Múltipla Dança 2014

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FESTIVAL INTERNACIONAL

DE DANÇA CONTEMPORÂNEA

20 a 25 de maio de 2014 florianópolis . santa catarina . brasil

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Direção geral: Jussara Xavier Coordenação de programação e curadoria: Jussara Xavier e Marta Cesar Produção executiva: Bruna Flores Pereira Assistência de produção executiva: Ulisses Souza Assistência de produção técnica: Cristiano Prim Coordenação administrativa: Neiva Ortega Projeto gráfico: Paula Albuquerque Ilustração: Fabio Dudas, sobre fotos do espetáculo O Tempo do Meio, da Esther Weitzman Companhia de Dança [fotos: Renato Mangolin] Assessoria de imprensa: Néri Pedroso e Paloma Brum Cobertura fotográfica e vídeo: Cristiano Prim Agradecimentos: Bia Mattar, Camila Aschermann, Elke Siedler, Fabiano Carneiro, Ida Mara Freire, Ivo Godois, Marcelo Leal, Margaret Waterkemper, Maria Tereza Picollo, Osni Cristóvão, Regina Levy, Selma Junkes, Sônia Sobral, Tereza Mara Franzoni, Vera Torres

multipladanca.art.br facebook.com/festivalmultipladanca 2


Ano 7 O que ou quem te move? Por quais forças você é tomado? Múltipla Dança é um encontro forjado em função do desejo que, conforme o filósofo francês Gilles Deleuze (19251995) é em si mesmo “revolucionário”, pois quer sempre mais conexões e agenciamentos. A edição 2014 pretende sustentar a experimentação do “eu” que se constitui, antes de tudo, como desejo. Não se trata de exaltar modos de narcisismo e individualismo mas, ao contrário, de alimentar uma abertura às forças e multiplicidades que atravessam o corpo, aumentando sua potência de ser e agir. Sabemos que todo corpo é biografia, mas como pesquisá-lo, conhecê-lo, dizê-lo? Como biografar um corpo, articulando real e ficção, privado e público? O programa destaca o interesse de investigadores e artistas na prática da biografia - escrita, falada, filmada, dançada – na área da dança. Múltipla Dança segue organizando e buscando encontros, pois entende que justo eles nos levam a pensar-criar. Na construção deste tempo-espaço comunitário, oferece diferentes oportunidades de interação, de exercício e aprofundamento de nossa capacidade relacional: além dos espetáculos, a programação inclui aulas práticas e conversas com os criadores convidados. O foco é a dança contemporânea: cena complexa, acelerada por metamorfoses e contaminações entre corpos, artes e mundos. Cena cujo corpo se multiplica num plano de ações, buscando sempre a incorporação de novos estados, imagens, sentidos, efeitos e habilidades. É possível apreender tal modo de dança em sua singularidade? Em 2014, vamos também (re)descobrir a tarefa da crítica. Seguimos com o propósito de sobrepor diferentes práticas e discursos, privilegiando a aventura do conhecimento e a diferença como potencial instauradora de novas perspectivas. Manter viva a pergunta é o convite, e um começo. Já o disse Pina Bausch (1940-2009), ao receber a láurea honoris causa na Università degli Studi di Bologna, em 1999: “As perguntas não param nunca e nem a busca. Nessa existe algo de infinito, e esta é a coisa bela. Ao olhar nosso trabalho, tenho a sensação de ter apenas começado”. Sandra Meyer, homenageada desta edição, comprova: mesmo tendo já feito muito, continua... leva a sério o desejo, sabe que ainda há muito a fazer. Especialmente para ela, mas também para todos os profissionais incansáveis da dança, nossa reverência. Venham todos! “Sempre há o que ver” (Rainer Maria Rilke). Jussara Xavier e Marta Cesar 3


Biografias. Críticas. Sem tais documentos, os novos criadores e pesquisadores de dança são incapazes de compreender, e quem sabe até mesmo escrever, a sua própria história. É por isso que escolhemos, a cada ano, celebrar um nome importante ao desenvolvimento da dança de Santa Catarina. Esta edição é dedicada à Sandra Meyer. Em meados da década de 1990, ela abraçou a função da crítica de dança, publicando cerca de 80 escritos em jornais e revistas até o momento. Contudo, sua produção textual vai além deste trabalho (realizado principalmente para o jornal A Notícia), pois é vasta a lista de publicações em periódicos acadêmicos e livros. Além de organizações em parceria (como, por exemplo, os títulos da Coleção Dança Cênica e da série Seminários de Dança), publicou As metáforas do corpo em cena (AnnaBlume/UDESC, 2009) e A dança cênica em Florianópolis (Fundação Franklin Cascaes, 1994), referências aos interessados na área. O trabalho estende-se à direção e coreografia (sublinha-se o Ballet Desterro, núcleo que ajudou a fundar), à pesquisa e ensino (desde 1989 é professora na UDESC, tendo criado a pós-graduação Especialização em Dança Cênica e o projeto de implantação da graduação em dança na mesma instituição), à curadoria e organização de encontros (Festival Internacional de Dança do Recife; Seminário de Dança de Joinville; Tubo de Ensaio), dentre outras atribuições que incluem feitos não somente no campo da dança, mas teatro, cinema, música e artes plásticas. Exemplo vivaz do abraço à multiplicidade, Sandra Meyer é a homenageada desta 7a edição.

