Múltipla Dança 2017

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apresentam

FESTIVAL INTERNACIONAL

DE DANÇA CONTEMPORÂNEA

20 a 27 de maio de 2017


Todas as atividades do Múltipla Dança têm entrada gratuita. Os ingressos devem ser retirados no local, uma hora antes dos espetáculos.

Direção geral Marta Cesar Coordenação de programação e curadoria Jussara Xavier e Marta Cesar Produção executiva e coordenação administrativa Neiva Ortega Assistência de produção técnica Juarez Mendonça Jr. Projeto gráfico e mídia eletrônica Paula Albuquerque Site e ilustração Fabio Dudas (sobre foto de Cristiano Prim/Espetáculo Protocolo Elefante, Grupo Cena 11 Cia. de Dança) Assessoria de imprensa Néri Pedroso Fotografia e vídeo Cristiano Prim Articuladoras Jussara Xavier, Marta Cesar, Neiva Ortega, Néri Pedroso e Paula Albuquerque Agradecimentos Daiane Dordete, Eneléo Alcides, Felipe Arthur Moritz, Ivo Godois, Raquel da Silva, Regina Levy, Rodolfo Pinto da Luz, Selma Junkes

Informações e inscrições multipladanca.art.br facebook.com/festivalmultipladanca

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Ano 10 A melhor descrição de Ida Mara Freire é o seu sorriso. É, também, a majestade com a qual ela adentra cada mundo, transformando-o. Sempre com alegria, também com muita seriedade e disciplina. Afinal, compreende que a vida é coisa séria, e não perde tempo. “A criação no lugar da falta”, sentencia com sabedoria. Escritora, educadora, dançarina, diretora, aventureira, pesquisadora incansável. Questionadora e perseguidora de respostas. Que corpo pode constituir o dançarino? Que movimento pode constituir a dança? O que é ver? O corpo esquece? O que faz a dança se entrelaçar com a vida ao ponto de desconhecermos se é a vida dedicada à dança, ou se a dança que é dedicada à própria vida? Seus dizeres costumam mesclar provocações (a exemplo destas perguntas, todas retiradas de seus escritos) com poesia, oferecendo alguma espécie de beleza e a possibilidade de contato com o que ela costuma chamar de “invisível”. Múltipla Dança 2017 homenageia Ida Mara e seu entusiasmo, seja pela dança na vida, seja pela vida na dança. A realização deste festival pode ser considerada uma façanha. A grave crise econômica e política brasileira pune também o setor cultural. Não à toa, esta edição aproxima-se de uma prática de economia solidária - tema presente em um dos diálogos programados. A estreia catarinense de Protocolo Elefante do Cena 11 viabiliza-se, em parte, graças a uma arrecadação de fundos promovida pelo grupo no site de financiamento coletivo Catarse. Junto ao Cena 11, outros catarinenses compõem o programa. E é pelo esforço cooperativo destes convidados que o 10º Múltipla Dança ganha vida. Agradecemos a disponibilidade em assumir uma atitude corresponsável com relação a este encontro, reconhecidamente importante ao contexto da dança profissional brasileira. Buscando preservar a diversidade de públicos e danças, agendamos o espetáculo Convite ao Olhar, da Lápis de Seda, núcleo que inclui bailarinos com deficiências em seu elenco. E, ainda, o espetáculo Para Todos os Seguintes, da Key Zetta e Cia., especialmente para a plateia infantil. Destacamos a presença de Inês Bogéa e sua palestra acerca da documentação da dança por intermédio do vídeo. Inestimável é a parceria com o festival Dança em Foco, que novamente possibilita a mostra de videodança. As danças desta edição dizem sobre a sensação de pertencimento e construção identitária, a escolha entre necessidade e desejo, os processos de transfiguração e reconhecimento. Abordam os confrontos cotidianos, a valorização da singularidade humana e a possibilidade de mudar o mundo. Fixam a intensidade do corpo e do movimento, a alegria inesperada, a dança que se quer, apenas, dança. Sejam bem-vindos! Jussara Xavier e Marta Cesar 1


mara rubia nonnenmacher

homenagem IDA MARA FREIRE

Membro do conselho editorial do periódico Research in Dance Education. Integrante do Alteritas - grupo de estudos e pesquisas sobre diferença, arte e educação. Desenvolve projeto voluntário na área da dança, na Associação Catarinense de Integração do Cego (Acic). Dedica-se ao projeto Jornadas Criativas, no qual encoraja pessoas à dançarem suas histórias. Autora do site Danças Invisíveis e Outras Corpografias – www. idamarafreire.com.br. Desde 2009, assina críticas de dança para o jornal Notícias do Dia (Florianópolis/SC). Fundou e dirigiu o Potlach Grupo de Dança, produzindo o espetáculo e a videodança Quatro (2005), e a videodança Que Sei Eu? (2009). Professora aposentada da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Autora do livro Um Olhar sobre a Criança: estudo exploratório sobre as experiências da criança vidente e não-vidente de dois anos de idade (NUP, 1995). Coorganizadora da publicação Um Olhar sobre a Diferença: interação, trabalho e cidadania (Papirus, 1998). Fez graduação em pedagogia pela Universidade Metodista de Piracicaba (1984), especialização em dança cênica pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc/2000), mestrado em educação especial (educação do indivíduo especial) pela Universidade Federal de São Carlos (1989), doutorado em psicologia (psicologia experimental) pela Universidade de São Paulo (1995), pós-doutorado em tópicos específicos da educação (Disability Arts) pela University of Nottingham (2002), pós-doutorado na área de dança na Universitiy of Cape Town, África do Sul (2012).

Autorretrato

(por Ida Mara Freire)

Observando silenciosamente o mundo e interagindo com sua família e a vizinhança, aprendeu a ler e a ver as horas antes de frequentar uma escola. A escrita assim aconteceu: rastros no espaço, traços de paisagens humanas, registros diários em lápis e papel. Mas, entre o não ver e ser visto – a diferença vivida seja na cor da pele, na condição feminina, na trajetória espiritual, e também estudada tornou-se dança, palavra, e hoje se apresenta como palavra dançada: ela é pedagoga, especialista em dança, no seu mestrado pesquisou a interação mãe-criança, durante seu doutorado identificou a dança no corpo de quem não vê, em seus estudos pós-doutorais, na Inglaterra e na África do Sul, dançou a diferença e o perdão... Atualmente, além de dedicar-se à escrita, ela encoraja mulheres na dança da vida. 2


