Simposio Cultura Arte e Tecnologia

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Textos: Carla Deboni, Edison Veiga, Giovana Franzolin, Marina Torres, Thaís Teixeira e Viviane Aguiar Diagramação: Edison Veiga e Thaís Teixeira Jornalista Responsável: Angelo Sottovia Aranha (Mtb 12.870) Organização:Paulo Araújo, Leandro Nomura, Naná Prado e Viviane Aguiar

E-mail: extrasesc@yahoo.com.br

Bauru, 22 de setembro de 2004

Cobertura Especial - Simpósio Cultura: Arte e Tecnologia

Jornalismo/FAAC - Unesp

Abertura atrai mais de 500 pessoas Prof. Quartim aproxima os conceitos de cultura, arte e tecnologia o primeiro dia do Simpósio Cultura: Arte e Tecnologia, a área de convivência do SESC foi palco de grande movimentação, tanto pelos já inscritos que se credenciavam quanto por aqueles que buscavam possíveis vagas remanescentes nas palestras, conferências, oficinas e curso. Segundo organizadores do evento, todas as vagas oferecidas para a oficina de Animação, Fotografia Digital e para o curso de Comunicação Especializada já haviam sido preenchidas na últimaquinta-feira. Os interessados nas mostras, exposições e palestras ainda tiveram a chance de participar. As últimas 50 vagas foram rapidamente preenchidas no início da tarde, totalizando 600 inscrições. Dentre as oficinas e cursos disponíveis, a que apresentou maior demanda foi a de Animação que, embora oferecesse 20 lugares, foi procurada por mais 30 pessoas. A solenidade que abriu oficialmente o Simpósio contou com a presença de Luís Ernesto Alvarez Figueiredo (gerente do Edison Veiga / Extra!

estante

INSTANTE DA

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Quartim é contra os estrangeirismos

SESC-Bauru), do Prof. Dr. Antonio Carlos de Jesus (representante da Unesp), de Lourenço Magnoni (da Associação dos Geógrafos Brasileiros -AGB) e de Newton Cunha (administração geral do SESC-São Paulo). Às 15h teve início a palestra Cultura tecnológica no século XXI, com o Prof. Dr. João Quartim de Moraes (da Universidade de Campinas).

Jornalismo pontoponto ponto

ponto com

Ricardo Nicola, autor de Cibersociedade

Título: Cibersociedade Número de páginas: 168 Editora: Senac Preço: R$ 24,00

Pesquisador de teorias políticas contemporâneas, Quartim aproximou os conceitosdecultura,arte e tecnologia através das idéias de forma e trabalho, o que serviu como subsídio às demais discussões do dia. A palestra atraiu cerca de 550 pessoas que se manifestaram por meio de comentários e inúmeras perguntas. No entanto, Quartim acabou não conseguindo responder todas devido ao tempo escasso.

rais locais. Segundo ele, “o interesse pelo outro é fascinante, o estrangeiro é interessante em tudo. Quem só se interessa por quem é igual tem estreiteza mental”. Outro ponto abordado foi o estrangeirismolingüístico,principalmente por órgãos oficiais ou siglas como Aids e DNA, que teriam correspondentes no idioma português em Sida e ADN. Para Quartim, “é ridículo que órgãos brasileiros usem terminologia estrangeira. No caso de siglas, é difícil saber do que se estáfalando”. Apesar de resistente em relação à incorporação desses estrangeirismos, o professor acredita que o bloqueio às “Pinta a tua aldeia e serás manifestações estrangeiras não deve ser total. “Uma coisa é universal” defender sua identidade cultural, A partir dessa citação do outra totalmente diferente é escritor russo Tolstoi, Quartim preconizar a vesguice cultural, o desenvolveu um raciocínio sobre preconceito”,afirma. aglobalizaEdison Veiga / Extra! ção e seus efeitos nas manifestações cultu-

Edison Veiga / Extra!

primeiro livro lançado no Simpósio Cultura: Arte e Tecnologia foi Cibersociedade, do Prof. Dr. Ricardo Nicola, da Unesp-Bauru. Publi-cada pela editora Senac, a obra é a 16º da coleção Ponto Futuro, que abrange 18 títulos. Cibersociedade é uma adaptação da tese de doutorado de Nicola que, como professor de jornalismo,sentiaumadeficiência

