forma como se têm encarado as tecnologias, como meios democratizadores por excelência no acesso ao saber, na observância de uma aprendizagem que respeita o ritmo de cada aluno e no desenvolvimento de competências individuais; e, ao mesmo tempo, têm proporcionado novas formas de comunicação, de linguagem, de situações comunicacionais novas, mais próximas seguramente dos alunos. A este respeito, saliento a utilização de suportes digitais, como quadros interactivos, blogues e plataformas. Permitam-me que saliente a criação do boockrossingEBi, pois configura no actual contexto, a concepção de um espaço plural, cujo sucesso vive dependente dos seus membros. O recurso à Internet, para a maioria dos pais, não pode ser visto como um monstro desconhecido pronto a devorar os seus filhos. Viver, hoje, sem a possibilidade de acesso ao mundo virtual é inimaginável. Em vez de vivermos aterrorizados com as supostas armadilhas a cada clique, deveríamos tentar entender que a net é uma ferramenta sem a qual a vida não será possível num futuro próximo. É claro que há riscos com os quais ainda não estamos habituados a lidar. Porém, a palavra de ordem não é virar as costas ou fingir que nada se está a passar; o importante será partilharmos as nossas experiências, querer saber sempre mais, tal qual o estamos a fazer hoje aqui. Com a brevidade necessária de um texto deste género, ensaio uma conclusão final com grande sentido de gratidão a todos quantos colaboraram no terceiro número desta revista. Lembro de forma particular todos aqueles que me acompanharam durante todo o processo – os que contribuíram com os seus trabalhos e aqueles que estiveram ligados de uma forma mais intensa, cuja disponibilidade nunca conheceu restrições de horários e de apoio pessoal.

Propriedade Agrupamento Vertical de Escolas de Vila Cova Director Paulo Miranda Faria Edição Casa das Linguagens Editor e Redactor Alcina Silva Laura Narciso Paulo Miranda Faria Fotografia Paulo José Faria Nuno Sousa Todas as imagens pertencem ao arquivo do Agrupamento Vertical de Escolas de Vila Cova Periodicidade Anual

Um livro... Bem, eu tenho uma vida muito bonita, porque eu gosto do que faço, e acima de tudo eu consigo incentivar a maior parte das pessoas a ler. Eu nunca tenho o mesmo dono, ando de mão em mão. Para vocês entenderem a minha vida, eu vou dizer-vos um segredo, eu pertenço a uma corrente. Não perceberam? Eu explico. Tratase da divertida, corrente do bookcrossing, a qual me permite percorrer o mundo todo e contactar com muitas pessoas. Todos os membros desta corrente ficam a conhecer a minha história e a mensagem que eu transmito. Já sabes quem sou? Ultimamente, não tenho falado com os

meus amigos. Dantes nós tínhamos sempre um sítio onde nos encontrávamos. Sabes onde era? Na biblioteca da escola. Mas agora não tenho falado muito com eles, porque, como já disse, pertenço a uma corrente e eu não quero fugir do meu dono, para ir ter com os meus amigos. Receio que ele se chateie comigo e me abandone sem me ter lido ou me maltrate, arrancando-me as folhas. É que eu detesto isso, é como tu teres um diário onde apontes tudo e te arranquem algumas folhas e já nada faz sentido. A pior maldade que me podem fazer é atirarem-me ao chão, não suporto isso, por essa razão é que já trago junto comigo

um autocolante e que, escrito a vermelho, diz «TRATA - ME BEM, POR FAVOR. EU AINDA QUERO TRANSMITIR A MINHA MENSAGEM A OUTROS JOVENS …» Para ti, que estás a ler este meu desabafo, faz – me um favor: incentiva os jovens a ler e não a ver novelas ou a jogar PSP, ler é importante: relaxa, ajuda a aprender e faz bem. Até à vista gostei muito de falar contigo. «ATÉ À VISTA» é a expressão que eu uso para me despedir dos meus amigos. Visita http://bookcrossingebi.ning.com Ana Costa - 7.º ano

Preço 2,5 Euros Nota Todas as opiniões, artigos e comentários são da responsabilidade dos autores Design gráfico Intervenção - Soluções de Design e Comunicação, Lda. Pré-impressão e produção Gil Vicente - Artes Gráficas, Lda. Tiragem 700 unidades

Paulo Miranda Faria


casa das linguagens

Je m’appelle Ana Cristina Fernandes Barbosa, j’ai douze ans et j’habite à Vila Cova. Je suis grande, je ne suis ni grosse ni mince, j’ai les cheveux longs et marron, mes yeux sont marron. Ma date d’anniversaire est le 20 décembre. J’ai une sœur, elle s’appelle Eva. J’ai un petit chien, il s’appelle Neco. Ma saison préférée est l’été, parce qu’il fait chaud et c’est les vacances. Ma couleur préférée est le bleu, mon club de football est le F.C.P. Ana Cristina - 7.º ano Acorda, todas as madrugadas, um pássaro com cheiro de terras cavadas. O amargo odor do afã escorre pela garganta, inocente e límpida manhã. É este cavar que nasce, é este cantar que sabe de sol a sol, engolir a enxada e disfarçar a tragédia, só porque se coseu a miséria. Cândida Braga, professora

Salut! Ça va? Moi, je suis Lucie, j´ai treize ans. Je suis portugaise mais je suis née en France; je ne parle pas bien le Français. Je vais parler de ma classe, le 7ºC. Mes copains sont géniaux. Les filles sont plus calmes que les garçons. Ma classe est très intelligente, généreuse, mais un petit peu distraite. Mes copains ont entre douze et quatorze ans. Ils habitent à Vila Cova, Creixomil, Feitos, Vilar-do-Monte, Bustelo et Esposende. Ma classe est constituée par vingt-six élèves: quatorze garçons et douze filles. Mes copains adorent jouer. J´adore ma classe !!!!!!! Lucie Pereira - 7.º ano

casa das linguagens

A Primavera A Primavera começou no dia 21 de Março. Com ela, vem o Sol, as flores e os pássaros a cantar. Também começa a vir o calor e vestimos roupas claras e leves. Os dias são maiores e vamos para locais mais frescos. Na Primavera, também nos apaixonamos. Fica tudo às cores e ficamos felizes. Parece que há magia e fadas. Há uma frase que diz. «A prima das flores é a Primavera.», porque na Primavera a Natureza enche-se delas. Beatriz Martins -3.º ano

Se eu fosse uma borboleta? Se eu fosse uma borboleta andava de flor em flor, e arranjava muitos amigos para brincar e jogar à bola. Para me alimentar, comia o pólen das rosas e de outras flores, e bebia bocados de orvalho. Eu dormiria em cima de uma folha e meteria outra em cima de mim, que serviria de cobertor. Para meu travesseiro, usaria uma pétala de uma flor, de uma rosa, mas a pétala tinha de ser de cor branca, amarela ou cor-de-rosa. Bruno Sá – 3.º ano

A cor do meu coração (nas quatro estações do ano)

Apesar de feio parecer, e de não gostar dar a entender, o meu coração é às cores como o pôr-do-sol, ao entardecer... Apesar de muitas vezes em baixo andar. Está quase sempre azulado. Como as ondas do mar... Por vezes choroso, Por vezes risonho O meu coração é bonito Como o castanho do Outono... Embora pequeno Possa parecer, Ele é grande e bonito Como as flores a crescer! Ele é lindo, da cor do Verão, Como o escuro do Inverno, Como as rochas do chão... Como as aves que repenicam Já na Primavera... Ele é grande e esperançoso, Como os verdes da serra. Embora cansado já esteja a ficar... Apesar de roxo, há-de suportar ... Aquilo que tenho ainda para esperar!!! Sandra Costa – 2.º e 3.º ano


O seu filho já mediu o IMC. E você? De acordo com o projecto “Escola Promotora de Saúde” e indo de encontro a um dos objectivos do Projecto Educativo deste Agrupamento, promover a formação para uma cidadania solidária e responsável e a aquisição de hábitos de vida saudável, desenvolveu-se um estudo de caso na EBI de Vila Cova. Segundo Schartzman & Teixeira,1998, a escola tem um papel fundamental ao modelar as atitudes e comportamentos das crianças sobre Nutrição. Neste sentido, acreditamos que o nosso estudo poderá constituir uma forma de integrar a nutrição na sala de aula, incorporando conceitos da mesma nas crianças e pais. Em função deste panorama, o objectivo do presente estudo é detectar a prevalência de obesidade em alunos com idades compreendidas entre os 7 e 10 anos, permitindo a relação da idade com o índice de massa corporal (IMC), bem como a prevalência do mesmo em ambos os sexos. Este estudo realizado pelos professores de Apoio educativo, Carla Freitas e Avelino Oliveira e pela psicóloga deste Agrupamento, Renata Seabra, foi desenvolvido no decurso do mês de Abril, integrando-se na comemoração do Dia Mundial da Saúde. Para constituição da amostra, que totalizou 40 crianças, contamos com a colaboração das professoras titulares de turma Maria do Céu Enes e Conceição Silva da EBI Vila Cova, sendo 47,5% (n =19) do sexo feminino e 52,5% (n =21) do sexo masculino. Para a avaliação do objectivo inicialmente proposto, foram recolhidas medidas de peso e altura, através do uso de uma balança e uma fita métrica, respectivamente. Todos os dados recolhidos foram trabalhados de acordo com os resultados da aplicação da fórmula matemática que nos fornece o IMC (medida do grau de obesidade de uma pessoa, através do qual é possível perceber se o valor se encontra acima ou abaixo dos parâmetros ideais de peso em relação à altura.)

casa das linguagens

A obesidade infantil é sem dúvida um problema actual e que afecta toda a nossa sociedade. A sua origem poderá estar relacionada com um maior consumo de alimentos ricos em hidratos de carbono e gorduras e o sedentarismo. Estes factos podem ser justificados pelos hábitos alimentares inadequados, perfil sócio-económico diferenciado, tipos de refeições realizadas nas escolas e influência da publicidade. Não obstante, os resultados obtidos neste estudo são, no nosso parecer, bastante animadores, embora não possam servir de generalização científica, uma vez que a amostra utilizada não é considerada significativa.

IMC= Peso ÷ Altura ² Após a análise estatística dos resultados é possível constatar que a maior prevalência de obesidade na população alvo é no sexo feminino (16%), comparativamente ao sexo masculino (14%). No entanto, na totalidade da amostra, o IMC normal é o que apresenta maior prevalência (47% no sexo feminino e 53% no sexo masculino). Os resultados apresentados podem ser confirmados nos gráficos que se seguem.

3,5

0%

37% 47%

Número de Raparigas

16%

Percentagem do IMC no Sexo Masculino

8 anos 9 anos 10 anos

4,0 3,0

14%

5

33%

2,5 2,0 1,5 1,0

53%

0,5

Baixo Peso 0% Obesidade 16% Normal 47% Excesso de Peso 37% 10

0,0 Baixo Peso

Normal

Excesso Peso

Obesidade

Relação entre IMC/Idade no Sexo Feminino

Baixo Peso Normal Excesso de Peso Obesidade

6

0%

Baixo Peso 0% Normal 53% Obesidade 14% Excesso de Peso 33%

Número de Rapazes

Percentagem do IMC no Sexo Feminino

Avelino Oliveira, Carla Freitas e Renata Seabra

4 3 2 1 0 7 anos

8 anos

9 anos

10 anos

casa das linguagens

As TIC no ensino de alunos com deficiência Actualmente a tendência do Ministério da Educação visa a integração das TIC no currículo. Contudo essa integração não tem sido feita da forma mais pacífica uma vez que encontra alguns obstáculos, quer de ordem técnica quer de ordem organizacional. Cabe a todos os docentes fazer com que essa integração se faça de uma forma justa e com os mesmos direitos para todos os alunos. É neste ponto que importa colocar a ênfase. Os alunos com necessidades educativas especiais, têm, por si só, restrições no acesso às TIC, uma vez que se tenta fazer com que esses alunos adquiram competências básicas a outros níveis, nomeadamente a Português e de uma forma transversal a todas as restantes disciplinas. A utilização das TIC na integração de alunos com deficiência faz-se de uma forma lenta e desgarrada. Cada vez mais se fala em integração de crianças com deficiência nas escolas públicas, com o objectivo de as integrar na sociedade, mas não se vislumbra a existência de acompanhamento especifico e especializado nas áreas das TIC, por forma a garantir uma correcta integração destas crianças e jovens. Como se sabe, existem inúmeros constrangimentos nas nossas escolas, que vão desde as barreiras físicas, às tecnológicas, uma vez que muitas escolas ainda não dispõem dos recursos informáticos necessários para fazer

face a estas novas realidades. Tomando como exemplo uma criança com dificuldades visuais, torna-se necessário a existência de software específico para que ela consiga utilizar de uma forma adequada os recursos informáticos. Contudo, o que se verifica é que não existe, na grande maioria dos estabelecimentos de ensino públicos, este tipo de software, que possibilite a sua utilização por parte dos alunos. O mesmo se verifica no seu ambiente familiar uma vez que os recursos mais adequados são dispendiosos e, muitas vezes, não existem apoios para a aquisição dos mesmos. O mesmo se poderia referir para outro tipo de deficiências físicas, que necessitem de hardware e software específico para a sua correcta utilização. Estes constrangimentos também se aplicam a alunos com dificuldades cognitivas. Estas dificuldades poderiam ser ultrapassadas com recurso a software específico, por vezes feito à medida, mas que dado o seu elevado custo, torna inviável a sua aquisição por parte das escolas. Existem contudo programas para os diversos tipos de deficiências, nomeadamente para invisuais (Jaws, Audiobrowser, MouseLoupe, etc); deficientes motores (Motriz, MouseEye, etc) bem como software específico para outro tipo de deficiências. Sendo todos estes, programas comerciais, estão cada vez mais a surgir programas

gratuitos, tal como o NVDA, para invisuais, que surgem no âmbito de grupos de apoio e de investigação centrados neste tipo de deficiências. De referir também que se encontram já disponíveis no mercado, sistemas que permitem a interacção de alunos portadores de deficiência, constituídos basicamente por um computador e uma webcam, dispensando desta forma, o rato e o teclado, indo assim ao encontro de alunos com paralisia cerebral. Podemos por isso concluir que se está a caminhar no bom sentido, apesar de os passos serem ainda tímidos e muito lentos, no sentido de integrar crianças e jovens portadores de deficiência no ensino regular. Apraz-nos contudo referir um constrangimento a todo este cenário, a formação dos recursos humanos. Por muita vontade que um professor tenha em integrar um aluno com deficiência, numa turma de alunos diferentes, defrontase com a barreira da formação específica na área da Educação Especial.

António Rocha – Escola Secundária da Trofa/Escola EB 2,3 Frei Caetano Brandão José Cerqueira – Escola Secundária de Barcelos / Escola EB 2,3 de Vila Cova

Relação entre IMC/Idade no Sexo Masculino

11


casa das linguagens

casa das linguagens

Bullying A violência nas escolas tem vindo a aumentar nos últimos anos, por isso é um problema no qual devemos reflectir. A escola em princípio foi criada para nos transmitir conhecimentos, desenvolver competências, aprendermos a viver em grupo e a aprofundar a educação. A educação deve começar no seio da família com respeito e valores fundamentais da sociedade, quando isso não acontece acaba por se reflectir na escola com situações graves de falta de respeito para com os colegas, professores e auxiliares, chegando por vezes a existir violência. Estes comportamentos normalmente estão associados a problemas económicos, sociais e éticos, com famílias disfuncionais e desestruturadas. A violência traduz-se numa grande diversidade de comportamentos anti-sociais. O “Bullying” (maltrato entre iguais) é uma violência verbal ou física gerada na comunidade escolar. Se não forem tomadas medidas esta violência pode torna-se incontrolável. A escola acaba por reflectir um pouco do mundo em que vivemos. Posso dizer que a nossa escola não é muito problemática em termos de violência, apesar de alguns desentendimentos entre alunos, mas nada que com bom senso e diálogo não se resolva, penso que é normal. Reconheço que há uma boa relação entre os alunos, professores e funcionários, o que é muito bom atendendo ao que se vê na sociedade que nos rodeia. Vamos todos tentar fazer um pequeno esforço para ainda melhorar um pouco mais a nossa já em organizada escola.

Um dia na universidade

No dia 29 de Fevereiro, realizaram-se vários jogos matemáticos na Universidade do Minho em Braga, onde participaram alunos de escolas de todo o país. Eu andei a treinar o jogo do Semáforo e depois fui jogá-lo a Vila Cova e como fui a finalista do primeiro ciclo do Agrupamento, soube que tinha de o ir representar a Braga. Nessa altura fiquei nervosa, porque ia para um sítio estranho que não conhecia e não sabia quem me iria acompanhar. Quando recebi a autorização para o meu pai ou a minha mãe assinarem, li com toda a atenção as explicações do que iria fazer e quem me iria acompanhar. Fiquei mais descansada quando soube que quem me acompanharia seriam pessoas conhecidas. Essas pessoas eram: a professora Carla, a professora Cristina Alves e a doutora Renata. Fiquei contente por saber que o meu amigo Luís também ia. No dia da final saímos da escola de Vila Cova todos juntos em carrinhas da Junta de Freguesia. Chegamos à universidade e eu fiquei muito espantada com o tamanho dela e com o número de pessoas que lá estavam. Éramos 1078 concorrentes! Eu estava muito nervosa, mas consegui jogar bem porque fui à final e fiquei em décimo primeiro lugar a nível nacional! Ainda tivemos tempo para ir ao Laboratório de Matemática. Adorei conhecer a Jessica do quarto ano da Escola de Vila Cova (que jogou o jogo dos Pontos e Quadrados e que também passou à final) e de passar o dia com os outros concorrentes! Cristiana - 4.º ano EB1 Vilar do Monte

Diana Sá - 8.º ano

12

13


casa das linguagens

Representação do Agrupamento no Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos É desta! É desta vez que nós vamos lá – pensei eu quando tive conhecimento que era em Braga que se iria realizar o 4º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos CNJM (os outros três campeonatos realizaram-se em Lisboa, no Pavilhão do Conhecimento, em Novembro de 2004; em Aveiro, na Fábrica Centro Ciência Viva, em Março de 2006 e em Évora, no Palácio D. Manuel da Universidade de Évora, em Março de 2007). Os nossos alunos não podiam perder esta oportunidade. Afinal o local de realização do Campeonato Nacional era mesmo aqui ao lado, em Braga. Depois de ter frequentado uma sessão prática no ProfMat sobre os jogos e de ter visto como é que algumas escolas criaram os seus próprios jogos, inscrevi o nosso Agrupamento no 4º CNJM e criei os jogos que passariam a ser utilizados pelos nossos alunos. Depois disso, foi divulgado pelas escolas do primeiro ciclo as regras e os jogos destinados aos alunos desse ciclo. Durante sensivelmente mês e meio, os alunos do segundo e terceiro ciclos treinaram exclusivamente os jogos do CNJM no Laboratório de Matemática. Por sua vez, os alunos do primeiro ciclo treinaram com os seus professores nas aulas de enriquecimento curricular, nomeadamente no apoio ao Estudo. Em Fevereiro fizemos a final a nível de Agrupamento de modo a seleccionar os alunos que iriam representar a Escola no Campeonato Nacional. No dia 29 de Fevereiro, sexta-feira, às 9h da manhã já estávamos prontos para arrancar para a Universidade do Minho (UM), em duas carrinhas da junta de freguesia de Vila Cova, quando nos disseram que só havia um motorista. E agora? Eis que a professora Carla cheia de coragem diz que por ela não ficamos em terra e embarcamos 14

numa das carrinhas. E não ficamos mesmo em terra. Depois de algum tempo à procura do travão de mão (não estava no local habitual), lá fomos nós. Numa carrinha, para além do motorista Sr. Ramiro e da psicóloga Renata Seabra, seguiam os alunos Cristiana Isabel Barbosa Pereira, do quarto ano da Escola EB1/JI de Vilar do Monte, em representação do Semáforo; Jessica Freixo Pereira, do quarto ano da EBI de Vila Cova, em representação do Pontos e Quadrados; Ana Isabel Novais do Vale, do quarto ano da EBI de Vila Cova, em representação do Ouri e Luís Miguel Miranda da Costa, do 5º B, em representação do Ouri. Na outra carrinha seguiam as professoras Cristina Alves e Carla Freitas, e os alunos Fátima Marisa Cunha Ramos, do 6ºB em representação do Semáforo; a Ana Rita Enes Duarte, do 6ºC, em representação do Hex; o Bruno Manuel Gonçalves Lima, do 7ºD, em representação do Hex; a Inês Alexandra Novais do Vale do 9º B, em representação do Ouri e o Anthony Macedo, do 9º C, em representação do Amazonas. Os primeiros a serem chamados foram os alunos Ana Isabel, Bruno, Cristiana Isabel e Jessica. De seguida entrou a Ana Rita em jogo e pouco tempo depois a Fátima Marisa e o Luís. Os últimos a entrarem no Campeonato foram o Anthony e a Inês. Durante a manhã cada aluno jogou três partidas, tendo-se apurado para a final, que se realizou da parte da tarde, os dois alunos com melhor pontuação de cada eliminatória, isto é aqueles que ganharam as três partidas ou apenas perderam uma. Do nosso Agrupamento ficaram apurados para a tarde os alunos Cristiana Isabel, Jessica e Bruno Manuel. Entretanto, fomos almoçar na cantina da Universidade. Primeiro foram o Bruno, a Cristiana e a Jessica com a psicóloga

Renata, tendo pouco tempo depois ido almoçar a professora Carla com os alunos Ana Isabel, Ana Rita, Fátima Marisa e o Anthony. Chegaram eles do almoço quando eu, o Luís Miguel e a Inês fomos almoçar, já passavam das 14h. Da parte da tarde os alunos que participaram na final estiveram a jogar, sob o olhar atento da psicóloga Renata e de outros alunos que não quiseram ver as exposições, enquanto os outros que quiseram foram comigo e com a professora Carla. No balanço final, saímos enriquecidos daquele espaço com um brilhante décimo lugar no jogo Pontos e Quadrados, conseguido pela Jessica; um radioso décimo primeiro lugar no jogo Semáforo, conseguido pela Cristiana Isabel e um não menos importante décimo sétimo lugar no jogo Hex, conseguido pelo Bruno. Parabéns a todos os participantes. Sem o vosso empenho e dedicação não teríamos estes resultados. Esperamos no próximo ano visitar outra Universidade. Contamos convosco. Carla Freitas , Cristina Alves e Renata Seabra - professoras

casa das linguagens

Há novidades no Laboratório de Matemática! Este ano lectivo o Laboratório de Matemática, que fica na sala 10, funcionou de maneira diferente e, na minha perspectiva, melhor. Esteve aberto todos os dias à excepção da quarta-feira, a toda a comunidade educativa, entre as 12h00 e as 13h30m. Nesse horário vários alunos dos diferentes anos de escolaridade dos segundo e terceiro ciclos puderam conhecer novos jogos e materiais, jogar, manipular materiais, desenvolver o seu raciocínio lógico matemático, entre muitas outras coisas, estando sempre acompanhados por um ou mais professores. A possibilidade de funcionamento do laboratório neste horário só foi possível com a permissão do conselho executivo e a boa gestão realizada com os horários quer dos alunos quer dos docentes. No primeiro período, os alunos foram chegando a conta gotas. A instalação do primeiro quadro interactivo do Agrupamento naquela sala foi o chamariz de muitos, que passaram a ser frequentadores. Os alunos mais pequenos, do quinto e sexto anos eram mais assíduos, mais curiosos e queriam muito jogar. Não sabiam muito bem a quê, mas queriam jogar. Os professores lá os iam ajudando, inicialmente explicando as regras dos jogos, posteriormente tirando algumas dúvidas

de jogadas, ou até jogando com eles. Foi neste primeiro impacto, de lúdico, que os conquistamos. Mas os jogos não devem ser vistos apenas como mera ocupação de tempo livre, eles dão-nos muito mais. É com os jogos que desenvolvemos o raciocínio, a rapidez de resposta, … Por isso, quando chegou à escola a divulgação do 4º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos, que se iria realizar na Universidade do Minho, inscrevemos logo a Escola. Não podíamos perder esta oportunidade. Os alunos não podiam perder esta oportunidade. Foi por isso que durante todo o segundo período os alunos apenas puderam jogar os jogos que integravam o Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos. Nesta altura começa a ser maior a participação dos alunos do terceiro ciclo. A sala começa a ser pequena para tanta procura. Os jogos são construídos, pela coordenadora do plano da Matemática, com materiais acessíveis (fotocópias, tabuleiros e peças de xadrez, peças coloridas adquiridas numa loja de decoração da área a baixo custo, caixas de dúzias de ovos da cantina e muitos feijões). Eles jogam, competem entre si, treinam em casa, jogam contra o computador, jogam contra os professores e alguns jogam tão

bem que ganham aos próprios professores que lhes explicaram as regras de jogo. Neste momento, alguns alunos dão um salto de qualidade no seu raciocínio. E que salto! É também no segundo período que é criado o Baú da Matemática. Este Baú foi criado para colmatar os obstáculos sentidos, em anos lectivos anteriores, com os meios de transporte entre as diferentes escolas e a escola sede do Agrupamento, e pretende que os alunos do pré-escolar e primeiro ciclo tenham a oportunidade de contactar com alguns jogos e materiais que existem no laboratório de Matemática. O Baú viajou por quase todas as escolas, tendo em algumas repetido a viagem mais do que uma vez. Chega o terceiro período e com ele o calor. O laboratório continua a ser frequentado por muitos alunos, mas há ainda muitos que nunca lá foram. Os docentes continuam a incentivar, a convidar e a jogar com todos os alunos que lá aparecem. Seja ao Semáforo, ao Ouri, ao Hex, ao Amazonas, ao Kataminó, ao Matemáticas Mágicas, ao Pyramis, ao Pylos, ao Quarto, … Por isso aqui fica o convite, aparece no Laboratório de Matemática para te divertires, cresceres e aprenderes. Cristina Alves - professora

15


casa das linguagens

Expressão Escrita MOTE: «Vamos rimar e, com as palavras, brincar.»