cristinao prim

em cena

20 de maio, 20h, Teatro Pedro Ivo – ESTREIA ESPETÁCULO Protocolo Elefante – Grupo Cena 11 Cia. de Dança (SC) Protocolo Elefante investiga a ação de afastamento e isolamento do elefante na iminência de sua morte, uma metáfora de separação e exílio. Um questionamento sobre o modo como fatores contidos no ambiente ao qual pertencemos (pessoas, comportamentos, línguas, afetos, objetos e dispositivos relacionais de convívio) são afetados quando migramos a sós para um contexto diverso e distante destas familiaridades e simetrias do pertencer. O acionamento do sentimento de falta, produzido por este encontro assimétrico de identidades, é um importante objeto condutor para algumas perguntas chave que conduziram a pesquisa: o que é pertencer ou necessidade de pertencimento? Qual é a nossa definição de identidade? Ritual de descontinuidade e vestígio, Protocolo Elefante é entender identidade como entropia. É propor um grupo compartilhando a solidão que nos define. Criação, direção e coreografia Alejandro Ahmed Criação e performance Aline Blasius, Edú Reis Neto, Hedra Rockenbach, Jussara Belchior, Karin Serafin, Marcos Klann, Mariana Romagnani e Natascha Zacheo Direção de trilha, iluminação e performance Hedra Rockenbach Assistência de criação Mariana Romagnani Direção de figurino e assistência de direção Karin Serafin Assistência de ensaio e preparação técnica Malu Rabelo Elementos de cena Roberto Gorgatti Residência Vestígio e Continuidade Bienal Sesc de

Dança 2015 / Sesc Consolação 2016 Projeto Selecionado Rumos Itaú Cultural Este projeto foi contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2014 Projeto realizado com o apoio do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Fundação Catarinense de Cultura, Funcultural e Edital Elisabete Anderele/2014 (Ficha técnica completa em multipladanca.art.br) Duração 90 minutos Indicação 16 anos 3


pedro alípio nunes

21 de maio, 14h, dunas da avenida das Rendeiras, Lagoa da Conceição COMPOSIÇÃO URBANA O que É Estar Aqui? – projeto Corpo, Tempo e Movimento (SC) Um local específico da cidade fornece percursos a serem trilhados e reinscritos a partir da provocação: o que é estar aqui? Trata-se de uma proposição ao público, um convite à partilha de um mesmo espaço-tempo para a construção coletiva de um habitar momentâneo que pode deixar suas marcas mesmo na tentativa de apagá-las. Criação e concepção Diana Gilardenghi, Milene Duenha, Paloma Bianchi, Sandra Meyer Interlocutora convidada Luana Raiter Duração 60 minutos Indicação Livre para todos os públicos

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Cauan Feversani cris lyra

21 de maio, 16h, Teatro Álvaro de Carvalho ESPETÁCULO INFANTIL Para Todos os Seguintes – Key Zetta e Cia. (SP) Peça criada para crianças, que traz em si uma tonalidade intensiva de corpo, movimento, gesto, som, cor e luz, numa tal medida e modo que tanto os pequenos quanto os adultos que as acompanham acabam por ter uma experiência alegre - no sentido de uma força ativa e de um devir infantil que envolve todos que ali presenciam o espetáculo. Quatro pessoas dançam intensamente ao som da doce e refinada composição musical, num jogo cênico de movimento que brinca com as possibilidades da mágica. Não exatamente apostando na ilusão, mas sim na alegria em provocar efeitos ilusionistas criados com objetos, os próprios corpos e seus modos de mover. Os percursos desenhados por cada personagem se entrecruzam, promovem encontros inusitados no espaço no qual a cor vermelha predomina e intensifica a percepção. O inesperado emerge numa dança cheia de ritmos, nuances e surpresas a cada instante. Para Todos os Seguintes é o primeiro espetáculo infantil dirigido por Key Sawao e Ricardo Iazzetta. Direção Key Sawao e Ricardo Iazzetta Intérpretes Carolina Minozzi, Key Sawao, Mauricio Flórez e Ricardo Iazzetta Trilha sonora Ramiro Murillo Música Ramiro Murillo ou Aguinaldo Bueno Coordenação de arte e espaço cênico Hideki Matsuka Assistência Beatriz Sano

Fotos Cris Lyra Projeto gráfico Artefactos Bascos Produção Key Zetta e Cia. e Maíra Silvestre/Carpideiras Duração 35 minutos Indicação Livre para todos os públicos Projeto contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2013

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Thaís Alvez

21 de maio, 20h, Sala Espaço 2 CEART INSTALAÇÃO COREOGRÁFICA Fome – Entropia - Experiências Artísticas (SC) Fome é uma instalação coreográfica pensada a partir das consequências geradas pela industrialização da carne, na tentativa de abordar no corpo questões que abrangem a artificialidade na composição do alimento, a relação entre erotismo e consumo, entre animal, humano e alimento, e a fome – necessidade ou desejo? Entre fissuras que contornam nitidez e opacidade, os corpos em cena orbitam representações humanas e animais de si mesmos num processo de transfiguração e reconhecimento. Direção e atuação Lucas Gabriel Viapiana e Thaina Gasparotto Cenografia e design gráfico Luana Leite Sonoplastia Hedra Rockenbach Colagens Anderson Paulino Operação de luz Marina Argenta Colaboração artística Ana Alonso Equipe de produção Gabrielli Veras e Laura Manuella Fotografia Thaís Alvez Filmagem Daniela Colossi Duração 40 minutos Indicação 14 anos Limite de público 40 pessoas

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Diogo G. Andrade

22 de maio, 20h, Casarão (Praça dos Bombeiros) ESPETÁCULO Aurora – Egon Seidler/Traço Cia. de Teatro (SC) Ela vislumbrou a possibilidade de mudar o mundo. Os livros que descobriu foram os propulsores de sua viagem. Do imaginário, partiu para a ação sem o freio da dúvida. Precisou, comunicou, mudou e fugiu do meio e dos outros. “Como um grande artista que pode destruir sua obra se lhe aprouver, porque um raio de luz a mostra imperfeita, assim fiz eu.” O espetáculo é livremente inspirado no romance A Virgem Vermelha, de Fernando Arrabal, e na vida de Aurora Rodríguez Carballeira. Um trabalho que apresenta movimentos do despertar, da obsessão e do desejo que conduziram Aurora a um universo singular. Plano e ação Egon Seidler Dramaturgismo e vestes Zilá Muniz Lugares Ana Pi Temperaturas Greice Miotello Sons Fê Luz Desenhos Lena Muniz Capturas Diogo G. Andrade Assistência Débora de Matos Engenharia Traço Cia. de Teatro Duração 48 minutos Indicação 12 anos