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Mais de 500 pessoas compareceram à primeira palestra

no currículo do curso quanto ao um outro livro, concluindo a colejornalismo digital, daí a idéia de ção, sob o título provisório de desenvolver pesquisas na área. Cibercidadania. O livro contém, em linhas gerais, uma metodologia para E o livro que vai ser viabilizar o ensino da disciplina lançado hoje é de jornalismo digital. Segundo o Polifonia Urbana, de professor,“oserrosdejornalismo on-line advêm da falta de prática Célio José Losnak. e de conhecimento do sistema da Às 18 horas, no estande Internet”. da Livraria Unesp. Nicola tem planos de lançar


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Cobertura Especial - Simpósio Cultura: Arte e Tecnologia

Jornalismo/FAAC - Unesp

Onipresente sem ser deus Possibilidades geradas por tecnologias de última geração foram o ponto de partida para discutir as relações humanas nteratividade, mobilidade e conexão generalizada são palavras-chave para descrever a tecnologia de última geração. Segundo o conferencista André Lemos, pesquisador da cibersociedade, o acesso ao espaço virtual será feito cada vez maisapartirdeaparelhossemfio, ou espalhados em vários pontos da cidade para uso público. Participar ativamente do universo on-line já é possível, como atestam, por exemplo, os milhares de orkuteiros. Qualquer pessoa que conheça um pouquinho um computador pode criar sua rádio virtual, revista eletrônica ou site. Uma vez disponíveis na rede, as criações individuais passam a pertencer à coletividade. É o que Lemos chama de sociologia móvel: a rede é de todos, global. O crescimento da cibersociedade não destrói os espaços

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já existentes, e sim os conecta. Lemos chama isso de ´era da conexão´: “Todo monumento possui memória histórica, mas essa memória só é acessível para aqueles que podem pesquisá-la. Com a conexão, os objetos poderão transmitir sua memória e informações históricas para outros objetos, como um celular com acesso à internet, independentemente da interferência do usuário”. Controlar horários e aparelhos eletrônicos é uma das possibilidades embutidas nos sensores dos celulares.

Clique no mouse ou aperto de mão? Esse processo não possui natureza comunicativa, apenas informativa. “Nós nos construímos a partir daquilo que o outro pensa de nós, ou que nós queremos que pense”, afirma o

conferencista José Edison Veiga / Extra! Carlos Rocha. As inovações tecnológicas interferem nesse processo, já que toda invenção técnica causa impacto na cultura e se reflete nas relações humanas. “O homem é artificial por natureza”, diz Lemos. A apocalíptica pregação de que as relações mediadas por computador afastariam as pessoas umas das outras cede lugar à percepção de que participar,porexemplo,de Rocha comenta os processos comunicativos comunidades virtuais, não substitui um encontro com os amigos num bar. mas a escrita foi inventada há Outra questão abordada foi a cinco mil anos e ainda hoje há exclusão digital. “Lutar para que analfabetos. A exclusão não todos tenham acesso aos novos ocorre só em relação às novas conhecimentos é fundamental, tecnologias”, conclui Lemos.

Música Mosaico soando, suando, sendo sons Espiralando os metros quadrados da área de convivência do Sesc

Edison Veiga / Extra!

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hora em que acontece, já que todos os sons e imagens são únicos e não podem ser programados: muitos surgem no momento. Quebrar o ritmo das músicas, quebrar o “Não há regras nem limites para nossa criação”, ritmo do cotidiafirma Alcântara ano urbano e, de quebra, quebrar todas as regras. Re-signifi- beça, e de repente você decide car a cidade através de experi- usar o mapa de outra cidade, e mentações sonoro-visuais é de- acaba descobrindo lugares que cretar que os espaços são aber- você nem desconfiava que existos, e podem ser modificados. In- tissem”, exemplifica Adad Zoom. vadidos. “É como sair pelas ruas “Ésairàderiva”.Fazerrespirarum com um mapa da cidade na ca- pulmão de vidro e asfalto. Thaís Teixeira / Extra!

doscópicas. A música eletrônica é o motor, misturada com outros sons aparentemente inconciliáveis. “A mistura de linguagens acabou sendo tanta que a gente não sabia mais onde comecava uma e começava outra. Nem design, nem cinema, nem música, nem arte: tudo junto, um hibridismo de linguagens, do qual o públicopodeparticipar”, define Fernando TRZ, integrante da dupla Lavoura Eletro. De acordo com os músicosinterventores, o show começou a ser preparado há dois meses, mas só fica Figurinos elaborados compõem personagens pronto mesmo na