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pedro alípio

homenagem sandra meyer


Renato Mangolin

espetáculos

20 de maio, 21h, Teatro Ademir Rosa (CIC) Entrada gratuita O Tempo do Meio - Esther Weitzman Companhia de Dança (RJ) O Tempo do Meio propõe a valorização do movimento como um acontecimento único e inusitado. O espetáculo contém inúmeras imagens e sensações de passagem do tempo. A composição é tomada pelo movimento dos bailarinos que entregues aos seus gestos nos trazem algo que não conseguimos nomear, movimentos que passam, se transformam e nascem em outra forma, como a encarnação das coisas que se revelam diante de nós e se esvaem sem que possamos fazer nada a respeito. É este o sentimento que move a criação em O Tempo do Meio. Concepção, coreografia e direção: Esther Weitzman Elenco e criação: Alexandre Bhering, Marcelo Lopes, Mônnica Emilio, Peter Mark, Vandré Vitorino Colaboração dramatúrgica: Alexandre Bhering Desenho de luz: José Geraldo Furtado Cenografia: Leo Bungarten Projeto gráfico: Flávio Pereira Figurino: Ticiana Passos Fotos: Renato Mangolin Assessoria de imprensa e divulgação: Ney Motta Operação de luz: Anderson Ratto e Glauber Carvalho de Mattos Direção de produção: Marcelo Cabanas

Produção executiva: Camila Martins Assistente de produção: Joseph Andrade Organização e criação de textos: Alessandra Vitória Supervisão dos textos: Conceição Gonçalves Netto Professores: Alexandre Bhering (Mat-pilates), Eraci de Oliveira (Dinâmica Muscular), Miriam Weitzman (Técnica Alexander), Esther Weitzman (Dança Contemporânea) Trilha sonora: Jean Jacques Lemêtre Produção: Bateia Cultura Realização: Esther Weitzman Companhia de Dança Duração: 50 minutos Classificação: 10 anos 5


Renato Mangolin

21 de maio, 20h, Teatro da UBRO Entrada gratuita Finita - Denise Stutz (RJ) Finita: adjetivo feminino singular de finito. Aquilo que tem fim ou limite, o que acaba após certo tempo decorrido, aquilo que não se estende indefinidamente. O solo, dedicado à mãe da bailarina, surge da necessidade de compreender e suportar a ausência. Entender o movimento naquele que observa, naquela que falta. A presença que se estabelece a partir da ausência do outro, o desaparecimento, o esquecimento. Texto, direção e intérprete: Denise Stutz Colaboração: Laura Samy e Clara Kutner Iluminação: Daniel Uryon Som: Luciano Siqueira Músicas: J.S.Bach (Preludio e fuga em dó maior); Tchaikovsky (Quebra Nozes); Ray Noble e Al Bowlly (Midnight whit the stars and you) Apoio: Casa da Gloria Co-produção: Panorama da Dança Rio de Janeiro Duração: 45 minutos Classificação: 14 anos 6


Ascenção

22 de maio, 21h, Teatro da UBRO Entrada gratuita Solidão Pública - Adilso Machado (SC) Solidão Pública observa o contexto de angústia, ansiedade e vazio numa sociedade que pressupõe-se cada vez mais integrada nas redes sociais, manifestações, petições. Entre novos aparatos tecnológicos, ela também se manifesta: complexa, conflitual, exigente de um estado físico, psíquico ainda sem exemplos. Sintoma de uma perspectiva de vida atual, aqui a solidão se mostra corporificada, tentando descobrir seu movimento subjetivo. Concepção e performance: Adilso Machado Música: Tom Monteiro Interlocução: Wagner Schwartz Duração: 35 minutos Classificação: 12 anos 7