«Senhor Joaquim» Senhor Joaquim, ofereça-me do seu pudim, que eu digo sim…. Senhor Joaquim, o seu Martim, é fino como o alecrim! Senhor Joaquim, vou ao hipermercado Martins, comprar uns patins, para mim e para o Quim. Colho, também, umas rosas para mim, mas não as dou à minha tia Maria, que tem alergia e está sempre a dizer: Atchim, atchim! Susana Senra - 4.º ano

16

Mulher Nesta esfera coberta de terra, Ela perde e vence, É dura mas sente a fragilidade Dum sorriso, dum olhar, Dum amigo com quem contar. É uma peça que se encaixa Numa vida que se desmancha. Mas, para ela, Não há princípios, Não há meios, Não há fim. Todos os dias são uma luta E consegue sempre vencer. Porquê? Porque a força de viver é incalculável E a da mulher é inimaginável. Diana Martins - 9.º ano Dia Internacional da Mulher 2008

casa das linguagens

A MINHA INFÂNCIA Olá, sou a Maria e venho contar-vos parte da minha infância, que não foi muito risonha. Quando vejo alguma criança na rua, lembro-me constantemente de mim, penso nas coisas que fazia quando era criança, nos meus pais que já não vejo há bastante tempo, na minha escola... Eu vivia numa pequena casa, por detrás das grandes montanhas rochosas, era uma casa isolada, e não tinha electricidade nem água canalizada. Levantava-me todos os dias, por volta das cinco e meia da manhã, para poder vestirme e tomar o pequeno-almoço. Às seis da manhã saia de casa, andava uma hora a pé para apanhar o autocarro às sete horas e, finalmente, chegava à escola às oito. Quando as aulas acabavam voltava a fazer o mesmo percurso e apesar de já estar muito cansada quando chagava a casa ia ajudar os meus pais no trabalho do campo. É claro que não tinha tempo para estudar, mas eu

A NOSSA ESCOLA compensava tudo isso, com a atenção que estava nas aulas e o percurso que fazia de autocarro aproveitava-o para fazer trabalhos de casa. Felizmente os meus professores eram muito compreensivos e ajudavam-me bastante. Ao fim de cada período o meu esforço era recompensado sempre com excelentes notas e no fim de cada ano lectivo entrava para o quadro de Excelência e de Honra. Com tão boas notas consegui uma bolsa de estudo para medicina nos E.U.A. Hoje tenho vinte e sete anos e sou médica cirurgiã e posso dizer que me custa muito ver crianças que têm possibilidades para estudar e não o fazem simplesmente, porque não lhes apetece. É como diz o velho ditado “dá Deus nozes a quem não tem dentes”. Eduarda Novais - 9.º ano (ficção)

A nossa escola chama-se EB1 dos Feitos, fica na freguesia dos Feitos, no Alto das Cruzes. Esta escola é frequentada por 28 alunos divididos por duas turmas: uma turma tem 1.º e 2.º anos, a outra turma tem o 3.º e o 4.º anos. A nossa escola tem duas salas, uma cantina e um recreio com duas balizas com redes para jogarmos futebol. Da nossa escola dá para avistar o mar quando o céu está limpo. É uma vista maravilhosa. Na nossa escola aprendemos muitas coisas: a escrever, a ler, a contar, as tabuadas, as histórias, a colar, a recortar e muitas mais coisas. Nós no recreio brincamos às escondidas, à macaca, aos polícias e ladrões, às corridas, etc., mas nas aulas estamos com atenção para aprendermos coisas novas. Nós gostamos muito da nossa escola. Maria, Ricardo, Zacarias, João, Miguel e Mariana - 2.º Ano

17


casa das linguagens

casa das linguagens

Cena da Floribela Vem a actriz Floribela com um ramo de nogueira e os seus amuletos. Cantando no seu melhor...

Então, vai a Floribela a dançar e a cantar à espera de encontrar outro Anjo (que não existe).

Floribela- Anjo, meu chinkiwinki! Para onde vai a tua barca?

Floribela – Não tenho nada, mas tenho, tenho tudo TV foleira é aquilo que eu produzo Mas não me importa pois tenho muito dinheiro P’ra comprar amigos, estrelas e o amor verdadeiro!

Floribela – Tic, Tac; Tic, Tac: eu estou a cantar À espera de encontrar um Anjo p’ra me salvar.(bis)

Diabo – Para onde tu quiseres, sou como a Call Girl.

Com tanta desafinação, o Anjo sai da sua barca e reclama com a Floribela: Anjo – Mas que barulheira é esta? Já não se pode ver as Chiquititas em paz? Quem és tu? Floribela – Floribela Fritareichen no seu Máximo! Para onde vai esta barca? Anjo – A nenhum sítio que te interesse! Não entras aqui tu! Floribela – Não entro eu aí? Porquê? Anjo – Maltrataste os meninos Fritsanvalden, traíste o irmão mais velho, roubaste dinheiro aos portugueses com os teus concertos foleiros e com os teus autógrafos...e...e...queres mais? Floribela – E se eu te der um autógrafo de borla? Deixas-me entrar? Anjo – Autógrafo à pala? Para que quero eu isso? Não tenho vontade de ir à casa de banho, a não ser que guarde para mais tarde. Mas mesmo assim, não entras aqui! Floribela – Mas eu sou tão querida para os portugueses! Tão boa actriz! Anjo – Desampara-me a loja! A novela está quase a acabar, e eu não quero perder o fim. Floribela – Então vou procurar outro Anjo para satisfazer os meus desejos. 18

Como andou horas a tentar encontrar alguém para a salvar, lembrou-se de pedir ajuda às suas fadinhas. Floribela – Aiii... Aiii... Minhas fadinhas da sorte ajudem-me, mandem-me um sinal, pode ser por telemóvel! Diabo – Psst, Psst... Floribela – Sim! Estou a ouvir o sinal! Que quer dizer? Diabo – Psst, Bzzz... Floribela – Será o meu telemóvel? Eu estava a brincar quando disse que podia ser por telemóvel! Diabo – Mas estás parva ou quê? Parvo – E eu a pensar que era parvo! Há coisas fantásticas, não há? Floribela – Parva, quem, eu? Como te atreves a dizer isso? Olha que te ponho um processo por difamação. Mas afinal, quem és tu? Diabo – Eu sou o anjo do Abismo, meu amorzinho... Floribela – Anjo, Anjo? Ena era mesmo o que eu estava à procura. Mas do Abismo... Hum... Num acho muito seguro! Parvo – Ok! Teleseguro, fala a Marta. Diabo – Desanda daqui Parvo. Parvónia num ser aqui!

Parvo – É só uma call rapidinha! Floribela – Então quero ir!!! Diabo – Vens, vens! Mas é para onde eu quiser! Esses paus é que não cabem na minha barca, deixa-os aí fora e já agora os amuletos também! Floribela – Mas é a minha mamã... Diabo – É a tua mamã? Então por que pegaste numa motosserra e com ela cortaste a mamã ao meio? Floribela – Eu não a matei... Só precisava de lenha... Diabo – Entras ou não?

Olá a todos, Nós somos os alunos do 1.º e 2.º anos da EB1 dos Feitos, mas como sabem também somos CRIANÇAS por isso, queremos que vocês, ADULTOS, saibam os nossos direitos tão bem como nós os sabemos:

Floribela – Mas eu não quero ir para o Inferno... Diabo – 1,2,3 entra já 1,2,3 hey, p’ra ‘qui 1,2,3 entra já 1,2,1,2,3 vem remar! Assim entra a Floribela para a Barca do Inferno onde é condenada. Ana Novais, Ana Rita Silva, Daniela Matos e Eduarda Novais - 9.º ano

Todos nós temos o direito… à liberdade. a sermos os primeiros a ser socorridos, em caso de acidente. a não sermos maltratados. a ter um nome e um país. a ir à escola. a não sermos explorados, ou seja, não devemos trabalhar desde pequenos. a ter uma família e uma casa. a sermos muito bem tratados, com roupa, comida, e acima de tudo muito muito carinho. de conhecer tudo o que dissemos até aqui, ou seja, OS NOSSOS DIREITOS!!! 19


casa das linguagens

Como foi a minha escola até agora A minha escola até agora foi boa. Eu aprendi muitas coisas com o professor. No primeiro ano aprendi as letras, como se escreviam as palavras e aprendi a ler. Eu aprendi a fazer contas de mais e de menos, aprendi coisas muito interessantes. No segundo ano aprendi coisas mais difíceis como contas de vezes, aprendi a fazer frases, os verbos e muitas outras coisas interessantes. No terceiro ano aprendi coisas muito mais difíceis para fazer, como contas de dividir, aprendi quando é um parágrafo e um período, como é que uma frase tem de ser para ser uma frase afirmativa ou negativa. Aprendi sobre o corpo humano, aprendi sobre animais e agora estou a estudar as plantas. Eu também já sei como se faz uma rosácea. Eu sei muitas mais coisas, mas não me lembro de algumas delas neste momento. Eu também me diverti muito com os meus colegas que são a Andreia, o João, o Jorge, a Ana Clara, a Anabela, o Ricardo, a Sofia, o Zé, a Eduarda e o Rui Filipe. Eles são todos meus amigos e ainda há mais meninos que são meus amigos, mas não tanto como estes. Eu divirto-me muito com eles a jogar à bola, a fazer corridas e a saltar à corda. E tem sido assim a minha escola até agora. Hugo Manuel - 3º Ano

casa das linguagens

Definições: Inspector é … um polícia sem farda. André – 5 anos Pesquisar é … saber coisas sobre coisas. Gonçalo - 5 anos Ser tímido é … ter vergonha e um bocadinho de medo. Cristiana – 5 anos Dicionário é … um livro grande, que tem muitas folhas e muitas coisas interessantes… É um livro que tem muitas palavras que nos ajudam a escrever outras palavras. Luísa, Cristiana e André - 5 anos

Gosto... Gosto de ver o pôr-do-sol num fim de uma tarde de Verão. Gosto de ouvir o chilrear dos passarinhos.... em vez de uns phones nos ouvidos gosto de ir de bicicleta a casa da minha avó... em vez de ir de carro a poluir fazer barulho. Gosto de acordar ir a janela e ver o sol a brilhar e o galo a cantar, em vez de ver uma confusão de carros e autocarros a passar. Gosto do cheiro das flores da primavera, em vez de os perfumes artificiais. Gosto de saborear a comidinha caseira de minha mamã, em vez de ir ao microondas tirar a comida quando apitar. Sabes que mais? Gosto de viver o dia-a-dia pensando sempre que é o último, mesmo que soubesse que iria partir agora mesmo, gostaria de me sentir feliz, pelo que deixo, a saudade, a recordação, uma simples pegada, nesta Terra, neste chão. Sónia Vale – ex-aluna

20

DIÁRIO DE UMA BIBLIOTECA ESCOLAR Sou um lugar mágico. Tenho livros que falam de fadas cor-de-rosa, de amores impossíveis, de tristezas nostálgicas, de crianças felizes, de sítios distantes, de praias azuis, de jardins sossegados, de mares navegados… Hoje o dia amanheceu primaveril. Fui visitada por muitos alunos; à espera deles, mil leituras: cartas dedicadas ao pai, a história do dia de António Torrado, “jogos com letras”, uma história do teatro, uma agenda cultural de qualquer cidade, o programa da Feira do Livro em Braga, os contos de Andersen… Também recebi uma visita adulta muito especial: Uma professora de Literatura Infantil veio contar histórias de Andersen aos alunos leitores. É reconfortante olhar as caras dos miúdos quando estão a ouvir uma história. O brilho no olhar dá-nos a esperança de um futuro cheio de leitores que anseiam ler o mundo. Amanhã serei revisitada. Tenho o mundo inteiro para oferecer… em livros! Celeste Pinto - professora

21


casa das linguagens

casa das linguagens

A doçura Anita vende a doçura em frascos. Enche-os de compota de fruta, tapa-os e cola-lhes uma etiqueta, mas, em vez de escrever compota disto ou compota daquilo, de mirtilos ou de pêssego, de marmelo ou de morango, arredonda a letra e escreve apenas Doçura. Senta-se no passeio com os frascos defronte, expostos no asfalto, junto aos pés, e não lhe faltam clientes. A compota vende-se muito bem e ninguém regressa para reclamar: quem compra julga que a doçura está toda nos olhos de Anita. Anita vende, pois, a doçura que tem no olhar e a doçura que embala nos frascos de vidro. É isso o que faz, sentada no passeio defronte do Mercado Sucupira, pelo menos desde que desistiu de escrever poemas. Na escola, a professora de Anita não se cansava de lhe gabar a delicadeza das composições que escrevia. A mestra ordenava às crianças que escrevessem uma composição sobre isto ou aquilo, sobre a Primavera ou sobre o ilhéu defronte da baía da Gamboa, e o que Anita fazia era sempre igual: escrevia no topo da folha pautada a palavra Composição com essa mesma letra indecisa e pequena que hoje lhe serve para escrever Doçura nas etiquetas dos frascos de doce – e depois deixava que a cabeça a levasse para longe, para o mundo impalpável das coisas que estão escritas nas páginas dos livros. Escrevia sobre bosques impenetráveis e montanhas verdejantes, sobre belos guerreiros medievais e cidades de prédios muito altos, ainda que não houvesse na ilha nenhuma das coisas que descrevia e, por isso, ela nunca tivesse visto bosque algum, nenhuma paisagem alpina ou um príncipe que fosse. E um dia, mais do que gabar-lhe a composição e afagar-lhe a carapinha, a professora disse - Um dia ainda vais ser poeta, Anita. 22

E Anita conseguiu imaginar que era poeta, que escrevia livros iguais aos que gostava de ler à noite, quando a luz faltava na Praia e a cidade voltava a ser um sítio apenas iluminado por candeias e velas. Cresceu, por isso, julgando que, um dia, escreveria poemas e frases bonitas sobre a sua ilha e que as crianças das outras partes do mundo leriam o que escrevesse e sonhariam com a baía morna onde, às vezes, a lua cheia vem namorar o mar – do mesmo modo que eu, estando longe, vejo Anita sem sequer a ver. Estou num sítio ao Norte do mundo, no Inverno, longe do mar, num prédio alto e cinzento, igual aos que Anita imagina quando tem que escrever uma composição sobre A Cidade. Não vejo, de onde estou, o Mercado Sucupira, nem essa Avenida de Lisboa em cujo passeio Anita se senta para vender a Doçura. Nesta janela, tendo defronte apenas as janelas gémeas de um prédio igual, encosto a face ao vidro da varanda e adivinho o frio que faz lá fora (todo o frio me parece muito desde o dia perverso em que o Verão termina). Invento o frio e encolho ainda mais dentro do corpo. É aqui, porém, que, encostado ao vidro que me separa do Inverno, espero que venha o raio morno que o sol derrama quando se eleva acima da massa sombria dos prédios da cidade. Então, e por um instante, fecho os olhos, esqueço o Inverno e imagino que ainda é Verão, que a cidade lá fora é a Praia e que Anita está sentada no passeio a vender Doçura desde o dia em que soube que não seria poeta. Eu sei bem o que sente Anita quando se lembra que não será poeta. Sei-o porque houve um tempo em que tentaram convencer-me, entre outras falsidades, que alguns dos textos que escrevia possuíam qualidades que os aproximavam da poesia. Estavam escritos em prosa, como as composições de Anita, e tinham sido pensados para serem prosa e não

mais do que vagos sonhos sobre a possibilidade dos mundos imaginários. Diziam-me, porém, que havia nesses textos algo que os remetia para a delicada e paciente relojoaria do verso. Talvez por isso, certa tarde, à falta de outros afazeres que me mantivessem ocupado, dediquei-me a fragmentar as frases desses textos e a tentar construir versos a partir delas. Mostrei o resultado a amigos, os quais se mostraram condescendentes, ora considerando que sim, aquilo era poesia, ora notando a existência de alguns “bonitos textos” naquele emaranhado confuso de versos, e de um ou outro poema razoável. Respeitando o trabalho dos poetas e aceitando como plausível que esse é um domínio ao qual só se acede por uma espécie de epifania (algo como uma invisível picada de abelha, à qual eu fosse miseravelmente imune), fui mantendo os “versos” na gaveta, talvez à espera que o tempo passando lhes conferisse algum interesse, nem que fosse no sentido arqueológico do termo. Hoje, porém, estou convencido de que o esquecimento é o melhor destino que lhes posso dar, aos meus tristes e trôpegos poemas. Um último leitor, pessoa especialmente íntima do fenómeno poético, forneceu-me o argumento definitivo. Disse-me: “Se não te conhecesse e lesse estes poemas, aconselhava-te a escrever prosa”. É o que faço – mas preferia vender, como Anita, a doçura que ainda me reste nos olhos. Escrevo prosa, portanto, e faço-o talvez porque isto me permite ser um pouco poeta; algo como um poeta sem talento para escrever versos. Sei apenas, quanto muito, imaginar e sonhar. E escrever composições que imagino semelhantes às que Anita redigia na escola, que falam de mundos que eu não conheço, mas que invento a partir das paisagens que existem nas imagens e nos livros. Esta tarde estou escrevendo sobre Anita. Ontem escrevi

sobre uma negra bonita e nua que segurava uma lança e estava parada perscrutando o horizonte: Se na estepe, ao longe, não me vês ainda – estou a chegar. Sigo diante dos leões e das impalas, das palancas e dos bisontes, das zebras e dos leopardos; vou à cabeça da caravana dos animais que hão-de ir ajoelhar-se à tua volta, senhora nossa, deusa deste chão. Levamos uma nuvem de pó no nosso encalço – hás-de avistá-la ao longe, é a flâmula que por ti erguemos com o vigor dos nossos pés. Levo as pinturas de guerra no corpo nu, a lança de caçar os pequenos roedores do deserto e o colar de contas que não me deste ainda. Espera. Sou teu. Isto é o que posso imaginar (e escrever) com os olhos de alguém que não sabe ser poeta e cuja doçura coalhou. À casa da minha poesia, tal como à doçura que um dia tive, imaginoas como uma quinta desleixada e rodeada por uma cerca de arame farpado, encerrada e silenciosa. Talvez a canalha venha e salte a vedação para roubar a fruta das árvores. É possível que apareça algum gado tresmalhado e confuso pela força do hábito e aí fique marrando contra as porteiras fechadas, tentando abrir caminho para os pastos verdes que já não há. Se se escutar o latido dos cães, está tudo bem — eles sempre ladram sem ser por nada. O caseiro da quinta da minha poesia não foi de férias ainda, mas andou esta manhã a pôr ordem nas coisas. Certificou-se de que a cerca está inteira e de que amanhã virá um novo dia e depois outro e mais outro. Fechouse e mandou recado à venda a avisar que não vai a lado nenhum. Está lá dentro, em pousio, fugindo do ruído do mundo e lembrando-se do cheiro que tem a erva acabada de cortar. Ou seja: sou um prisioneiro solitário da poesia

que não faço. Prefiro, a verdade é essa, o modo que Anita tem de não ser poeta. Ora a invejo, ora me enterneço com a doçura que guarda e com o modo que tem de a entregar ao mundo, ali sentada no passeio escalavrado da Avenida de Lisboa: agita uma revista velha diante do peito para se refrescar e põe a mão em pala diante dos olhos (para que o sol não derreta o açúcar que neles há). As outras pessoas passam e vêem Anita vendendo a Doçura em frascos. Muitas param para comprar: uns levam apenas a compota, outros vêm pela imensa doçura que há nos olhos da menina-moça, pelo sorriso imenso que o rosto dela desenha. Eu, que não vejo Anita, vejo claramente o riso dela, o lenço branco que Anita tem enrolado na cabeça, a camisa cor-de-rosa, as argolas douradas que tem nas orelhas, a saia de chita, o chinelo de plástico que abriga os pés dela. Imagino até que, às vezes, Anita lance no ar um pregão tímido - Nha leba doçura pa casa que o barulho do trânsito o abafa. Que, quando regressar a casa depois de ter vendido todos os frascos, Anita levará o dinheiro apertado na mão, firmemente, feliz por ter vendido toda a compota – e triste por não ter podido ser poeta. Vai caminhando de cabeça erguida, devagar, como se o seu andar fosse uma pausa entre a ida veloz dos passos de uns e a vinda apressada dos passos dos outros. Não escuta os piropos dos rapazes, não ouve o barulho da cidade: vai inventando poemas que não escreverá jamais, pois cedo a mãe lhe explicou que - Não é poeta quem quer, é poeta quem a vida deixa. Poesia de pobre é comida na mesa para encher barriga.

Quando a noite vem e não há luz na Praia, quando o zumbido das coisas eléctricas cessa e se pode escutar o murmúrio da terra e os sussurros da vizinhança, Anita debruça-se na janela da casa e fica a contemplar o corisco breve das estrelas. Imagina poemas que não escreve e inventa paisagens nevadas, belos príncipes crioulos montados em alazões, cidades de altíssimos prédios onde todos se conhecem pelo nome próprio e se cumprimentam à tardinha quando regressam a casa – tudo pode ser visto nas estrelas diante da janela do quarto de Anita. Quando aí está, esperando que os pontos luminosos da noite se ordenem e inventem mundos, Anita pensa que ainda é poeta, que são poemas as frases com que imagina príncipes crioulos e cidades imensas de vidro e aço. Sonha os livros que escreveria se não fosse menina pobre e a vida tivesse permitido que o vaticínio da velha mestra se concretizasse. (- Um dia ainda vais ser poeta, Anita) Às vezes, pensando nisto, Anita ainda se entristece. Olhando-a a partir da minha janela do país onde é quase sempre Inverno, vejo que as estrelas se lhe reflectem no orvalho dos olhos. Vejo isto e enterneço-me. Daqui longe fecho os meus olhos e sussurro bem baixinho a única verdade que existe – para que ela a oiça: que não há no mundo todo maior poema do que vê-la, sentada no passeio, a vender a Doçura que tem nos frascos. E nos olhos.