óbile Coletivo + Lavoura Eletro = a) música b) imagens c) dança????? Translinguagens. Essa foi a matéria-prima do show de ontem. Imagens em rápida sucessão; risos de panelas e correntes; grife de penas, fitas, canudos de plástico e tinta; cores-luz calei-


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Bauru, 23 de setembro de 2004

Cobertura Especial - Simpósio Cultura: Arte e Tecnologia

Diversidade sem

Jornalismo/FAAC - Unesp

desigualdade

Conferencistas criticam o atual modelo da educação e propõem alternativas Edison Veiga / Extra!

o debate O Conhecimento Formal e o Processo de Inclusão/ Exclusão na Educação Escolar, os professores Sérgio Franco e José Libâneo discutiram propostas pedagógicas para se re-significar o saber escolar a partir de concepções de qualidade de ensino. Incluir é garantir que a diversidade sócio-econômica, física e cultural dos estudantes não prejudique sua escolarização. Franco é diretor de Políticas Públicas da Secretaria de Educa-

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ção à Distância do MEC e acredita que os conhecimentos transmitidos pela escola devem estar mais próximos da realidade dos alunos. “A educação formal muitas vezes pode ser uma barreira na vida do aluno, mas issonãosignificaqueeladevaser jogadafora”,disse. O outro conferencista, Libâneo, criticou o método de progressão continuada. “A extinção da repetência não garante o fim do custo social da reprovação”, afirmou. Autor de

diversos livros sobre didática e métodos pedagógicos, ele é professor da Universidade Católica de Goiás. Libâneo deixou Os palestrantes, mediados pelo professor Misael Vale claro que acredita na escola como espaço para sujeitos pensantes”, ressaltou. democratizaçãoculturalepolítica Ele ainda defendeu que o e como único caminho para a aprendizado parta do universo igualdade e inclusão social. “A vivenciado pelos alunos, principal tarefa da escola não é garantindo assim o seu acesso formar sujeitos sabidos, mas sim aos bens culturais.

Oficinas mesclam teoria e prática Participantes do Simpósio têm a oportunidade de aprimorar técnicas e aptidões

César Casella orienta os participantes da Oficina de Animação

os inscritos, estavam estudantes de jornalismo, mestrandos, profissionais e outros interessados no estudo da comunicação. Segundo Alexino, hoje o curso vai se aprofundar na cobertura especializada das áreas de ciências,

tecnologia e cultura, e os estudantes terão orientação sobre a estrutura da pauta e do textoespecializado. No Extra! de amanhã, informações sobre a oficina de FotografiaDigital.

a vez da voz voz voz voz

na história Título: Polifonia Urbana Editora: Edusc Preço: R$ 35,00

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Marina Torres / Extra!

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pretendem filmar amanhã”, conta César Casella, responsável pela oficina. Segundo Casella, na quinta-feira cada um dos três grupos formados produzirá uma pequena animação, de até um minuto. “A intenção é exibir os vídeos produzidos no decorrer do dia,naáreadeconvivência”,diz.. O curso de comunicação especializada começou com 22 inscritos. Como os alunos não tinham a mesma formação, o professor responsável, Ricardo Alexino, iniciou com o conceito e a definição da comunicação social e suas abrangências. Entre

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ntem foi o primeiro dia das oficinas de Animação, de Fotografia Digital e do curso de comunicação especializada em cultura, arte, tecnologia e ciências. Todas as turmas ficaram lotadas. Na oficina de Animação, os participantes tiveram noções de técnicas de animação e de como proceder para fazer um vídeo em stop-motion, técnica eu que se fotografa objetos parados para dar a ilusão de movimento. “No primeiro dia da atividade, os inscritos fizeram um rough-board do roteiro, contendo as idéias que

Edison Veiga / Extra!

Losnak é autor de Polifonia Urbana

professor Célio José Losnak, da Universidade Estadual Paulista, lançou ontem seu livro Polifonia Urbana. A obra analisa a construção do espaço urbano de Bauru nas décadas de 50, 60 e 70, a partir de depoimentos recolhidos em jornais e documentos. A visão de jornalistas,políticos,urbanistas e outros moradores da cidade, como prostitutas e marginais, é resgatada e interpretada no contexto político da época. O livrointegraasérieHistória.