Caroline Moraes

23 de maio, 21h, Casa das Máquinas Entrada gratuita Fole - Michelle Moura (PR) Em Fole o movimento é de expulsar e a prática é de hiperventilar. O desejo é de sair de si. A respiração acelerada produz alterações no estado psicofísico. Ocorre um processo de constante atualização de sensações, que produzem transformações num sistema: movimento que produz ar, que produz som, fisicalidades que geram emoção, controle que gera espontaneidade, rítmicas que criam palavras, sensações e vibrações. O resultado é uma dança que tende a instabilidade, desorientação e exagero. Criação e performance: Michelle Moura Som: Rodrigo Lemos Luz: Fábia Regina Dramaturgia: Alex Cassal Produção: Cândida Monte e Wellington Guitti Apoio: Programa Artistas en Residencia PAR 2013 / Taller Casarrodante em parceria com FIDCU - Festival de Danza Contemporánea do Uruguay. Esta obra é subvencionada pelo Programa Rumos Dança Itaú Cultural 2012- 2014. Duração: 40 minutos Classificação: Livre Realização

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cristiano prim

24 de maio, 21h, Sala Espaço 2 CEART Entrada gratuita Sobre Expectativas e Promessas – Grupo Cena 11 Cia. de Dança (SC) Solo de Alejandro Ahmed, Sobre Expectativas e Promessas é uma vontade de desaparecimento. Uma procura por ferramentas em dança que tratem identidade como um fluxo de descontinuidades. Identidade como emergência, um surgimento de respostas à situações propostas pela relação no tempo entre ambiente, corpo e movimento. Uma investigação em que deliberação e inevitabilidade propõe a gestão do movimento na tentativa de um encontro com o passado, não o passado histórico, mas aquele que instaura novas possibilidades de futuro a cada instante. Criação, direção e performance: Alejandro Ahmed Assistência de direção, criação e ensaios: Mariana Romagnani Iluminação, trilha sonora e direção de cena: Hedra Rockenbach Máscaras: Maurício Magagnin Pesquisa compartilhada: Grupo Cena 11 Cia. de Dança Preparação técnica e ensaios: Grupo Cena 11 Cia. de Dança e Jurerê Sports Center (Jusc) Essa pesquisa coreográfica foi desenvolvida com subsídio do Programa Rumos Dança 2012/2014 do Itaú Cultural. Duração: 40 minutos Classificação: Livre Realização

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Dudu Alcon Quintanilha

25 de maio, 20h, Célula Dança Entrada gratuita Maneries – Luis Garay & Co. (Argentina) O espetáculo trabalha o corpo como material linguístico. Utilizando símbolos icônicos, a bailarina constrói e explora uma série de provas sobre os limites de suas próprias capacidades formais. Estas formas, transpassadas pelo tempo, geram-se, constroem e destroem constantemente, expondo o corpo como produtor e receptor de possíveis significados em um trajeto que conforma apenas um devir de possibilidades, de percepções, de experiências sobre o tempo, de sentidos a construir. Maneries não se refere a algo universal (corpo) tampouco a algo particular (Florencia), abraça os dois, como um exemplo. Performer: Florencia Vecino
 Música original: Mauro Ariel Panzillo Deseho de luz: Eduardo Maggiolo Ideia e Direção: Luis Garay Duração: 75 minutos Classificação: 16 anos

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GIL GROSSI

ESPETÁCULO INFANTIL

22 e 23 de maio, 16h, Parque Ecológico do Córrego Grande (Horto) Entrada gratuita “ninhos” performance para grandes pequenos - Balangandança Cia. (SP) Vai... e vem. Voa, salta, corre. Volta: para o aconchego, o alimento, a segurança. “ninhos” parte da ideia do lugar onde tudo começa e pode retornar. Imagens e poesias de movimento apresentam “ninhos” como lugar de apoio e base para os voos, descobertas, passeios. Brincadeiras de crianças confundem-se com movimentos de animais remetendo à similaridade entre movimentações de diferentes espécies. Neste jogo, os ninhos são os espaços de recolhimento onde são fortalecidas relações mais sutis, íntimas e subjetivas, tão importantes para a criança. Concepção e direção: Georgia Lengos Criadores-intérpretes: Dafne Michellepis, Alexandre Medeiros, Maristela Estrela, Alan Scherk, Clara Gouvêa Orientação corporal: Ciro Godoy (Kempô), Alex Ratton (Contato Improvisação) Cenografia: Georgia Lengos Figurinos: Dafne Michellepis Produção: Anderson do Lago Leite Esta obra é subvencionada pelo Programa Rumos Dança Itaú Cultural 2012- 2014. Duração: 40 minutos Classificação: Livre Realização

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OFICINAS

PALESTRA E DIÁLOGOS

21 e 22 de maio, 9h às 12h, Casa das Máquinas

20 de maio, 14h, Auditório do CDS/UFSC

Dança e Criação - Esther Weitzman A comunicação do movimento dentro de um contexto contemporâneo, procurando a dinâmica e a percepção do momento presente, a construção e a qualidade do movimento.