Manuel Jorge Marmelo Escritor e jornalista do Jornal Público Colabora em projectos de escrita criativa com os alunos do 8º ano 23


casa das linguagens

casa das linguagens

Dia Internacional das Bibliotecas Escolares No dia 22 de Outubro de 2007, os alunos da primeiro ciclo da EBI de Vila Cova participaram na comemoração do Dia Internacional das Bibliotecas Escolares. Para lembrar este dia, tivemos na nossa escola a presença da escritora Maria do Pilar Figueiredo, a qual nos deu a conhecer o seu primeiro livro infantil “O Seixo Branco”. Todas as turmas leram o livro, investigaram sobre a bibliografia da escritora e também fizemos a dramatização deste conto infantil. Alguns alunos fizeram perguntas sobre a vida e obra da escritora, tendo a mesma respondido sempre com muita simpatia. A escritora alertou-nos para a importância da leitura e também nos disse que se quiséssemos podíamos ser escritores… No final houve uma sessão de autógrafos. Depois, na sala de aula, fizemos uma banda desenhada sobre o mesmo livro.

Liga dos campeões A liga de futebol inter-turma, este ano, na sua oitava edição, é já uma actividade tradicional da Escola e que se desenvolve durante todo o ano lectivo. Os alunos de ambos os sexos, do segundo e terceiro ciclos, para além de jogarem, têm também a oportunidade de arbitrarem os jogos, enriquecendo assim a sua experiência desportiva. A actividade tem uma ampla participação e forte envolvimento dos alunos que têm vindo a demonstrar muita motivação e empenho. Estes têm tido um óptimo comportamento desportivo, cumprindo os jogos com elevado espírito competitivo e sempre com respeito pelos colegas, adversários e equipas de arbitragem. Nos últimos anos, no final de cada período, têm-se vindo a realizar jogos (essencialmente de futebol) entre professores e alunos. Os encontros têm sido tão interessantes e profícuos para a formação integral destes, que fez surgir a ideia de envolver os professores numa competição com os alunos, promovendo assim a empatia, a aproximação dos docentes aos discentes, a troca de experiências e permitindo ainda o aumento do nível de qualitativo dos jogos realizados. Aproveitando a ideia e procurando por um lado, promover a importância do domínio na Língua Portuguesa e por outro, dar a 24

oportunidade a alunos que por razões entendíveis teriam menos oportunidades de participar em jogos inter-turmas, criou-se então a Liga dos Campeões. Esta actividade, aberta a todos os alunos do terceiro ciclo do sexo masculino que tenham nível superior a três à disciplina de Língua Portuguesa tem a participação de professores de diversas disciplinas. Assim, cada turma inscrita tem na sua equipa um professor responsável, que joga e a orienta nos jogos com as outras turmas e seus respectivos professores. Como responsável e dinamizador pelas respectivas actividades, quero agradecer a postura e atitude desportiva demonstrada por todos os alunos envolvidos e ainda a disponibilidade, a dedicação e o profissionalismo dos professores/jogadores, pois como professor, praticante desportivo e participante activo na competição, tenho de reconhecer que as tarefas que lhes foram atribuídas, são bem mais complexas do que possam aparentar. Cristóvão Machado - Professor 25


casa das linguagens

casa das linguagens

Encontro com a escritora Filipa Aranda O nosso encontro com a escritora Maria Isabel de Mendonça Soares

À Escritora, Matilde Rosa Araújo…

Nasceu no Sul, veio para o Norte, A nossa ilustre convidada, Seja muito bem-vinda, Será por nós sempre lembrada! Ao ler os seus trabalhos, Vê-se uma grande virtude, Quando fala dos problemas, Da Infância e Juventude. “O Sol e o Menino dos Pés Frios”, É uma história de arrepiar, Transmite tanta ternura, Que me deu que pensar… Versátil como ela só, Cheia de grande fantasia, Na alma é só amor para dar E transmitir muita alegria! Editou lindas histórias, Como a “Estrela Fascinante”, Ainda não lhe saiu da memória, Esta história deslumbrante. Ricardo Matos - 6.º ano

No dia 21 de Novembro de 2007 fomos à Biblioteca Municipal de Barcelos para nos encontrarmos com a escritora Maria Isabel de Mendonça Soares. Fomos todos de autocarro: os meninos, as professoras e as funcionárias. Quando chegámos, cantámos a música “Criança Poema”, depois a escritora esteve a falar e, a seguir, os meninos do 4º ano da nossa escola cantaram a música “Cana Verde”. A professora disse que cantámos muito bem. No fim da nossa actuação, oferecemos um ramo de flores à escritora. Os meninos da escola de Carapeços fizeram a dramatização da história “O Castelo Verde”. Na escola, também nós já tínhamos lido esse livro da autoria desta escritora. No fim fizemos perguntas a Maria Isabel de Mendonça Soares e ela respondeu. Ao fim de tudo houve uma sessão de autógrafos. Nós gostámos muito de conhecer esta escritora. Este ano e em anos anteriores, já conhecemos pessoalmente outros escritores, por exemplo: António Mota, António Torrado, Matilde Rosa Araújo, Maria do Pilar Figueiredo… É importante conhecer escritores! Ficamos com vontade de ler as suas obras, aprendemos coisas novas, aprendemos a ler e a escrever melhor. Gostámos muito desta actividade! Trabalho colectivo Ana Sofia, Carlos, Daniela e Mariana 3.º ano

26

O ponto é o elemento mais simples da geometria. Este pode ser encontrado na arte de várias formas e tamanhos. Estes trabalhos são a ilustração de um conto “O seixo branco” da escritora Maria Pilar Figueiredo.

Hoje, dia 3 de Abril de 2008, fomos visitados pela escritora Filipa Aranda e por uns senhores representantes da Câmara Municipal de Barcelos.Quatro meninos representaram a história do livro chamado: - “A Estrela-do-mar e a Folha caída”. Dois desses meninos eram da nossa sala, a Tânia e o Leandro. Depois do teatro tivemos a oportunidade de fazer várias perguntas à escritora. Filipa Aranda também nos ofereceu um marcador de livros e quem tivesse dinheiro podia comprar o livro com uma dedicatória. No final ficámos a saber muita informação com as perguntas que fizemos. A que mais me marcou foi “Ler é importante para crescermos mentalmente”. Leandra Pereira - 4.º ano

Dia de S. Valentim Era Verão e eu Estava encostado ao mar. De repente apareces E uma luz começou a iluminar-se. O mar estava forte De repente acalmou Aquela luz forte Muito cintilou. Ao passares por mim Sentaste-te ao meu lado Fiquei enternecido De tanta emoção. É dia especial É dia de S. Valentim Sei que algum dia Vais gostar de mim. O que sinto por ti

É especial É como receberes uma prenda Na noite de Natal. Gosto de ti Sinto que te amo E adoro o teu nome Sempre que te chamo. Quando penso em ti Tenho um ramo de flores Se me doer alguma coisa Fico logo sem dores. Quando te vejo Fico a sonhar Sei que algum dia Te vou beijar. Filipe Cardoso - 4.º ano 27


casa das linguagens

ELOGIO DO LIVRO E DA LEITURA Ler muito é um dos caminhos para a originalidade; uma pessoa é tão mais original e peculiar quanto mais conhecer o que disseram os outros. (Miguel de Unamuno)

Nunca é demais reflectir sobre o lugar do livro e da leitura no mundo actual. As ameaças e os desafios à sua importância, bem como a atmosfera geral de uma certa crise dos hábitos leitura, são hoje temas bastante debatidos. Numa sociedade evoluída, mostra-se essencial a existência de cidadãos esclarecidos, aptos a exercer os seus direitos de cidadania. Para isso, é fundamental que todos tenham salutares hábitos de leitura. É indispensável que se gere, desde a aprendizagem mais elementar, uma verdadeira educação do gosto pela leitura, à luz da activa valorização do rico património literário e de uma dinâmica cultura da literacia. A pretexto da celebração do Dia Mundial do Livro (23 de Abril), e dentro do espírito do Plano Nacional de Leitura, impõe-se reiterar o imprescindível lugar do livro e da prática da leitura. Mais prioritário do que elaborar um bonito decálogo dos direitos do leitor contemporâneo, talvez seja enumerar, ainda que de modo rápido e correntio, algumas das principais motivações ou finalidades da prática da leitura, hoje e sempre. Não faltam sentidos elogios da magia do livro e da leitura, onde o interessado pode aprofundar este tópico e colher lições sobre a ampla funcionalidade da leitura. O livro e a leitura são instrumentos essenciais de exercício de inteligência e de ginástica 28

mental, de comunicação e de informação. Afinal, o livro e a leitura moldaram definitivamente a nossa memória e identidade individuais e colectivas, bem como a nossa visão do mundo. Opostamente, quem não lê, atrofia-se do ponto de vista linguístico, estético e cultural; quem não lê, regride na sua capacidade de pensar o que o rodeia; quem não lê, está condenado a viver à margem do seu tempo; quem não lê, vive e morre seguramente mais pobre. Deste modo, ler não é um luxo, é um dever, uma necessidade básica, um direito elementar, um hábito imprescindível. Ler não é apenas um mero passatempo; é antes um alimento intelectual – Aristóteles afirmou: “Um livro é um animal vivo”; Santo Agostinho chamou-lhe “alimento do espírito”; e João de Barros, “mercadoria espiritual”. Os livros são objectos pequenos, mas cheios de mundo (Romano Guardini). No passado como na actualidade, por que é preciso ler? Lê-se para quê? Enumeremos algumas causas ou razões. Lê-se como forma de desenvolvimento da inteligência humana, uma vez que a actividade da leitura, enquanto forma de comunicação diferida, exercita múltiplas capacidades e aptidões do ser humano. Estudos mais ou menos recentes, descrevem as múltiplas facetas da leitura como activi-

dade complexa e plural, pois se trata de um processo simultaneamente neuro-fisiológico (operação de percepção de signos), cognitivo (actividade de compreensão), afectivo (emoções desencadeadas), argumentativo (potencialidade ilocutória) e simbólico (relação com a cultura e o imaginário). Lê-se para alimentar uma congenial fome de imaginário, uma necessidade inata de histórias e das emoções correspondentes, pois o homem é um animal simbólico e efabulador por natureza, como lembra Umberto Eco, já que tem necessidade de ouvir e de contar histórias, desde o nascimento até à morte “Ler, ler, ler a vida que outros sonharam” (Miguel de Unamuno). Lê-se pela sedução da experiência estética, pela capacidade que certas criações têm de nos emocionar e de despertar sentimentos – «lecture, mon doux plasir» (Paul Moran) –, de libertar e de comover pela beleza e harmonia da sua composição, numa magia encantatória que nos leva à frequente releitura, marca indiscutível das obras a que chamamos “clássicos”. Aliás, nunca repetimos a mesma leitura do mesmo livro, porque somos sempre diferentes no acto concreto da leitura. Ou dito de outro modo: “Não se pode ler um livro: pode-se apenas relê-lo. Um bom leitor, um leitor criador e activo é um re-leitor” (Vladimir Nabokov). Lê-se para nos expressarmos melhor, oralmente e por escrito, para comunicar e argumentar de forma mais correcta e clara, com maior eficácia e persuasão, para fundamentar melhor as nossas ideias e pontos de vista, numa lição de maturidade e de civismo na convivência quotidiana: “Como dizia Popper, convém que as opiniões se enfrentem para que não tenham que enfrentar-se as pessoas” (J. A. Marina). Um homem lido é certamente um cidadão mais maduro e mais livre. Lê-se para termos opiniões e para tomarmos decisões, para estarmos mais informados sobre o que nos rodeia, sendo deste modo a leitura uma fonte insubstituível de instru-

casa das linguagens

ção e desenvolvimento do sentido crítico; a maturidade e evolução de uma democracia mede-se pelo tipo de informação e pela capacidade judicativa das pessoas, pelo que a leitura está indissociavelmente ligada ao pleno exercício da cidadania, e esta não se coaduna com preocupantes taxas de iliteracia. Lê-se por obrigação ou por razões profissionais – desde os alunos em idade escolar aos profissionais de diversas áreas (professores, advogados, jornalistas, etc.). É consabido que o carácter “obrigatório” da leitura se é cumprido pelo leitor adulto no âmbito dos seus afazeres profissionais, já se torna mais problemático e desafiador no contexto educativo da escola, onde as leituras impostas aos mais jovens pelos programas curriculares encontram algumas resistências naturais que é urgente superar. Lê-se por imitação de outros leitores – pais, professores, intelectuais, figuras públicas, amigos, etc. –, cujo exemplo ou obra admiramos. Desde criança que o ser humano nasce e se desenvolve através de uma tendência inata para a imitação de comportamentos ou atitudes. Neste como noutros domínios, certos exemplos movem muito mais do que belos discursos. Porém, quando no espaço da família ou do contexto escolar faltam esses modelos, falha necessariamente uma importante fonte de criação de bons hábitos de leitura. Em suma, na história da humanidade, a leitura sempre foi e deve continuar a ser uma actividade que envolve múltiplas e insubstituíveis faculdades (linguística, cognitiva, crítico-judicativa, memória, etc.). Lemos porque reconhecemos no papel central do livro e da leitura para o desenvolvimento de múltiplas competências. Lemos porque também aceitamos que, no acto in-voluntário da leitura, encontraremos a resposta desejada a muitos das nossas necessidades e inquietações, como disse o poeta Carlos Queiroz: “Há um livro singular / Publicado não sei onde, / Cuja leitura é um bálsamo / Para

todos os anseios”; ou como formulado pelo romancista Claude Mauriac: “Tenho muitas vezes observado este facto curioso: um livro, tomado ao acaso, traz-me sempre ecos das minhas actuais preocupações”. Lemos mesmo sabendo a imensidade do que há para ler, sem esmorecimento, antes com entusiasmo; mesmo até quando temos a consciência das limitações físicas ou temporais: “Entrei numa livraria. Pus-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida. Não chegam, não duro nem para metade da livraria” (J. Almada Negreiros). Os prazeres e os proveitos da leitura são igualmente plurais e indispensáveis: lemos para saber e estar informados; lemos para conhecer e dominar a língua, solidificando as competências linguística e literária; lemos para compreender e para reflectir; lemos para interpretarmos e sentirmos emoção estética; lemos para comunicar e para partilhar; lemos para ajuizar e para argumentar; lemos para nos comovermos e para sonharmos; lemos para sermos cidadãos mais habilitados a exercer direitos e deveres; lemos para aumentar o nosso capital simbólico tão necessário na interacção social; lemos para conhecer o mundo, os outros e a nós próprios; lemos porque só assim o texto alcança uma existência comunicante e significativa. Sintetizemos:

1. Quem lê, vê mais. 2. Quem lê, sente mais. 3. Quem lê, vive mais. 4. Quem lê, ama mais 5. Quem lê, sonha mais. 6. Quem lê, decide melhor. 7. Quem lê, governa melhor. 8. Quem lê, escreve melhor. 9. Quem lê, argumenta melhor. 10. Quem lê, pensa melhor.

Cândido Oliveira Martins Professor na Universidade Católica Portuguesa. Tem colaborado em júris do Concurso Nacional de Leitura, promovido pela Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB) do Ministério da Cultura, no âmbito do Plano Nacional de Leitura. O presente texto é um excerto (adaptado) do estudo publicado pela Universidade de Aveiro em 2008, numa obra colectiva intitulada Ofícios do Livro. 29


casa das linguagens

casa das linguagens

A SAÚDE também se APRENDE A Saúde Pública constrói-se no dia a dia com base nos hábitos de vida saudáveis dos indivíduos, …neste sentido e numa perspectiva mais global de educação, consideramos de fundamental importância que a escola eduque as crianças e jovens para a promoção da saúde. A evolução e o desenvolvimento das sociedades tem-se traduzido em melhorias significativas no conforto e qualidade de vida dos cidadãos, mas paralelamente podem ser um foco de riscos para a saúde. Vários estudos comprovam um aumento significativo de doenças causadas por maus hábitos alimentares, sedentarismo, comportamentos de risco, excesso de tempo dispensado aos jogos electrónicos e às novas tecnologias, excesso de stress…Assim, é fundamental informar, sensibilizar e educar para que, desde cedo, as crianças sejam capazes de, de forma consciente e informada, fazerem as suas escolhas, saberem protegerse, evitando comportamentos de risco e

adquirindo competências de promoção da saúde em geral. Nesta perspectiva, a equipa do projecto “Escola Promotora da Saúde” elaborou um plano anual de actividades que visa envolver a comunidade educativa no processo da educação para a saúde, utilizando várias formas de comunicação e intervenção para diferentes públicos, em múltiplos contextos, procurando abranger o maior número possível de pessoas de modo a garantir com consistência, coerência e sistematização, que se vá criando no “público” o verdadeiro espírito da promoção de saúde. As actividades enquadram-se em quatro grandes áreas: alimentação e estilos de vida saudáveis, violência e saúde mental, prevenção do consumo de substâncias psico-activas e educação sexual. No sentido de dar maior consistência técnica e científica ao projecto, foram estabelecidos contactos e realizadas parcerias com os organismos, entidades, instituições,

associações e/ou serviços que colaborarão connosco, nomeadamente, na cedência de materiais de informação, sensibilização e de divulgação, apoio técnico e logístico, palestras e conferências, prestação de serviços de saúde à comunidade, na escola, de forma gratuita… Como responsáveis pelo projecto constatamos que os professores e funcionários deste agrupamento já interiorizaram os pressupostos e linhas orientadoras do mesmo, estando motivados não só para participar nas actividades propostas como para propor novas actividades e incluir na prática pedagógica diária a mensagem da promoção da saúde. Estão portanto de parabéns pelo empenho, criatividade e colaboração demonstrados, em nome de todos os alunos que a curto e médio prazo beneficiarão deste trabalho, o nosso sincero agradecimento. Isabel Venda e Marisa Lopes

“Maço de Cigarros Gigante” No âmbito do projecto “Escola Promotora de Saúde” realizou-se um concurso intitulado “Maço de Cigarros Gigante”, com o objectivo de sensibilizar a comunidade educativa para os malefícios do consumo do tabaco e a promoção de hábitos de vida saudáveis. Este concurso destinou-se a todas as turmas do 2º e 3º ciclos da E.B.I. de Vila Cova. A cada turma foi fornecido uma caixa em papelão que pretendia representar o maço de cigarros, que foi alvo de embelezamento. Este trabalho interdisciplinar foi desenvolvido nas áreas de expressão (E.V.T., E.V., E.T.) bem como na disciplina de Língua Portuguesa, uma vez que todos os “Maços 30

de Cigarros Gigantes” construídos por cada turma tinham, obrigatoriamente, que conter uma mensagem apelativa ao não consumo do tabaco. Todos estes trabalhos foram expostos no dia 12 de Dezembro, contudo o concurso só se realizou no dia seguinte, dia 13, à noite onde estiveram presentes Encarregados de Educação, pais e familiares. O clube de Educação Artística deu início ao concurso com uma canção de Rui Veloso e letra dos alunos do 9ºB, que alertava para os problemas inerentes ao tabagismo. De seguida, deu-se a abertura do desfile com “Maços de Cigarros Gigantes”, perante

um júri, que seleccionou os três melhores trabalhos, quer pela originalidade, quer pela diversidade de materiais utilizados e mensagens construída. Os 1º, 2º e 3º lugares foram atribuídos, respectivamente ás turmas do 9ºB, 7ºB e 9ºC. Alunos do 9.ºB

31


casa das linguagens

casa das linguagens

Caminhada... Mal ligo a TV, logo me deparo com as noticias do telejornal, onde são apresentadas e discutidas constantemente todas as atitudes da violência nas escolas. É sem duvida algo que nos deixa a nós, pais, muito tristes, pois no fundo nós somos os grandes culpados. Os nossos filhos estão na caminhada da vida, como que se estivessem a subir umas escadas e nessas escadas nós somos o corrimão, onde eles se podem guiar e segurar para não cair. Contudo podem optar por não se apoiarem no corrimão. Porém, é muito importante ele continuar lá, para prevenir a queda.

Como fazer uma alimentação equilibrada

Todos por uma escola melhor O Conselho Executivo deste agrupamento de escolas tem procurado valorizar e incentivar a mudança de mentalidades no e sobre o pessoal não docente, pois acredita que a escola é feita por todos e que o sucesso educativo depende do envolvimento, participação e contribuição de toda a comunidade educativa. Esta atitude parece evidente mas, ainda é frequente, na opinião pública, a ideia de que o pessoal não docente desempenha um papel pouco relevante na vida das escolas, reluzindo-o, muitas vezes, ao domínio da higiene, limpeza e manutenção dos espaços escolares. Esta é uma visão redutora e injusta para todos quantos, no dia a dia, trabalham de

32

forma atenta, empenhada e responsável para possibilitar o normal funcionamento das actividades lectivas, contribuindo assim para o sucesso educativo É fundamental combater o preconceito, valorizar o trabalho, a competência e a participação de todo o pessoal não docente no sentido de reforçar as suas iniciativas, potenciando um conjunto de competências que são uma mais valia para todas as escolas. Alguns exemplos de criatividade, competência e espírito empreendedor do pessoal não docente, no nosso agrupamento, são: a criação e desenvolvimento de uma horta em Vilar do Monte, a campanha de saúde oral na EBI de Vila Cova, a campanha da promoção

do consumo de leite, fruta e pão escuro, no bufete da EBI, colaboração e dinamização de inúmeras actividades do plano anual, em todas as escolas, entre outras. A todos os funcionários deste agrupamento o nosso muito obrigado e parabéns pela atitude e empenho que tem demonstrado, mesmo nos momentos difíceis. Este reconhecimento, é justo e fica reforçado com o relatório da equipa inspectiva que salienta a importante contribuição e empenho do pessoal não docente para a qualidade do serviço prestado pelo agrupamento. Marisa Lopes - professora

Para termos uma alimentação equilibrada e saudável devemos observar os alimentos que estão na roda dos alimentos. Assim: * Para termos uma alimentação saudável, logo ao acordar, devemos tomar o pequeno-almoço. Ao pequeno-almoço tomar um copo de leite com um pão com manteiga, queijo ou fiambre…Ou um copo de leite com cereais. * Ao meio da manhã devemos tomar o leite escolar com pão ou fruta. Não devemos comer bolachas, bolos… * Ao meio-dia devemos comer primeiro uma sopa, depois carne, peixe ou ovos com massa, arroz, hortaliça e salada. * Ao meio da tarde tomar um iogurte, um pão com compota, geleia, doce de morango, etc., ou uma peça de fruta. * No fim do dia, ao jantar, comer carne ou peixe, conforme aquilo que comemos ao meio-dia. * Antes de ir para a cama, tomar um copo de leite e não esquecer de lavar convenientemente os dentes. Leandra Pereira - 4.º ano

Mas não basta só o corrimão das escadas, é necessário muito para além disso: é necessário incentivar os jovens a prosseguir a caminhada e é aí que a escola é uma parte fundamental. É do tempo de escola que depende o futuro da “subida das escadas”, que pode ser mais ou menos tortuosa, e é por isso fundamental uma colaboração da escola juntamente com professores e funcionários… pois todos vão contribuir no seu enriquecimento, não só educativo, mas também moral. Vamos desta forma unirmo-nos, subir as escadas degrau a degrau, apoiando-nos uns nos outros e ajudando os mais jovens, pois sem dúvida, digam o que disserem o futuro está nas nossas mãos. Maria Vale - Enc. de Educação

SE EU FOSSE… Se eu fosse um passarinho sobrevoava sobre todo o mundo. Parava em todos os locais interessantes, visitava amigos e colegas, fazia casas (ninhos) e brincava com outros passarinhos. Gostava de ir ao Brasil, para poder apanhar aquele sol e calor; mas o facto de ser muito longe, poderia ser muito cansativo, ou até poderia não chegar lá. Gostava de poisar no ombro das pessoas e chilrear. Se eu fosse passarinho, fazia muitos amigos e cantava para as pessoas melodias espectaculares, para que as pessoas se tornassem mais alegres e divertidas, para que no mundo houvesse muita paz e amor.