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bruno ropelato

23 de maio, 20h, Casarão (Praça dos Bombeiros) CONFERÊNCIA DANÇADA Ensaio para Algo que Não Sabemos - Protótipo 1: construção – Daniela Alves e Karina Collaço (SC) Compartilhamento de ideias, necessidade de existência, atravessamentos, resistência: Ensaio para Algo que Não Sabemos - Protótipo 1: construção é um encontro subsidiado pelo desejo-incumbência de existir e fazer existir no mundo por meio da dança. O processo de investigação parte da construção de um alfabeto de gestos simbólicos e abstratos que, de forma acumulativa, recebe diferentes proposições de modo a ressignificar as imagens geradas, ampliando seus sentidos. Cinco são os princípios que norteiam o trabalho: coreografia, contaminação, cópia, combinação, apropriação. Criação e concepção Daniela Alves e Karina Collaço Elenco Daniela Alves e Karina Collaço Trilha sonora Chico Martins e Jean Mafra Duração 80 minutos Indicação Livre para todos os públicos

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Ana Castello

24 de maio, 17h30, em frente à Caixa Econômica Federal - Agência Poeta Zininho PERFORMANCE Rinha – Entropia - Experiências Artísticas (SC) A perspectiva da disputa tem condicionado cada vez mais as relações humanas. Desde o nascimento, toda pessoa é estimulada a ser a melhor, a chegar primeiro, a vencer o que quer que esteja em jogo, doa a quem doer. E o democrático espaço urbano é onde o ímpeto por embate acaba exposto, no caminhar apressado ou na conquista pelo melhor lugar: de repente, a rinha se configura e somos todos cães de briga. Rinha é uma proposição cênica sobre os confrontos cotidianos, mas é, sobretudo, uma forma de guerrear contra a própria lógica da disputa. Através de violentas rachaduras na realidade dormente da rua, a atmosfera do embate é instaurada tanto pelos performers quanto no espaço que se cria nas relações com os transeuntes. Como na rinha, aquele que se mantém de pé é o vencedor. Vencedor ou apenas o último a abandonar a disputa? Direção Luana Leite Intérpretes criadores Camila Raquel, Laura Manuella, Lucas Viapiana, Marina Argenta e Thaina Gasparotto Preparação corporal e assessoria dramatúrgica Elke Siedler Colaboração artística Claudio Oliveira, Lucas Borges e Vanilton Lakka

Produção Gabrielli Veras Fotografia e vídeo Ana Castello Figurino Entropia - Experiências Artísticas Sonoplastia André Binärezeichen Design gráfico Luana Leite Duração 50 minutos Indicação Livre para todos os públicos

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cassiana dos reis lopes

24 de maio, 19h, Fundação Cultural Badesc PERFORMANCE Ensaio sobre a Retórica – Anderson do Carmo (SC) Uma palestra. Uma performance. Uma peça. Um pedaço. Um destroço. Um dejeto. Um desejo. Ensaio sobre a Retórica é o resultado de uma residência realizada no Memorial Meyer Filho em 2016. É uma coleção de gestos, um inventário de sons, uma lista de imagens que pretende encontrar, alargar e habitar o espaço quase invisível que existe entre as palavras e as coisas. Em que momento os significados se grudam nos sons? Em que lugar as letras se juntam aos sentidos? Corpofalante. E quem não sabe que pode falar? E quem jamais foi escutado? E quem não consegue se fazer entender? E quem acha que está sendo claro? E quem está silenciado? O que sai para fora de uma boca bem fechada e se aloja em um ouvido bem aberto? Este corpo quer escutar o que outros corpos têm a dizer. Este corpo vai continuar falando mesmo sem ser compreendido. Este corpo não sairá daqui até conseguir conversar. Duração 30 minutos Indicação 16 anos Essa performance foi desenvolvida em residência no Memorial Meyer Filho

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reginaldo azevedo

25 de maio, 20h, Teatro Sesc Prainha VIDEOPALESTRA Dança em construção – Inês Bogéa (SP) O vídeo é um espaço de continuação da dança. Ele é feito através das imagens, da memória e dos depoimentos daqueles que compartilharam uma época e conviveram com grandes mestres. É sobretudo uma experiência de encontros, aberta a distintos olhares, na tentativa de captar uma realidade artística. O videodocumentário procura refazer uma trajetória que existiu e que hoje é viva na memória, nas imagens e nos corpos de quem viveu e conviveu num determinado momento. Esta palestra trata das diferentes etapas da realização de um videodocumentário: pesquisa, concepção, direção, edição e finalização. A questão dos direitos autorais na dança também é abordada. Palestra ilustrada com vídeos. Duração 120 minutos Indicação Livre para todos os públicos

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Karin Serafin

26 e 27 de maio, 20h, Teatro Sesc Prainha ESPETÁCULO Experiência 4 – Key Sawao (SP) Experiência 4 dá continuidade aos Estudos de Movimento (1, 2 e 3), nos quais a artista faz um mergulho próprio, paralelo às criações que desenvolve junto ao núcleo Key Zetta e Cia., que dirige em parceria com Ricardo Iazzetta. Hoje, a experiência ocorre a partir da mistura de camadas nas quais diferentes tempos-espaços-pensamentos-gestos surgem como atravessamentos e criam dança. “Não dançar sobre a coisa, a coisa é a dança.” Para este encontro a artista Key Sawao convida Hedra Rockenbach. Direção e dança Key Sawao Música Hedra Rockenbach Pesquisa Key Zetta e Cia. Colaboração artística Ricardo Iazzetta Espaço cênico e coordenação de arte Hideki Matsuka Luz Hideki Matsuka e Calu Zabel Videoclipe Henrique Cartaxo Fotos Julia Monteiro, Karin Serafin Produção Núcleo Corpo Rastreado Duração aproximada 35 minutos Indicação Livre para todos os públicos

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Cristiano Prim

27 de maio, 16h, Parque Jardim Botânico de Florianópolis ESPETÁCULO Convite ao Olhar – Cia. de Dança Lápis de Seda (SC) Convite ao Olhar, montagem de 2014, da Cia. de Dança Lápis de Seda, parte de elementos do cotidiano dos bailarinos e de como cada indivíduo reage a diferentes situações, valorizando a singularidade humana. No peculiar de cada um dos bailarinos está a potência da proposta. Pretende-se desconstruir conceitos engessados com relação à deficiência, mostrar todos, sem distinção, como pessoas tão somente com limitações e capacidades variadas. Leveza, bom humor e fuga de ideias preconcebidas marcam o espetáculo. Direção geral, coreógrafa Ana Luiza Ciscato Direção artístico-musical e intérprete Cláudia Passos Direção musical, compositor e arranjador Luiz Gustavo Zago Coordenação geral Arte Movimenta Produção executiva Neiva Ortega Bailarinos Ana Flavia Piovezzana do Santos, Aroldo Gaspar, Deivid Velho, Fabiana Cristina Marques, Gabriel Figueira, João Paulo Marques, Maura Marques, Paulo Soares, Ramon Noro, Roberta Oliveira e Silvia Gevaerd (estagiária) Técnico de som e luz Juarez Mendonça Jr. Figurino Emmanuel Boehing Fotografia e vídeo Cristiano Prim Projeto gráfico Ramon Noro Assessoria de imprensa Néri Pedroso Duração 45 minutos Indicação Livre para todos os públicos 13