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Bauru, 23 de setembro de 2004

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Tecnologia da

Jornalismo/FAAC - Unesp

arte criativa

Inovações tecnológicas deixam marcas na tela e no corpo

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mem frente às novas tecnologias com a figura mitológica de Cérbero, cão de três cabeças que impedia a entrada de mortais no inferno e que não permitia que nenhuma alma de lá escapasse. Segundo o professor, “as três posturas que podemos adotar em relação ao mundo contemporâneo são: colocarmo-nos contra a tecnologia, deslumbrarmo-nos diante dela ou simular algum posicionamento”. Em seguida, através da utilização de slides que ilustravam criações feitas a partir da conjunção arte-tecnologia, Sogabe demonstrou como “o artista tenta estar em sintonia com seu tempo, para que sua arte acompanhe as mudanças e aponte para

Marina Torres / Extra!

conferência sobre Artetecnologia:criatividadee imaginação, que ocorreu na segunda noite do Simpósio, às 19h, teve a participação do Prof. Dr. Milton Sogabe, da Unesp de São Paulo, e do Prof. Dr. Olympio José Pinheiro, da Unesp-Bauru, discutindo as várias formas de influência da tecnologia na arte, numa espécie de histórico que envolvia tanto movimentos quanto conceitos estéticos. Olympio deu início à conferência, e apresentou a polêmica em torno de temas como modernismo, modernidade e pósmodernismo, tão presente em estudos de diversos intelectuais e artistas. Concluiu fazendo uma comparação da posição do ho-

novos caminhos”. Um exemplo citado foi o Impressionismo que, de acordo com o professor, “hoje parece algo antigo, mas que na época foi revolucionário e lançou bases para diferentes manifestações da arte”. Dentre os slides exibidos, estavam exemplos de instalações interativas, arte digital, holográfica (que provoca a ilusão de terceira dimensão) e arte-telecomunicação. Além disso, Sogabe deu exemplos de como não só a tecnologia, mas também a ciência tem forte aproximação com a arte, no caso de cirurgias plásticas e aparelhos introduzidos no corpo que o modelam e o modificam notavelmente. É a abolição de todas as molduras.

Em sua apresentação,o conferencista Sogabe demonstra como a arte acompanha a sua época

www.trama.com.br

Ginga Virtual www.trama.com.br

Jair Oliveira animou o público com composições próprias e clássicos da MPB inásio cheio para a música brasileira. O cantor, compositor, instrumentista e produtor Jair Oliveira atraiu centenas de pessoas no show de lançamento de seu álbum, “3.2”, ontem à noite.OCD,estritamentevirtual, inaugura uma nova etapa na carreira do músico, que pela primeira vez disponiliza suas composições na Internet. Através do site da gravadora Trama (www.trama.com.br), os fãs de Jairterãotrês meses, desde ontem, para

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Edison Veiga / Extra!

fazer o download grátis das faixas. O disco “3.2” oferece oito músicas que não foram incluídas em seu álbum anterior, “3.1”, do ano passado. Filho do cantor Jair Rodrigues e ex-integrante do grupo infantil dos anos 80, BalãoMágico,Jairé um adepto dos downloads via net. “A música não é do compositor ou do cantor, é do Edison Veiga / Extra!

público. É maravilhosa a possibilidade do fã interagir e modificar nossas composições”, diz. Questionado sobre como definiria seu próprio som, Jair comenta que não gosta de classificar não só o seu som, como o de nenhum outro músico. “Eu faço música brasileira”, diz. E as batidas acrescentadas pelo músico casam perfeitamente com o suingue do Brasil. Aos fãs de Balão Mágico, que insistem em relembrar as velhas canções da infância, Jairzinho comenta: “Acho isso ótimo, é lindo. Eu próprio era fã do Balão antes de entrar para o grupo”. No show de quase duas horas, Jair apresentou canções inéditas e outras de seus três álbuns anteriores. Também entraram no repertório clássicos da MPB e uma nova roupagem de “Superfantástico”, do Balão Mágico. Ele não se esqueceu de homenagear o pai, ao cantar “Disparada”.

Riso crítico onhecimentos extras sobre o desenho de humor na imprensa, risadas e anedotas espontâneas – do público e dos especialistas – foram o saldo dos participantes do batepapo sobre histórias em quadrinhos e cartoons de ontem. Os chargistas Gilberto Maringoni, colaborador da Carta Capital, e Gustavo, do jornal esportivo Lance e um dos poucos brasileiros que trabalham com desenhos humorísticos no esporte, apresentaram slides com obras suas e elucidaram as diferenças entre charge e cartoon. O bate-papo com os chargistas continua hoje, às 17h, no auditório do Sesc.