Se eu fosse um livro gostava que todos me lessem e gostassem de mim. Gostava de estar à venda barato e em todos os sítios do mundo. Adorava ter o título: “ O livro que faz as pessoas felizes”. Adorava ter milhares de milhões de palavras grandes e bonitas. Gostava que a minha capa fosse muito colorida e que o livro fosse anónimo. Se eu fosse um livro era assim que eu queria ser. Daniela Costa - 7.º ano

Ana Costa - 7.º ano 33


casa das linguagens

casa das linguagens

Visita ao Moinho Pedro André No dia 16 de Outubro, por volta das 9.15, fomos visitar o Moinho de Pedro André, que se situa na nossa freguesia ao pé da levada com o mesmo nome. Como era perto da escola fomos a pé e vimos a linda paisagem da nossa freguesia. Quando chegámos estava à nossa espera o senhor Armindo. Então, as professoras organizaram pequenos grupos para ver o interior do moinho. Quando chegou a nossa vez lá entramos. Como havia pouca água, não foi possível vê-lo a trabalhar, mas o senhor Armindo explicou-nos como funcionava e disse-nos o nome de algumas partes do moinho, por exemplo a mó, que é uma grande pedra redonda e achatada que esmaga o milho. Alguns de nós pudemos rodar a mó. Era difícil porque era muito pesada. De seguida, fomos ver a parte inferior do moinho. Com muito cuidado descemos e vimos que tinha uma parte de ferro que se chama rodízio. A água faz rodar o rodízio, que faz rodar a mó e assim se mói o milho. No final das explicações agradecemos ao senhor Armindo e voltámos para a escola. Gostámos muito desta visita e aprendemos bastante. Afinal, a nossa terra tem muitas coisas interessantes para visitar e aprender…

Entrevista Quem é o dono? O dono é o senhor Domingos.

Leonardo da Vinci

Como se chama o moinho? O moinho chama-se Pedro André. Que rocha foi usada na sua construção? A rocha usada foi o granito. Como era utilizado o moinho? Moía para catorze casas e cada casa tinha direito a um dia. Moía dez arrobas por dia. Como funciona o moinho? O moinho funciona a água com ajuda dos rodízios. O que são os rodízios? Os rodízios é uma roda de ferro com umas penas, onde bate a água e faz a mó moer. Trabalho colectivo 4.º ano

No dia 16 de Janeiro de 2008, realizámos uma visita de estudo ao Porto com o objectivo conhecer Leonardo da Vinci. A Exposição Internacional reunia dezenas de modelos, em tamanho real, construídos a partir dos desenhos de Leonardo da Vinci, bem como peças inspiradas na vida e obra do pintor, escultor, cientista, arquitecto, en34

genheiro e inventor italiano, um dos maiores da Humanidade. Leonardo da Vinci – o Homem Universal, nasceu em Vinci, em 1452 Itália, localidade muito próxima de Florença. Mentor de teorias e técnicas verdadeiramente revolucionárias, Leonardo da Vinci empregou nas suas obras conceitos que

revelam uma antecipação do tempo notável. Gostámos muito de fazer esta visita de estudo e esperámos ter oportunidade fazer mais visitas semelhantes a esta. Trabalho colectivo 8.º ano

35


casa das linguagens

casa das linguagens

AEVC Entrevista ao escritor

Fernando Pinheiro Começou por uma proposta ao conselho executivo a qual aceitamos. Então, pensamos formar uma lista candidata à Associação de Estudantes. Queríamos fazer algo de novo pela escola. Inovar. Durante semanas empenhamo-nos para que tudo estivesse pronto no dia das eleições e os alunos elegessem os seus representantes. Surgiram cinco listas a concorrer para a primeira Associação de Estudantes na nossa escola. Não esperávamos ganhar, mas passámos à segunda volta. Tinha sido uma vitória. Fez-se novas eleições e de lá saímos vencedores. Éramos a primeira Associação de Estudantes da E.B.I de Vila Cova. Percebemos que agora tínhamos responsabilidades acrescidas para com os alunos e para com a escola. A partir desse dia procuramos sempre servir os alunos e fazer algo de novo e acima de tudo defender os nossos direitos e incentivar os nossos colegas a uma participação activa nas actividades escolares. Durante o segundo período organizámos, com ajuda, é certo, um desfile de Carnaval, para comemorar a tão alegre festividade e 36

ainda um Karaoke para assinalar o dia de S. Valentim. Temos ainda promessas por cumprir, mas tentaremos realizá-las. Continuaremos a dar forma aos nossos objectivos. Que este seja o primeiro de muitos anos, em que os alunos possam contar com a ajuda da Associação de Estudantes. Associação de Estudantes

Quando surgiu esta sua paixão pela escrita? O gosto pela escrita é indissociável do gosto pela leitura. Sempre gostei muito de ler, na escola divertia-me a fazer as chamadas redacções. Depois, aí pelos meus 14/15 anos comecei a fazer os meus primeiros poemas, muito influenciado pela poesia lírica do nosso grande poeta Luís de Camões. Como sentiu esse apelo para a escrita? Na minha adolescência e juventude senti necessidade de extravasar os meus sentimentos. Tudo o que é belo na terra e nos homens me emociona e é justo que eu queira eternizar esses momentos nos livros, para depois os partilhar com todos aqueles que têm experiências semelhantes. Não podemos ficar com o que é bom e belo só para nós. O homem é um ser gregário que gosta de partilhar tudo aquilo que o faz feliz. Toda a arte, incluindo a literatura, procura esses altos valores da condição humana: a paz, a justiça, a felicidade, a beleza física e moral... Qual o livro que mais gostou de escrever? É uma pergunta à qual tenho dificuldade em responder porque gostei de escrever todos os livros e quanto a esse aspecto não tenho preferência. Gosto de todos os livros como por certo uma mãe gosta de todos os filhos. Nem sequer revelo um fraquinho por este ou por aquele, porque para mim todos os géneros literários são muito bonitos: poesia, conto, romance, teatro são formas de expressão que eu uso de modo alternado na minha oficina de escritor. E gosto de ler tudo, desde que tenha qualidade.

Agora o leitor é que pode gostar mais deste ou daquele livro. É a vantagem de ser leitor... Fernando Pinheiro é um homem do teatro ou um homem dos livros? Fernando Pinheiro é, desde o início, um homem do teatro e dos livros. Comecei também a fazer teatro por volta dos 14/15 anos, de modo que uma coisa e outra andou de par em par com a minha vida. Ainda hoje leio, escrevo, enceno e represento. Entre o teatro e a literatura não existe qualquer conflito. Na minha juventude, contudo, era mais um homem do teatro, mas agora já me dou um pouquinho mais à literatura. É normal que assim seja, porque com a idade e as obrigações familiares vamo-nos acercando mais no nosso reduto pessoal. Como é que se consegue conciliar duas áreas tão exigentes do mundo das artes como a vida de escritor e de homem do teatro? São duas linhas paralelas da mesma pessoa? Tanto o teatro como a literatura são duas artes extremamente exigentes, que obrigam o actor/encenador e o escritor a um trabalho obsidiante. Para não se falhar em nenhuma delas é necessário muito método, algum sacrifício e, sobretudo, uma grande capacidade de entrega. Porém, a conciliação fica facilitada se nos deixarmos guiar pela paixão. Ela ajuda-nos a superar todas as dificuldades. Representar o mundo no palco e representar o mundo nas páginas de um livro é rigorosamente o mesmo fenómeno. Só difere a técnica de fazer teatro e a técnica de fazer conto ou romance. De resto, as personagens são idênticas nas suas mundi-

vidências existenciais. Para o leitor/espectador é que tudo muda no acto da apreensão: no teatro o espectador vê as personagens; na literatura imagina-as. Nenhuma destas linhas me é estranha e a separação entre uma arte e outra é apenas formal. Dentro de cada uma delas está sempre o mesmo homem. Algum dos seus livros é autobiográfico? Nenhum dos meus livros é autobiográfico. Seguramente nunca irei escrever um livro autobiográfico. Afinal, a minha vida está espalhada ao longo das páginas dos livros que escrevi até ao momento. É claro que há sempre um fundo autobiográfico em tudo aquilo que se escreve, pois é impossível omitir a nossa experiência pessoal, não só na literatura como em tudo o resto. Ao pensar em mim já estou a pensar nos outros. Comparo, contraponho, justaponho... Considera ser necessário ter muitos estudos para ser escritor? Para se ser escritor é necessário ser-se culto, muito culto, mas não de uma cultura específica, por exemplo, saber muito de uma determinada matéria, porque aí entraríamos no domínio da ciência. È preciso ter cultura geral, e ter conhecimentos sólidos da natureza humana, em todos os domínios da sua expressão: psicologia, sociedade, quadro mental de uma determinada época, grande poder de observação dos ambientes, humanos e naturais, movimentos sociais, conflitos morais de grupos ou pessoas, etc. etc. E também há questões técnicas muito importantes, como domínio da língua, da estilística e da retórica literária,

37


casa das linguagens

propriedade no emprego das palavras, poder descritivo, ritmo e cadência narrativa, etc. etc. Que prémio literário gostaria de receber? Não sou muito adepto dos prémios literários, porque grandes escritores como Camões, Garrett, Camilo, Eça, Fernando Pessoa não tiveram prémios literários e não deixaram de ser grandes por causa disso. Não escrevo a pensar em prémios; escrevo a pensar em leitores. Em que é que se inspirou para escrever o livro “A Forasteira?” Inspirei-me na minha própria infância, apesar de não entrar na história. Em 1958 eu tinha 8/9 anos e quis passar o universo da aldeia rural e também o quadro mental de Portugal para um romance. Retrato a aldeia do Minho dos finais da década de cinquenta, nos seus costumes e tradições, mas retrato também a situação de pobreza e falta de liberdade em Portugal. Sempre gostei muito da aldeia, com o seu espaço humano, a sua natureza, os seus animais, e sempre desejei fazer um romance para enaltecer esses valores. A questão política, os democratas a lutarem contra Salazar e a PIDE, entra para fazer parte do conflito necessário à acção romanesca. Por que escolheu Longos Vales como local onde se desenrola a acção? Longos Vales é o nome de uma aldeia símbolo, porque ela reproduz um certo tipo de aldeia que existia há cinquenta anos. Por acaso há uma aldeia no concelho de Monção que se chama Longos Vales, mas não estava a pensar nela quando escrevi o romance. Cada aldeia de Barcelos de 1958 pode ser uma Longos Vales romanesca, porque todas elas têm muitos pontos em comum. Portanto, Longos Vales, em sentido geográfico, não existe, é uma ficção para se poder adaptar à realidade, consoante a sensibilidade do leitor. Qualquer leitor pode dizer: “Aquela aldeia de Longos Vales até é parecida com a minha!” Há aqui uma identificação necessária ao acto da apreensão do conhecimento e à tomada de um prazer moral ou espiritual.

38

Porquê o título “A Forasteira”? Dulce, professora, que vem da cidade do Porto para ensinar numa aldeia do Geres, é uma forasteira, porque vem de fora. É normal que o título de um romance orbite em torno da protagonista. E ela, em grande medida, alterou o curso dos acontecimentos naquela aldeia. A história nasceu a partir dela: a entrada no Solar; o enamoramento com o médico; a paixão que despertou no louco; a aprendizagem que fez dos costumes rurais; o coração dividido por causa dos homens e da política... A história narrada no livro é baseada em factos verídicos ou é estritamente ficcional? A parte verídica diz respeito à eleição para a presidência da república de 1958, que opôs o General Humberto Delgado, candidato da Oposição Democrática, ao Almirante Américo Tomás, candidato do Estado Novo, de Salazar. A parte ficcional diz respeito ao triângulo amoroso entre Dulce, Eugénio Castro e Ricardo Cunha. Temos, portanto, um romance misto, em que a história anda de mão dada com a ficção. Toda a parte histórica é verdadeira e narra com veracidade os acontecimentos políticos, nomeadamente a carga policial ocorrida no dia 1 de Junho, na cidade de Braga. Tudo o resto pode ter acontecido ou não, ser parecido ou não com isto e aquilo, fazer-nos lembrar situações pelas quais também passámos, ou gostaríamos de passar. Afinal, ler é viajar no tempo e no espaço. Qual o motivo pelo qual as referências ao Salazarismo e ao Estado Novo são abordadas na sua obra? É uma crítica à sociedade desse tempo? É impossível abstrairmo-nos do contexto social em que vivemos. Em 2008 vivemos em democracia e preocupamo-nos com ela. Temos liberdade mas também de saber o que fazer com ela. Em 1958 não tínhamos liberdade, e censurávamos Salazar por impor a todo o país o pensamento único, como se fôssemos todos atrasadinhos mentais. E não só tínhamos de pensar o que ele queria, ele primeiro e Marcelo Caetano depois, como ele tinha uma polícia

casa das linguagens

a perseguir todos aqueles que pensavam de modo diferente. Houve muita gente que morreu, outra que esteve presa longos anos por delito de opinião, gente que fugiu... O vocabulário que utiliza é um pouco diferente e parece-nos muito específico. Quer falar um pouco sobre isso? Um escritor ou sabe o nome das coisas ou não é. Ele tem de mostrar ao leitor uma determinada experiência humana em todas as suas dimensões. Só nomeando tudo o que importa a essa história é que a história se torna importante e rica. O banal não interessa a ninguém, porque isso está ao alcance de qualquer um. E tem pouco valor. A sua linguagem tem de ser apropriada a cada momento, a cada cenário, a cada personagem, a cada conflito, a cada relação, a cada evocação... O escritor tem de saber o nome das coisas senão o mundo fica incompleto. Com a ajuda do escritor o leitor redescobre todo um mundo novo, maravilhoso ou não, mas que estava encoberto pela rotina, pelo esquecimento, e por um quotidiano demasiado apertado e desengraçado. Qual o seu género literário predilecto? Porquê? Gosto de todos os géneros e todos são necessários. A poesia é óptima para a expressão de sentimentos, para a partilha de emoções, para a transmissão de valores associados à convivência humana, ao amor pela natureza, por exemplo. A ficção é excelente para a construção de grandes e pequenas histórias sobre as grandezas e misérias da condição humana. O teatro pode proporcionar momentos únicos de divertimento colectivo. Se tivéssemos mais poesia, mais ficção e mais teatro nas nossas vidas talvez fôssemos todos mais cultos, mais sensíveis, mais felizes, mais tolerantes e compreensíveis com os outros, mais respeitadores da natureza e do ambiente; em suma, mais humanos.

O meu primeiro poema Comecei a pensar No que iria dizer. Que vergonha eu tinha De começar a escrever. Lá saíram as primeiras palavras O resto é que era o pior. E agora estou tão fascinada Que até já ganho suor. Não me canso de escrever Aquelas palavras do anoitecer. E depois de começar Ninguém me consegue parar. Quando leram o meu primeiro poema Eu comecei a tremer. Mas depois o alivio Começou a crescer. Ufa! Foi logo o que eu pensei Aquela vergonha tão grande, Eu já a ultrapassei. Agora eu já gosto De escrever o que sinto. Já não parece Um grande labirinto! Daniela Costa - 7.º Ano

Alunos do 9º ano

39


casa das linguagens

A leitura: um antibiótico menor Na sociedade actual, a competência de leitura é reconhecida como uma exigência essencial para aceder ao conhecimento e ao exercício da cidadania, por ela imposta. Contudo, alguns estudos realizados (como o Pisa 2000e os resultados da OCDE) mostram que grande parte da população portuguesa ocupa os mais baixos níveis de literacia e apresenta fracas capacidades de processamento de informação na vida quotidiana. Perante estes dados somos confrontados com questões como: se as crianças aprenderam a ler, por que não lêem mais, ou por que lêem e não compreendem? Que tipo de ensino se pratica em Portugal, no que diz respeito às práticas de leitura e de escrita? Que metodologias e estratégias deverão ser aplicadas pelos professores, para desenvolver as competências de leitura e de escrita que estão, necessariamente, interligadas? De entre as causas possíveis para esta generalizada falta de leitura, que se afirma dramática, podemos apontar factores de ordem familiar, as disparidades sociais e os respectivos recursos económicos, factores de natureza geográfica e as limitações por eles implicadas. Salienta-se também que os meios de comunicação audiovisual têm provocado a deserção das crianças e dos adultos, dos livros. A cultura do audiovisual alicia facilmente os estudantes, encaminhando para a superficialidade, facilitismo e imediatismo das coisas, em detrimento da perseverança e esforço intelectuais. Cite-se, a este propósito, Clara Ferreira Alves: 40

“Substituímos a educação dos adolescentes e adultos pela televisão (…) O computador e a Net, com a informação digerida e vomitada em segundos, ajudam a este estado de coisas, completados pela televisão anestesiante e o telemóvel como modo unívoco de comunicação.” (In Expresso: 2004) Simultaneamente, as práticas centradas no professor e nas propostas de abordagem textual que povoam o manual, afastam muitos alunos da leitura e do seu posterior gosto pela literatura, pois condicionar os textos a fins meramente analíticos, é inibir os alunos do usufruto do seu conteúdo e da sua fruição estética. “Fomentar o gosto pela leitura como passo primeiro para levar os alunos a participar na vida literária tanto em intenção como em extensão, isto é, ler literatura e sobre literatura, não se coaduna com abordagens do texto (mesmo as embrulhadas em papel de prenda) viradas para a aquisição de uma parafrenália de metalinguagens, desorganizada e despida de significado.” (Sousa, 1998: 56) Da escola dever-se-á, então, esperar a tarefa de fazer com que os alunos gostem da leitura e sejam capazes de usar a linguagem, de forma ajustada e contextualizada, nas mais diversas situações. Ler, na escola, é orientar a descoberta de possíveis significados, de relações que

se estabelecem, que são construídas e reconstruídas num espaço e num tempo determinados – a sala de aula. Este espaço pedagógico, onde se realizam operações diversas de leitura de literatura, faz com que a leitura na escola seja diferente, relativamente às leituras que se possam fazer noutros lugares. E que a primeira fomente as últimas. A falta de reconhecimento social do lugar que a leitura ocupa na vida cultural das pessoas, sugere a urgência de rever o papel da escola e dos professores na formação dos alunos enquanto sujeitos leitores. Assim, cremos que é aos professores (e em especial aos professores de Português), como agentes qualificados, especializados e conhecedores dos problemas dos alunos, que cabe a função essencial de desenvolver a educação literária nos alunos e de adquirir um nível de literacia, que lhes permita responder aos desafios quotidianos da nossa sociedade. Acerca desta problemática, Carlos Ceia refere que “ [h]oje, manuais, programas e professores ainda andam perdidos em busca de uma esmeralda feita de vácuo”, generalizando assim alguns problemas que o professor do ensino secundário tem em ensinar generalidades e generalizações, em forma de receita, fundamentadas em fundamentações infundamentadas.

casa das linguagens

A Carochinha

O Inverno

O Carnaval

Certo dia, a Carochinha estava a varrer a casa e de repente viu uma moeda no chão e disse:

O Inverno é uma estação do ano que começa a 21 de Dezembro e acaba a 21 de Março. Quando o Inverno chega também vem o frio. Nesta estação, chove muito e em algumas terras cai neve. Com a neve, as pessoas costumam fazer bolas, bonecos de neve, andar de esqui, de trenó, brincar, … As pessoas têm que vestir roupa mais quente: cachecol, gorro, quispos, luvas e camisolas grossas. Quando o vento do Inverno chega, sopra as folhas das árvores que ficam despidas e também sopra as folhas do chão. Nesta estação do ano, os dias são mais pequenos e as noites maiores. No Inverno, as pessoas costumam acender a lareira para aquecer as suas casas. O Inverno é uma estação do ano muito fria e escura.

O Carnaval é uma festa que este ano se festejou no dia 5 de Fevereiro. As pessoas disfarçam-se com máscaras e outras coisas. Nós na escola, também festejámos o Carnaval, mas foi no dia 1 de Fevereiro. Primeiro chegámos à escola, tirámos umas fotos e fomos à sala. Depois fomos desfilar pelos Feitos. Levámos lanche porque o desfile foi muito grande. Quando acabámos de desfilar, voltámos para a escola e fomos para a sala onde arrumámos as mesas para dançarmos e brincarmos. Depois fomos almoçar. Quando acabámos de almoçar, fomos para o recreio. De tarde, pintámos desenhos de palhaços, desenhos de carnaval, de meninos na neve, etc. Alguns alunos fizeram fitas com papel para enfeitar a sala. Depois fomos para o recreio e tivemos aulas. Eu gostei do Carnaval.

- «O que é isto? O que vou fazer com esta moeda? - Já sei. Vou comprar um vestido para ver se alguém me vem pedir em casamento. De seguida, foi-se preparar para ver se alguém queria casar com ela, e pôs-se à janela. Apareceu um gato, mas a Carochinha não o quis para casar com ela. Passado um bocado, apareceu um rato e perguntou-lhe a Carochinha: - «Como é que te chamas?» - «Chamo-me João Ratão.» - «Que bonito nome! Queres casar comigo? – disse a Carochinha. - «Claro que quero.» Respondeu o João Ratão. E lá se casaram, mas a seguir, o João Ratão foi espreitar o caldeirão, desequilibrou-se e caiu lá dentro. A Carochinha ficou triste e começou a chorar.

Zacarias, Ricardo, Miguel, João, Maria e Mariana – 2.º ano

Miguel - 2.º ano

Abel Mandim – 2º ano

Paula Paulino 41


casa das linguagens

casa das linguagens

NÓS, AS CRIANÇAS... Nós, as crianças, apenas queremos alegria. Não queremos ter fome... não queremos ter sede... não queremos ter frio... Não queremos ser escravos de todos, apenas queremos ser felizes! Queremos ter alguma coisa: uma casa, uma cama, um livro, um carrinho, uma boneca, um pião, queremos ter um brinquedo sempre connosco. Um pai e uma mãe, para nos amar e nos ajudar, não os queremos se for para nos espancar. Queremos muito brincar!... Não queremos estar sozinhas, queremos alguém que brinque connosco, Alguém que nos leia uma história, queremos alguém que cuide de nós!... Queremos estar contentes, com as pessoas, com a vida! Queremos muito ter AMOR, muito amor, queremos ser amadas. Somos crianças, sem ninguém, infelizes. Não cuidam de nós?... Não temos mais espaço nos nossos corações, não queremos mais ódio, Estamos cheios de desilusões... Gostam de nós por sermos ricos? Não gostam de nós por sermos pobres? Não sejam assim, somos todos iguais!... Somos pobres, dêem-nos de comer, somos ricos, não queremos mais nada. Queremos amor, carinho, alegria!... No meio de querermos tudo isto, queremos ter um amigo. Queremos uma sala de aula, sítio onde possamos aprender a ler, a escrever... ler poemas... Queremos uma professora que nos possa ensinar... Queremos saber mais para na escola brilhar-mos. Nós, crianças, queremos só uma única coisa é paz e sossego para o resto da vida!... Joana - 7.º ano 42

43


casa das linguagens

casa das linguagens

Natal Alegria. Paz. Amor. Presentes. Felicidade. Fitas. Pinheiro. Presépio. Carinho. Jesus. Igreja. Maria. José. Família. Sinos. Convívio. Reunião. Consoada. Filhos. Chocolate. Ceia. Festa. Harmonia. Amizade. Respeito. Nascimento. Enfeites. Luzes. Advento. Bolas. Simpatia. Solidariedade. Férias. Bacalhau. Velas. Bolos. Estrelas. União. Bondade. Aletria. Vinho. 5º ano

A Rima marADA A tia que era marada Naquela madrugada Fazia marmelada Para dar à cunhada Mas a marmelada Toda enfeitada Foi saboreada Por toda a criançada Depois de provada E bem caprichada Deu-se a gargalhada.