Cristiano Prim

EXPOSIÇÃO

20 a 27 de maio, seg. a sáb. 10h às 22h; dom. 14h às 20h, Floripa Shopping (andar L2, sala 231, ao lado do Magazine Luiza) O Fotógrafo também Dança - Cristiano Prim (SC) Exposição de fotografias autorais de Cristiano Prim, profissional com uma trajetória de mais de 20 anos na cidade de Florianópolis, especializado em retratar o movimento evidenciado na dança de Santa Catarina. Seu trabalho representa uma oportunidade de conhecimento e interrogação acerca da dança, apontando questões poéticas, históricas, sociais, políticas, tecnológicas e econômicas, vislumbradas em suas imagens. Trata-se de uma ocasião de duplo reconhecimento, por meio da fotografia: de uma carreira dedicada à dança e da força da dança no Estado. No dia 22 de maio, às 15 horas, o artista concede uma entrevista exclusiva à jornalista Néri Pedroso. Uma rara ocasião para conhecer técnicas, desafios e oportunidades do trabalho fotográfico no campo da dança e das artes. Curadoria Cristiano Prim e Gisele Martins Edição de imagens Cristiano Prim Planejamento gráfico Ayrton Cruz Produção Gisele Martins Tradução Asdrubal Martins e Jan Pfiffer Assessoria de imprensa Marcos Espíndola

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oficinas 23 e 24 de maio, 9h às 12h, Kirinus Escola de Dança Movimento Tridimensional em Dança – Marila Velloso (PR) Alguns fatores inibem o corpo de se lançar tridimensionalmente no espaço, de explorar outros pontos de vista e de percepção em movimentos de dança. A própria frontalidade usualmente utilizada nas concepções coreográficas constitui-se como um desses inibidores espaciais. A oficina apresenta estratégias corporais para que o corpo possa atuar de modo diferente.

24 de maio, 14h à 17h, Casarão (Praça dos Bombeiros) Técnica e Pesquisa de Movimento Key Sawao (SP) Key Sawao compartilha seu trabalho com foco no fluxo de movimentos internos no corpo, fortalecimento do centro, circulação de energia e pesquisa de movimento.

25 a 27 de maio, 12h às 15h, Jurerê Sports Center Percepção Física e Composição Generativa – Grupo Cena 11 Cia. de Dança (SC) Ministrada pelo coreógrafo Alejandro Ahmed e pela bailarina e assistente de criação Mariana Romagnani, a oficina tem o intuito de instrumentalizar o corpo para processar informações de maneira a torná-lo mais apto a observar e fazer um exercício crítico constante do movimento, buscando um controle mais apurado das dramaturgias que este pode propor. Ao transitar por informações que guiam os atuais interesses estéticos do Cena 11, a oficina é voltada para o exercício de estratégias coreográficas

que evidenciam a coautoria de cenas formuladas através de emergências composicionais. Essas operações propõem uma dança em que a deliberação das ações não seja o mote primeiro de sua composição, mas que se formule a partir de um controle remoto em que percepção e adaptação são instrumentos de negociação com outros corpos e limites. A oficina é dividida em dois módulos correlacionados. Na primeira parte são explorados exercícios que propõem diferentes modos de lidar com o peso do próprio corpo como matéria de produção da movimentação. E, ainda, que buscam aprimorar a consciência de vetores gerados e percorridos pelo corpo durante cada ação. Em extensão, a segunda parte da oficina utiliza os mesmos parâmetros em ações coletivas, tomando como partida algumas cenas das últimas produções da companhia.

26 de maio, 15h às 18h, Parque Jardim Botânico de Florianópolis Dança Inclusiva – Ana Luiza Ciscato, Cia. de Dança Lápis de Seda (SC) A oficina propõe alguns dos princípios básicos do trabalho com a dança inclusiva que fundamenta a trajetória da Cia. de Dança Lápis de Seda. Com base na técnica do danceAbility, adotam-se exercícios de improvisação capazes de desenvolver o autoconhecimento, a disponibilidade para relação e confiança. Cada participante será encorajado a se envolver na dança a partir de escolhas espontâneas de sua consciência corporal, numa proposta que prima pelo equilíbrio entre a busca pela superação de limites e o respeito às individualidades. A intenção é preparar uma apresentação pública (interferência urbana) no final da oficina.

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diálogos

22 de maio, 15h, Floripa Shopping (andar L2, Sala 231, ao lado do Magazine Luiza) Néri Pedroso entrevista Cristiano Prim Durante todo o período de realização do Múltipla Dança, a exposição O Fotógrafo também Dança permanecerá em exibição no Floripa Shopping. Neste diálogo exclusivo, a jornalista Néri Pedroso, profissional reconhecida por sua atuação no campo do jornalismo cultural em Santa Catarina, entrevista o autor da exposição, o fotógrafo e artista Cristiano Prim.

23 de maio, 14h, Casarão (Pça dos Bombeiros) Dança Etc. Convidados: Jussara Belchior, Key Sawao e Marila Velloso O diálogo tem como ponto de partida a definição de “artista-etc.”, de Ricardo Basbaum: “Quando um artista é artista em tempo integral, nós o chamaremos de ‘artista-artista’; quando o artista questiona a natureza e a função de seu papel como artista, escreveremos ‘artista-etc.’ (de modo que poderemos imaginar diversas categorias: artista-curador, artista-escritor, artista-ativista, artista-produtor, artista-agenciador, artista-teórico, artista-terapeuta, artista-professor, artista-químico etc.).” O que é dançar hoje? Trataremos das possíveis conexões entre dança e vida - tendo em conta sua complexidade, as responsabilidades que arrasta e, ainda, a riqueza das diferenças que contém.

25 de maio, 10h, Casarão (Pça dos Bombeiros) Pré-conferência da Setorial de Dança de Florianópolis Encontro dos profissionais de dança com a pre-

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sença de integrantes do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Florianópolis.