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Bauru, 24 de setembro de 2004

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Jornalismo/FAAC - Unesp

Espaço e ponto final

Alternativas de estruturação “habitaram” o último dia do Simpósio

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você não é cidadão, você é consumidor”, complementa Pinheiro. Ambos concordam que a sustentabilidade que vem sendo proposta não levará a lugar algum. Para eles, o problema não é consumir, mas a forma como os produtos vem sendo consumidos. “Não há sustentabilidade fora da consideração da cultura técnica”, afirma Moreira Noite O arquiteto e professor Rodrigo Firmino deu início à última conferência do simpósio, tratando da relação entre a organização das cidades e o desenvolvimento da tecnologia. Para isso, Firmino comparou as políticas públicas implantadas na Antuérpia, na Bélgica e em New Castle, no Reino Unido: a primeira integrada e a segunda fragmentada. “O exemplo da Antuérpia mostra o quanto uma agência pública para inspecionar e coordenar a estratégia urbana e tecnológica é importante”, conclui Firmino. Encerrando o simpósio, o prof. Dr. Marcos Tognon fez uma aná-

Viviane Aguiar / Extra!

Tarde s conferencistas Sebastião Pinheiro, técnico administrativo da próreitoria de extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e Ruy Moreira, professor dos cursos de Geografia também da UFRG, trataram do tema tecnociência de maneira intrigante. Entre “causos” pessoais e indagações, os palestrantes prenderam a atenção da platéia e motivaram várias perguntas. Engenharia genética, educação e legislação ambiental, sustentabilidade... Para entender a relação homem-meio ambiente, é importante pensar um pouco na históriadopovobrasileiro.“Eles não eram atrasados, eram contemporâneos da sua contemporaneidade”, argumenta Moreira. “O perfil da sociedade mudou, a cultura técnica mudou. Não daria para viver o passado nos moldes atuais”. “O meio ambiente é algo mais nobre, é um rasgo cultural da identidade de um povo. É importante contextualizá-lo nas raízes do povo, por que senão

Pinheiro e Moreira: espaço ambiental

lise histórica de várias obras de restauro arquitetônico. A exposição foi feita através de imagens que ilustraram o quanto a tecnologia sempre esteve presente nesse processo. “Desde o século XVII que a tecnologia é empregada a favor da preservação das obrasarquitêtõnicasnoBrasil.Na Itália esse processo chega a ser mais remoto”, finalizou Tognon, que é professor assistente da cátedradeHistóriadaArquitetura Barroca na Universidade de Pisa.

Viviane Aguiar / Extra!

Firmino: espaço arquitetônico

+2 +2 Mais dois livros +2 são lançados Prof. Dr. Luciano Título: As cores na mídia Guimarães fez, ontem, o Editora: Annablume lançamento de seu Preço: R$ 36,00 segundo livro, “As cores na

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Edison Veiga / Extra!

Guimarães: um estudioso das cores

mídia”. Na obra, ele pretende “dar transparência às intencionalidades do uso da cor na mídia, tanto para quem produz, quanto para o público”, conta. O pesquisador transcende a abordagem das cores como mero recurso estilístico,encarando-as como importantes transmissores de informação quando aplicadas aveículosjornalísticos. Em seu quinto livro, Gilberto

Maringoni deixa as charges de lado e se lança ao romancereportagem. O jornalista narra, em “A Venezuela que se inventa: poder, petróleo e intriga nos tempos de Chávez” a história da crise do país, que explodiu durante o governo de Hugo Chávez. “Não faço um tratado, mas o livro é escrupulosamente cheio de dados”, conta. O livro é fruto de quatro viagens feitas pelo autor ao país, entre 2002 e 2003, onde realizou extensas pesquisas históricas e dezenas de entrevistas.

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Título: A Venezuela que se inventa Editora: Perseu Abramo Preço: R$ 30,00 Edison Veiga / Extra!