Bárbara Amaral - 5º ano

Cláudio Miranda - 5º ano

Poema acabado em az/ás Tu, meu rapaz, Não sabes se sou capaz De fazer um cartaz E leiloar um cabaz, Dado pelos meus papás Que gostam muito de lilás. Ontem comi ananás, Ali atrás, Mas caí para trás. Depois um amigo perguntou: Como estás? Andreia Moreira - 5ºA 44

Bárbara Alves - 5º ano

Pedro Lopes - 5º ano

Sandra Cardoso - 5º ano 45


casa das linguagens

I get up at seven o’clock. I have a breakfast at quarter past seven. I go to school at half past eight. I have lunch at twelve o’clock. I get home and watch television at five o’clock. I start my homework at half past five. I have dinner at seven o’clock and I go to bed at half past eight.

My name is Roberta Filipa Quinta do Vale. I’m 10 (ten). I’m Portuguese. My birthday is on thirteenth of August. My favourite colour is blue. My pets are dogs and cats. My favourite day is Tuesday.

I get up at half past seven. I have breakfast with my dad and my brother at eight o’clock. I go to school at twenty past eight or quarter past eight. I have lunch at midday. I get home at five o’clock and I start my homework.I go to bed at ten.

I get up at a quarter to seven and I have breakfast at seven o’clock. I go to school at eight. I have lunch at midday and I go home at five. I start my homework at six o’clock. I have dinner with my family and I go to bed at nine.

ame my surn Ana and tuguese. My is e m a n r Po My m 10. I’ m cond of is Dias. I’ on the twenty-se are green is rs birthday y favourite colou I have M et. October. . I haven’t got a p ame is e rn g n su a r r e o h and and he’s Inês, a sister. S . e’s 5 Dias. Sh

casa das linguagens

Curso CEF

Poema Era Verão Estava encostado ao mar De repente apareces E uma luz começou a iluminar-se. O mar estava forte De repente acalmou Aquela luz forte Muito cintilou. Ao passares por mim Sentaste-te ao meu lado Fiquei enternecido De tanta emoção. É dia especial É dia de S. Valentim Sei que algum dia Vais gostar de mim. O que sinto por ti É especial É como receberes uma prenda Na noite de Natal. Gosto de ti Sinto que te amo E adoro o teu nome Sempre que te chamo. Quando penso em ti Tenho um ramo de flores Se me doer alguma coisa Fico logo sem dores. Quando te vejo Fico a sonhar Sei que algum dia Te vou beijar. Filipe Cardoso - 4.º ano

Neste ano lectivo, iniciou-se o curso de educação e formação de Operador de Informática, com duração de dois anos, com estágio integrado, conferindo certificação de equivalência ao nono ano de escolaridade. O surgimento deste curso pretendeu dar resposta a um grupo de alunos que manifestava interesses divergentes do ensino regular, oferecendo-lhe em simultâneo uma qualificação escolar e uma certificação profissional. Envolvidos neste espírito, os formadores abraçaram o desafio, implementando um

conjunto de novas metodologias ajustadas ao tipo de formação e à especificidade do grupo de formandos. No final do primeiro ano de formação, existe um grande envolvimento e satisfação de todos os agentes implicados – formandos, formadores, encarregados de educação e meio escolar. No próximo ano lectivo, a Escola pretende continuar a investir neste tipo de oferta e prevê a abertura de, pelo menos, mais um curso. Conselho de Turma

A minha escola Nós, na escola, trabalhamos muito. Eu gosto da minha professora que se chama Manuela. Eu gosto de comer na cantina porque a comida é muito boa. Na minha escola que se chama E.B.I. de Vila Cova, tenho Educação Física, Inglês, Música e Estudo Acompanhado. Na minha escola jogo à bola com o Hélder, o João, o Élio e o Diogo. Eu jogo tazos com o Joaquim e com o Ricardo. Gosto de brincar com o Miguel às escondidas e no recreio brinco com as raparigas às caçadas. Estou no segundo ano e a minha turma é a B. Eu gosto mais da matemática e de ler. Na escola gosto de fazer Educação Física no pavilhão e tenho todo o material da escola. Eu e o Diogo brincamos ao croquete no recreio. Alexandre Queirós - 2.º ano

5.º ano 46

47


PNL No âmbito da coordenação do Plano Nacional de Leitura (PNL), para além de se organizar a rotatividade dos livros do referido Plano pelas diversas turmas e garantir a sua distribuição, têm sido efectuadas, nas salas de aula do 1º ciclo do ensino básico e jardins-de-infância, acções de leitura de contos, poesias, pequenas peças de teatro e artigos jornalísticos e visionamento de pequenos filmes/histórias em suporte informático, dirigidos aos mais pequeninos. Na semana da leitura realizaram-se acções nas salas dos jardins-de-infância intituladas “vamos ler a cantar”, que consistiram em fazer canções de roda, populares e tradicionais. Estas acções, mais ou menos dramatizadas, com maior ou menor participação dos alunos envolvidos, levando-os a experimentar a voz e melhorando as suas vivências sensoriais, procuram atingir os objectivos de promoção do contacto do aluno com diferentes tipos de textos, diversificar as estratégias de apresentação dos referidos textos e incutir nos alunos o desejo de ler, levando-os à procura dos livros para os manusear, ler, apreciar, saborear e cheirar. Sim, que os livros também se podem e devem cheirar. Cheira-se o papel, as cores, os perfumes das paisagens descritas e das suas personagens, cheira-se o autor, as máquinas que os fabricaram e, acima de tudo, cheiram-se as mensagens que nos dão os conhecimentos que nos trazem. Um livro só é nosso, ou somos seu dono, quando o lemos, o conhecemos e o sentimos; quando 48

o amamos. Foram contemplados os jardinsde-infância de Vilar do Monte e Perelhal no programa “leitura em vai e vem”. Tudo tem sido feito para se atingirem os objectivos propostos. Iremos sentir dificuldades dentro de poucas semanas (à hora que escrevo) pela insuficiência de livros para fazer circular. Esgotar-se-ão brevemente os livros do Plano Nacional de Leitura. Precisávamos de aumentar fortemente o número de títulos a ler. No âmbito da dinamização da biblioteca escolar de Perelhal, têm sido realizadas acções semelhantes às atrás referidas, com todas as turmas e grupos do jardim-de-infância da eb1/JI de Perelhal. Para além dessas, têm-se aproveitado para reflectir e debater alguns assuntos de ordem do dia, como disciplina, ambiente e futuro, relações humanas e pessoais, interacção em grupo e em sociedade, sobre os problemas que afligem o seu crescimento e perspectivado formas de ser e de estar com os outros. Tem-se, ainda, dinamizado a biblioteca domiciliária através do incentivo à requisição de livros para serem lidos em casa e, nos dois primeiros períodos deste ano lectivo, o número de livros requisitados para leitura em casa ascendeu aos mil e cem. Realizouse um concurso de poesia no qual houve forte participação e do qual surtiu um belo conjunto de poemas de alunos dos 3º e 4º anos de escolaridade. Desenvolveram-se outras actividades, em protocolo com outras instituições, organis-

mos e serviços como a Biblioteca da Câmara Municipal de Barcelos com o encontro com a autora Filipa Aranda e a dramatização do seu conto “A Estrela-do-Mar e a Folha Caída”, e Biblioteca da EBI de Vila Cova, como a participação no concurso de soletração, a apresentação da peça “A Menina dos Fósforos”, o encontro com a autora Maria Pilar de Figueiredo e o seu conto o “Seixo Branco” e desenvolveram-se mecanismos que levaram à requisição de livros para leitura autónoma através da criação de um baú de livros para a eb1/JI de Creixomil. O coordenador do PNL aproveita o ensejo para agradecer a relação participativa de todos os professores que consigo privaram e reafirma o esforço que colocou em todos os momentos e situações para, em cada momento, melhorar as suas prestações e cumprir os objectivos propostos. Jorge Faria - Professor

casa das linguagens

Conclusão do 1º Ciclo

casa das linguagens

Frequentei a Escola do 1º ciclo de Perelhal durante 4 anos e, para mim, este tempo foi:

-Um local de trabalho e de estudo onde preparamos o nosso futuro. Eduardo Manuel

-Maravilhoso, porque aprendi a escrever, a ler, a crescer e a preparar-me para a vida. Miguel Carvalho

-Foi bom, porque nós, os alunos, brincamos e aprendemos com a escola e ao mesmo tempo a escola ensina-nos a ter um futuro melhor. João Eduardo

-De aprendizagem para a vida inteira. Rafael Carvalho -Bom. Os professores que nos deram aulas nestes 4 anos ensinaram-nos a ler, a escrever e a aprender coisas maravilhosas. Cristiana Querido -Saber crescer com sabedoria e a saber viver. Renato -Muito bom porque os professores ajudaram-me a aprender para a vida. Filipe Cardoso -Muito bom. Os professores prepararam-me para a vida, ensinaram-me a viver, mas o mais importante é que tornámo-nos numa grande família cheia de amor e amizade. Catarina Queirós -Aprender que, para ter um melhor futuro é preciso ler, escrever, desenhar, brincar, respeitar, compreender, gostar e muitas outras coisas que me fizeram perceber melhor os meus pais, professores, auxiliares… Mara Gonçalves -Crescer e aprender muitas coisas importantes. Flávia -Aprender a viver e a crescer para em adulta saber viver. Daniela -Crescer em sabedoria e educação. Clara Pacheco

-Bom porque me ensinaram a viver e deramme muito amor. Ruben -Bom porque aprendi a crescer para quando for grande saber educar os meus filhos. João Marcos -Espectacular! Adorei os professores e os meus amigos e aprendi a viver para a vida. Cristiana Querido -Bom. Aprendi a crescer e a viver com os professores e colegas para quando for grande saber viver. Joana Cardoso -Bom. Foi aqui que aprendi a escrever as primeiras letras e os primeiros números. Fiz muitas amizades com os colegas, professores e auxiliares; vou ter muita pena de deixar a escola que me fez crescer e aprender. Mariana Silva -Agradável. Crescemos e vivemos em família, crescemos na sabedoria e isso é bom, é sinal que aprendemos bem. José Pedro -Bom. Tudo o que aprendi durante estes anos ajuda-me a preparar o futuro. Eva Barroso Trabalho colectivo 4.º ano 49


casa das linguagens

Minha escola é um jardim Jardim com muitas flores Flores que são os alunos Alunos e professores Professores muito, muito amigos Amigos de quem está na escola Escola linda e florida Florida com flores coloridas Coloridas de flores bonitas Bonitas como os nossos pais Pais que nos ajudam Ajudam a aprender Aprender como nos ensinam Ensinam também os professores Professores que nos preparam Preparam para a vida Vida eu quero ter Ter vida para sempre Sempre como uma árvore Árvore sem ser abatida Abatida ou queimada Queimada, polui a natureza Natureza que nos dá a vida

Minha escola é um jardim Jardim florido, somos nós, os alunos Alunos que os professores ensinam Ensinam os alunos a crescer Crescer para viverem bem Bem, temos nós que respeitar os auxiliares e professores Professores que nos ensinam a escrever e a ler Ler para ter conhecimentos de outras coisas Coisas novas para ver nas visitas de estudo.

Minha escola é um jardim Jardim de encantar Encantar com flores Flores que são os professores Professores que educam Educam os alunos Alunos que dão trabalho Trabalho às auxiliares Auxiliares que nos ajudam Ajudam quando nos aleijamos no recreio Recreio eu gosto Gosto porque posso brincar Brincar com os amigos Amigos de amar Amar e brincar.

Minha escola é um jardim Jardim florido Florido com lindas flores Flores cheirosas Cheirosas como nós Nós somos meninos Meninos da escola Escola lindíssima Lindíssima por dentro e por fora Fora dela está a primavera Primavera linda e cheia de flores Flores tão lindas como o sol Sol com os seus raios bem amarelos Amarelos, rosa … como está a escola Escola linda com cores de primavera Primavera cheia de vida Vida cheia de amor Amor que os professores, funcionárias e pais nos dão Dão para toda a nossa vida.

João Marcos - 4.º ano

Ruben Miranda - 4.º ano

Catarina Queirós - 4.º ano

Filipe Cardoso - 4º ano

50

Minha escola é um jardim Jardim com muitas flores Flores de todas as cores Cores do mundo Mundo colorido Colorido como a minha escola Escola em que eu aprendo Aprendo com a minha professora Professora nossa amiga Amiga que nos ensina Ensina a escrever e a ler… José Curvão - 4º ano

casa das linguagens

Platão

A entrada na querida misteriosa escola

O que fazer para ser feliz?

Nascido em Atenas, Platão (427-347a.C.) pertencia a uma das mais nobres famílias atenienses. Seu nome verdadeiro era Arístocles, mas, devido a sua constituição física recebeu o apelido de Platão, termo grego que significa “de ombros largos”. Platão foi discípulo de Sócrates, a quem onsiderava “o mais sábio e justo dos homens”. Depois da morte de seu mestre, empreendeu enumeras viagens, num período em que ampliou seus horizontes culturais e amadureceu suas reflexões filosóficas. Por volta de 387a.C. retornou a Atenas onde fundou a sua própria escola filosófica, a Academia, assim chamada por estar no jardim do herói grego Academos. Lá ensinava matemática, ginástica e filosofia. Ele valorizava muito a matemática, por ela nos dar a capacidade de raciocínio abstracto. Essa escola foi uma das primeiras instituições permanentes de ensino superior do mundo ocidental. Ao quadrivium de Arquitas acrescentou a estereometria, pois achava que até então a geometria dos sólidos não tivera a ênfase necessária. Da sua escola devem-se algumas definições interessantes como o ponto é o início de uma recta e esta é um comprimento sem largura, a distinção entre números pares e ímpares e suas operações entre si, etc. O filósofo também não concordava que os políticos mais votados assumissem os principais cargos numa cidade ou país. Para Platão, nem sempre o mais votado era o mais bem preparado. Dentro deste contexto, era necessário criar uma alternativa para impedir que a corrupção e a incompetência tomassem conta do poder público.

Tinha eu feito sete anos há pouco tempo, quando entrei para a minha querida Escola Básica Integrada de Vila Cova. Estava com muito medo, porque não sabia o que se fazia lá e não conhecia ninguém, pois estava separada dos meus colegas, noutra sala. Chegou a hora de ir ter com a minha suposta professora e a minha mãe teve a bondade de me acompanhar com a minha irmã; mas quando lá cheguei vi muitos alunos a chorar, porque não queriam que as respectivas mães se fossem embora. Fiquei assustada, apesar de não haver motivo nenhum para eu ter medo, mas o ser humano foi criado com sentimentos e os que me invadiam, naquele momento, eram a ansiedade e o medo. Fui ter com a professora, que se chamava Carminda, e ela agarrou na mão da minha irmã, pensando que era ela. No entanto, a minha irmã, mais nova do que eu, só entrava daí a dois anos para a escola. A minha mãe logo desfez o engano e disse que não era ela, mas sim eu. A professora confundiu-me porque eu sou muito grande. Adorei a experiência de entrar na escola e até agora, estou no sétimo ano, tenho gostado de viver esta “aventura”...

Eu para ser feliz preciso de respeitar os meus colegas. Tenho de fazer o que os meus professores mandam e também tenho de fazer os meus trabalhos da escola. Primeiro tenho de ter um ambiente limpo e saudável. Em segundo lugar tenho de ter cuidados na estrada para não haver acidentes. Em terceiro lugar tenho de partilhar as coisas com os meus amigos. Há escolas onde os meninos não são felizes. Uns por causa da guerra, outros meninos metem-se em lutas com os colegas e acabam sempre mal. Na minha escola eu sou feliz e penso que todos os meus colegas também são felizes. Ana Clara - 3.º Ano

Lucie Pereira - 7.º ano

Inês Faria - 5.º ano

51


casa das linguagens

Uma horta no Jardim… da nossa Infância… Já imaginaram uma horta onde se possam semear relações interpessoais, autonomia pessoal e social e educação para os valores? Se utilizem como ferramentas a expressão motora, dramática, plástica e musical? Se adube com um composto de linguagem e abordagem à escrita e se regue com matemática? Já imaginaram uma horta onde se possam colher saberes sociais e científicos? Na Educação Pré-Escolar existem Orientações Curriculares que, tal como o nome indica, orientam o trabalho realizado com as crianças entre os três e os seis anos. A horta permite-nos, de uma forma lúdica, trabalhar as Áreas de Conteúdo e os seus Domínios no sentido de desenvolver nas crianças competências que lhes permitam gostar de aprender e de participar na aquisição dessas mesmas aprendizagens. Afinal, é nesta fase que a sua (longa) vida académica tem início e, utilizando um provérbio “hortícola”, “É de pequenino que se torce o pepino”. Quando se semeiam relações interpessoais criamse laços de afectividade, promove-se a interacção com os pares e a vida do grupo, dialoga-se sobre direitos e deveres e promove-se a auto-estima e a tolerância à frustração. As sementes da autonomia pessoal e social germinam em hábitos de cortesia e disciplina, numa participação democrática na vida do grupo e numa valorização da criatividade. Depois de germinarem, as sementes da educação para os valores fazem crescer caules fortes na responsabilização, na compreensão e expressão de sentimentos, fomentam o espírito crítico e desenvolvem o sentido da amizade, respeito pela diferença, solidariedade, cooperação, responsabilidade, tolerância e entreajuda. Quando se utiliza como ferramenta um conjunto de expressões que ajudam a cultivar o gosto pela arte e pela criatividade, a criança interioriza o seu esquema corporal, desenvolve a sua coordenação e lateralidade, realiza jogos de perícia, manipulação, deslocação e equilíbrio, e adquire noções espaciais. Realiza jogos de exploração do corpo, da voz, do espaço e dos objectos que a rodeia. Explora a linguagem verbal, não verbal e gestual. Recria situações do quotidiano e imaginárias. Representa graficamente imagens de vivências 52

ou que interiormente construiu. Explora as possibilidades artísticas de várias técnicas e materiais e desenvolve o sentido estético. Controla a capacidade de atenção, concentração e memorização. Descobre sons, timbres e ritmos. Como fertilizante utilizamos um composto formado pela linguagem e abordagem à escrita, que promoverá a comunicação oral, fomentará o diálogo e a aquisição de novos vocábulos. Desenvolverá o interesse da criança pela leitura e pelo sentido estético e lúdico da sua língua materna e fá-la-á compreender a necessidade e as funções da escrita. Tal como a água é fundamental para o crescimento das plantas, a matemática é fundamental para a compreensão do mundo que rodeia a criança. E nesta horta dos sabores e dos saberes, através da classificação, da seriação, da comparação, da relação espacial, sequencial e temporal, da contagem, dos números, da sua ordem e do significado da quantidade que representam, da geometria e da resolução de problemas, a criança “bebe” um conjunto de conhecimentos que a ajudam a desabrochar para o Conhecimento do Mundo que a rodeia. Querem saber como aprendemos tudo isto na nossa horta? Então, vejam só: A horta é um projecto que, no segundo período do ano lectivo passado, surgiu de uma proposta das Auxiliares de Acção Educativa e que envolveu toda a comunidade educativa. Este ano, demos-lhe continuidade e tentámos colher novas experiências e aprendizagens. Limpámos o terreno e, de casa, trouxemos sementes e plantas. Semeámos, plantámos, regámos, identificámos espaços. Utilizámos um compostor e o composto que “fabricámos”. Fizemos experiências que nos ajudaram a perceber o processo da germinação, a constituição da planta, as suas funções e necessidades. Observámos, concluímos e registámos através do desenho e da escrita, em suporte informático e em fotografia. Medimos plantas e construímos gráficos. Relacionámos o número de sementes semeadas e plantas nascidas, contámos, somámos e subtraímos, descobrimos diferenças nas formas, tamanhos,

pesos, cheiros e utilizações das várias sementes e plantas. Visitámos o horto e comprámos plantas, sementes de ervas aromáticas e ferramentas apropriadas. Reutilizámos garrafas e garrafões de plástico, cartolinas, copos de iogurte, meias e outros materiais. Construímos um espantalho e conhecemos Van Gogh e o seu quadro “Os girassóis”, o qual nos inspirou nas nossas pinturas. Percebemos como de uma pequenina semente pode nascer uma planta que em poucos meses floresce a 2 metros de altura, ou como da semente de um fruto pode nascer uma árvore enorme que, alguns anos depois, nos dará mais frutos. Aprendemos que há sementes que se comem e outras que se transformam para poderem ser consumidas. Que existem folhas, tubérculos e raízes que podem ser utilizados numa alimentação equilibrada. Que há legumes, leguminosas e cereais. Aprendemos canções e ouvimos histórias que podiam ter nascido na nossa horta. Consultámos livros e vimos vídeos. Discutimos diferentes opiniões, fizemos propostas, tomámos decisões, lidámos com a surpresa e o improviso, resolvemos problemas, levantámos questões e procurámos respostas. Descobrimos diferenças entre os seres vivos e os seres não vivos e falámos das transformações que um ser vivo sofre desde que é uma “semente” até que ele próprio se reproduz, dando origem a mais sementes num Ciclo de Vida do qual fazemos parte… E enquanto na horta cuidamos das plantas para que se desenvolvam fortes e viçosas, respeitando o ritmo de crescimento no seu ciclo de vida, no Jardim de Infância as crianças cultivam o seu crescimento e desenvolvimento em cada momento de “brincadeira”, onde partilham os seus interesses, dúvidas, preferências, aspirações, projectos… e sonhos. E assim se cultivam, e colhem, os saberes na horta do nosso Jardim de Infância… Cristina Pinto - Ed. de Infância

casa das linguagens

O JARDIM-DE-INFÂNCIA VAI TRANSFORMAR A CRIANÇA Toda a criança precisa de apoio no seu nível específico de desenvolvimento. E é neste meio totalmente novo, que a criança passa a maior parte das horas do dia e, por isso, vai sofrer influências muito diferentes das que são exercidas no ambiente familiar. A personalidade em formação é, pois, transportada para um ambiente em que nem todas as crianças têm as mesmas noções, as mesmas aptidões; temos portanto, de estar com muita atenção às mudanças que se vão produzindo, levando a que cada uma passe pelos estados normais do desenvolvimento. Refere-se a influência da linguagem no pensamento onde cada criança vai ouvir pronunciar palavras, poemas, canções, lenga-lengas e etc. É através destas e de outras situações que a criança vai enriquecendo o seu vocabulário e a sua personalidade. Augusta Baptista - Educadora

Lagarto pintado Quem te pintou, Foi uma velha Que aqui passou. Mas essa velha, É muito velha Cuecas rotas E amarelas, Quem bater palmas; Fica com elas.

Está a chover e a pingar E a raposa a assobiar. Está a chover e a dar sol Na casa do rouxinol. Rouxinol está doente Com uma pinga de aguardente. Mariana - 6 anos

Sofia - 5 anos

Pique, pique Eu piquei.

Tim, tim Sarramacotim. Debaixo da torre, Mora um homem Que vende garrafas E garrafões, Chamado Tia patia. Tia Joanita Manda Puxar a orelhita.

Grão de milho Eu achei.

Alexandra - 6 anos

Béu, béu, Vai ao céu Buscar o meu chapéu; Se for novo, trá-lo já, Se for velho deixa-o lá.

Enrola o melão Enrola a melancia, Se queres casar comigo Vai pedir à minha tia.

Fui levá-lo ao moinho E o moinho não moeu. Foram lá os ladrões E roubaram-me os calções. Diogo Enes - 5 anos

Camila - 5 anos

Ó zip ó zap Ó zip zip zap Ó zip ó zap Ó zip zip zap. Diana - 5 anos

53


casa das linguagens

casa das linguagens

Reciclar com imaginação

Escondido deseo

Já não sei!

A lua

Cuando al caer la noche te recuerdo Tu ser ilumina mi almohada Mis deseos despiertan inquietamente Y por momentos, me inundo en sudor, desesperada.

Já não sei quem sou, Já não sei o que quero. Viver em paz É tudo o que espero.

Se eu fosse astronauta, ia à lua e vinha como se nada fosse. A lua é bonita e brilhante no escuro. Eu queria viver lá em cima, toda a minha vida, para sempre, onde o espaço é diferente, grande e muito maravilhoso. Eu gostaria de lá ir, com os meus pais, para tirar fotografias, fazer um vídeo para poder visualizar e apreciar a lua sempre que desejasse. Depois desta viagem, escreveria um conto sobre tudo o que lá vi.