Diálogo Pesquisa biográfica em dança Alejandro Ahmed, Denise Stutz, Lilian Vilela

Inscrições gratuitas

23 e 24 de maio, 9h às 12h, Sala de Dança 1 CEART/UDESC

Entrada gratuita

21 de maio, 14h, Auditório do CDS/UFSC Diálogo Fomento à dança: ações de sustentabilidade - Ana Francisca Ponzio, Bia Mattar, Marcelo Leal

Corpo Presente - Denise Stutz A experimentação de um corpo que se move a serviço da imaginação e dos sentidos. Jogos corporais estabelecem relações e ampliam a percepção do que nos rodeia: o espaço, o tempo, os outros.

22 de maio, 14h, Auditório do CDS/UFSC

23 e 24 de maio, sexta: 13h às 16h, sábado: 14h às 17h, Sala de Dança CDS/UFSC

LANÇAMENTO DE LIVROS

Forma Less – Luis Garay De acordo com o filósofo italiano Mario Perniola, a sensibilidade contemporânea é marcada por devir um objeto-que-sente. Pretende-se buscar metáforas de materialidade para esta forma particular de subjetividade.

22, 23 e 24 de maio, 9h às 12h, Sala Espaço 1 CEART/UDESC Escrita com a Dança - Joubert Arrais (PR/SP/CE) / Projeto Crítica com a Dança Interlocutora local convidada: Elke Siedler Laboratório prático com o objetivo de fomentar a relação da escrita com a dança na contemporaneidade. Produção de manuscritos como experiências de corpo e movimento, buscando estimular o hábito da escrita e experimentar suas possibilidades críticas. 12

Exercício crítico. Palestra com Ana Francisca Ponzio. Diálogo com Ana Francisca Ponzio, Joubert Arrais/Crítica com a Dança, Sandra Meyer

Entrada gratuita

22 de maio, 19h, Fundação Cultural BADESC Uma vida em dança: movimentos e percursos de Denise Stutz, de Lilian Vilela (Annablume, 2013) Dança com a Crítica, de Joubert Arrais e outros autores (Projeto Crítica com a Dança - Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2011) Antropologia da Dança I, organização de Giselle Guilhon (Insular, 2013)


MOSTRA DE VÍDEOS

Parceria com o dança em foco – Festival Internacional de Vídeo & Dança Entrada gratuita

20 de maio, 19h, Fundação Cultural BADESC (classificação 14 anos) CURTAS INTERNACIONAIS

Al Borde (Espanha, 2011, 3’) Direção: Sonia Torres, Violeta Iriberri, Abel Fernández e Javier Morales Coreografia: Victoria Kudrina

Fuera de los Márgenes (Argentina, 2011, 4’) Direção: Iván Stur e Magdalena Stover Coreografia: Magdalena Stover

Loop (Itália, 2012, 3’) Direção: Francesca Maria Svampa Coreografia: Ramona Di Serafino

TurnAround Tango (Canadá, 2012, 7’) Direção: Marites Carino Coreografia: 605 Collective

Landscape duet (Bélgica e Hong Kong, 2012, 16’) Direção: Pierre Larauza Coreografia: Emmanuelle Vincent

Anatomy Theater (Itália, 2012, 3’) Direção: Alessandro Amaducci Coreografia: Giuliana Urciuoli Prélude sur les rives de I’eau qui songe (Espanha, 2011, 2’) Direção: Sonia Torres e Violeta Iriberri Coreografia: Sara Aicha Sánchez Nostalgia (Argentina, 2012, 5’) Direção: Karin Idelson Coreografia: Andrea Servera Amenta (Portugal/Alemanha, 2012, 7’) Direção e Coreografia: Catarina Miranda SITE-SPECIFIC INTERNACIONAL Topos (Chile, 2011, 6’) Direção e Coreografia: Paula Montecinos Pecas V 1.0 (México, 2012, 3’) Direção e Coreografia: Nayeli Benhumea

21 de maio, 17h, Fundação Cultural BADESC (classificação livre) BIG DANCE SHORTS Double take (Reino Unido, 2012, 3’) Sam Hodges e Ben Duke The click (Reino Unido 2012, 3’) Heather Eddington, Pete Shenton e Tom Roden do New Art Club Vida Longa (Reino Unido, 2012, 3’) Bertie e Ponciano Almeida Swim (Reino Unido, 2012, 3’) The Brothers McLeod e Struan Leslie On the otherside (Reino Unido, 2012, 3’) Felix Harrison e Kate Prince

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divulgação

Ballet Desterro: Contemporaneidade na Dança Catarinense (Brasil, 2009, 27’) Direção: Jussara Xavier O documentário apresenta o Ballet Desterro (1984-1992), um importante nome da dança catarinense que teve Sandra Meyer – a homenageada desta edição do Múltipla Dança – como cofundadora, diretora e coreógrafa. Propõe o grupo como ponto de partida para pensar as concepções, os significados e contextos da dança contemporânea produzida no sul do Brasil.