25 de maio, 14h, Casarão (Pça dos Bombeiros) Economia Solidária Convidados: Ana Alonso, Mariana Pimentel e Rodolfo Lorandi A economia solidária compreende variadas práticas organizadas sob a forma de autogestão, âmbito em que não existe patrão nem empregado, pois todos que integram o empreendimento são, ao mesmo tempo, trabalhadores e donos. Tem uma finalidade multidimensional: extensão econômica, social, política, ecológica e cultural. Neste sentido, a visão econômica de geração de trabalho e renda busca a construção de um ambiente socialmente mais justo e sustentável. A economia solidária reafirma a emergência de protagonistas, ou seja, sublinha aqueles que trabalham como sujeitos históricos. A ideia do diálogo é olharmos para modos exemplares de economia solidária e pensarmos possibilidades de cooperação no campo da dança e artes. 25 de maio, 10h, Casarão (Pça dos Bombeiros) Pré-conferência da Setorial de Dança de Florianópolis Eleição dos novos representantes da Setorial de Dança e encaminhamentos de demandas do setor para a Conferência Municipal de Cultura de Florianópolis, prevista para agosto de 2017.


lançamentos 24 de maio, 20h, Fundação Cultural Badesc Livro Rumor Pedro franz

Rumor é um livro documento/ficção. Uma tradução realizada pelo artista Pedro Franz junto ao Grupo Cena 11 Cia. de Dança, ao acessar o material compilado de registros e anotações que os dez integrantes do grupo reuniram nos 15 dias de experiência da etapa Solilóquio do projeto Protocolo Elefante. Nesta etapa, cada integrante do Cena 11 migrou para isolamentos diferentes para uma conversa consigo mesmo. Um êxodo feito de um, algo que estimulou uma autoinvestigação e uma modificação de si mesmo por meio de um dispositivo de imersão solitária que trouxe à superfície os vestígios do existir em grupo. O livro mistura texto, desenho e quadrinhos. Nele, Franz elabora diferentes traduções para os relatos, registros e anotações de cada integrante. Como um murmúrio produzido por uma multidão em movimento, em Rumor, as diversas vozes se reúnem numa voz coletiva. O livro foi realizado através do Rumos Itaú Cultural e Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna/2014.

Videoarte realizado por Alan Langdon a partir da composição urbana Dança Coral, concebida em 2016 por Diana Gilardenghi, Milene Duenha, Paloma Bianchi e Sandra Meyer para o projeto Corpo, Tempo e Movimento. Coral da Ponta amplifica o que as câmeras captaram da proposta de dança, potencializando-a numa perspectiva imagética estético-emocional. Ano 2017 Formato Digital 1080p Direção e fotografia Alan Langdon Câmeras adicionais Edison Puente, J.R. Mamigonian e Marco Martins Montagem e pós-produção Alan Langdon Artistas em cena Diana Gilardenghi e Sandra Meyer Articuladoras de composição Milene Duenha e Paloma Bianchi Trilha sonora original Coral da Ponta Diogo de Haro Trilha sonora incidental Fábio Mello Edição de som Alan Langdon

Pedro Alípio Nunes

27 de maio, 21h, Ponta do Coral Videoarte Coral da Ponta

Figurino Alice Assal Consultoria sonora Hedra Rockenbach Assessoria de imprensa Néri Pedroso Fotografia still Pedro Alípio Nunes Design gráfico Teresa Siewerdt Produção executiva Gabriel Campos Interlocutora convidada Luana Raiter Músico Fábio Mello Bailarino Maicon Floripa Barqueiro Olice Teotônio Carpes Duração 13 minutos Indicação Livre para todos os públicos 17


MOSTRA DE VÍDEOS

Parceria com o dança em foco – Festival Internacional de Vídeo & Dança

22 de maio, 19h, Fundação Cultural Badesc COREOEDIÇÕES AMÉRICAS A Árvore do Esquecimento - Brasil, 2015, 3’ Direção: Vinícius Cardoso Coreografia: Jorge Garcia para o Balé da Cidade de São Paulo 3 Conversations - Estados Unidos, 2015, 4’ Direção: Tara Knight e Rebecca Salzer Coreografia: Rebecca Salzer Right Here - Estados Unidos, 2015, 3’ Direção: Tara Knight e Rebecca Salzer Coreografia: Rebecca Salzer Fall - Chile, 2015, 6’ Direção e coreografia: Paulina Rutman Apartes - Brasil, 2015, 8’ Direção: Alexandre Veras e Ernesto Gadelha Coreografia: Ernesto Gadelha EXPERIMENTOS Fel i Cidade - Brasil, 2014, 3’ Direção: Paulo Cavalcanti Coreografia: Maíra Alves De Água nem Tão Doce - Brasil, 2006, 8’ Direção e coreografia: Laura Virgínia e Shirley Farias Além da Maré Escura - Brasil, 2014, 4’ Além da Maré Clara - Brasil, 2014, 3’ Direção: Pedro Ventura Coreografia: Sara Marchezini Vindinós - Portugal, 2015, 11’ Direção e coreografia: Joana Laranjeira

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Território Feminino - Brasil, 2015, 4’ Direção: Sarah Ferreira Coreografia: Monica Pimenta

23 de maio, 19h, Fundação Cultural Badesc CURTAS INTERNACIONAIS [blind]agem - Brasil, 2015, 3’ Direção: Vinícius Costa Coreografia: Grupo LAUT Hundred Sculptures of Sembah Java/Indonésia, 2015, 10’ Direção: Yulius Seto Coreografia: Elsa Montenegro 2412 - Estados Unidos, 2013, 8’ Direção: John T. Williams Coreografia: Lisa K. Lock Estancados - Bolívia, 2014, 8’ Direção: Ana Cecília Moreno Coreografia: Ana Cecília Moreno, Andrea Garnica, Lucia Alem, María Laura Sanz e Esteban Aranda. Birds Flying from My Skull - Estados Unidos, 2013, 5’ Direção e coreografia: Olivia Orthof Finca - Brasil, 2015, 5’ Direção: Larissa Paraguassú Coreografia: Gabriela Gorges e Juarez Moniz Plow Plant Reap - Estados Unidos, 2015, 13’ Direção e coreografia: Marta Renzi Poroso - Brasil, 2015, 2’ Direção e coreografia: Yuri Tripodi


CONVIDADOS Alan Stone Langdon - norte-americano radicado no Brasil, tem um conjunto de obras que transitam entre os meios de vídeo e artes visuais. É formado em belas artes pela Escola de Design de Rhode Island (EUA, 2000). Como cineasta realizou mais de 20 curtas-metragens, bem como o longa-metragem Sistema de Animação (2009), vencedor do Grande Prêmio na Mostra do Filme Livre (RJ, Brasil-2009). Atualmente cria vídeos em resposta à obras de performance, além de trabalhar como documentarista, montador e finalizador. Ana Alonso é dançarina, professora, produtora e pesquisadora, com ênfase na dança contemporânea e improvisação. Formada em danceAbility (2011). Desde 2009 dedica-se ao Contato Improvisação (CI). Coordena o projeto Entrando em Contato e o Festival Transformando pela Prática. Integra o PlanoB coletivo de experimentações em movimento. Promove eventos, participa como bailarina e professora em Jams, festivais e outras ações de contato improvisação, improvisação e composição no Brasil e na América Latina. É doutoranda com pesquisa em dança no Programa de Pós-graduação em Teatro (PPGT), na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Anderson do Carmo é artista e pesquisador da dança, licenciado, bacharel e mestre em teatro pela Udesc. Atuou como intérprete em obras de Diogo Vaz Franco, Marcela Reichelt e Milton de Andrade, bem como no Grupo Cena 11 Cia. de Dança. Coreografa e dança A Saudade é como Líquido que Transborda, ou, para Teresa (Prêmio Klauss Vianna 2011). Dirige o solo Frágil de Letícia de Souza (Prêmio Klauss Vianna 2016). É dramaturgista do solo Peso Bruto, de Jussara Belchior. Em 2016 realiza residência no Memorial Meyer Filho, iniciando o solo Ensaio sobre a Retórica. Assiste Sandra Meyer na direção do documentário Limiares: An-