• As embalagens de leite e sumos, já que não podem ser reciclados, podem ser reutilizados com várias finalidades: como vasos para plantas no jardim ou no viveiro, como embalagens para guardar alimentos na cozinha ou para os transportar para um piquenique.

Alexandre Pereira - 7.º ano

• As inúmeras caixas de cartão que frequentemente nos chegam às mãos são óptimas para armazenar roupa, calçado, louça, revistas e livros antigos, e outras coisas.

Tus manos acompañan mi nudez Lentamente deslizan, resbalando sin querer Por lugares escondidos, prohibidos Y por momentos, me enciendo, afortunada. Sueños divinales, noches locas Aparecen repentinamente en mi lecho ¿Quien los evoca? Mente endiablada, insaciable, hambrienta Pasión ardiente, cuerpo inquieto. Al llegar la madrugada, temerosa Inundando con brillantes rayos mi espacio Admira mi regocijo, mi quebranto Dejándome abandonada, cansada, afortunada Deseosa, esperanzada por un nuevo anochecer.

Já não sei quem sou, Mas penso ser ninguém. Só espero um dia Poder ser alguém. Já não sei o que quero, Talvez seja o que sempre quis Viver e ser feliz. Vou ser feliz E ninguém me vai impedir. Vou viver a vida E deixar de fugir. Cristiana Barbosa - 7.º ano

• Os frascos vazios de vidro e de plástico podem ser bastante úteis: para armazenar comida a granel, ingredientes para a cozinha ou bebidas, para servir de porta lápis ou de jarra para flores, para guardar parafusos e pregos de tipos diferentes nas oficinas.

• As latas podem ser usadas como vasos para plantas e são igualmente bons recipientes para guardar uma imensidão de objectos domésticos, principalmente se colocarmos em prática a nossa criatividade na sua decoração.

• O candeeiro está fora de moda? Várias peças podem com certeza vir a poupar (dinheiro e recursos) caso outro candeeiro lá em casa se estrague. • Podemos achar que muitas embalagens, caixas e afins não são esteticamente bonitas para serem reutilizadas. Nestes casos devemos dar asas à nossa imaginação e ser originais! Algumas ideias: • Pintar o que for de papel e madeira com guaches, lápis de cor ou de cera e com acrílicos ou outras tintas especiais (perguntar nas lojas especializadas) o que for de porcelana, vidro, metal e plástico; • Forrar com papéis de embrulho reutilizado ou com papel de jornais, revistas e cartão; • Enfeitar com fios, cordas de ráfia, folhas secas de plantas, casca de árvores, sementes, conchas e búzios, etc. Professora Isabel Venda e 8.º C

Betty

54

55


casa das linguagens

Aprende a partilhar… Somos campeões…

Adivinhas

Um coelhinho andava a passear no campo com dois ovinhos de Páscoa, dentro de uma linda cestinha. De repente, viu um cãozinho que se aproximava dele. Começaram a conversar. O coelhinho perguntou ao cãozinho o seu nome. - Chamo-me Tico. E tu, como te chamas? - Chamo-me Nilo. Continuaram uma agradável conversa e brincaram muito. Até que o coelhinho, que continuava com os seus dois ovinhos de Páscoa, resolveu comer, pois estava cheio de fome. O cãozinho ficou triste porque também estava cheio de fome e não tinha nada para comer. Vendo tanta tristeza, o coelhinho perguntou-lhe o que se passava. - Tenho muita fome… - Então vamos procurar comida para ti. Quando se preparavam para procurar a comida, apareceu uma fada, que tinha estado a ouvir a conversa. - Coelhinho, porque não partilhas os teus ovinhos de Páscoa? - O que é partilhar? – perguntou o coelhinho. - Partilhar é repartir, é distribuir. Como tens dois ovos, podes dar um ao teu novo amigo. O coelhinho agradeceu. Já conhecia uma nova palavra e até era uma palavra muito importante. Repartiu então os ovos com o cãozinho e no fim de comerem brincaram alegremente…

A história começa assim… No dia 14 de Março, de manhã, esperámos ansiosamente pelo autocarro que nos levaria à escola de Vila Cova, para participar nas actividades desportivas. O autocarro demorou muito tempo e nós fartámo-nos de esperar! Por fim lá apareceu e chegámos mesmo a tempo para o primeiro jogo. O nosso primeiro jogo foi contra a equipa de Vila Cova. Nós pensávamos que estávamos a jogar contra os Feitos, mas afinal não!! Logo no início do jogo, o Paulo Sérgio marca por Creixomil e estava feito o 1-0. Depois do golo, a outra equipa pouco fez e nós ganhámos o jogo. A seguir jogámos contra a equipa de Vilar do Monte. O Marcelo, no final da primeira parte, abre o marcador depois de um falhanço do guardaredes. Começámos a segunda parte já com o Tiago, o Leandro, o Rafael, o João David e eu. O Leandro remata e fecha as contas no 2-0. No fim destes dois jogos, soubemos que éramos campeões do Agrupamento de Escolas de Vila Cova, com duas vitórias, equivalentes a seis pontos. Mais tarde, tivemos a notícia de que no dia 1 de Junho vamos jogar outra vez, agora contra as equipas campeãs de outros agrupamentos. De regresso à escola, no autocarro, festejámos todo o percurso. Estamos muito felizes… Somos campeões…

O que será, que será, que mesmo sendo nosso, é mais usado pelos outros? Fêmea sou de nascimento, macho me fizeram ser; hei-de morrer afogado, para fêmea voltar a ser.

Cristiano Faria - 4.º ano

Diana Martins Duarte - 4.º ano Lurdes Saleiro e Raquel Lopes - professoras

Jorge Figueiredo - 4.º ano

Tem cabeça e não tem pescoço, tem dentes, sem ser de osso. O que é? Um pastor tinha quatro ovelhas, o diabo levou-lhe duas. Quantas ficaram? Por detrás de um muro branco, há uma flor amarela que se pode apresentar ao rei de Castela. Qual é a coisa, qual é ela, que corre no mato e não na estrada? Qual é a coisa, qual é ela, que atravessa todas as portas sem nunca entrar, nem por elas sair? Qual é a coisa, qual é ela, tem três capas de Inverno: a primeira mete medo, a segunda é lustrosa, a terceira é amargosa?

casa das linguagens

Integrando-se no trabalho de sala de aula e investindo na aquisição de competências fortemente predictoras de sucesso no processo de aprendizagem da leitura e da escrita, trabalham-se áreas do processamento fonológico, consciência fonológica, fluência verbal e ritmo. Para isso contribuem actividades, como: identificação, criação e memorização de rimas, batimentos silábicos, divisão silábica, soma e subtracção de fonemas, associação fonema/grafema, registo de grafemas, leitura de histórias, jogos de memória auditiva, músicas, lenga-lengas, etc. Todas estas actividades estão integradas na rotina diária e são exploradas com maior ou menor incidência, em determinada área, de acordo com a programação feita para o dia em questão (…) Do trabalho vindo a realizar com rimas, em que numa delas apareciam nomes associados a alguns alunos, vários elementos do grupo quiseram fazer a rima do seu nome, tendo surgido o seguinte trabalho:

Rimas com os nossos nomes

Dançarina – Carolina Gabriel – Gel Samuel – Carrossel (…)

A Beatriz pinta as unhas com verniz.

Posteriormente, e à medida que diariamente íamos cantando a rima construída, alguns elementos do grupo criaram frases a partir da rima com o seu nome. Este trabalho estendeu-se a todo o grupo, tendo passado por fases de melhoramento, até à obtenção deste trabalho final.

A Diana tem uma prima que se chama Ana.

A mais bela dançarina é a Carolina. A Carolina é a melhor amiga da Marina. O Gabriel toma banho com gel. O Samuel gosta de andar de carrossel. O anel da Sandra Isabel é feito de papel. Miguel prova o mel. André, conta-me a história do pretinho Barnabé. Inês põe perninhas à chinês. O Simão gosta muito de salmão. O cão do João assustou o ladrão. No verão quem vai à praia é o João. Gonçalo vai dar comida ao cavalo! O Tiago, no Carnaval, mascarou-se de Rei Mago. A Lara tem uma amiga que se chama Sara. A Francisca come a patanisca A Sofia tem uma gata que não mia. A Inês faz anos este mês. A Lara tem uma bela cara.

Jardim-de-infância

Soluções: o nome; o sal; o alho; seis; o ovo; o fogo; a fechadura; a castanha. 56

57


casa das linguagens

Dia Mundial da Liberdade 23 de Janeiro

O Dia Mundial da Liberdade não foi esquecido, tendo sido comemorado a 23 de Janeiro. Neste contexto, elaboraram-se e distribuíramse folhetos informativos. Nos dias 22 e 23 de Janeiro esteve patente, no pavilhão da escola, uma exposição com cartazes, t-shirts e projecção de slides em PowerPoint, elaborados pelos alunos do 3º Ciclo, CEF (Curso de Educação Formação) e NAE (Núcleo de Apoios Educativos), alusivos ao tema da LIBERDADE. No dia 23 de Janeiro colocou-se em cada sala de aula um pensamento ou poesia sobre este tema, bem como informação relativa aos Direitos das Crianças. Esta actividade foi realizada pela Departamento de Ciências Humanas e Sociais, à qual se associaram a Escola Promotora de Saúde e o NAE.

58

O Dia Mundial do Idoso No dia 29 de Outubro os alunos dos terceiro e quarto anos foram até à Associação “Perelhal Solidário” visitar os idosos que lá passam as tardes, conhecer as instalações e as actividades que realizam. Vimos os espaços e ficámos a saber como estes senhores e senhoras passam a tarde. Fazem ginástica, cantam, dançam, fazem pintura, recorte, colagem, e muitos trabalhos bonitos com imensos materiais diferentes. Alguns destes trabalhos são para vender e angariar fundos para a associação. Todos nós nos apresentámos e conversámos muito, cantámos, dançámos e rimos. Oferecemos às senhoras uma flor feita com arame e meias de vidro e aos senhores um postal feito por nós. A todos oferecemos também um cartaz com provérbios relacionados com a terceira idade. Ainda tivemos tempo de ler alguns e comentá-los. Eles ofereceram-nos uma linda flor feita de papel, que todos guardámos com carinho. Foi uma tarde muito bem passada e, além de nos termos divertido, aprendemos coisas novas com gente que tem tanto para nos ensinar…

casa das linguagens

A cerejeira

Páscoa

Se eu tivesse uma cerejeira, eu cuidava dela com muito carinho. Eu trataria muito bem dela, deitava-lhe adubo e regava-a sempre que ela precisasse. A cerejeira quando dá flores fica linda e deita um perfume muito suave e as abelhas colhem o pólen para fazerem o mel. A cerejeira precisa de apanhar geada ou neve para dar lindos e saborosos frutos. Se não houver geada ou neve não dá fruto. Se eu tivesse uma cerejeira com fruto eu dava-os aos meus amigos. A minha cerejeira é pequena e ainda não tem fruto, porque foi plantada este ano.

Este ano a Páscoa foi no dia 23 de Março. Na Páscoa celebra–se a Morte e Ressurreição de Jesus. Jesus foi crucificado na Cruz porque não acreditavam que ele era filho de Deus. Neste dia, o Senhor Padre visita as casas das pessoas e dá a beijar Jesus na Cruz. No Compasso costumam andar muitas pessoas. Costuma-se pôr flores na entrada das casas para o Compasso saber que tem de ir lá. Eu gosto desta visita porque ficam todas as pessoas da nossa família reunidas num só lugar. Os padrinhos e madrinhas oferecem o folar os afilhados.

José Rafael - 3.º ano

Na Páscoa dá-se amêndoas e ovos de chocolate. São sempre momentos de muita alegria e divertimento. As crianças brincam todas juntas. A Páscoa é uma festa divertida e um dia muito especial. Trabalho colectivo - 4.º ano

Trabalho colectivo - 4.º ano

Ilustração de uma história do Noddy, lida pela psicóloga Renata Seabra. Francisco 1.º ano

59


casa das linguagens

casa das linguagens

o i o p A e d Sala

Eu gosto muito do apoio porque aprendemos coisas novas. Na sala de apoi o aprendemos a matéria a faze jogos. r Às vezes, quando trabalhamos be m ras deixam-nos , as professojogar na NET. Alexandre Pere ira - 7º A

Eu gosto de ndo a ler. ter apoio porqu e apreFaço mu ito pinto. É b om ter a s trabalhos e às v ajuda da e Jorge - 2 professo zes .º ano ra.

NAE, Quem somos? Somos um grupo constituído por quatro professores e uma psicóloga: duas professoras de Educação Especial, a São, que coordena este grupo e a João; dois professores de Apoio Educativo, a Carla e o Avelino e uma psicóloga, a Renata. Desde a primeira hora que entre nós surgiu uma enorme empatia e dela decorreu a cumplicidade que faz de nós um verdadeiro grupo. Temos uma preocupação comum: Os alunos. Centramos a nossa atenção nas suas capacidades e traçamos as nossas actuações em função delas. Procuramos concertar actuações aliciantes que permitam que os nossos alunos experimentem o sabor do sucesso e que esta experiência se torne um factor facilitador para aprendizagens mais exigentes. Procuramos dar resposta a todos os que nos solicitam e securizar os colegas que, no meio de tanta mudança, se tornam mais inquietos. Estamos a enfrentar novos tempos, novas exigências, novos rumos.... Nem todos são claros, nem todos nos parecem seguros, também entristecemos, também temos muitas dúvidas.... Por deformação profissional fazemos das barreiras, facilitadores e, por isso, enquanto houver um aluno a precisar da nossa ajuda, aqui estaremos, para acompanhar o seu percurso até ao futuro. NAE - Núcleo dos Apoios Educativos 60

os pintao têm desenh dois sala de apoi m da te s la de sa re A pa s. As essora e pelas prof . os rm dos por nós ha al res para trab e o que computado explicam-m o ao estudo os a oi em ap nd de re la Na sa o. Às vezes ap . eb rc pe o nã às vezes m a matéria zer jogos co essora para brincar e a fa ra com a prof fo ra pa lá os elhor a m m va s os Às veze s para saberm ta an pl r ha ver e apan o ências. rque aprend matéria de ci ra o apoio po pa r vi de o Eu gost m e às me preocupa coisas novas. s coisas que da lo fa o oi No ap es. ramos soluçõ vezes encont A 5º l Bruno Migue

O apoio, para mim, é o local onde posso estud ar, conversar e desabafar. No apoio aprendo de forma diferente e às vezes aprendemos a brincar. As professoras do apoio são muito atenciosas e quando têm alguma coisa a dizer, dizem logo e ajudam-me a ver as coisas de outra maneira. Gostei de ajudar a pintar os desenhos na pared e da sala. Sempre que preciso de qualquer ajuda, tenho -a na sala de apoio. Na sala de apoio sinto-me bem e o apoio é muito importante para mim; sem apoio não ía lá das pernas. Cristiano Vale - 8º C

O apoio, para m im, é muito impo rtante porque quando tenho dúvidas a profes sora de apoio ex plica bem. Se nã o a tivesse eu tir ava más notas a Português, Mat emática, Ciência s Natureza, Ingl e a História. Eu ês gosto de fazer os testes no ap Quando algum oio. a professora falta e não há substituição, a profes sora de apoio de ixa-nos jogar no computador, na NET. Miguel - 6ªA

o aprenado. No apoi rtido e engraç ve di é o oi O ap e. rma diferent soras são demos de fo s e as profes re s do ta pu m co zer trabalho há fa la os sa -n a N zes deixam ve às e as ad engraç dor. redes da no computa ntámos as pa ofessoras, pi pr o. as rid m lo co co , Nós muito o e ficou tudo para perceto ui m sala de apoi er nd a-nos a apre O apoio ajud . do ber tu a - 5º B Ana Catarin

r coisas novas. É bom estar aqui para aprende itos. Quando nos bon e s ante Lemos textos interess putador com a com no mos joga bem s amo port ajuda do professor Avelino. Eu gosto muito destas aulas. Bruno - 3.º ano Eu gosto de ter apoio, por que é bom e divertido. Gosto de aprender o que a professora me ensina . Como tenho mais dificul dades na disciplina de Língua Portuguesa, a pro fessora ajuda-me muito. Vânia - 4.º ano

As tangerinas e a matemática A avó de uma criança ofereceu uma saca de tangerinas do seu jardim. A alegria foi geral e todos quiseram comê-las. Decidimos o momento do dia para o fazer, a necessidade de nos organizarmos em pequenos grupos e, por fim, também ficou decidido a distribuição de duas tangerinas a cada aluno. Começamos por observar o fruto e os alunos foram descrevendo as suas características quanto à forma, cor, cheiro, tamanho e textura. Depois de cada um ter descascado as suas tangerinas, descreveram o seu interior e separaram-nas em gomos. Algumas crianças mais velhas descobriram que o número de gomos das suas tangerinas não era igual. Tinham uma tangerina com mais gomos do que a outra. Outras crianças foram verificar as suas e confirmaram os

mesmos resultados. A criação de contextos e situações significativas é fundamental para o desenvolvimento do sentido do número. Um pequeno grupo de crianças mais velhas começou a contar os seus gomos para ver quem tinha mais e como não conseguia chegar à conclusão de quem reunia o maior número, decidimos organizar um registo. Há crianças que aprendem com gosto e facilidade a memorizar a sucessão de números cardinais; é, no entanto, mais importante perceber a correspondência de uma determinada quantidade a um número do que saber de cor a sucessão numérica. Não tendo sido claro para alguns alunos, quem tinha a maior quantidade, “O conhecimento do número de cada criança é

variável”, organizei um gráfico de barras que se tornou uma dupla mais valia. Por um lado permitia a visualização dos resultados, sem margem para dúvidas, de quem tinha mais gomos a partir da observação das barras; e, por outro, foi introduzida uma nova forma de registo, que irá ser utilizada noutras situações, como forma de representar dados recolhidos de outras experiências ou novas situações. Esta experiência ainda hoje continua, (todas as semanas aparecem tangerinas) não só pelo gosto da descoberta mas também pelo banquete final...comer as tangerinas.

Filipa Borges - Ed. de Infância 61


casa das linguagens

O uso do computador no ensino O elevado desenvolvimento tecnológico a que assistimos nos últimos anos permitiu o emergir de uma sociedade digital alicerçada em novas tecnologias, que assumem um papel cada vez mais importante nas nossas vidas. Os recursos informáticos difundiramse e generalizaram-se, tornando-se uma ferramenta comum nos diferentes sectores da nossa sociedade e em gestos simples do nosso dia-a-dia. Perante esta nova realidade, as escolas têm procurado adaptar-se à necessidade de formar indivíduos dotados de competências específicas nestas novas áreas do saber, que serão imprescindíveis e determinantes no sucesso profissional e na integração na vida activa destes alunos. Por outro lado, os docentes têm cada vez mais ao seu dispor uma grande variedade de recursos tecnológicos e de ferramentas informáticas, que lhes permitem enriquecer e diversificar as suas estratégias de ensino e a sua prática lectiva. Neste contexto, este texto pretende ilustrar um exemplo da utilização do computador na sala de aula. A actividade que, de segui-

da, se descreve foi realizada nas aulas de matemática do 7º ano e aborda o tema do referencial cartesiano e a representação de pontos no plano. Inicialmente, foi proposto aos alunos que desenhassem numa folha de papel quadriculado ou milimétrico um referencial cartesiano. De seguida, cada aluno colocou a sua mão sobre a folha e, com ajuda de um lápis, desenhou o seu contorno. Depois, ao longo de toda a linha obtida, foram representados pontos geométricos, fazendo uma distribuição cuidadosa dos mesmos. Foram depois anotadas as coordenadas cartesianas de cada ponto, a abcissa e a ordenada, respectivamente, tendo sempre em atenção o sinal das mesmas em função do quadrante em que se localiza o ponto. Nesta fase, a ajuda do professor é importante na escolha do número de pontos (nunca inferior a 25) a utilizar e da sua melhor localização. De seguida, foi proposto aos alunos que representassem a sua mão no Excel. Para isso, cada aluno abriu uma folha de cálculo no seu computador e inseriu numa coluna todas as abcissas dos pontos previamente

casa das linguagens

Canguru Matemático

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

obtidos e noutra as respectivas ordenadas. Depois de seleccionado o gráfico adequado, os alunos obtiveram uma representação plana da sua mão. Após completarem esta tarefa, os alunos puderam ainda melhorar o seu desenho, fazendo ajustes nas coordenadas dos pontos, ou corrigindo aquelas que não estavam correctas. Entre outras opções disponíveis, era ainda possível tornar os pontos invisíveis, conferindo assim à imagem um aspecto mais suave. Alguns alunos optaram ainda por enriquecer o seu desenho com detalhes mais pormenorizados da mão, como por exemplo as unhas, anéis e rugas, e puderam assim expressar a sua criatividade. Importa salientar que os alunos se mostraram bastante empenhados na realização desta actividade e que a mesma permitiu consolidar os conteúdos atrás referidos de uma forma muito positiva. Para terminar, ficam aqui algumas imagens do trabalho realizado pelos alunos. Rui Espírito Santo, Cristina Alves - professores

No passado dia 10 de Abril, realizou-se a nível Nacional o Canguru Matemático Sem Fronteiras, nas categorias Escolar, para os alunos dos 5º e 6º anos; Benjamim, para os alunos dos 7º e 8º anos; e categoria Cadete, para os alunos do 9º ano. A nossa Escola, associou-se pela primeira vez a esta actividade, tendo participado 118 alunos. Foi bonito ver tantos jovens a pensar e empenhados em dar o seu melhor. 62

63


casa das linguagens

casa das linguagens

SER JOVEM VISITA DE ESTUDO ÀS RUÍNAS DO MOSTEIRO DE BANHO No dia vinte e quatro de Janeiro de 2008, nós, a turma do 4ª ano de escolaridade da EBI de Vila Cova, fomos conhecer um pouco mais do passado desta freguesia. Na sala de aulas, a nossa professora já nos tinha falado de alguns aspectos importantes da nossa terra, mas com esta visita aprofundámos mais os nossos conhecimentos sobre a mesma. Pouco tempo depois de termos chegado às Ruínas do Mosteiro de Banho, chegou também o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Vila Cova, para nos informar sobre o que existe registado em documentos a respeito deste importante património histórico. O Sr. Presidente entregou-nos um folheto com a informação mais importante acerca das mesmas Ruínas, a qual transcrevemos: O Mosteiro de Banho foi fundado entre 1072 e 1096. A igreja era de estilo românico. Em 1135, o Mosteiro de Banho aderiu à ordem monástica dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Entre 1156 e 1169, o Prior de Banho D. Lúcio foi testemunha na atribuição do Foral de Barcelos por D. Afonso Henriques. D. Afonso Henriques mandou construir o 64

Mosteiro de S. Vicente de Fora, em Lisboa, nomeando como primeiro prior D. Godinho, prior de Banho. Os dois priores seguintes também eram de Banho. No dia 1 de Maio de 1441 foi extinto o Mosteiro de Banho, deixando de ter cónegos regrantes, ficando a paroquia dirigida por um reitor. Em 1 de Janeiro de 1515, o Rei D. Manuel criou uma Comenda da Ordem de Cristo com a igreja de Banho e todas as suas propriedades. As comendas foram criadas com os bens de algumas igrejas para apoio às acções de evangelização nas terras descobertas pelos portugueses. O primeiro Comendador de Banho tomou posse dos bens no dia 24 de Maio de 1515. Entre os vários comendadores de Banho destacam-se dois: João Fernandes Pacheco, aqui sepultado, filho do navegador e astrónomo Duarte Pacheco Pereira, e um filho de Pedro Alvares Cabral, descobridor do Brasil. Em 30 de Maio de 1834, foram extintas as ordens religiosas e as respectivas comendas. Os bens das comendas foram integrados nos Bens Próprios Nacionais e mais tarde arrematados. Entre 1846 e 1848 foram arrematados os bens

do Mosteiro de Banho passando a pertencer a diversos particulares. Só não foram arrematadas a igreja e a residência. Em 1848 foi anexada a paróquia de Banho à de Vila Cova. Em 1865 caiu a abódada da Igreja do Mosteiro. Em 1885 foram arrematadas as ruínas do mosteiro pelo vilacovense José Faustino Fernandes Ribeiro, com a salvaguarda da retirada de pedra necessária para as obras da nova Igreja de Vila Cova. Adquiriu em 2005 a Câmara Municipal de Barcelos o que resta do antigo e importante Mosteiro de Banho, podendo agora esse património ser desfrutado por toda a população. Esta visita de estudo foi muito importante, porque ficámos a saber que Vila Cova possui ruínas de um monumento, com uma larga e rica história, sendo do desconhecimento de muitos dos seus habitantes.