22 de maio, 19h, Fundação Cultural BADESC (classificação 14 anos) Pré-lançamento: Limiares. Anderson João Gonçalves (Brasil, 2014, 56’) Este é um documentário sobre “ser” artista, um “corpo-artista”, com suas idiossincrasias e intensidades. Por meio de um discurso falado e dançado, ora delicado, ora contundente, Anderson João Gonçalves revela a sua força criativa. O filme leva em conta sua visão de mundo e suas experiências por meio de uma narrativa que é conduzida pelo próprio artista em um último depoimento, em tom confessional, concedido em 2009. Direção: Sandra Meyer Roteiro: Sandra Meyer e Pedro Alípio Direção de fotografia: Pedro Alípio e Marco Martins Edição: Jefferson Bittencourt Finalização: Gustavo Dogo Direção musical e composições: Diogo de Haro Edição de som: Diogo de Haro Produção executiva: Gláucia Grigolo Prêmio Catarinense de Cinema 2012 e VII Prêmio Funcine de Produção Audiovisual Armando Carreirão 2012. 14

Pedro Alípio

DOCUMENTÁRIO


dança em foco

23 de maio, 19h, Fundação Cultural BADESC (classificação livre) dança em foco 10 anos – Vídeodança Brasil dança em foco 2007
 Partida (Ceará
, 2007, 13’) Direção: Luis Carlos Bizerril e Alexandre Veras Coreografia: Ernesto Gadelha 
 Um movimento quase qualquer (Rio de Janeiro, 2003, 13’) Direção: Cecília Lang
 Coreografia: Dominique Mercy e Malou Airaldo Fliessgleichgewicht (Minas Gerais, 2002, 11’) Direção: Andre Semenza Coreografia: Fernanda Lippi 
 FF>> (Rio de Janeiro, 2007, 5’) Direção: Karenina dos Santos, Leticia Nabuco, Marcelo Stroppa e Tatiana Gentile Coreografia: Karenina de Los Santos, Letícia Nabuco e Marcello Stroppa 
 Por onde os olhos não passam (Rio de Janeiro, 2003, 6’) Direção: Paulo Mendel
 Coreografia e interpretação: Andréa Maciel Esfolada (Goiás, 2004, 6’30”) Concepção e Direção de Henrique Rodovalho e Kleber Damaso. Coreografia dos intérpretes-criadores da Desvio dança em foco 2008
 Mãos (Rio de Janeiro, 2008, 4’) Direção: Lilyen Vass Coreografia: Lilyen Vass

dança em foco 2010
 Mara Hope 14/07 (Rio de Janeiro/Ceará, 2007, 16’) Direção: Alexandre Veras e Paulo Caldas
 Coreografia: Paulo Caldas Bokeh (Pernambuco, 2007, 5’)
 Direção e Roteiro: Breno César
 Intérpretes-criadores: José W. Júnior, Liana Gesteira, Marcelo Sena, Marta Guimarães dança em foco 2011
 Maxixe (Pernambuco, 2010, 7’)
 Direção: Breno César
 Coreografia: José W. Júnior, Liana Gesteira e Marcelo Sena Duo #1 (Rio de Janeiro, 2010, 5’) Direção: Gustavo Gelmini e Paulo Caldas Coreografia: Paulo Caldas Partida (Rio de Janeiro, 2009, 5’) Direção e Coreografia: Andrea Maciel Bossa chinesa (São Paulo, 2008, 4’) Direção: Daniel Augusto Coreografia: Cia. Vitrola Quântica

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MÚLTIPLAS ESCRITAS 20 a 25 de maio Participação gratuita Anderson do Carmo + Sandra Meyer Dispositivo de interlocução crítica que transcorre durante o evento e se “atrita” com o eixo curatorial: uma estrutura móvel e conectiva que opera coletivamente e desvia o protagonismo da “opinião de quem escreve a crítica” para a própria “ação crítica”. Procedimento: escrita de um texto em torno de uma das atividades da programação que deixe uma pista de pensamento para quem quiser escrever o próximo texto; este segundo segue esta pista para escrever em torno da atividade seguinte e deixa uma outra pista a ser seguida, e assim sucessivamente. Trilharemos um labirinto de reflexão ao mesmo tempo em que estivermos construindo suas paredes. A intenção é fomentar e gerir não reflexões sobre a dança e sim reflexões na dança, por isso os textos terão o espaço de um dia para serem entregues. O mais importante é a contaminação mútua de quem escreve e lê os escritos, coexistindo e instigando o pensamento do/no Múltipla Dança 2014 no transcorrer das atividades - espetáculos, oficinas, lançamentos, diálogos, mostras - que compõe sua programação.

cristiano prim

É artista, estudante, professor de artes ou estava na plateia e ficou com vontade de escrever? Envie email para multiplasescritas@gmail.com.