derson João Gonçalves. Escreve para blogs, sites, livros e publicações de dança. Escreve para o site Conectdance, da paulista Ana Francisca Ponzio, e para o caderno Plural, do Jornal Notícias do Dia, de Florianópolis. Cia. de Dança Lápis de Seda foi criada em 2014, em Florianópolis (SC), a partir de uma perspectiva de valorização das diferenças individuais. Sob a direção da coreógrafa Ana Luiza Ciscato, que tem sólida experiência no ensino e na condução de grupos de dança inclusivos, reúne bailarinos com diferentes capacidades e formações. Cada integrante do grupo é parte fundamental do processo criativo, contribui a seu modo para a composição da obra. O trabalho parte de uma improvisação dirigida, aproveita-se as múltiplas formações que abrangem o balé clássico, a dança contemporânea, a afro, a técnica de danceAbility, além de bailarinos com pouca experiência anterior. A heterogeneidade enriquece a abordagem criativa, cede espaço para as diferentes formas de ser e estar na cena. Cristiano Prim - fotógrafo do teatro Ballhaus Naunynstraße em Berlim/Alemanha (2016). Fotógrafo do Projeto Brasil/The Sky Is Already Falling – HAU, em Berlim e Düsseldorf. Integrante do Grupo Cena 11 Cia. de Dança como fotógrafo e cenotécnico (1995-2014), atualmente realiza trabalhos de foto e vídeo para o grupo. Fotógrafo das principais escolas de dança de Florianópolis, como Arte.Dança, Bia Vilela e Garagem da Dança. Fotógrafo de shows nacionais como Elza Soares, João Bosco, Ney Matogrosso, Paulinho Moska, Ivete Sangalo, Arnaldo Antunes e o uruguaio Jorge Drexler. Fotógrafo de festivais, como o Festival Internacional de Música Contemporânea, Fita Floripa, Múltipla Dança, Baila Floripa, Palco Giratório e Floripa TAP. Coordenador da equipe fotográfica responsável pela cobertura da Maratona Cultural

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ana castello

de Florianópolis. Licenciado em educação artística pela Udesc. Daniela Alves é bailarina-criadora e professora de dança. Desde 2013, desenvolve trabalho solo a partir do projeto de pesquisa Direção Múltipla Virtual, criando uma ferramenta compositiva que se utiliza da colaboração de espectadores virtuais (Laboratório Corpo e Dança, direção de Jussara Xavier - Rumos Itaú Cultural 2012-2014). Em 2014, estreou o solo e o videodança Direção Múltipla (Elisabete Anderle 2013). Em 2015, participou do Festival Múltipla Dança e do projeto Tubo de Ensaio e, em 2016, circulou na região norte do país (Klauss Vianna 2014). Participou da fundação do Aplysia Grupo de Dança (19982008), integrando os espetáculos Universo Feminino (2004), Möbius (2006) e Projeto Social Aplysia (2003). Ministra aulas de balé clássico nas escolas Cenarium e Kirinus, em Florianópolis. Graduada em letras pela Universidade Federal de Santa Catarina. 20

Egon Seidler é graduado em artes cênicas pela Udesc (2007). Começa sua pesquisa em dança no ano de 2004, junto ao grupo de pesquisa Improvisação e Composição da Partitura do Ator-dançarino, sob a orientação de Milton de Andrade Jr. Em 2005, passa a integrar o grupo de pesquisa Mergulho no Corpo, sob a orientação de Zilá Muniz, permanecendo no Ronda Grupo de 2006 a 2016. Desde 2010, integra a Traço Cia. de Teatro, companhia que abraça seu projeto solo Aurora. Entropia - Experiências Artísticas é um grupo de Florianópolis (SC), formado por seis artistas e acadêmicos(as) dos cursos de graduação e pós-graduação em teatro da Udesc. Constituído em 2014, o grupo dedica-se há três anos ao seu primeiro projeto Rinha, que desenvolve uma pesquisa prática do jogo como propulsor da cena a partir de investigações de uma linguagem híbrida entre dança e teatro. Esse foco de investigação se alia à ânsia de desenvolver um teatro de grupo que se encaixe às necessidades dos(as) envolvidos(as),


cristiano prim

de promover uma proposta estética coesa e de fomentar criações artísticas fora do âmbito acadêmico. Em 2014, o grupo foi contemplado com o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna. Atualmente, o grupo tem duas criações: Rinha (2016) e Fome (2015). Grupo Cena 11 Cia. de Dança surgiu e é radicado em Florianópolis (SC). Atua há 22 anos na produção artística de dança, tendo se tornado referência nacional e internacional da área. O objeto de pesquisa central do grupo é o modo de controle do corpo, esse definido como sujeito e objeto dele mesmo por meio do movimento. Com 14 obras estreadas entre 1994 e 2016, se impõe pela singularidade de suas propostas e criações em dança. Reconhecido com quatro prêmios da Associação paulista de Críticos de Arte (APCA), Prêmio Bravo, Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia, Itaú Transmídia e Itaú Rumos Dança. Dirigido pelo coreógrafo e bailarino Alejandro Ahmed, destacam-se os trabalhos Violência, SkinnerBox, Pequenas

Frestas de Ficção sobre Realidade Insistente, Carta de Amor ao Inimigo, Monotonia de Aproximação e Fuga para Sete Corpos e Protocolo Elefante. Hedra Rockenbach é integrante do Grupo Cena 11 Cia. de Dança desde 1995, participando de todas as produções como responsável pela ambientação sonora e, a partir de 2003, também pela ambientação cênica (luz e cenário). Produz trilhas para peças teatrais, entre elas Pequeno Monólogo de Julieta (2009) e Quatro (2010) - Grupo Círculo; Pequeno Inventário de Impropriedades (2009), Meteoros (2012) e Esse Corpo Meu (2014) - Téspis Cia. de Teatro; Hipotermia (2014) - Nazareno Pereira; Ardoris (2014) - Ilustríssimos Senhores; Mergulho (2014) - Eranos. Participou como assistente de produção do espetáculo de Gerald Thomas O Cão que Insultava Mulheres, Kepler, the Dog (2008). Inês Bogéa é diretora da São Paulo Companhia de Dança (SPCD). Doutora em artes (Unicamp, 2007), bailarina, documentarista, escritora e professora 21