4.º Ano 65


casa das linguagens

Leprechaun lives in Ireland Union and peace Colour of the day is green Key of love You are lucky

Leprechaun loves jig Union of Ireland Celebrating S.Patrick’s day King of happiness Young likes party time Joel Vale

Aurélio Alves

Live with luck Use to wish Celebrate with us King of the party Yellow is the colour of gold Ana Margarida

casa das linguagens

a t i e c Re

nte de gotável fo igos com s e in a m us am za é u A nature Surpreenda os se s dá. o. no inspiraçã de mais belo ela podem ginação ue a q im o il a u it q u a m elas. s flores e o mais b A água, a ssas mesas muit no tornar as ntes

Ingredie

Leprechaun green Unkown pot of gold Country of happiness Kite of paper Yellow is the sun

Larry leprechaun Union happiness Celebrate S.Patrick’s day Kite green Yellow and sunny day

Nádia Ponte

Nélson Branco

Lucky is to have friends Union is to have peace Company is to have love Kites in the blue sky Youth in love

Leprechaun green Union of Irish people Celebration of St.Patrick’s Kites flying in the air Yellow, a colour of the rainbow

Vitor Meireis

Bruno Fernandes Leprechaun are very small Unreals and green Crispy is the food they eat King of gold Yellow is a beautiful colour Jorge Silva

66

St. Patrick’s Day Poems 6ºA

manhos

elas de ta • Duas tig • Água s romática • Ervas a ) s re o (fl • Pétalas

s diferente

zer Como fa

ervas aro ite água, dentro e d r io a a tigela m , coloque Dentro d ores; de seguida m com r, també fl o e n s e a c m ti á la m ge 4 horas. maior a ti urante 2 da tigela ao congelador d assando ve tigelas, p ente pelo s a água. Le e rm esenfo gua qu Por fim, d medecido em á ém a u h tire tamb o n re e r io a um pa m da tigela exterior r. o n e iente. tigela m ovo recip n o to n Está pro . Escolar de Admin s o iç rv e reira - S Estela Pe

Até sempre Entrei pelo grande portão, como uma formiga... Senti-me entusiasmada mas ao mesmo tempo assustada, contudo não pensei nunca o voltar para trás! Estava invadida pela curiosidade, era o meu primeiro dia de aulas. Entrei e esta escola acolheu-me, a mesma que me recebe até hoje. Lembro-me de ser uma pequena rapariga que corria às caçadinhas e saltava à corda. Sim, cresci. Com alguns centímetros a mais, com alguma maturidade e com mais alguma sabedoria, sou eu: a mesma rapariga que já não corre às caçadas, pois os dias vencem-na e correm com pressa; a mesma que já não salta à corda, pois vê sempre as responsabilidades a saltarem-lhe para cima... Mas não me arrependo! Isso ajuda-me a vencer e a crescer! Foram nove anos nesta escola, que me ensinou a viver, me ajudou a aprender, me viu sorrir e viu também algumas pequenas lágrimas... Nove anos... Agora saio pelo portão, já não tão grande, com uma diferente visão de tudo, do Mundo, da Sociedade, da Natureza...enfim da Vida, mas com o mesmo coração! O tempo passou rápido, voou, sou agora uma finalista e faltam poucos dias para poder prosseguir para uma outra etapa, uma das mais complicadas, mas espero seguir sem medo! Levo comigo, bem dentro de mim, muitos amigos, para sempre: os meus colegas, os professores e funcionários. Porém, esta é a minha escola, a qual não vou conseguir esquecer! Para sempre... Ana Silva - 9.º ano 67


casa das linguagens

casa das linguagens

Projecto Interdisciplinar Interdisciplinaridade. Uma abordagem que conduz a uma ordenação específica do processo de ensino-aprendizagem, notoriamente no plano dos conteúdos e das actividades. Nesse sentido, os professores das disciplinas de Educação Visual e Tecnológica e de Matemática, do 6º ano de escolaridade, proporcionaram aos seus alunos aprendizagens simultâneas dos saberes e dos métodos comuns às duas áreas disciplinares. Daqui se conclui que o mundo não se constitui de fenómenos isolados, mas complementares entre si. Trabalho colectivo - Educação Visual e Tecnológica e de Matemática

O papel dos pais no processo educativo Desafiado pelo Prof. Paulo M. Faria a escrever um breve texto sobre a actividade da nossa Associação de pais, pareceu-me que mais importante que inventariar as actividades ou projectos que a nossa (ou qualquer outra) Associação possa desenvolver, seria a sensibilização dos Pais e encarregados de Educação para a participação activa no processo educativo dos seus educandos. E para isso, permitam-me que use um paralelismo com uma frase célebre do General De Gaulle e afirme que a Educação é um assunto demasiado sério para ser deixado nas mãos dos professores. Não tenhamos a ilusão que os nossos filhos são educados na escola. Nela, apenas recebem um (importante) pilar da sua formação humana, mas um acompanhamento familiar que incuta o sentimento por parte dos alu68

nos de que o que fazem é importante para a família é imprescindível para que a sua formação seja sólida e estruturada, e é uma ajuda preciosa para os agentes educativos que por vezes se deparam com a difícil e inglória tarefa de serem professores e “pais” aos mesmo tempo. As associações de Pais existem para materializar a representação dos interesses e preocupações que terão necessariamente de ser dos pais. Parabéns pela revista e felicidades para os resultados escolares de todos os alunos do agrupamento. Nuno Sousa Presidente da Associação de Pais e Enc. Educ. de Creixomil

A voz dos pais A E.B.I de Vila Cova é uma escola segura, algo que eu considero fundamental para a formação dos nossos filhos, visto que a escola tem um papel importante na sua educação. É importante ter uma escola na qual os nossos filhos tenham uma boa adolescência, visto que é na escola que eles passam grande parte do tempo e são essas experiências que se vivem no dia-a-dia que se vão reflectir no dia de amanhã. Eu confio a formação das minhas filhas à E.B.I de Vila Cova porque sempre fizeram um trabalho excelente. Confio nessa magnífica equipa designada pelas minhas filhas como uma família. Maria Conceição Lima - Enc. de Educação

69


casa das linguagens

casa das linguagens

Novidade, moda e inovação Vem este título a propósito de uma reflexão com que António Nóvoa nos confrontou, no passado dia 16 de Abril, por ocasião do lançamento do livro “As TIC na Educação em Portugal. Concepções e práticas”, editado pela Porto Editora, parafraseando Daniel Hameline, que dizia que “não há nada pior do que a moda na área da educação”. Ora, é precisamente a isso que temos assistido no campo específico das tecnologias educativas, desde que, no início do século XX, iam entrando nas nossas escolas as novidades de cada momento. Sendo hoje muito diferentes e espelhando o rápido desenvolvimento tecnológico verificado nos anos mais recentes, é precisamente nas novidades que muitos centram a atenção, seduzidos sobretudo pelo seu potencial técnico e acabando, muitas vezes, por relegar para segundo plano aquilo que na escola deveria assumir um papel central - a aprendizagem. Ou, por outras palavras, a compreensão do que essas tecnologias, cada vez mais poderosas, vêm acrescentar ao modo como aprendemos, ao modo como pensamos, ao modo como nos relacionamos com o conhecimento, enfim, do que significa viver e trabalhar na chamada sociedade da informação. De facto, em vez de se aproveitar a oportunidade para se repensarem os processos e objectivos da escola tal como a conhece-

70

mos, deixamo-nos seduzir pelo brilho de cada novo “gadget”, esquecendo com uma facilidade impressionante o que é essencial e o que poderíamos fazer para transformar as nossas práticas, ajustando-as aos novos desafios, quer do ponto de vista pessoal, quer do ponto de vista social.

tirar partido do equipamento disponível, com o que isso terá implicado em termos de esforço e investimento pessoal na aprendizagem, mas parece que continuamos a aceitar pacificamente que isso não deve fazer parte da responsabilidade profissional de cada professor.

Só aí seria legítimo falar, em boa verdade, de inovação.

Ainda que as práticas não mudem sem que cada um reconheça a necessidade e o benefício que pode trazer determinada mudança, e seja necessário tempo bastante para que as transformações desejadas se operem, não deixa de ser a inovação, seguramente, de entre os três conceitos aqui confrontados, o único capaz de “mexer” efectivamente com os seculares alicerces em que sempre assentou a escola.

Sendo o menos fugaz dos três conceitos aqui trazidos à liça, é por definição, também, aquele que mais garantias ofereceria de que estaríamos no caminho certo, enquanto profissionais que sabem o que querem e que, nesse contexto, são capazes de não se deixar ofuscar pelo brilho da tecnologia, perseguindo a melhoria e a transformação do modo como habitualmente se fazem as coisas na escola. Aproveitar o “efeito novidade” ou as constantes vagas tecnológicas seria, pois, um bom indicador de profissionalismo e de maturidade profissional. Profissionalismo que noutras profissões seria impensável não incluir a marca tecnológica dos nossos tempos, pelo constante valor que as tecnologias de informação e comunicação acrescentam ao modo como as coisas eram feitas. Seria impensável, por exemplo, que um cirurgião não fosse capaz e não tivesse a preparação necessária para

Fazer diferente, mas, sobretudo, fazer melhor, será talvez o segredo para aproveitar a(s) onda(s). A onda do Moodle, por exemplo! Ficam, por isso mesmo, convidados a dar conta da vossa experiência com o moodle no segundo encontro nacional que terá lugar, em Setembro, nas Caldas da Rainha (http://caldasmoodle.org)

Fernando Albuquerque Costa Universidade de Lisboa Membro do BookcrossingEBi

71


casa das linguagens

casa das linguagens

Diz ele… Uma árvore é uma árvore, e árvore alguma fala. José Mauro de Vasconcelos, Rosinha, minha canoa

Eles. Inteligência. Vontade. Memória. Mente activa. Eu. Sem inteligência. Sem vontade. Com memórias… ROM… RAM… outras… Também estas: Um blogue: lêem. Pensam. Concordam. Discordam. Discutem. Não conseguem. O professor. Não responde. Sugere. Pesquisam. Seleccio-

nam. Argumentam. De novo o professor. Questiona. Reflectem. Faz-se luz. Relacionam. Estruturam. Explicam(-se). Elaboram. Constroem.

Comentam.

Um podcast: escutam. Pensam. Compreendem. Interpretam. Traduzem. Falam. Escutam-(se). Propõem. Aceitam. Rejeitam. Comparam. Decidem. Aplicam. Replicam.

Um trabalho colaborativo online: escrevem. Pensam. Planificam. Esboçam. Estruturam. Debatem. Escrevem. Apagam. Dicionário. Enciclopédia. Telemóvel. Investigam. Reformulam. Aprendem. Escrevem. Lêem. Divergem. Escrevem. Professor. Desenvolvem. Constroem. Enviam.

Colaboram. Um chat: conversam. Revelam(-se). Não pensam. Convidam. Combinam. O perigo. Bloqueio(-os). Um amigo. Comentam. Esclarece. Rebatem. O professor. Os pais. A dúvida. A oportunidade. O risco.

Um jogo: brincam. Escolhem. Combinam. Justificam. Imagem. Movimento. Rapidez. Atenção. Obstáculos. Lógica. Concentração. Esforço. Entusiasmo. (In)dependência. Autonomia. Interacção. Interactividade. Desafio. Estratégia. Coordenação. Experimentam. Persistem. Exploram. Descobrem. Insucesso. Sucesso. Imaginação. Desafio. Feedback. Complexidade. Da próxima vez que virem uma criança ou um jovem a interagir comigo, vejam se terei trocado a ordem dos recursos. Experimentem outras combinações, acrescentem outros meios tecnológicos, outros verbos, outros nomes. Tão importantes como estes. Mais importantes que estes. Podem salpicar com adjectivos circunstanciais. Mas, na relação entre crianças/jovens e computadores, não esqueçam o essencial, muitas vezes invisível, como diz o Principezinho: pensar, brincar, aprender, crescer com colegas, amigos, professores e pais. Altina Ramos Universidade do Minho Membro do BookcrossingEBi; supervisiona o blogue http://paulofaria.wordpress.com 72

Dia Mundial da Árvore O Dia Mundial da Árvore é no dia 21 de Março, mas nós plantámos uma árvore no dia 6 de Março. A Câmara Municipal de Barcelos ofereceu-nos uma árvore alta e esguia. Nós fizemos as marcações com a ajuda da fita métrica e abrimos um buraco quadrado com 4 dm de cada lado e com uma profundidade de meio metro. Regámos o fundo do buraco e metemos a árvore. Colocámos uma estaca para segurar a árvore e tapámos o buraco com terra. Plantámos a árvore no recreio da escola no sítio de onde foi arrancado um castanheiro que estava podre. Esperamos que esta árvore cresça rapidamente para fazer mais sombra no recreio. Trabalho colectivo 73


casa das linguagens

Qual a importância da Geografia? “A Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra” é o título de um livro de Yves Lacoste, que sempre me cativou, mesmo antes de ter decidido seguir o curso de Geografia. Contudo, achava que este título poderia prejudicar a disciplina porque seria muito bélico. Desde sempre a disciplina foi associada ao saber onde ficam os lugares, rios, montanhas etc… Quando frequentei a faculdade e precisávamos de comprar mapas topográficos, na livraria, pediam-nos os nossos dados pessoais, que ficavam registados e em caso de algo apontar para determinada possibilidade, poderíamos ter de devolver os mapas. Hoje, na Internet podemos observar, quase em directo, a nossa casa, rua, bairro... Voltando ao assunto da Geografia: Para alguns o primeiro geógrafo foi Adão, porque precisou de se localizar no Paraíso, de estabelecer inter-relações e conhecer tudo o que o rodeava. Ou seja, Adão deve ter-se socorrido do método de trabalho geográfico: observar, localizar, descrever e interpretar. Uma interpretação pessoal: Adão falhou ao interpretar as intenções da cobra!!! Todos nós fazemos geografia todos os dias. Então, qual a importância da disciplina? É desenvolver no aluno a aptidão para pensar geograficamente, torná-lo um cidadão geograficamente competente, isto é, “saber pensar o espaço e ser capaz de actuar no meio em que vive”. Ao desenvolver os seus conteúdos, esta disciplina presta-se a uma articulação com as ciências naturais e contribui para a Educação para a Cidadania, nomeadamente no âmbito da Educação Ambiental e da Educação para o Desenvolvimento. A nível do terceiro ciclo promove-se a curiosidade pelo Mundo. Os conteúdos iniciam-se por apresentar as diferentes formas de representar a superfície 74

terrestre, que, com a ajuda da localização geográfica, permitem-nos situar os diferentes elementos da superfície. Ao estudarmos a Terra podemos diferenciar o Meio Natural, que engloba o clima e formações vegetais respectivas, e o relevo. Ambos são riscos que podem causar catástrofes naturais. Depois dos aspectos físicos detemo-nos nos aspectos humanos, no oitavo ano. Estuda-se a população, que possui uma diferente distribuição e evolução, e apresenta mobilidade que lhe dá uma maior diversidade cultural, ajudando a compreender as áreas de fixação humana. A população dedica-se a diferentes actividades económicas, que englobam os recursos, processos de produção e sustentabilidade, e que desenvolvem as redes de transporte e telecomunicações. No nono ano dedicamos o estudo aos contrastes de desenvolvimento, que são muito acentuados quando comparamos países desenvolvidos versus países em desenvolvimento, assim como a interdependência de espaços com níveis diferentes de desenvolvimento. Estes contrastes aceleram os grandes problemas do ambiente e da sociedade, que se encontram expressos no estado do Planeta, que é consequência das alterações do ambiente global. Estamos, pois, perante a existência de grandes desafios ambientais para os quais é necessário encontrar estratégias de preservação deste património. Isto é a geografia escolar. Por isso, torna-te um cidadão geograficamente competente. Aprende e participa. Sê um cidadão do mundo.

casa das linguagens

Uma Escola com TIC O português, língua forte e viva, a sexta mais falada em todo o mundo, é usado hoje por quase 200 milhões de falantes nativos. «Uma língua é o lugar donde se vê o Mundo e em que se traçam os limites do nosso pensar e sentir. Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto. Por isso a voz do mar foi a da nossa inquietação.» (Vergílio Ferreira) A promoção da língua portuguesa constitui-se no elemento básico de afirmação de todos os portugueses. Fernando Pessoa escrevia: «A minha pátria é a língua portuguesa.» Para o escritor Vasco Graça Moura, «a língua portuguesa é fundamentalmente uma matriz. E tudo o que contribui para desagregá-la acaba por desagregar a nossa identidade». Neste sentido, a melhoria das competências linguísticas das crianças e dos jovens da área educativa do Agrupamento Vertical de Escolas de Vila Cova, no entendimento de que essas competências linguísticas são um trunfo essencial para o desenvolvimento, para as capacidades de cidadania e relacionamento, é um dos objectivos claramente assumidos pelo Departamento Curricular de Línguas. Nos dois últimos anos lectivos, a assunção deste objectivo tem criado no interior do departamento dinâmicas inovadoras cujos frutos só poderão ser colhidos a longo prazo, mas que, desde já, revelam sinais de que não se trata de uma acção vã e estéril. Com efeito, no dia 29 de Fevereiro fomos surpreendidos com uma notícia da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, que passo a transcrever:

«O júri do Desafio - Promovendo a Inovação e a Criatividade – Modalidade Exemplo de Boas Práticas reuniu no dia 28 de Fevereiro para avaliar os projectos participantes no Desafio. Assim, vimos por este meio felicitar os professores e alunos participantes no projecto “Integração Curricular das TIC no âmbito da Língua Portuguesa” apresentado pelo Agrupamento de Escolas de Vila Cova e a Escola Básica Integrada de Vila Cova. Este projecto representará as Escolas do 3º Ciclo e Escolas Secundárias numa conferência dedicada à Educação a realizar na Eslovénia no âmbito da Presidência Eslovena do Conselho da União Europeia». Enquanto coordenador do departamento, importa salientar e agradecer de forma especial o empenho que todos os alunos do oitavo ano colocaram neste projecto. A partir do blogue Língua Portuguesa (http://paulofaria.wordpress.com) a comunidade pode conhecer o excelente trabalho de leitura e escrita desenvolvido por estes alunos, sob a orientação do seu professor. Desenvolvendo as competências linguísticas dos alunos, este projecto permite também o desenvolvimento da sua auto-estima e da cidadania. Por outro lado, contribui sobremaneira para a promoção da imagem do agrupamento enquanto organização educativa. Também no 2º Ciclo começam a emergir práticas semelhantes com os blogues colectivos das turmas do 5º ano: Os Brincalhões (http://osbrincalhoes.blogspot.com/); Os Lutadores (http://oslutadores.blogspot. com/) e Os Divertidos (http://osdivertidos. blogspot.com/).

Um terceiro sinal da emergência de novas práticas que envolvem e extravasam todo o agrupamento é o BookcrossingEBi (http:// bookcrossingebi.ning.com/ ), “um projecto que visa a promoção e divulgação do livro, da leitura e da escrita. Esta é uma iniciativa transversal a todos os actores educativos do Agrupamento Vertical de Escolas de Vila Cova - alunos, professores, funcionários, encarregados de educação e amigos dos livros - têm lugar neste espaço”. Já com mais de duzentos membros registados, o portal agregador do projecto, assente no conceito e na arquitectura tecnológica da web2.0, é constantemente alimentado no seu conteúdo pelos seus membros: alunos, antigos alunos, docentes, não docentes, encarregados de educação… A razão mais substancial deste projecto parte da convicção de que a “função mais produtiva da escola é proporcionar aos seus alunos a capacidade crescente de ler o mundo, extraindo gradualmente significados cada vez mais complexos, a partir dos desafios que encontram”. Porque acreditamos no projecto e nos seus benefícios, renovamos aqui o convite a todos os membros da comunidade educativa para que se registem em http://bookcrossingebi.ning.com. Aí poderão escrever os vossos textos originais, falar de livros, partilhar uma ou duas frases de livros que leram e de que gostaram, ler os textos dos outros membros…! Aires Vaz Departamento de Línguas

Cristina Maranhão - professora 75


casa das linguagens

Sucessões Ecológicas

Em meados de Fevereiro, as turmas A e B do oitavo ano de escolaridade iniciaram uma actividade experimental no âmbito das Ciências Naturais, no espaço exterior da EBI de Vila Cova. Os objectivos da actividade foram essencialmente observar uma sucessão ecológica (ou parte dela) em tempo real; adquirir competências de trabalho de campo; identificar a sequência de espécies na sucessão; adquirir competências de trabalho de campo; promover o respeito pelos espaços verdes da EBI de Vila Cova; elaborar um relatório científico e permitir a recuperação do estrato verde numa zona do jardim danificada pelos alunos, quando cortam caminho para se dirigirem para as instalações desportivas da escola, ou quando regressam delas. A maior dificuldade sentida pelos alunos foi o desrespeito sistemático da vedação colocada durante a actividade, pois que sempre que a fita de isolamento era colocada, na hora seguinte era vandalizada. Isto, durante

dias, semanas e meses. O vandalismo frequente gerou nos alunos um sentimento de revolta e algum desânimo. Apesar de toda a falta de respeito pelo trabalho dos outros e pelos espaços verdes da escola, a actividade continuou, tal como as imagens demonstram, provando uma vez mais, que a natureza recupera o seu esplendor por si própria e sem a intervenção do Homem. Intervenção, aliás, que, neste caso, foi prejudicial. A principal lição a tirar é que a natureza ainda mantém a sua capacidade de regeneração, mas até quando? Quando é que tomamos consciência de que a natureza não precisa de nós, nós é que precisamos da Natureza? Este projecto não morrerá neste ano lectivo. Para o próximo, poderão ser vocês a sentir frustração, revolta e desânimo! José Silva - professor

O Outono

casa das linguagens

O Boccia na escola No dia sete de Dezembro, e no âmbito do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, realizou-se, no pavilhão da nossa escola, uma demonstração de Boccia e a nossa turma (7ºB) teve o enorme privilégio de receber um convite para participar naquela actividade. Esse convite veio da parte da docente dos apoios educativos, Anunciação Laranjeira, professora do nosso colega Rafael. Também participaram na actividade alunos da APACI e alunos do 1º ciclo. No pavilhão, o treinador começou por falar do jogo. O que era e como se jogava. Ficámos a saber que é um jogo praticado, sobretudo, por pessoas portadoras de defici-

ência, e que há jogadores portugueses que representam Portugal nos Jogos Paralímpicos e que já têm ganho muitas medalhas, o que muito nos orgulha. O Boccia pode ser jogado em singulares, pares ou em equipas, e cada jogador ou equipa dispõe de 6 bolas vermelhas ou 6 azuis. O objectivo do jogo é atirar as bolas de cor o mais próximo possível de uma bola branca (bola alvo). Após a explicação, estávamos ansiosos para ver jogar e jogar. Alguns alunos da turma: o Octávio, o João e o Rafael foram escolhidos para experimentar. Apesar de ser um jogo pouco divulgado, e que nenhum de nós conhecia, achámos

interessante e gostaríamos que outras modalidades desportivas fossem igualmente divulgadas na nossa escola.

