PARTICIPAÇÃO EXCLUSIVA
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CONTEÚDOS
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UMA CARTA DO SURFING TONIGHT Para os seguidores
PEDRO RAMALHO
Partilha da paixão com os outros
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HISTÓRIA DO SURF A Origem
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HISTÓRIA DO SURF O pai do surf
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SURFING TONIGHT MAGAZINE EDITOR
Patrícia Costa Silva
TEXTO
Patrícia Costa Silva
IMAGEM
Patrícia Silva Fontes da internet Pedro Ramalho
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UMA CARTA DO SURFING TONIGHT Para os seguidores
O “Surfing Tonight” tem a principal finalidade de dar ao público um novo espaço onde o surf se encontra bem definido e apresentado, de forma que o mesmo possa usufruir de um conjunto de diferentes materiais informativos sobre a modalidade do surf.
Com a criação deste projeto, o “Surfing Tonight” quer dar-vos a vocês, nossos seguidores, um espaço diferente do habitual. O “Surfing Tonight” pretende fornecer ao público um conjunto de conteúdos que ajudem a alimentar o seu gosto pelo surf e a colocar nos mesmos novas O principal foco é o de transmitir ao curiosidades. público alvo a realidade deste desporto e os diferentes aspectos que atraem cada vez mais pessoas para esta temática.
PATRÍCIA SILVA Editor
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PEDRO RAMALHO Partilha da paixão com os outros
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PEDRO RAMALHO Partilha da paixão com os outros
Nascido na cidade de Vila do Conde a 1973, Pedro Ramalho vive no mundo do surf fazendo deste desporto o seu dia a dia. Com bastantes anos de experiência no surf, é organizador de campeonatos a nível regional. É colaborador no circuito de surf Esperança, de onde saíram Tiago Pires, primeiro português a entrar na elite de surf mundial, e outros nomes de destaque do panorama nacional atual. Compete também no circuito nacional de surf à oito anos. Pedro faz várias surf trips pelo mundo, percorrendo todo Portugal, Espanha, França, a ilha da Madeira, considerada como o Havai europeu, e, com várias visitas, pela Indonésia. Pedro é o monitor responsável pelo Aloha Surf and Sup School , escola de surf situada na cidade de Vila do Conde. Deu início a esta escola no ano de 2002, inicialmente com a designação de “Os Parafinas”.
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QUAL A IMPORTÂNCIA DO SURF NA SUA VIDA? “A importância do surf na minha vida é toda e tem toda a razão de ser, uma vez que esta foi uma opção de vida, (...) foi a forma que mais me satisfez de eu dar continuação a esta paixão pelo surf foi criar uma escola de surf, o Aloha, que existe já desde 2002. Esta paixão apareceu quando eu ainda era muito novo e desde aí dei continuação. Já faço o surf à mais ou menos 25 26 anos e tem sido o meu estilo de vida, o meu lifestyle. Esta paixão pelo surf fez com que eu também sentisse uma certa necessidade em partilhar esta paixão com as pessoas que de alguma forma sentiam curiosidade em conhecer o surf. De uma forma autónoma acabava por ser um bocado mais demorado e então com o aparecimento da escola de surf as pessoas sentiram-se um bocadinho mais motivadas em querer satisfazer aquela curiosidade do que é o surf, mas satisfazer essa mesma curiosidade de uma forma segura e de uma forma orientada e em grupo para que a evolução aparecesse mais rápido e para que eles se sentissem cada vez mais motivados em dar continuação à modalidade do surf e sentirem-se motivados para partilharem também essa paixão com muitas outras pessoas.”