bruno ropelato

no curso de especialização arte na educação: teoria e prática da Universidade de São Paulo (USP). De 1989 a 2001, foi bailarina do Grupo Corpo (Belo Horizonte). Atuou como crítica de dança da Folha de S. Paulo (2001 a 2007). Autora dos livros infantis: O Livro da Dança; Contos do Balé e Outros Contos do balé. Organizadora dos livros Oito ou Nove Ensaios sobre o Grupo Corpo; Passado-Futuro – Textos e Fotos sobre a São Paulo Companhia de Dança, entre outros. Foi consultora da Escola de Teatro e Dança Fafi (2003-2004) e do programa Fábricas de Cultura da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (2007-2008). É autora de mais de 40 documentários sobre dança, entre eles Renée Gumiel, A Vida na Pele (2005), Maria Duschenes - o espaço do movimento (2006), e da série Figuras da Dança da SPCD. Jussara Belchior é artista da dança. Em seu projeto solo Peso Bruto discute o estranhamento e preconceito que vive por ser uma bailarina gorda.

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É mestranda em teatro no PPGT na Udesc, onde pesquisa sobre a vitalidade do fazer artístico na repetição entre ensaios e apresentações. Integra o Grupo Cena 11 Cia. de Dança desde 2007. Em projetos paralelos, trabalhou como assistente de direção em Werwolf (2012), de Marcos Klann; como diretora em Pedaços de Vontade (2013), dançado por Cristina Schmitt; como co-diretora em Direção​ Múltipla (2014), de Daniela Alves e integrou o coletivo Mapas e Hipertextos no primeiro semestre de 2015. É formada pela PUC-SP em comunicação das artes do corpo. Estuda dança desde os seis anos. Karina Collaço é graduada em matemática (UNI-BH). Artista, bailarina intérprete-criadora, professora de dança. Atua no projeto Real– espetáculo de teatro com o grupo Espanca – e no projeto Parquear, com o Dança Multiplex. Integrou os grupos Clube Ur=H0r (BH), Meia Ponta Cia. de Dança (BH), Cena 11 Cia. de Dança e Kaiowas (Florianópolis).


Concluiu o curso de danças clássicas, pela Álea Academia de Dança. Realizou direção coreográfica e preparação corporal do grupo Terceira Dança. Assistente de coreografia e preparadora corporal no espetáculo Quem Sou Eu, dirigido por Jacqueline Gimenes. Professora de dança contemporânea no Espaço Cultural Ambiente (BH); programa Ação de Formação Artística e Cultural da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte; Balé Jovem pela Fundação Clóvis Salgado (BH); Cia. Palácio das Artes (BH); Grupo Espanca; Cia. Kirinus, Escola Fabiano Silveira e Espaço Vida Saudável (os três em Florianópolis).

Vácuo-I, Impostor, projeto Propulsão/o que faz viver-sem título, projeto Propulsão/o que faz viver-Seguinte e SIM. Em 2015, a companhia criou sua primeira peça infantil: Para Todos os Seguintes. Recebeu importantes prêmios, como o da Associação Paulista do Críticos de Arte (APCA) em 2009 e 2013; Bolsa Vitae de Artes 98 para pesquisa em linguagem coreográfica, Programa de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo 1a, 3a, 5a, 8a, 11a, 13a, 15a e 17a edições, Prêmio Funarte Klauss Vianna 2006/2009/2013, Cultura Inglesa Festival 2006/2012.

Key Sawao é bailarina, diretora e coreógrafa. Formação em dança contemporânea e práticas orientais de movimento. Criou, dirige e integra o núcleo Key Zetta e Cia. Pesquisa as relações entre o corpo, a memória e a imaginação, a potencialidade da síntese, os fluxos de movimento no corpo, percepção do tempo e suas variações e as possibilidades da comunicação. Criou os solos mudas - em processo; a partir da experiência com o grupo Tamanduá de Dança Teatro e seu diretor Takao Kusuno, em viagem ao Japão (2003); e Hana – Quanto Tempo. Recentemente mergulhou em estudos de movimento, dando continuidade a uma pesquisa própria. Com o núcleo Key Zetta e Cia. criou cerca de 11 peças, dentre elas Obrigado por Vir (2005/12), Vácuo (2012), projeto Propulsão/o que faz viver: Seguinte (2013), SIM (2015).

Mariana Pimentel é natural de Fortaleza (CE). Estudou no Royal Conservatory of Antwerp, Bélgica. Licenciada pela Escola Superior de Dança de Lisboa, mestre em cultura contemporânea e novas tecnologias pela Universidade Nova de Lisboa. Recebeu a bolsa Danceweb para o Festival Impulstanz em Viena/Áustria (2011). Integra o coletivo Corposições que pesquisa o método composição em tempo real do artista português João Fiadeiro e o modo operativo AND da antropóloga brasileira Fernanda Eugenio. Atua na criação, gestão e produção de projetos independentes de dança. Integra a equipe de Artes Cênicas do Departamento de Cultura do Sesc Nacional, com a função principal de mobilizar a linguagem da dança nas unidades do Sesc de todo o Brasil, bem como, coordenar projetos como Palco Giratório e Sesc Dramaturgias.

Key Zetta e Cia. - de São Paulo, foi fundada pelos diretores Key Sawao e Ricardo Iazzetta, parceiros artísticos desde 1996, no sentido de construir um espaço que possa agregar outros dançarinos e artistas colaboradores em torno de propostas, criações, diálogos e pesquisas. Entre as peças realizadas, destacam-se A Pé-Walking the Line, Obrigado por Vir, Permitido Sair e Entrar, SÓS,

Marila Velloso é artista da dança, professora do colegiado de dança do Campus Curitiba II da Unespar desde 1991. Doutora pelo Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da UFBA. Professora de Body Mind Centering, desenvolve pesquisa para a exploração do corpo, do espaço e do movimento. Co-criou o Fórum de Dança de Curitiba, além de ter sido representante da dança