O chargista Maringoni, agora lançando um livro-reportagem


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Bauru, 24 de setembro de 2004

Cobertura Especial - Simpósio Cultura: Arte e Tecnologia

Gaiola ecológica Fotografia aprisiona natureza sem tirar sua liberdade oficina Edison Veiga / Extra! de FotografiaDigital encerrou-se ontem, mas seus participantes não pretendem parar por aí. Estimulados pelo fotógrafo Du Zuppani, instrutordaoficiFotografia digital seduz por sua praticidade na, eles criaram um grupo virtual para trocar in- visual do fotógrafo no momento formaçõeseidealizarprojetosfo- do clique, sem adulterar o conteútográficos. O próximo passo será do da imagem”, diz Zuppani, prea construção de um site. ocupado com a autenticidade do O curso foi dividido em duas produtofinal. etapas: na quarta-feira, Zuppani O designer e fotógrafo Ricardo passou conceitos básicos de fo- Yamada achou importante ter partografia e mostrou um pouco do ticipado da oficina. “Sempre me seu trabalho, no qual a natureza identifiqueicomfotografia,priné o tema central. Já na manhã de cipalmente voltada para a natuontem, os participantes, munidos reza”, conta. Ele é um entusiasta de câmera e boas idéias, foram ao dafotografiadigital,consideranzoológico para uma experiência do-a menos agressiva e mais verprática. À tarde, em um labora- sátil e ágil do que a convenciotório da Unesp, as fotografias re- nal.“Afotografiadigitalgerameceberam tratamento de cor e ilu- nos resíduos, já que não utiliza minação. “Esse tratamento obje- filmesnempapelfotográfico”,fitiva apenas recuperar a memória naliza Yamada.

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Jornalismo/FAAC - Unesp

Enquanto isso,

nos corredores do Sesc

Mostra de vídeos: Os interessados tiveram acesso a 28 produções audiovisuais dos alunos da Unesp, dentre elas documentários, programas de TV e animações. Disponibilizados em 15 computadores da Sala de Internet Livre, os vídeos puderam ser vistos aleatoriamente, de acordo com a curiosidade de cada expectador. Viviane Aguiar / Extra! Mostra de trabalhos: Nem só as conferências tiveram conteúdo teórico no Simpósio, mas também a Mostra, que ocorreu pela manhã nos dois últimos dias do evento. Estudantes de jornalismo foram a maioria dentre os 36 pós-graduandos da Unesp que participaram da mostra. Maquete do DAE: Uma maquete produzida pelo Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Bauru também atraiu a

atenção dos que circularam no Sesc durante o Simpósio. A instalação é uma réplica da estação da cidade, com suas três etapas principais (Floculação, Decantação e Filtragem), como explicou Emílio Galhardo, técnico químico do DAE e idealizador da maquete. Exposição Faac: Durante os três dias do evento, os alunos da Unesp tiveram a oportunidade de expor alguns de seus trabalhos na área de convivência. Maquetes, protótipos, croquis, jornais e projeção de fotos ficaram à disposição dos freqüentadores, instaladas no corredor de malha branca. Oswaldo Torres foi um dos que passearam pelo “tubo”. Para ele, “a instalação, apesar de não ter identificação em todos os trabalhos,atraiupelovisual,pelo aspecto. Está muito bonita”, diz.

Multi-sonoridade

A beleza da nova e da velha música brasileira com o suingue do Eletrosamba grupo carioca EletroSamba fechou o Simpósio Cultura: Arte e Tecnologia sacudindo o público na noite da última quinta-feira. Com o Cd ainda por ser lançado no dia 4 de outubro, já tem no currículo o reconhecimento inter-

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nacional, uma indicação ao prêmio Multishow de música brasileira e eventos como Skol Rio 2003 e 2004, Telefônica Open Air 2003, Vivo Open Air 2004 e Coca Cola Vibe Zone 2004. O grupo estourou depois de uma gestação de nove meses no bar carioca Melt e está trabalhando para atingir um público novo. "O que importa é o reconhecimento da banda, então, se tiver uma, 30 ou duas mil pessoas, a gente vai tocar do mesmo jeito",disseWellington Soares. O propóThaís Teixeira / Extra! sitoéresgatarereno-

var a música brasileira paraosprópriosbrasileiros e também para os estrangeiros conhecerem a qualidade desse produto nacional. Dj Negralha, Cesar Belieny, Felipe Rodarte, Wellington Soares e Waltinho da Mangueira formam o grupo harmônico, que tem por base o respeito - simbolizado pelo inseparável São Jorge que compõe o cenário do show. Fé, valores, conceitos e muita intimidade com a música andam junto com os integrantes do EletroSamba, que sabem que o sucesso está ao lado de quem produz com qualidade.

Thaís Teixeira / Extra!

Thaís Teixeira / Extra!


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