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QUAL A PESSOA QUE MAIS O INSPIRA PARA A PRÁTICA DO SURF? “Em relação a alguém que de alguma forma possa me ter inspirado no surf ou me ter motivado no surf, no meu caso pessoal a minha referência foi um familiar que no caso foi a minha mãe. Porque foi a pessoa que me ajudou a comprar a minha primeira prancha, o meu primeiro fato. E para além disso foi a pessoa que me ajudou e que me motivou a que eu saísse da minha zona de conforto e fosse para Lisboa uma temporada tirar o curso de monitor de surf ainda quando o surf era de uma certa forma marginalizado e mal visto pela sociedade. Hoje o surf tem uma outra postura, porque acaba por ter uma componente didática de formação desportiva, de formação mesmo de disciplina e de método junto dos alunos. A minha mãe foi parte preponderante no estilo de vida que eu tenho hoje que é o de monitor de surf e que me dá grande satisfação pessoal e realização pessoal. “
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COMO SURGIU ESTE GOSTO PELO SURF? “O gosto pelo surf pode também ter-se dado porque o surf acabou por ser uma forma de um grupo de amigos estar sempre em contacto porque todos partilhávamos da mesma paixão pelo surf e então a gente diariamente combinava dia para dia a próxima surfada e então os amigos acabavam por ser uma motivação para a gente se encontrar, para a gente ir para a praia, para a gente se ir divertir todos juntos, e também acabava por ser uma forma de fazer o surf mais segura porque não íamos sozinhos para a água e então caso houvesse algo mais adverso num dia ou outro em particular em que as condições estivessem um bocadinho mais agressivas ou que tivesse com correntes estando nós em grupo acabaria por ser mais fácil ou mais confortável para nós caso acontecesse uma situação mais complicada e inesperada de os amigos ajudarem-se uns aos outros. Porque no surf existe muito a componente de interajuda e de laços de amizade muito fortes, laços esses que preservam pela vida inteira. Ainda hoje as pessoas que com quem eu comecei a surfar são meus amigos diários, são meus amigos para a vida. ”
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QUAIS OS BENEFÍCIOS QUE ENCONTRA NO SURF? “Os benefícios que eu encontro no surf são muitos e são variados. Como desporto é um desporto muito exigente a nível físico, e os benefícios são tantos que para além da componente desportiva, a parte do conhecimento do mar é fundamental porque gradualmente com o convívio nas várias condições de mar a gente vai ganhando capacidades, capacidade essas que hoje em dia posso dizer que já foram muito importantes para muitas pessoas, porque o conhecimento e a experiência que eu adquiri no surf já fez com que eu tivesse que participar em muitos salvamentos, em salvamentos de muitas pessoas. Posso dizer que hoje em dia já salvei mais de 50 pessoas que se sentiram em apuros em alturas que eu estava a surfar e que tive que responder no momento e ir ajudar pessoas para que essas hoje em dia continuassem vivas, felizes e alegres. Outro dos benefícios que encontro no surf é o facto do surf ser um desporto que nos transmite muita tranquilidade, muita paz, é super relaxante. Inclusive eu tenho alunos que praticam o surf única e exclusivamente por esta componente mais relaxante, ou seja, no final de um dia de trabalho eles procuram um escape e o mar e as ondas muitas vezes são o melhor escape para os dias de stress que fazem parte da vida dessas pessoas.”
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QUAIS AS SENSAÇÕES QUE O SURF CONSEGUE PROPORCIONAR? “Em relação às sensações que o surf me proporciona, ou o que pode proporcionar a outras pessoas é sempre muito relativo. No mundo do surf há uma mensagem em relação às sensações que é “only a surfer knows the feeling”, ou seja, as sensações dependem de pessoa para pessoa consoante o seu nível, mas essencialmente eu posso resumir que o surf tem 3 componentes que podem ir de encontro um bocadinho aos vários tipos de sensações que as pessoas podem sentir. O surf tem 3 componentes que é a componente prazerosa, a componente psicológica e a componente desportiva. A componente desportiva porque quando os surfistas vão a remar para o outside acabam por praticar algum desporto, a componente psicológica é quando o surfista chega ao outside e está sentado em cima da prancha e tem como pano de fundo o céu em contraste com o mar e aquela linha do horizonte transmite uma tranquilidade imensa, e depois tem a componente prazerosa que é quando o surfista consegue apanhar a onda e vem a desfrutar da força da natureza a executar manobras, daí que não dá para especificar ao certo quais são as sensações do surf. Mas para mim as sensações do surf é uma sensação de liberdade, uma sensação de bem estar, de satisfação pessoal que dandome tranquilidade faz com que eu acabe por partilhar com as pessoas que me rodeiam o melhor que há em mim.”
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HISTÓRIA DO SURF A ORIGEM
Mais que um desporto de divertimento, relaxamento ou de profissão, o surf tem origem numa história mais rica e profunda do que muitos imaginam. O que hoje nós podemos chamar de surf, havia já sido originado nas ilhas polinésias, no Oceano Pacífico. Dominar uma onda era algo já conseguido ao longo de todo o Pacífico Polinésio, bem como na África Ocidental e no Peru. Foi predominantemente no Havai que o surf destacou uma maior evolução, sendo melhor documentado e com mais persistência na sua prática, em oposição a alguns locais da Polinésia.
Para a população havaiana, o surf não era apenas visto como uma atividade prazerosa a nível de entretenimento, mas principalmente espiritual e com um grande significado social. Os surfistas competiam entre si e apostavam em quem tivesse a capacidade de surfar mais longe, mais depressa ou quem apanhava a maior onda. Com isto, estavam aptos a conquistar respeito, estatuto social e, consequentemente, atraíam a vida amorosa. Este era considerado como o desporto dos reis, mas isso não impedia que todos os havaianos participassem independentemente de idade, género ou da variedade de pranchas feitas de diferentes árvores com que surfavam. As classes mais altas tinham principal acesso às melhores praias e às melhores pranchas, deixando os plebeus delimitados a certas praias.
IMAGEM: theatlantic.com
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O surf não era visto com esta grandiosidade por parte de todos. Este desporto era também considerado como sendo um pecado por parte dos missionários cristãos norte-americanos que chegavam ao Havai várias décadas mais tarde, desencorajando assim a prática do surf.
IMAGEM: imagenesmi.com
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PRANCHAS Ao contrário das pranchas utilizadas nos dias de hoje, todas as pranchas eram lisas, obrigando consequentemente que os surfistas recorressem às mãos e aos pés para virar dentro de mar.