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ascenção

CONVIDADOS

Adilso Machado é bailarino do Grupo Cena 11 Cia. de Dança desde 2006. Dançou na Anima Cia. de Dança (RS/2001-2004), atuou como ator circense no Circo Teatro Girassol (2000-2002). Como bailarino e coreógrafo independente, realizou os trabalhos Ruínas (2012), Interferência dos encontros (2012), O estado em que me encontro (2001), entre outros. Alejandro Ahmed é diretor, coreógrafo, professor

e bailarino do Grupo Cena 11 Cia. de Dança desde 1993, com o qual recebeu diversas premiações, entre elas: Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia (2007); Prêmio Bravo! Prime de Cultura (melhor espetáculo de dança de 2007); Prêmio Mambembe (melhor coreógrafo 1998); Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (melhor concepção cênica 1997); Prêmio Mérito Cultural Cruz & Souza (destaque na área cultural catarinense em 1997).

Ana Franscisca Ponzio é jornalista, crítica e

curadora de dança. Trabalhou nos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde

e Valor Econômico. Foi editora de dança da revista Bravo!. Foi consultora e comentarista do programa de televisão STV na Dança, exibido pelo canal SescTV. Foi curadora e diretora de produção do evento Dança em Pauta, realizado pelo Centro Cultural Banco do Brasil. Também foi diretora artística do Panorama Sesi de Dança. Em 2009 lançou o website Conectedance, premiado pela APCA como melhor iniciativa do ano na área. Anderson do Carmo é bailarino do Grupo

Cena 11 Cia. de Dança e pesquisador independente. Licenciado e Bacharel em Teatro pelo CEART-UDESC, dirigiu a coreografia A saudade é como líquido que transborda, ou, para Teresa e o ciclo de workshops Corporeidades porosas, financiados pelo Prêmio Funarte Klauss Vianna 2011. Realiza interlocução teórica e crítica em contextos de formação e criação.

Bia Mattar é formada em dança clássica e fre-

quentou diversos cursos no Brasil e Estados Uni17


gil grossi

dos, dentre eles, jazz, contemporâneo, especializando-se em sapateado. Professora, curadora artística e jurada convidada de diversos festivais e mostras de dança do país. Foi presidente da Aprodança, membro do CEC e do CNPC de Florianópolis. Representa a região sul no Colegiado de Dança, vinculado ao MINC. É consultora técnica para elaboração de projetos e captação de recursos.

em Belo Horizonte (MG). Em 1975, com outros dez bailarinos, fundou o Grupo Corpo. Trabalhou com a coreógrafa Lia Rodrigues como bailarina, professora e assistente de direção. Foi professora do curso técnico da Escola Angel Vianna. A partir de 2003 começa a desenvolver seu próprio trabalho solo, com grande circulação nacional e internacional.

Balangandança Cia. pesquisa e cria dança para

Elke Siedler é doutoranda em Comunicação e

crianças há 17 anos. Um trabalho continuado e pioneiro que articula a pesquisa de linguagem corporal e estética com propostas didáticas, resultando em uma concepção específica sobre o assunto. Nela, o corpo, o brincar, a reflexão e o respeito pela criança são eixos norteadores. A Cia. também realiza diversas ações que fomentam a produção e discussão na área. Já foi duas vezes contemplada com o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte).

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Denise Stutz começou seus estudos de dança

Semiótica (PUC/SP). Mestre em Dança e especialista em Estudos Contemporâneos em Dança pela UFBA. Diretora e dançarina da Siedler Cia. de Dança. Coordenadora artística da Célula Dança e Teatro Célula, em Florianópolis (SC). Esther Weitzman é especialista em Arte e Filosofia (PUC/RJ), formada em dança pela Escola Angel Vianna. Professora do Curso de Licenciatura em Dança da UniverCidade, do Curso de Teatro da Ucam e na PUC/RJ. Em 1999, criou a Esther Weitzman Compa-