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Néri Pedroso é jornalista e diretora da NProduções, microempresa voltada para projetos no campo da cultura. Experiência em jornalismo cultural e na implantação de projetos jornalísticos, como cadernos e suplementos especiais. Edita o caderno Anexo, do jornal A Notícia (1989/1993 e 2000/2005); cria e implanta o caderno Plural do jornal Notícias do Dia (2008-2011). Escreve a coluna Mosaico no jornal Notícias do Dia. Autora dos livros Hassis e Coletiva de Artistas de Joinville: Construção Mínima de Memória. Integra a Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) e a Academia Catarinense de Artes e Letras (Acla). Fundadora do Instituto Luiz Henrique Schwanke, que presidiu entre 2012-2014 e no qual hoje é vice-presidente. Assessora projetos selecionados por diferentes programas e editais de estímulo à cultura na esfera municipal, estadual e federal. Os mais recentes são Múltipla Dança e Tubo de Ensaio – Composição [Interseções + Intervenções]. Projeto Corpo, Tempo e Movimento - o ano de 2013 reuniu duas gerações de artistas interessadas em investigar as relações entre corpo, memó-

ria e cidade e suas implicações éticas, políticas e poéticas. O convite formulado por Milene Duenha e Paloma Bianchi à Sandra Meyer e Diana Gilardenghi para criarem ações em dança resultou no projeto Corpo, Tempo e Movimento, contemplado pelo Prêmio Elisabete Anderle/2014. Ao longo de 2016, seis diferentes trabalhos foram realizados em espaços públicos e em locais de circulação de arte da cidade de Florianópolis (SC): o espetáculo Narrativas em Dois Corpos; a composição urbana Dança Coral; a infiltração Linhamar; os solos S/Título e Greta; e a proposição O que É Estar Aqui?. O projeto estreou no Múltipla Dança 2016. Narrativas em Dois Corpos foi apresentado no 10º Seminário de Dança de Joinville (SC) e no FID - Fórum Internacional de Dança (MG). Rodolfo Lorandi é conselheiro setorial da dança de Florianópolis (2015–17), bacharel em educação física (Udesc, 2014). Bailarino e produtor da Grão Cia. de Dança. Professor de dança de salão na Cenarium Escola de Dança. Parceiro de dança de Maria Claudia Reginato. Integrante do Banco do Tempo Florianópolis. Microempreendedor individual (arte e cultura) e diretor do projeto Miscelânea. Produtor da Circulação (2016–2017) dos espetáculos Karma e Moebius.

Pedro Alípio Nunes

do Conselho Nacional de Política Cultural/MinC (2014-2015). Foi coordenadora de dança da Fundação Cultural de Curitiba, entre 2005 e 2009.


ATIVIDADES DO MÚLTIPLA DANÇA - ANO 10

SÁBADO (20/05)

DOMINGO (21/05)

20: Teatro Pedro Ivo Espetáculo Protocolo Elefante – Grupo Cena 11 Cia. de Dança

14h: Dunas da Av. Rendeiras Composição urbana O que É Estar Aqui? – Projeto Corpo, Tempo e Movimento

DIARIAMENTE

Floripa Shopping Mostra O Fotógrafo também Dança Cristiano Prim - seg. a sáb. 10h às 22h; dom. 14h às 20h

16h: TAC Espetáculo infantil Para Todos os Seguintes – Key Zetta e Cia

20h: Sala Espaço 2 Ceart Instalação coreográfica Fome – Entropia - Experiências Artísticas

SEGUNDA (22/05)

15h: Floripa Shopping Diálogo Néri Pedroso Entrevista Cristiano Prim

19h: Fund. Cultural Badesc Mostra de videodança Coreoedições Américas + Experimentos

terça (23/05)

9h-12h: Kirinus Escola de Dança - Oficina Movimento Tridimensional em Dança Marila Velloso

14h: Casarão (Pça Bombeiros) Diálogo Dança Etc. – Jussara Belchior, Marila Velloso e Key Sawao

quarta (24/05)

9h-12h: Kirinus Escola de Dança - Oficina Movimento Tridimensional em Dança Marila Velloso

14h-17h: Casarão (Pça Bombeiros) Oficina Técnica e Pesquisa de Movimento - Key Sawao

quinta (25/05)

sexta (26/05)

sábado (27/05)

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10h-12h: Casarão (Pça Bombeiros) Pré-conferência Encontro setorial de dança/CMPC

12h-15h: Jurerê Sports Center Oficina Percepção Física e Composição Generativa Alejandro Ahmed e Mariana Romagnani

12h-15h: Jurerê Sports Center Oficina Percepção Física e Composição Generativa Alejandro Ahmed e Mariana Romagnani

12h-15h: Jurerê Sports Center Oficina Percepção Física e Composição Generativa Alejandro Ahmed e Mariana Romagnani

20h: Casarão (Pça Bombeiros) Espetáculo Aurora – Egon Seidler

19h: Fundação Cultural Badesc Mostra de videodança Curtas internacionais

17h30: Caixa Econômica Agência Poeta Zininho Performance Rinha – Entropia - Experiências Artísticas

14h: Casarão (Pça Bombeiros) Diálogo Economia Solidária – Ana Alonso, Mariana Pimentel e Rodolfo Lorandi

15h-18h: Parque Jardim Botânico de Florianópolis Oficina Dança Inclusiva – Ana Luiza Ciscato

16h: Parque Jardim Botânico de Florianópolis Espetáculo Convite ao Olhar Lápis de Seda

20h: Casarão (Pça Bombeiros) Conferência dançada Ensaio para Algo que Não Sabemos - Protótipo 1: construção – Daniela Alves e Karina Collaço

19h: Fund. Cultural Badesc Performance Ensaio sobre a Retórica – Anderson do Carmo

16h: Casarão (Pça Bombeiros) Pré-conferência Encaminhamentos: demandas e eleição

20h: Fund. Cultural Badesc Homenagem Ida Mara Freire Lançamento do livro Rumor

20h: Teatro Sesc Prainha Vídeo palestra Dança em Construção – Inês Bogéa

20h: Teatro Sesc Prainha Espetáculo Experiência 4 Key Sawao

20h: Teatro Sesc Prainha Espetáculo Experiência 4 Key Sawao

Caixa Econômica Federal - Agência Poeta Zininho: Praça 15 de Novembro, 30, Centro (ou rua Conselheiro Mafra) Casarão (Praça dos Bombeiros): Rua Visconde de Ouro Preto, 431, Centro Floripa Shopping: Rodovia SC-401, 3116, andar L2, sala 231 (ao lado do Magazine Luiza), bairro Saco Grande Fundação Cultural Badesc: Rua Visconde de Ouro Preto, 216, Centro Jurerê Sports Center: Avenida dos Dourados, 481, bairro Jurerê Internacional Kirinus Escola de Dança: Rua Lauro Linhares, 1335, bairro Trindade Parque Jardim Botânico de Florianópolis: Rodovia Admar Gonzaga, 742-782, bairro Itacorubi Ponta do Coral: Avenida Beira-mar Norte, Centro Sala Espaço 2 Ceart/Udesc: Avenida Madre Benvenuta, 1907, bairro Itacorubi Teatro Álvaro de Carvallo (TAC): Rua Tenente Silveira, 60, Centro Teatro Sesc Prainha: Travessa Siryaco Atherino, 100, Centro Teatro Pedro Ivo: Rodovia SC-401, Km 15, 4.600, bairro Saco Grande

21h: Ponta do Coral Lançamento do videoarte Coral da Ponta

descubra Mais aqui

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www.multipladanca.art.br /festivalmultipladanca

realização

apoio

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patr ocínio


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