“ALAIA” As pranchas “alaia” eram muito utilizadas pelos surfistas havaianos, das quais se caracterizavam por serem finas, de tamanho médio, semelhantes às pranchas pequenas de hoje. IMAGEM: en.wikipedia.org
“PAIPO” Outros utilizavam também as pranchas “paipo”, pequenas e arredondadas à frente, onde os surfistas se podiam deitar para baixo. IMAGEM: surfresearch.com.au
“OLO” Por outro lado, existiam também as pranchas “olo” exclusivas para os chefes tribais, pranchas estas que eram duas vezes mais compridas que as atuais. IMAGEM: timetoast.com
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TOM BLAKE: AS SUAS INVEN
Tom Blake foi um nadador salvador na Califórnia, apaixonado por todas as modalidades envolventes do mar. Tom passou por um percurso até alcançar o patamar de surfista profissional, sendo também considerado como um dos maiores designers de pranchas de surf. As pranchas alcançam uma certa popularidade conforme o surfista vence campeonatos de surf havaianos entre 1929 e 1930, com a sua prancha Hollow. A construção da sua prancha foi a mais significante inovação para os surfistas do seu tempo. Nesta época, as pranchas pesavam entre 50 a 100 quilos, chegando até aos 150 quilos no caso das pranchas Olo.
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A prancha Hollow continuava a ser constituída de madeira, mas a sua constituição oca reduzia significativamente o seu peso para 25 a 35 quilos. Foi implementada por Tom Blake mais uma invenção revolucionária para a prática deste desporto no ano de 1935. Blake implementou pela primeira vez uma quilha numa prancha de surf, alcançando os limites imagináveis na época. Blake é hoje conhecido como o pioneiro do surf moderno.
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Duke Kahanamoku O PAI DO SURF
1890 - 1968
Sem a presença de Duke, o surf poderia ter morrido no Havai. Para Duke, a sua maior conquista foi a de ter introduzido o surf numa viagem à Austrália, continuando a espalhar este desporto por todo o mundo.
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DUKE KAHANAMOKU O PAI DO SURF
Duke Paoa Kahinu Mokoe Hulikohola Kahanamoku, nasceu a 26 de Agosto de 1890, perto de Waikiki no Havai. A 22 de Janeiro de 1968, morre devido a um ataque cardíaco em Honolulu no Havai, com 78 anos de idade. Além de um grande surfista, foi também vencedor de três medalhas de ouro e duas de prata dos Jogos Olímpicos pela sua talentosa prestação como nadador.
Acompanhando as suas participações olímpicas, Duke viajou pelo mundo, onde promoveu o surf, ganhando assim a designação de “Pai do Surf ”.
Por vários anos, o havaiano foi considerado como o melhor nadador de estilo livre no mundo.
“Foi ele [Duke] que pôs a ideia do surf na minha cabeça. E andar sobre a onda era como o paraíso para mim. Eu queria passar a palavra para os meus amigos na Califórnia, então escrevi o primeiro livro sobre isso.” – Tom Blake
No ano de 2002, o governo dos EUA criou um selo postal em homenagem ao havaiano Duke Kahanamoku. IMAGEM: 1.bp.blogspot.com
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A SUA MAIOR CRIAÇÃO Desde 1910 que Duke se destacava nas ondas de Waikiki, onde nasceu. Os surfistas que surfavam próximo de si, utilizavam pranchas de 6 a 7 pés. Mas Duke foi além, inventando a sua própria prancha. Kahanamoku deu forma a uma prancha de 10 pés, o que o possibilitou de ir mais fundo no mar e apanhar ondas mais longas e maiores. A sua surfada era suave, deslizando suavemente pelo mar.
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ESTÁTUA EM HOMENAGEM
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Em homenagem a uma das personalidades principais no mundo do surf, foi implementada uma estátua de Kahanamoku em Waikiki, onde foram também atiradas as suas cinzas ao mar.
A estátua de bronze foi realizada por Jan Gordon Fisher, implementada no ano de 1990. A estátua do corpo de Duke está acompanhada por uma prancha de bronze, lanças de bronze e placas comemorativas também de bronze.
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“DUKE’S OCEANFEST”
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“Duke’s OceanFest” conta com uma variedade de desportos que eram próximos do coração de Duke, incluindo Longboard Surfing, competições em Paddleboard, natação, Tandem Surfing, Surf Polo, voleibol de praia e Stand-Up Paddle. O festival anual, realizado em Waikiki no mês de Agosto, celebra a vida de Duke Kahanamoku, os seus contributos desportivos e ainda o seu espírito que continua presente.
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Os resultados de todas estas atividades são mais tarde divulgados na página do festival, dukesoceanfest.com, que se dividem nas categorias: Menehune Surf Fest Results; Access Surf Hawaii Adaptive Surfing Championships; Duke’s Waikiki Amateur Longboard; Outrigger Hotels & Resorts Legend Surf Classic; Duke’s Ocean Mile Swim.
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