Renato Mangolin

nhia de Dança. Fundou, em 1992, o Studio Casa de Pedra – Centro de Educação e Arte do Movimento. Suas últimas criações foram: Jogo de Damas (Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2013); O Tempo do Meio (2012); O que imagino sobre a morte (Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2009). Esther Weitzman Cia. de Dança recebeu distinção em âmbito nacional de melhor espetáculo do Jornal O Globo para Terras e Presenças no Tempo (2000), Sonoridades (2002) e Territórios (2006). Em 2001, recebeu o prêmio Encena-Brasil (Funarte). De 2003 a maio de 2005 foi uma das 13 companhias subvencionadas pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. Com 15 anos de existência, a trajetória da companhia é marcada por uma intensa pesquisa do movimento corporal e numerosas apresentações pelo Brasil e exterior. Grupo Cena 11 Cia. de Dança é uma companhia de formação e pesquisa em dança. Mantém sua rotina diária de 7 horas entre ensaios e criações,

pesquisas teóricas e práticas e condicionamento físico. Desenvolve uma técnica que pode ser acessada por todos e está em constante diálogo com acadêmicos e pesquisadores interessados. Três sólidos conceitos fazem parte de sua pesquisa: ética e estética sobre o corpo e o ambiente onde este corpo está inserido; produção unida à pesquisa artística, dança e tecnologia; intercâmbio de estudo e prática com outros grupos de arte e dança. Joubert Arrais é artista-pesquisador e crítico

de dança. Docente do bacharelado e licenciatura em Dança - Fap/Unespar. Doutorando em Comunicação e Semiótica (PUC/SP), mestre em Dança (PPGDanca/UFBA) e bacharel em Comunicação Social - Jornalismo (UFC), com formação artística pelo centro em movimento - c.e.m/Lisboa. Desde 2007, experimenta seus estudos de crítica no corpo dançante com performances autorais. Escreve no <enquantodancas.net>.

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Lilian Vilela é pesquisadora, professora e artista

em Buenos Aires (Teatro San Martín). Apresentou seus trabalhos na Espanha, Alemanha, Portugal, Brasil, Venezuela, Uruguai, Bolívia e nos Estados Unidos, onde recebeu excelentes críticas do New York Times. Em 2005, foi nomeado ao Prêmio Clarín como Revelação em Dança. Foi nomeado em 2012 para a prestigiada bolsa Rolex Mentor and Protégé Arts Initiative. No Brasil, recentemente coordenou as residências artísticas dos projetos Lote#1 (SP) e OUTRAS DANÇAS (RS).

Dudu Alcon Quintanilha

da dança. Graduada em Dança, mestre em Educação Física e doutora em Educação pela UNICAMP. Participou da Balangandança Cia. e do Grupo Saia Rodada. Foi vencedora do edital PROAC da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (2006) e do Prêmio ProCultura do MINC/FUNARTE (2010). Foi coordenadora geral da Escola Municipal de Cultura e Artes de Campinas e consultora de dança do SESI-SP. Autora dos livros Metodologia SESI-SP de Dança (2012) e Uma vida em Dança: Movimentos e percursos de Denise Stutz (2013). Marcelo Leal é jornalista e coordena o Escritório da Representação Regional Sul do Ministério Luis Garay, nascido em Bogotá, estudou na Fran- da Cultura (MinC) em Santa Catarina. Em Brasília, ça (Mulhouse CND), na Finlândia (Lyseon Lukkio) e atuou na Assessoria de Comunicação Social do

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cesar lima

MinC, foi coordenador de Comunicação Social da Secretaria de Economia Criativa do MinC e editor do portal Observatório Brasileiro da Economia Criativa – OBEC. Entre 1988 e 2000, em Florianópolis, foi chefe da Assessoria de Imprensa da antiga Telesc. Foi editor e repórter do jornal Folha da Lagoa, condecorado com a Medalha de Honra ao Mérito pela Câmara Municipal de Florianópolis.

sal (RJ), Fabian Gandin (AR) e Vincent Dupont (FR). Foi co-fundadora e integrante do extinto CouveFlor Minicomunidade Artística Mundial. Estudou dança na FAP; Casa Hoffmann; Essais - Centro National de Danse Contemporaine d’Angers. É mestranda do AMCh Amsterdam Master of Choreography, da AHK.