Bonitas são as folhas de Outono Rosas, castanhas e vermelhas Uvas, laranjas e diospiros No Outono também há castanhas Ou cozidas ou assadas Muitas aves vão embora As andorinhas partem Regressam na Primavera Quem dera Um dia de Outono Eu poder brincar Saltar e voar com elas Bruno Marques - 3.º ano

Se eu fosse… Se eu fosse uma flor, gostava de ser uma orquídea. Uma orquídea é uma flor que aprecio muito porque me faz sentir viva e alegre. Gostava de espalhar o meu perfume pelo ar e de agradar a toda a gente. Gostava que as pessoas agarrassem em mim e me colocas76

sem nos arranjos florais onde me pudessem ver e dissessem o que eu as fazia sentir. Uma orquídea tem cores variadas mas eu só queria ter uma cor: branco. Branco porque é a cor que significa paz e hoje em dia a guerra é a pior coisa que existe. Se eu fosse uma orquídea, tinha de ser bela

e perfumada com um aroma que todos gostassem de apreciar; então, todos me quereriam e todos gostavam de mim. Rosa Sá - 7.º ano Os ovos misteriosos João - 2º ano 77


casa das linguagens

17 de Outubro - Dia Mundial da Luta Contra a Pobreza

Queres ajudar na igualdade entre os homens? Ajuda na luta contra a fome. Partilha… Jonathan - 4º ano

78

casa das linguagens

Comportamentos das crianças: Reflexo da sociedade Mudança é a palavra de ordem na sociedade actual. Todas estas mudanças implicam profundas alterações em praticamente todos os sectores da nossa sociedade, afectando a forma como actuamos e pensamos. As crianças não ficam alheias a estas mudanças sócio-culturais, o que se reflecte no seu comportamento. Nos dias de hoje, são cada vez em maior número os episódios de violência nas escolas protagonizados pelos alunos, alunos esses que não podemos nem devemos esquecer que se tratam de crianças. É de senso comum que os comportamentos dos mais jovens resultam de um conjunto de factores, entre os quais: a forma como são educados pelos seus progenitores, a forma como interagem com a escola (entenda-se colegas e professores), os “grupos” a que pertencem, entre outros. Instituir mudanças na escola, adequando-a às exigências da sociedade do conhecimento, constitui hoje um dos maiores desafios educacionais. É imperativo uma reflexão profunda sobre todos estes acontecimentos e é fundamental uma mudança de atitude por parte dos adultos e educadores responsáveis por todas estas crianças que representam o nosso futuro e a próxima geração.

É preciso acreditar que “O melhor do mundo são as crianças” e está nas mãos dos adultos o seu futuro e a sua dignidade. Conceição Rosendo Associação de Pais da E.B.I. de Vila Cova

Função da Escola A Escola, entendida no seu todo como o local onde se ministra o ensino, inclui as estruturas físicas, de capital importância na criação das condições de bem estar para todos aqueles que ali desenvolvem a sua actividade, desde alunos, funcionários e professores, é responsável pela formação de jovens nas suas mais variadas vertentes. Cabe às escolas cuidar do desenvolvimento harmonioso das crianças e adolescentes, quer acompanhado o seu crescimento físico, com as naturais mutações comportamentais e fisiológicas, quer intelectual e também, o que não é menos importante, colaborar na aquisição por parte dos alunos, de princípios de moral que lhes permitam uma integração social pacífica no meio onde vierem a inserir-se. A escola deverá complementar e porque não aperfeiçoar o trabalho desenvolvido pelos encarregados de educação, devendo, ter destes todo o apoio na prossecução dessa tarefa. Fernanda Sá - Enc. de Educação

79


casa das linguagens

casa das linguagens

No final do ano lectivo anterior, as turmas do sétimo e oitavo anos participaram na concepção e pintura de três murais no polivalente da escola, subordinados aos temas: solidariedade, desporto e vida escolar. Esta actividade foi desenvolvida na disciplina de Educação Visual em parceria com a área curricular não disciplinar de Área de Projecto. Os desenhos, criados pelos alunos, foram inspirados pelas criações fantásticas de Keith Haring, um dos grandes artistas plásticos da Pop Art. Durante toda a sua carreira, o seu estilo foi marcado por traços grossos, formas simplificadas e cores contrastantes. Keith Haring privilegiou a pintura de murais e a sua linguagem artística foi influenciada essencialmente pelos graffiti de Nova York.

Pedro Vilarinho - 7.º ano

Vitor - 7.º ano

Ana Teresa Coelho

Ana - 7.º ano

Durante este ano lectivo de 2007/08, do primeiro e do segundo período realizaram-se vários trabalhos criativos na Disciplina de Educação Visual tendo em conta os conteúdos leccionados, nas turmas do 7ºano. Caomo seria de esperar é totalmente impossível mostra-los na totalidade. Estes deverão ser expostos na exposição final da Disciplina para toda a comunidade escolar. Apenas alguns estão aqui, a preto e branco, impossibilitando que sejam vistos a cores por motivos de custos da nossa querida revista “Casa das Linguagens”. Sandra Viela

80

81

Daniel - 7.º ano


casa das linguagens

casa das linguagens

Pré-escolar Creixomil - Alexandra, Alexandre, Ana Catarina, Ana Margarida, Ana Sofia, Camila, Carlos António, Diana Isabel, Diogo Alexandre, Diogo Esteves, Diogo Filipe, Diogo, Diogo Miguel, Gonçalo, João Carlos, João Pedro, José Henrique, Juliana, Leandro, Mariana, Nuno Filipe, Patrícia, Pedro Miguel, Rosa Miriam, Rúben Manuel Educadora: Maria Augusta Batista

1.º Ciclo Feitos - Ana Clara, Anabela, Andreia Filipa, Hugo Manuel, João Carlos, Jorge Ricardo, Ricardo, Ana Sofia, José António, Eduarda Sofia, Rui Filipe Professor: Alfredo Amaro

82

1.º Ciclo Feitos - Anabela, Bruno Miguel Neiva, Bruno Miguel Barroso, Carolina, Catarina, João, José António, Juliana, Maria Leonor, Pedro Miguel, Rafaela, Tiago Samuel, João Fernando, Juliana Maria, Mariana, Miguel, Ricardo Daniel, Zacarias Professora: Maria Salete Neiva

Jorge Fernando - 8.º ano

A Expressão da arte numa barra de sabão A escultura é uma expressão artística tridimensional e a obra de arte escultórica é normalmente constituída a partir de um bloco cujo material é modelado pelo artista. Na disciplina de Educação Visual, nas turmas A, B e C do oitavo ano foi lançada uma proposta de trabalho relacionada com a expressão plástica da terceira dimensão – a escultura. Tendo como tema o corpo humano e o material o sabão, os alunos lançaram-se com entusiasmo ao trabalho e o resultado são um conjunto de esculturas em que a imaginação e a criatividade revelam que cada aluno conseguiu uma interpretação diferente do corpo humano e uma forma diferente de modelar o material, utilizado da forma menos convencional, mas nem por isso menos original. Ana Teresa Coelho

1.º Ciclo Creixomil - Ana Catarina, Ana Francisca, Andreia, Bruna Rafaela, Bruno Filipe, Carla Sofia, Diogo, Filipa, Joana, João David, João Pedro, José Rafael, Leandro Xavier, Luís Filipe, Marcos Daniel, Óscar, Thomas, Paula Cristina, Rafael Marques, Rui Miguel, Sara Manuela Professora: Maria de Lurdes Abreu

83


casa das linguagens

1.º Ciclo Creixomil - Ana Beatriz Magalhães, Ana Beatriz Costa, Andreia Filipa, Flávia Catarina, João Pedro, Lígia, Rúben Rafael, Rui Miguel, Ana Cláudia, Ana Patrícia, Cristiano, Diana, Diogo, Jessica Raquel, Jorge Manuel, Juliana, Manuel Ângelo, Marcelo, Mariana, Paulo Sérgio, Tiago João, Vânia Raquel Professora: Cristina Raquel Lopes

Pré-escolar Perelhal - Sandra Isabel, Samuel, Simão, Inês, Miguel, Gonçalo Dinis, Lara Filipa, André Filipe, Cláudia Sofia, João, Pedro, Gabriel, João Carlos, Diana, Marina, Tiago, Lara, Carolina, Inês, Beatriz, Ana Francisca Educadora: Maria Madalena Carvalho

José Luís e Ivone - 8.º ano

Pré-escolar Perelhal - Diogo Rafael , Lucas Afonso, Vasco, José Miguel, Iva, Eduardo Filipe, Marco Rafael, Luísa Manuela, Lara, Catarina, Ana Beatriz, Miguel Ângelo, Daniel, Daniela Alexandra, Leonardo Miguel, Maria Alice, Nádia Alexandra, Gonçalo Alexandre, André Filipe, Carolina, Maria João, Diogo, Inês, Filipa Maria, Maria Rui, João Pedro 84Educadora: Maria Filipa Borges

casa das linguagens

1.º Ciclo Perelhal - Flávio, João Carlos, José Filipe, Rúben, Aloísio Patrocínio, André, Bruno, Carla Daniela, Carla Sofia, Diana, Diogo, Helena, Catarina, Jonathan Davi, Leandra, Leandro, Maria Inês, Nelson, Nuno André, Paulo Miguel, Sónia Isabel, Tânia Alexandra Professora: Maria Benilde Carvalho

85


casa das linguagens

86

1.º Ciclo Perelhal - Adélio Manuel, Alexandre, André Filipe, Bárbara Isabel, Catarina Sofia, Fátima Patrícia, Gabriela, Gonçalo, Inês, Jessica Patrícia, João Carlos, Leandro José, Luís Manuel, Mafalda, Márcia, Filipa, Márcio André, Maria Elisa, Nelson António, Paulo Sérgio, Pedro Miguel, Rita Alexandra, Tiago Nuno, João Professora: Maria da Glória Linhares

1.º Ciclo Perelhal - Diogo Alexandre, Fábio Filipe, Natália da Gaça, Ana Rita, Bruno Miguel, Diogo, Joana Rita, Jorge Rafael, José Pedro, Juliana, Leandro Miguel, Mara, Mariana Costa, Mariana Gomes, Ricardo José, Tiago Alexandre Professora: Lucinda Mª Amaro

Ricardo Daniel - 8.º ano

1.º Ciclo Perelhal - Ana Beatriz, Ana Luísa, Ana Rita, André, António Miguel, Bárbara, Carina, Carina Manuela, Carlos Daniel, Daniela, Diana, Diogo Silva, Diogo Querido, Francisca, Francisco Barros, Francisco Matos, Hélder Leonel , João Alexandre, João Pedro, Márcia, Mariana, Nuno Daniel, Paulino Manuel, Rui Pedro, Sara Margarida Professora: Rosa Maria Cerqueira

casa das linguagens

1.º Ciclo Perelhal - Bruno, Dário Leonardo, Leandro Rafael, Catarina, Clara Verónica, Cristiana Sousa, Cristiana Santos, Daniela Catarina, Eduardo Manuel, Eva, Filipe, Flávia Catarina, Joana Filipa, João Eduardo, João Marcos, José Pedro, Mara Carina, Mariana, Miguel, Rafael, Renato Dinis, Ruben Professora: Maria de Fátima Ferreira

87


casa das linguagens

1.º Ciclo Vilar do Monte - Abel, Ana Filipa, Beatriz Soraia, Bruno Filipe, Carlos Filipe, Clara Eduarda, Clara Rafaela, Cristiana Elisabete, Daniela, Diogo António, Dulce Manuela, Emanuel, Hugo Rafael, Juliana, Cristina, Mónica Maria, Sandra Daniela Professora: Sandra Manuela Costa

88

João Pedro e Dulce - 8.º ano

Pré-escolar Vilar do Monte - Ana Filipa,, Ana Luísa,, André, Catarina, Cristiana, Diogo Filipe, Diogo Francisco, Diogo Miguel, Filipa Daniela, Filipa Duarte, Filipa, Gonçalo Manuel, Ivo, Juliana, Letícia, Maria, Miguel, Ricardo, Tiago Daniel, Tiago Jorge, Vanessa Educadora: Cristina Pinto

1.º Ciclo Vilar do Monte - Ana Beatriz, Carlos Daniel, Cristiana, Cristiana Isabel, Cristiano, Daniela Patrícia, Daniela Sofia, Fábio Daniel, Hélder Manuel, Ivone Manuela, Joana Mónica, João Pedro, Licínio José, Margarida, Margarida Maria, Raquel Daniela, Roberto Carlos, Rúben Leonardo, Susana Maria, Vera Mónica Professora: Isaura Cerqueira

casa das linguagens

Pré-escolar Vila Cova - Ana Catarina, Ana Filipa, Ana Luísa, Carlos José, Cátia Daniela, Cláudia, Daniela, Davide, Eduardo, Flávia Cristina, Inês Fernandes, Inês Dias, João Manuel, Joel Filipe, Leandro Filipe, Luís Miguel, Márcia Filipa, Margarida, Maria, Ricardo Gabriel, Ruben António, Tiago Manuel, Valentino, Vânia, Vitor José Educadora: Maria José Ferreira 89


casa das linguagens

1.º Ciclo Vila Cova - Adriana Patrícia, Alexandre, Ana Carina, Ana Catarina, Ana Cláudia, Ana Margarida, Andreia, Andreia Filipa, Bruno Miguel, Diogo Manuel, Elio Michaël, Filipa Catarina, Hélder Filipe, Jessica Filipa, João André, Joaquim Jorge, Luís Fernando, Luís Filipe, Maria João Rodrigues, Maria João Vale, Ricardo Miguel, Vítor Fernando Professora: Maria Manuela Oliveira

90

Ana Margarida e Sofia - 8.º ano

Pré-escolar Vila Cova - Ana Catarina, Ana Filipa, Beatriz, Claudia Daniela, Cristiana Filipa, Diogo André, Diogo, Edgar Samuel, Eduarda, Jimmy, João Marcelo, João Pedro, Juliana, Leandro Filipe, Marco André, Maria João, Mariana Miranda, Mariana Silva, Mariana Faria, Marta Daniela, Pedro, Raquel, Ruben André, Tiago Daniel, Vitor Professora: Maria Anabela Martins

1.º Ciclo Vila Cova - Ana Isabel, António, Clara Inês, Daniela, Daniela Isabel, Diana Patrícia, Diana Rafaela, Diogo, Emanuel, Fábio, Hugo Miguel, Jéssica, João Luís, João Marcelo, João Pedro, Jorge Leandro, José Mário, Mónica, Regina, Vânia Patrícia, Vasco Miguel Professora: Maria do Céu Enes

casa das linguagens

1.º Ciclo Vila Cova - Ana Augusta, Ana Rita, Andreia Isabel, Carlos, Fábio João, Filipa Inês, Inês Catarina, João Pedro, Lara Alexandra, Leandro Miguel, Liliana Patrícia, Liliana Meira, Luís Filipe, Marco, Margarida, Miguel, Jorge Filipe Professora: Sílvia Clara Fernandes

91


casa das linguagens

1.º Ciclo Vila Cova - Adriana, Ana Sofia, Andreia Alexandra, Carlos Daniel, Carlos Xavier, Daniel, Daniela Maria, Diana Patrícia, Diogo Xavier, Filipe, Helder André, João Carlos, Jorge Nuno, José, Mariana, Mónica, Nelson Ricardo, Nelson, Sara Filipa, Tatiana Maria Professora: Maria da Conceição Silva 92

5.º A - Alison Pereira, André Filipe , Andreia Filipa , Bárbara , Bruno Miguel , Cátia Daniela, Cristiano André , Cristiano , Cristiano Filipe , Daniel , Dulce , João Carlos , João Luís , Luís Filipe , Paulo Jorge , Ricardo Manuel , Rui Jorge , Sandra Raquel , Tiago , Titus Óscar , Fábio Joel Director de Turma: António Lopes

Andreia, Gabriel e Jorge Filipe - 8.º ano

1.º Ciclo Vila Cova - Ana Catarina, Ana Cristina, António Manuel, Débora, Isabel Cristina, José Miguel, Julie, Mateus, Telma Carina, Tiago, Tiago Manuel, Alexandre Joaquim, Ana Beatriz, António Manuel, Helder Xavier, Jorge Alberto, Nuno Gabriel, Pedro Professora: Lúcia Maria Tenedório

casa das linguagens

5.º B - Alexandra Filipa, Ana Catarina, André Filipe, Carlos Miguel, Claúdia, Cristiana, Daniela, Fábio André, Fernando Manuel, Gonçalo, João Daniel, João Filipe, Joel Duarte, José Alberto, Luís Miguel, Marco, Rúben, Rui José, Rui Manuel, Sara Cristina, Sara Daniela Director de Turma: Valdemar Luís Gigante

93


casa das linguagens

94

casa das linguagens

5.º C - Alexandra, Ana Cláudia, Ana, Andreia Catarina, Andreia Moreira, Bárbara Beatriz, Bárbara Alves, Bruno Filipe, Bruno Miguel, Carlos, Cláudio, Clemente, Daniel, Diana Catarina, Fábio Samuel, Fátima Sofia, Inês Faria, José Manuel, Juliana Sofia, Maria Inês, Pedro Miguel, Pedro Miguel, Rafael Alexandre, Roberta Filipa, Ronaldo, Rui Miguel, Tânia Filipa Directora de Turma: Elisabeth Gomes

6.º B - Ana Catarina, Ana Luísa, Ana Margarida, Ana Barbosa, Ana Miranda, Andreia Filipa, Carla Marisa, Carlos Rafael, Carlos Xavier, Catarina, Daniel Fernando, Fátima Marisa, Helena Isabel, Jéssica, João Carlos, Joel, Johnny, José Carlos, Luís Manuel, Maria Helena, Nuno, Patrícia Alexandra, Ricardo Jorge, Soraia da Conceição, Vanessa Cláudia, Vítor Filipe Directora de Turma: Maria Fátima Lemos

6.º A - Ana Filipa, Ana Margarida, Aurélio, Bruno Miguel, Cláudia Sofia, Eduarda Filipa, Helena Isabel, Hugo, João Carlos, João Francisco, João Ricardo, Joel Filipe, Jorge Manuel, Miguel Ângelo, Nádia, Nelson, Paulo Cristiano, Vera Cláudia, Vítor Meireis, Vítor Gomes Director de Turma: Carlos Filipe Ferreira

6.º C - Adriana Filipa, Ana Cristina, Ana Luísa, Ana Rita, António José, Bruno Miguel, Carlos Daniel, Catarina Alexandra, Cátia Soraia, Cristiana Raquel, Diogo, Fábio Daniel, Francisca Joana, Jessica Daniela, José Avelino, Luís Miguel, Marco André, Maria Inês, Mário, Paula Cristina, Paula Filipa, Ricardo Filipe, Rui Filipe, Xavier Directora de Turma: Maria Conceição Castro

95


casa das linguagens

96

casa das linguagens

7.º A - Alexandre, Ana Daniela, Anabela, Andreia Filipa, António Manuel, Bruno Daniel, Cláudia Sofia, Daniel Filipe, Eduardo Filipe, Helder Filipe, Ivo José, Joana Gabriela, Marina Cláudia, Miguel Ângelo, Rafael Filipe, Renata Alexandra, Ricardo Daniel, Tiago Filipe Directora de Turma: Rosa Manuela Barbosa

7.º C - Ana Alexandra, Ana Catarina, Ana Cristina, Ana Margarida, Ana Patrícia, André Filipe, André Guimarães, Carlos Miguel, Carlos, Cláudia Alexandra, Cristiana Isabel, Daniela Cristina, Fernando, Joana Patrícia, João Filipe, João Pedro, José Luís, Lucie, Luís Manuel, Luísa, Marta, Pedro Miguel, Rosa Adriana, Tânia Patrícia, Tiago Jorge, Vitor Manuel Directora de Turma: Ana Cristina Dias

7.º B - André Cristiano, Carlos Manuel, Fábio Filipe, João Miguel, Marta Daniela, Nelson Filipe, Octávio Davide, Patrícia Andreia, Pedro Miguel, Pedro Miguel, Rafael, Rui Miguel, Rute Lúcia, Sara Daniela, Tânia Filipa, Tiago Alexandre, Vânia Cláudia, Vítor Alexandre Directora de Turma: Cristina Maranhão

7.º D - André Filipe, Bruno Manuel, Bruno Meira, Daniela, Domingos, João Carlos, João Daniel, João Luís, João Pedro, Pedro Miguel, Ricardo Filipe, Ricardo Manuel, Rui, Tiago André, Tiago Emanuel, Tiago Júlio Directora de Turma: Ana Teresa Coelho

97


casa das linguagens

98

casa das linguagens

8.º A - Ana Rita, André Filipe, Andreia Sofia, Diana Catarina, Diana Cláudia, Diana Rafaela, Dulce Maria, Flávia Alexandra, Hélder Ricardo, Helena Sofia, Isabel, Ivan Filipe, Ivone Cristina, João Pedro, Maria de Fátima, Miguel, Nuno Jorge, Pedro Daniel, Ricardo Daniel, Ricardo Manuel, Sara Cristina, Sofia, Tiago Director de Turma: Paulo Manuel Faria

8.º C - Andreia Cristina, Carla Sofia, Cristiano André, Daniel, Helder, Hugo Xavier, João Manuel, Joel, José Manuel, Noémia Cristina, Paula Juliana, Paula Sofia, Pedro Miguel, Rafaela Alexandra, Rui Filipe Batista, Rui Filipe Gomes, Rui Manuel, Sandra Marisa Directora de Turma: Alcina Maria Silva

8.º B - Ana Catarina, Ana Margarida, Ana Patrícia, Andreia, António Daniel, Catarina Daniela, Daniel Fonseca, Daniel Filipe, Daniela Filipa, Diana Filipa, Diana Manuela, Fábio Cristiano, Gabriel Joaquim, Helder Manuel, Igor Daniel, Isabel Cristina, João André, Jorge Fernando, Jorge Filipe, José Luís, Luísa Catarina, Rafael, Sandra Director de Turma: José António Silva

9.º A - Ana Isabel, Ana Rita, Ana Sofia, André Filipe, Andreia Filipa, Carmen Daniela, Fernando Rui, Helena Marisa, Ivan, José Gualdino, Marco André, Pedro Miguel, Ricardo André, Ricardo Fernando, Tiago Daniel, Tiago Manuel, Vânia Daniela, Vítor Hugo Directora de Turma: Sandra Cristina Viela

99


casa das linguagens

9.º B - Adriana Maria, Ana Beatriz, Ana Olinda, Ana Rita, André Filipe, Carina, Daniel Lima, Daniel Faria, Daniela Filipa, Daniela Sofia, Diana Catarina, Diogo João, Eduarda Rafaela, Fernando Jorge, Flávia Patrícia, Inês Alexandra, João Rafael, José Alberto, Luís Miguel, Márcio Daniel, Nelson, Pedro Miguel, Ricardo Directora de Turma: Maria Isabel Venda

9.º C - André Filipe, André Miguel, Anthony, Bruno Miguel, César Augusto, Diogo Daniel, Duarte Manuel, Helder Daniel, Joana Catarina, Jóni Manuel, Paulo Xavier, Rúben Filipe, Sérgio Rafael, Silvana Catarina, Susana Maria, Tânia Marina, Teresa, Vera Lúcia Directora de Turma: Laura Maria Narciso

100

casa das linguagens

CEF - Ana Daniela, Ana Liliana, André Cristiano, Bruno Miguel, Cristiana Alexandra, Dário Stefano, Fábio, Filipa Daniela, Hugo Miguel, João Daniel, João Manuel, João Miguel, José Manuel, Manuel Bernardino, Paula Alexandra, Pedro Miguel, Ricardo José, Vera Patrícia Director de Curso: Cristóvão Machado | Director de Turma: Manuel Caravana

101


casa das linguagens

102

casa das linguagens

103 Pessoal N達o Docente do Agrupamento


casa das linguagens

104

casa das linguagens

105 Pessoal Docente do Agrupamento


casa das linguagens

106

casa das linguagens

107


casa das linguagens

108


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.