Michelle Moura é performer e coreógrafa. Suas

e Semiótica (PUC/SP). Professora de dança e técnicas corporais do Curso de Licenciatura em Teatro e do Programa de Pós-Graduação em Teatro – Mestrado e Doutorado - do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

últimas criações são Fole (2013), CAVALO (2010) e Big Bang Boom (2012), onde desenvolve estratégias para responder a pergunta “o que move um corpo?”. Trabalhou com Dani Lima (RJ), Alex Cas-

Sandra Meyer é Doutora em Artes, Comunicação

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retrospectiva

Fotos: Cristiano Prim

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Clandestino - Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira Múltipla Dança 2006

Rétrospective - Cie À fleur de peau Múltipla Dança 2007

Tudo o que se espera - Cia. Clébio Oliveira Múltipla Dança 2008

Meu Prazer - Márcia Milhazes Cia. de Dança Múltipla Dança 2009

Céu na Boca - Quasar Cia. de Dança Múltipla Dança 2010

Proibido Elefantes - Gira Dança Múltipla Dança 2013


h

Terça (20/05)

Quarta (21/05) Casa das Máquinas Oficina Dança e criação Esther Weitzman

9-12h

Quinta (22/05)

Sala Espaço 1 CEART/ UDESC - Oficina Escrita com a dança – Joubert Arrais

Casa das Máquinas Oficina Dança e criação Esther Weitzman

Sala de Dança 1 CEART/ UDESC - Oficina Corpo presente - Denise Stutz

Sala de Dança 1 CEART/ UDESC - Oficina Corpo presente - Denise Stutz

Domingo (25/06)

Sala de dança CDS/UFSC Oficina Forma Less Luis Garay Auditório CDS/UFSC Diálogo Pesquisa biográfica em dança - Alejandro Ahmed, Denise Stutz, Lilian Vilela

Auditório CDS/UFSC Diálogo Fomento à dança: ações de sustentabilidade - Ana Francisca Ponzio, Bia Mattar, Marcelo Leal

16h

Auditório CDS/UFSC Exercício crítico Palestra com Ana Francisca Ponzio. Diálogo com Ana Francisca Ponzio, Joubert Arrais, Sandra Meyer

Sala de dança CDS/UFSC Oficina Forma Less Luis Garay

Parque Ecológico do Córrego Grande Espetáculo infantil “ninhos” Balangandança

Parque Ecológico do Córrego Grande Espetáculo infantil “ninhos” Balangandança

Fundação Cultural Badesc Lançamento dos livros Uma vida em dança: movimentos e percursos de Denise Stutz; Dança com a Crítica; Antropologia da Dança I

Fundação Cultural Badesc Mostra de vídeodança

Todas as atividades do Festival Múltipla Dança têm entrada gratuita. Os ingressos devem ser retirados no local, uma hora dos espetáculos. As inscrições para as oficinas devem ser feitas pelo email multipladanca@gmail.com.

Fundação Cultural Badesc Mostra de vídeodança

17h

19h

Sábado (24/06)

Sala Espaço 1 CEART/ UDESC - Oficina Escrita com a dança – Joubert Arrais

13h

14h

Sexta (23/05)

Sala Espaço 1 CEART/ UDESC - Oficina Escrita com a dança – Joubert Arrais

Fundação Cultural Badesc Mostra de vídeodança

A festa acontece no Célula Showcase, no dia 24/05, das 16h às 4h. Entrada com nome na lista.

Pré-lançamento e exibição: Limiares. Anderson João Gonçalves, de Sandra Meyer Teatro da UBRO Espetáculo Finita Denise Stutz

20h

21h

Teatro Ademir Rosa Espetáculo O tempo do meio - Esther Weitzman Cia. de Dança

Célula Dança Espetáculo Maneries – Luis Garay & Co. Teatro da UBRO Espetáculo Solidão pública - Adilso Machado

Casa das Máquinas Espetáculo Fole Michelle Moura

Sala Espaço 2 CEART Espetáculo Sobre expectativas e promessas - Grupo Cena 11 Cia. de Dança Célula Showcase Festa

* Casa das Máquinas: R. Henrique Veras do Nascimento, 50 – Lagoa da Conceição - Tel.: 3232.1514 * CDS/UFSC: Campus Universitário – Trindade * CEART/UDESC: Av. Madre Benvenuta, 1907 – Itacorubi * Célula Cultural - Rod. João Paulo, 75 – João Paulo – Tel.: 3234.5078 * Parque Ecológico do Córrego Grande (Horto Florestal): Rua João Pio Duarte Silva, 535, Córrego Grande – Tel.: 3234-3522 * Teatro da UBRO: Escadaria da R. Pedro Soares, 15 – Centro – Tel.: 3222-0529 * Teatro Álvaro de Carvalho (TAC): R. Mal Guilherme, 26 - Centro – Tel.: 3028.8070 * Teatro Ademir Rosa (CIC): Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600, Agronômica – Tel.: 3953-2334

descubra Mais aqui

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pr omoção

realização

Este projeto foi contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna/2013

apoio

Parque ecológico do Córrego Grande

www.multipladanca.art.br /festivalmultipladanca

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